sábado, 29 de abril de 2023

Presidente dos EUA não conseguiu adivinhar o grande plano de Rússia e China, aponta jornal

O presidente dos EUA, Joe Biden, não adivinhou que os líderes de Rússia e China, Vladimir Putin e Xi Jinping, respectivamente, pretendem dar um golpe global contra o Ocidente, aponta artigo de opinião no The Hill.

"Ao contrário de Biden, Putin e Xi Jinping parecem compreender que estão em uma disputa global pela supremacia com o Ocidente. Enquanto o governo de Biden continua 'girando' ao acaso de uma crise regional para outra, Putin e Xi estão simultaneamente desafiando Washington a nível global", escrevem autores do artigo Mark Toth e Jonathan Sweet.

Autores acreditam que pessoas como o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, abordam as crises não como parte de um jogo maior, mas como eventos separados. Segundo ele, uma situação semelhante ocorreu com a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, e agora Moscou e Pequim usam isso como prova de que Washington não pode ser considerado um aliado confiável.

"Quantos mais exemplos Biden e Blinken precisam antes que finalmente concluam que sua abordagem fragmentada e sempre inconstante da política externa e da segurança nacional dos EUA é insustentável – e só está permitindo que Putin e Xi eliminem os interesses dos EUA e do Ocidente em todo o mundo?", destaca o artigo.

Nesta sexta-feira (28), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse durante uma reunião dos ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) em Nova Deli que os países ocidentais estavam se preparando com antecedência para um confronto com a Rússia.

"O Ocidente demonstrou sua preparação de antemão para enfrentar a Rússia. Imediatamente foram impostas sanções abrangentes contra a Rússia, entregues armas à Ucrânia, fornecida inteligência, e conselheiros militares e mercenários foram enviados para a zona de operações […]. Desta forma foram empregados o potencial militar e capacidades de quase todos os países da OTAN", destacou Shoigu.

Ø  EUA grampearam discussões China-Alemanha em fevereiro, escreve mídia alemã

Dois veículos de imprensa alemães relataram que Washington deve ter escutado o conteúdo de conversas sino-germânicas realizadas há dois meses.

As agências de inteligência dos EUA vigiaram uma reunião a portas fechadas de autoridades militares alemãs e chinesas em 20 de fevereiro, informaram na quinta-feira (27) o jornal alemão Die Zeit e a emissora alemã ARD.

Segundo o documento citado como vindo do Pentágono, Berlim estava ciente de que Pequim, diante do aumento da pressão política de Washington, estava tentando seguir uma política de "encantar" seus anfitriões durante sua visita à Europa.

Continuando, o Die Zeit disse que a Alemanha mostrou sua solidariedade com os EUA durante as negociações. O Ministério da Defesa alemão também se teria recusado a cooperar mais estreitamente com Pequim até que a China se torne mais transparente.

A confiabilidade do documento não foi confirmada pela emissora, observou a mídia.

No início de abril, mais de 100 documentos confidenciais do governo dos EUA foram vazados nas redes sociais. Os materiais vazados revelaram algumas das análises militares altamente confidenciais de Washington, provocando iniciativas para prender o suspeito vazador Jack Teixeira e reforçar a segurança de tais documentos.

 

Ø  Ministro da Defesa: Ocidente preparou-se antecipadamente para confronto com Rússia

 

Os países ocidentais estavam se preparando com antecedência para um confronto com a Rússia, disse o ministro da Defesa russo Sergei Shoigu nesta sexta-feira (28) em uma reunião dos ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) em Nova Deli.

"O Ocidente demonstrou sua preparação de antemão para enfrentar a Rússia. Imediatamente foram impostas sanções abrangentes contra a Rússia, entregues armas à Ucrânia, fornecida inteligência, e conselheiros militares e mercenários foram enviados para a zona de operações […]. Desta forma foram empregados o potencial militar e capacidades de quase todos os países da OTAN", destacou Shoigu.

