sábado, 27 de maio de 2023

Enviado chinês pede à Europa para considerar China uma alternativa econômica aos EUA, diz mídia

O representante especial da China para assuntos eurasiáticos, Li Hui, durante sua visita à Europa, pediu às autoridades que considerem a China como uma alternativa econômica aos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal, citando autoridades ocidentais familiarizadas com as conversas.

"O diplomata Li Hui, que visitou Kiev, Varsóvia, Berlim, Paris e Bruxelas neste mês, pediu aos governos europeus que vejam a China como uma alternativa econômica a Washington e disse que eles devem agir rapidamente para acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia antes que ele se espalhe", diz o artigo.

Hoje (26), Li Hui chegou ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia, onde manteve conversações sobre a solução da crise ucraniana. O diplomata se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

A visita à Rússia conclui a turnê do enviado especial chinês, durante a qual ele visitou a Ucrânia, Polônia, França, Alemanha e Bélgica, onde discutiu a iniciativa de paz de Pequim para uma solução política para a crise na república pós-soviética.

Anteriormente, a China propôs um plano de paz para a solução do conflito na Ucrânia. Em fevereiro, Pequim divulgou um documento de 12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise na Ucrânia", exigindo o respeito pela soberania de todos os países, o fim das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev.

Por sua vez, o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que a Rússia está pronta para analisar quaisquer ideias que levem em conta a posição russa.

Antes disso, Lula da Silva afirmou que os EUA e a Europa devem começar a falar em chegar a um acordo na Ucrânia, em vez de incentivar o confronto.

Ele pediu aos países não envolvidos no conflito na Ucrânia que assumam a responsabilidade de fazer avançar as negociações de paz, bem como de proporcionar à Rússia "condições mínimas" para pôr fim ao conflito.

Além disso, Lula da Silva propôs a criação de um formato semelhante ao G20 para discutir a situação na Ucrânia.

·         Portugal deve proibir empresa da China em suas redes 5G, indica mídia

A principal entidade de cibersegurança do país europeu decidiu que há um "alto risco" em permitir que a Huawei participe das redes 5G de Portugal.

As empresas sediadas fora da União Europeia, dos EUA e de outros países ocidentais deverão ser proibidas de entrar no mercado de redes 5G de Portugal, uma decisão que se acredita ser dirigida á chinesa Huawei.

A decisão foi determinada pelo Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço do país europeu, citado na sexta-feira (26) pelo jornal português Jornal Económico. A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) de Portugal crê que o prazo de implementação "não deveria ser dilatado" devido ao suposto "alto risco" representado pela utilização de tais equipamentos em redes públicas.

O embaixador Francisco Seixas da Costa deixou claro que a Huawei é a entidade visada pela medida.

“É essa a preocupação na Europa que já vem de há muito tempo. É manifestamente uma preocupação partilhada com os Estados Unidos. Terá certamente a ver com questões de segurança quer na UE, quer na NATO [OTAN]. Não é uma decisão que se tome unilateralmente”, disse, citado pelo jornal.

Enquanto isso, a própria Huawei lamentou não ter sido informada da decisão atempadamente.

 “Ao longo de duas décadas, a Huawei tem trabalhado com os operadores portugueses para desenvolver as redes de comunicações e prestar serviços de alta qualidade que servem milhões de pessoas. A Huawei foi diversas vezes reconhecida pelo governo, bem como por entidades públicas e privadas, pelo seu papel na criação de emprego qualificado, capacidade de inovação e contributo para a inovação e transição digital, tendo investido mais de um milhão de euros na capacitação de talento digital”, defende a empresa multinacional.

Até hoje o Reino Unido, a Dinamarca, Suécia, Estônia, Letônia e Lituânia proibiram a Huawei de construir redes 5G nos seus países, enquanto a Alemanha, que ainda não o fez, está considerando tal decisão, escreve nesta sexta-feira (26) o jornal britânico Financial Times.

 

Ø  Negócios com a China são enganosos, diz enviado de Biden

 

O secretário-adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, embaixador Brian A. Nichols, disse que os negócios de infraestrutura fechados pela China são “enganosos”. Ele chegou ao Brasil no domingo (21.mai.2023) para, entre outras coisas, participar de cerimônia que marcou o início da construção da nova Embaixada dos EUA em Brasília, na 4ª feira (24.mai).

 “Os acordos de infraestrutura que os países fizeram com a China muitas vezes se mostraram enganosos, nos termos financeiros que os países obtêm”, declarou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada na 5ª feira (25.mai). “A qualidade dos projetos construídos tem sido abaixo do padrão em muitos casos.

