sábado, 1 de abril de 2023

SERVIDORES PÚBLICOS LANÇAM CARTA AOS BAIANOS E AO GOVERNADOR

Professores, policiais civis, policiais penais, servidores do Ministério Público da Bahia, servidores da Secretaria da Fazenda, e servidores do Poder Judiciário, representados pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), lançaram, na manhã desta sexta-feira (31), carta aberta  aos baianos e ao governador Jerônimo Rodrigues.

A Fetrab solicita abertura de um canal de diálogo através da instalação de um “sistema de negociação permanente” com a nova gestão estadual e o reajuste salarial linear de 9% de acordo com os indicativos e parâmetros propostos pelo governo Lula para todos os servidores públicos baianos.

O Coordenador-Geral da Fetrab, Kleber Rosa, salienta que a  carta tem como objetivo ressaltar  a importância da valorização do funcionalismo público enquanto patrimônio da Bahia e dos baianos. Rosa destaca que, devido ao perfil do novo governador, professor e  servidor público de carreira, a Fetrab acredita que a Bahia passará  a implementar uma política de diálogo com as entidades que representam os servidores.

”  Um Estado que valoriza o serviço público, valoriza o bom atendimento, e, respectivamente, a garantia dos direitos da população. Então, na carta a gente defende o patrimônio público como algo pertencente ao povo e, nesse sentido, devemos preservá-lo.  Isso sinaliza também  nossa posição contrária às privatizações e, obviamente, a valorização do trabalhador porque é quem opera, de fato, a máquina do Estado em benefício da população baiana”, pontua Kleber Rosa, ao destacar que trata-se de um governo que pertence ao “campo da esquerda” e que possui um compromisso com a luta contra o fascismo e com a defesa do serviço público que é disponibilizado a sociedade.

“Dados recentes divulgados na imprensa, mostram que o salário médio dos servidores públicos da Bahia, em 2023, está abaixo do valor pago em 2010, em termos reais, ou seja, descontada a inflação. Esse quadro demonstra uma  desvalorização salarial dos trabalhadores do serviço público do estado, que têm sido prejudicados pela falta de reajustes adequados e pela ausência de planos de carreira consistentes”, revela a Fetrab em carta enviada à imprensa.

Os sindicatos que compõem a Fetrab vão realizar panfletagem em frente à Governadoria, no CAB, na próxima segunda-feira (3), a partir da 10h. A nova diretoria da Fetrab é composta por: Kleber Rosa, Jorge Washington ( Fetrab); Girlene Santana, Maria José e Elísio Duyprath (Sinpojud); Cláudio Meirelles (Sindsefaz ); Marinalva Nunes, Maria Ivonilde e Jorge Araújo (ACEB); Ramon Carvalhal (Sinspeb); Jadilson Ferreira e Reonei Menezes ( Sindpoc); Flávio Penedo e Almir Silva (Sindsemp ); Luiz Carlos (Aepeb-Sindicato); Jorge Claudemiro (Sindsefaz); José Nogueira (Filiado a APLB-Sindicato); Jorge Cassemiro (ASFI).

 

       Presidente da Embasa critica má qualidade no serviço de terceirizadas e defende mudança na forma de contratação

 

Recém-chegado ao comando da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o presidente Leonardo Góes criticou o serviço prestado por empresas terceirizadas contratadas pelo órgão, especialmente em Salvador. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta semana, o gestor apontou que a forma de contratação das terceirizadas e o perfil das empresas contribuem para a prestação de um serviço que não é de qualidade.

"Mas é normal, quando você chega com um serviço tão essencial e o nosso corre por debaixo da terra, no subsolo, e o ordenamento das cidades não é necessariamente o melhor dos mundos sabendo que as cidades crescem de forma desordenada e eu preciso tentar ordenar o que não é muito ordenado. Entendo que isso causa um transtorno, não tem uma sintonia entre ações de urbanização concentradas. É preciso fazer intervenções e necessariamente no pavimento, quase sempre, você tem todo tipo de intervenção e interferência no serviço quando você tenta ou vai abrir uma nova rede em uma cidade urbanizada como Salvador. Mas isso não tira a responsabilidade de uma correção bem feita", iniciou Leonardo Góes.

Na avaliação do presidente da Embasa, uma possível solução para o problema é que a companhia pague para que a própria prefeitura faça o serviço de correção do pavimento. Além disso, Leonardo Góes frisou que a forma de contratação das prestadoras de serviço tem levado a empresas ruins. "Eu defendo que nos municípios maiores que tiverem os contratos de pavimentação o ideal é que ele meça o meu e eu faça o pagamento porque o próprio município tem condições de controlar qualidade e a gente evita essa discussão", disse.

"Mas dizer a você que não tem esse problema? Tem, e tem pelo interior todo. Talvez essa seja uma das maiores reclamações que resvala na imagem da companhia, é um serviço terceirizado e na minha opinião a forma de contratação não é a melhor. Pode ser talvez legalmente a mais indicada, mas na prática tem levado a empresas ruins, com mergulhos de preços inexequíveis e depois se transformam em má qualidade, ou tenta-se compensar o preço com uma má qualidade. Eu acho que o melhor tipo de contratação é aquela mais próxima do que você orça", finalizou.

SALVADOR EM FOCO

Recentemente o prefeito Bruno Reis tem criticado o serviço da Embasa em Salvador. Um dos principais pontos para o gestor municipal é a interrupção no abastecimento de água, além dos sucessivos rompimentos na rede que causam transtornos no dia a dia da cidade. Além disso, o prefeito afirmou que a capital baiana representa cerca de 50% da receita da Embasa, mas a empresa não empenha investimentos na mesma proporção.

Questionado sobre as críticas, Leonardo garante que tem boa relação com Bruno e pretende retomar o diálogo para chegar a um denominador comum. "Temos uma boa relação inclusive. Já havíamos conversado antes do pleito eleitoral, ainda como secretário e com Rogério [Cedraz], ex-presidente. Pretendemos retomar, se você olhar a questão maior no município e esse talvez é o nosso foco principal, é contratualizar com Salvador. É uma troca, você está falando sobre investimentos a serem feitos para universalizar aqui até 2033 e por outro lado uma proposta de intervenção de urbanização, conjunta", disse.

"Parte dos nossos problema e o que a população vê na prática são ligações clandestinas na rede de drenagem, também ausência de drenagem em alguns bairros. Essa eu acho que é a pauta, nós temos zonas críticas mapeadas. A exemplo do Mané Dendê, foi feito um projeto de urbanização integrada, Embasa e prefeitura, a gente pretende nas zonas críticas discutir com o prefeito Bruno, entrar com esse recurso, aportar recurso no fundo municipal de saneamento para que a prefeitura possa junto com a Embasa tratar de forma integrada", acrescentou.

 

Fonte: Ascom Fetrab/BN

 

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