O conflito na Ucrânia confirma a intenção de Washington e seus aliados de provocar outros países ao confronto militar com Moscou e Pequim, disse o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu.

"Hoje Washington e seus cúmplices estão implementando seu plano estratégico, que é provocar outros países ao confronto militar com países indesejáveis. O conflito na Ucrânia é uma clara demonstração desta política criminosa. Seu verdadeiro objetivo é derrotar estrategicamente a Rússia, ameaçar China para manter sua posição de monopólio no mundo", disse Shoigu.

De acordo com ele, "para o golpe anticonstitucional de Maidan em 2014 foram gastos mais de cinco bilhões de dólares, que levou à formação de um regime nacionalista russófobo hostil em nossas fronteiras".

"Considerando a recusa de Kiev em implementar os Acordos de Minsk e a ameaça real aos habitantes de Donbass, decidimos realizar uma operação militar especial", disse Shoigu.

Tentativas do Ocidente de influenciar os parceiros da Rússia a fim de isolá-la para comprometer a liderança da Rússia estão falhando, acrescentou o ministro da Defesa.

"Foi lançada uma extensa campanha de informação para comprometer a liderança russa e suas políticas. São demonstradas intransigência e disposição para aumentar a pressão total sem levar em conta os danos atuais aos seus interesses econômicos e políticos", notou Shoigu durante a reunião. "No entanto, todas essas tentativas estão falhando", ressaltou ele.

A esse respeito, o ministro expressou sua gratidão aos países-membros da OCX por sua posição de princípio e apoio.

·         Programas biológicos dos EUA na Ucrânia

Programas militares biológicos do Pentágono na Ucrânia têm como objetivo desenvolver componentes de armas biológicas, disse o ministro da Defesa russo Shoigu, destacando que as atividades dos EUA para transferência de pesquisas mais perigosas para países terceiros continuam.

"Com o exemplo da Ucrânia, vemos o duplo propósito desses programas e seu foco real no desenvolvimento de componentes de armas biológicas, o que é uma violação direta da Convenção sobre Armas Biológicas ou Tóxicas", disse ele.

·         Armamentos transferidos à Ucrânia caem nas mãos dos terroristas

Armas transferidas para a Ucrânia caem nas mãos de terroristas, o que afeta a estabilidade na Europa e no mundo em geral, declarou Shoigu.

"Armas transferidas chegam ao 'mercado negro' e a seguir nas mãos de organizações terroristas, o que cria riscos adicionais, especialmente ante alegações de fornecimento de munições de urânio empobrecido às Forças Armadas da Ucrânia", disse o ministro.

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.

 

Ø  Ocidente tem de aceitar China como mediadora entre Rússia e Ucrânia, diz mídia

 

A China se tornou a única mediadora no conflito ucraniano, reconhecida por ambos os lados, escreve a revista alemã Die Welt. Pode-se duvidar dos motivos de Pequim, mas o que dará essa desconfiança, pergunta o autor do artigo Jacques Schuster.

Além disso, o Ocidente não tem alternativa, porque ele próprio negligenciou suas obrigações e não busca uma solução pacífica. Em qualquer caso, agora é improvável que o presidente russo, Vladimir Putin, desista de suas exigências máximas e faça concessões no conflito ucraniano, aponta Die Welt.

Mas mesmo que isso aconteça, não há como saber quem vai proteger Kiev, se Moscou decidir quebrar os acordos. É obvio que as autoridades ucranianas não vão concluir acordos precipitados com Moscou, está convencido o autor do artigo.

É claro que encontrar o equilíbrio necessário entre os interesses de segurança da Ucrânia, as ambições russas e os gestos significativos de reconciliação é tão difícil quanto "criar uma cópia de Nova York usando fósforos com todas as suas casas e parques".

O Ocidente "quer ceder o direito de decidir quando negociar com os governos da Rússia e da Ucrânia, limitado ao papel de fornecedor de armas?", pergunta o jornalista alemão. "A China se tornou realmente a única mediadora que ambas as partes reconhecem?"