Nichols declarou que, depois de 5 anos, “os projetos de investimento da China não trazem nenhum benefício” para o PIB (Produto Interno Bruto) dos países. “Portanto, eles geralmente fornecem um aumento de curto prazo, mas –isso foi medido academicamente– após 5 anos, não há nenhum benefício. Precisamos que os países entendam exatamente o que estão ganhando quando fazem esses negócios”, afirmou.

Segundo o embaixador, os custos reais dos projetos “não foram revelados”.

Muitas vezes, nesses projetos, muito francamente, vimos corrupção”, disse.

Para ele, o Brasil “tem tantos especialistas, engenheiros, arquitetos e economistas talentosos” que saberá avaliar as ofertas chinesas “e decidir se vão ser ou não benéficas” ao país.

Nichols se disse “incrivelmente otimista” de que EUA e Brasil podem ter “um grande futuro econômico juntos” que promoverá “bons empregos, alto crescimento e uma economia limpa para o futuro”.

Ao ser perguntado sobre a disputa no governo sobre a possível exploração de reservas de petróleo na região da foz do rio Amazonas, o embaixador declarou que uma das vantagens do Brasil é ser “um país com instituições fortes, com compromisso demonstrado em enfrentar os desafios da mudança climática”.

Segundo Nichols, o país é líder em energia verde. “Mas eu não ousaria dizer ao Brasil como lidar com essa questão em particular. Infelizmente, não temos a capacidade de fazer a transição imediata para um mundo e economia completamente livres dos hidrocarbonetos”, declarou.

O Brasil, obviamente, é um líder na questão da mudança climática, queremos trabalhar de perto com o Brasil”, disse. “Estamos fazendo tudo o que podemos para ajudar a promover oportunidades alternativas limpas de desenvolvimento que não degradem a Amazônia, seja a floresta ou os rios que compõem a bacia amazônica.”

Ele ainda foi questionado sobre o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter se encontrado com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na cúpula do G7, realizada na última semana no Japão. Respondeu que “o Brasil está num momento muito importante na arena internacional”.

A decisão de convidar Lula para participar da cúpula do G7 foi um reconhecimento à liderança global do Brasil e ao papel pessoal dele”, declarou. “Falar sobre o conflito na Ucrânia está no topo da agenda do G7 e da comunidade internacional”, continuou.

Conversar com a Ucrânia sobre as formas de encerrar a guerra é vital. O presidente Zelensky tem sido muito convincente ao explicar os desafios e ameaças que enfrenta. Nós encorajamos os esforços pela paz, mas a 1ª e mais importante forma de chegar à paz é que a Rússia retire suas forças da Ucrânia e respeite a soberania e as fronteiras.

·         Brasil receberá pelo menos 10 presidentes da América do Sul para cúpula

Em uma carta assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril, o mandatário convidou oficialmente presidentes sul-americanos para participarem de um "retiro" de chefes de Estado da região em Brasília.

O evento acontecerá na semana que vem no dia 30 e já tem presenças confirmadas como Gabriel Boric do Chile, Alberto Fernández da Argentina e possivelmente Nicolás Maduro da Venezuela, relata o G1.

A mídia afirma que todos os chefes de governo de países da América do Sul foram convidados a participar da cúpula, mas somente a presidente do Peru, Dina Boluarte, não havia respondido. O país enfrenta uma profunda crise desde que o então presidente, Pedro Castillo, foi preso após tentar fechar o Congresso local no ano passado.

O objetivo do encontro, de acordo com o Itamaraty, é promover o diálogo "franco" entre todos os países, identificando "denominadores comuns", discutindo perspectivas para a região e "reativando a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave".

Essas "áreas-chave", de acordo com o governo brasileiro, são: saúde, mudança do clima, defesa, combate aos ilícitos transnacionais, infraestrutura e energia.

"É imperioso que voltemos a enxergar a América do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas para fazer frente ao desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do desenvolvimento sustentável com justiça social", afirmou Lula, em mensagem publicada pelo Itamaraty.

Na carta enviada em abril aos chefes de Estado, o presidente destacou a seus homólogos o reposicionamento da América do Sul como ator no tabuleiro global e menciona os desafios geopolíticos do mundo atual.

 

       Mídia: chineses compram ações de empresas sancionadas por EUA e Japão para colaborar com economia

 

Nas últimas duas semanas, um dos assuntos mais comentados no mercado são as políticas de controle de tecnologia da China, elaboradas por Estados Unidos e Japão, visando dificultar o fluxo de equipamentos para fabricação de semicondutores para o gigante asiático.