Pelo menos Pequim tem o peso para influenciar Moscou. Os chineses, por outro lado, estão muito interessados em obter o máximo apoio do Kremlin como "parceiro júnior", explica Schuster.

Com a situação atual na Ucrânia, Xi Jinping tem todas as razões para procurar uma solução que lhes permita salvar sua moral. E pode-se duvidar da sinceridade dos motivos de Pequim, mas o que essa desconfiança fará?

E não há alternativas, destaca o autor: "Mediadores honestos sempre foram poucos e agora são poucos, se é que existem. O objetivo principal é criar uma ordem estável em que nenhum dos lados fique com raiva o suficiente para tentar quebrá-la pela força na primeira oportunidade."

 

Ø  'Apostas são demasiado altas': mídia aponta que Ocidente pode perder a paciência com a Ucrânia

 

O futuro próximo pode ser decisivo para a Ucrânia, uma vez que os aliados exigem resultados, escreve o observador Brendan Cole na revista Newsweek.

"As apostas não poderiam ser maiores […] O tempo está passando. Por isso, o tempo é o maior inimigo da Ucrânia", disse Pushan Dutt, professor de economia do Instituto Europeu de Gestão Empresarial.

Segundo o especialista, Kiev terá que "convencer" seus aliados da necessidade de apoio militar contínuo, caso contrário, o Ocidente "perderá a paciência".

Por outro lado, de acordo com o artigo, é difícil para a Ucrânia demonstrar alguma coisa no campo de batalha devido à "séria escassez de equipamentos".

"As Forças Armadas da Ucrânia receberão uma parte de novos equipamentos militares, mas, como mostram os vazamentos recentes [documentos do Pentágono], continua havendo uma grande escassez de certos equipamentos, que os parceiros internacionais da Ucrânia ou não conseguiram ou não quiseram colmatar, especialmente na área da defesa antiaérea", observou o analista britânico Nick Reynolds.

Moscou tem repetidamente afirmado que a assistência militar ocidental não augura nada de bom para a Ucrânia e apenas prolonga o conflito, acrescentando que qualquer carga com armas se torna um alvo legítimo para as Forças Armadas da Rússia.

 

Ø  MD da Ucrânia diz que Kiev está pronta para contraofensiva, com tropas aguardando ordem do comando

 

O ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, disse na sexta-feira (28) que a Ucrânia está pronta para uma contraofensiva, com as tropas aguardando uma decisão de seus comandantes.

"Os preparativos para a contraofensiva estão chegando ao fim. Além de obter armas, é preciso que nossos soldados tenham aptidão para manejar o equipamento. Recebemos armamentos bastante modernos: Leopard 2, Challenger e Abrams, mas acho que os Abrams não vão chegar a tempo para esta ofensiva [...] Globalmente, estamos prontos para a ofensiva", disse Reznikov em uma coletiva de imprensa.

Ele acrescentou que as tropas ucranianas estão apenas aguardando a decisão do comando.

"Estamos prontos quando for a vontade de Deus, o clima permitir e houver uma decisão do comando", enfatizou o chefe da Defesa.

·         O que se sabe da contraofensiva ucraniana?

Como informou a Reuters anteriormente, Kiev preparou oito brigadas de assalto da chamada guarda ofensiva.

Especialistas russos estimam o número dessas tropas em cerca de 200.000 homens.

A iminente contraofensiva das Forças Armadas ucranianas tem sido anunciada repetidamente, tanto em Kiev como no Ocidente.

Segundo o ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov, a ofensiva pode começar quando o período da lama da primavera europeia terminar.

Especialistas militares e políticos ucranianos e ocidentais citaram repetidamente a região de Zaporozhie como um dos alvos do ataque, a fim de se alcançar a costa do mar de Azov para cortar o corredor terrestre para a Crimeia.

Esta região, assim como outras, afirmou repetidamente que se preparou para qualquer ação por parte da Ucrânia.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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