Entretanto, Pequim encontrou em seu próprio povo um aliado para amenizar as sanções e embargos. De acordo com a Reuters, à medida que Tóquio e Washington impõem novas restrições às empresas de tecnologia chinesas, os investidores locais estão comprando ações dessas empresas e empresas estatais e colhendo grandes recompensas.

"Devemos optar por ficar com nosso país [...] e fazer alocação de ativos de longo prazo de acordo com as necessidades do país", disse Liu Tuoqi, chefe de investimentos da Shanghai Zhangying Investment Management, classificando o conflito EUA-China como "irreconciliável".

Os preços das ações dos principais fabricantes chineses de equipamentos de semicondutores dispararam desde o final de março, quando o Japão disse que restringiria as exportações de 23 tipos de equipamentos para fabricação de chips a partir de julho, conforme noticiado.

A corretora Citic Securities, citada pela mídia, disse que as restrições dos EUA e do Japão contra a indústria de fabricação de chips da China apenas acelerarão os esforços chineses para substituir a tecnologia estrangeira e atrair um apoio governamental mais forte.

"Isso nos força a fazer batatas fritas nós mesmos [...] quanto mais alto o vento e as ondas, mais caro é o peixe", disse Liu.

Os apelos dos políticos norte-americanos nesta semana para sancionar o CXMT após a proibição de Pequim da fabricante de chips americana Micron Technology também impulsionaram as ações dos fabricantes de chips de memória chineses, como ZBIT Semiconductor, até 26% esta semana, e Montage Technology, até 4%.

 

Ø  Hungria não será impedida de assumir a presidência da União Europeia, diz Budapeste

 

O governo do país europeu acusou a "esquerda europeia" de intriga contra Budapeste, e garantiu que estará na presidência do bloco em 2024.

A decisão do Parlamento Europeu de considerar uma resolução para impedir a presidência da União Europeia (UE) por Budapeste em 2024 não impedirá que a Hungria assuma a posição, disse na quinta-feira (25) o governo da Hungria à Sputnik.

Judit Varga, ministra da Justiça húngara, disse na quarta-feira (24) que o Parlamento Europeu pretendia votar uma resolução para impedir a presidência da UE de Budapeste, prevista para o segundo semestre de 2024.

"Essa é apenas mais uma ação política da esquerda europeia. A Hungria é um membro pleno da União Europeia. Ela já ocupou a presidência do Conselho Europeu, portanto, o mesmo acontecerá em 2024", disse o governo.

A Hungria está fazendo bons progressos na preparação para a presidência da UE, notou o governo, acrescentando que Budapeste planeja colocar na agenda questões importantes como os desafios demográficos da Europa ou a política familiar, que são "indesejáveis para os defensores da migração".

A Hungria tem sofrido pressão da UE por sua relutância em impor sanções às empresas de energia russas e de fornecer armas à Ucrânia. O parlamento húngaro aprovou no início de março de 2022 um decreto proibindo o fornecimento de armas à Ucrânia a partir do território húngaro.

·         'Reviravolta' para a Coreia do Sul: governo teria aceitado transferir munições à Ucrânia

Seul teria falado com Washington antes de decidir enviar centenas de milhares de projéteis de artilharia para as mãos de Kiev, usando os EUA como intermediário.

A Coreia do Sul aprovou o envio de centenas de milhares de projéteis de artilharia para a Ucrânia em um "acordo confidencial" com os EUA, informou na quarta-feira (24) o jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ).

Segundo as fontes do jornal, que falam de uma "reviravolta" para Seul, o governo do país primeiro transferirá munições para os EUA, que depois as entregará à Ucrânia.

No entanto, Joen Ha-kyu, porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, crê que o material do WSJ contém "partes imprecisas".

"Foram realizadas várias discussões e solicitações, e o nosso governo tomará as medidas apropriadas enquanto examina a guerra e a situação humanitária na Ucrânia de forma abrangente", disse ele em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (24), citado pela agência britânica Reuters.

A decisão de Seul de fornecer munições a Kiev através de Washington permite que o governo de Joe Biden adie a decisão de atender à demanda da Ucrânia de fornecer munições de fragmentação proibidas por muitos países. No entanto, mesmo com vários membros do Congresso fazendo lobby junto à Casa Branca a favor do envio de tais munições, Washington se manifestou contra seu fornecimento, citando o consenso internacional contra tais projéteis.

A mudança de posição da Coreia do Sul ocorre depois que seu presidente Yoon Suk-yeol se reuniu em abril com seu homólogo norte-americano Joe Biden em Washington, EUA. Durante sua visita, Biden prometeu assistência contínua a Kiev e tomar "todas as medidas necessárias para defender as normas e leis internacionais".

 

Fonte: Sputnik Brasil/Poder 360

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário