terça-feira, 28 de março de 2023

Oeste da Bahia tem sete municípios na lista dos mais ricos no agronegócio no Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou a lista dos 100 municípios mais ricos do agronegócio no país. Segundo o ranking, a Bahia aparece em quarto lugar com nove municípios. De acordo com o Globo Rural, a lista foi feita com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) referente a 2020, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas e divulgados em outubro de 2020. Os municípios foram avaliados de acordo com o valor da produção das lavouras temporárias e permanentes e o Produto Interno Bruto dos Municípios (PIB) tomando por base o ano de 2019.

A nota do Ministério da Agricultura informou que os dados do IBGE colocam em destaque as produções de soja, milho, algodão, café e cana-de-açúcar. No ano de referência para a pesquisa, o valor da produção agrícola dos municípios ranqueados foi de R$ 151,2 bilhões, o equivalente a 32% do valor total, que foi de R$ 470,5 bilhões.

Segundo maior produtor nacional de algodão, o município de São Desidério também ocupa a posição de segundo mais rico do agronegócio nacional, com um valor de produção de R$ 4,6 bilhões. A cotonicultura concentrou 38,3% do valor de produção do ano de 2020. O PIB do município em 2019 foi de R$ 2,596 bilhões.

Quinto município mais rico do agronegócio brasileiro, Formosa do Rio Preto é o maior produtor de soja, terceiro maior produtor de algodão e segundo maior produtor de milho da Bahia. Em 2020, somou um valor de produção de R$ 3,74 bilhões. Em 2019, contabilizou um Produto Interno Bruto de R$ 1,852 bilhão.

Confira as cidades baianas e o valor das suas produções agrícolas em 2020:

•        São Desidério (BA) – R$ 4.602.312

•        Formosa do Rio Preto (BA) – R$ 3.740.081

•        Barreiras (BA) – R$ 2.069.934

•        Correntina (BA) – R$ 1.860.027

•        Luís Eduardo Magalhães (BA) – R$ 1.555.336

•        Riachão das Neves (BA) – R$ 1.352.762

•        Jaborandi (BA) – R$ 1.007.417

•        Mucugê (BA) – R$ 751.156

•        Juazeiro (BA) – R$ 740.614

 

       Cacauicultura 4.0 fortalece produção de cacau no Oeste da Bahia

 

Barreiras, cidade localizada na região Oeste da Bahia, é conhecida como o celeiro de produção do cerrado e um dos grandes destaques nacionais do agronegócio. Nos últimos dias 23 e 24, a cidade sediou pelo segundo ano consecutivo o evento Cacauicultura 4.0, que teve como objetivo principal compartilhar experiências acerca da cultura do cacau e buscar o fortalecimento da cadeia produtiva.

Produtores, pesquisadores e investidores se reuniram em Barreiras para socializar demandas, experiências e especificidades da produção de cacau. Durante o primeiro dia do evento, as discussões se concentraram no Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho. Já no último dia, os participantes tiveram a oportunidade de realizar uma visita técnica à Fazenda Bio Brasil, produtora do fruto.

A iniciativa tem uma importância significativa para a região Oeste da Bahia, já que busca divulgar resultados de projetos inovadores no cultivo do cacau, que estão sendo postos em prática na região. O secretário de Agricultura e Tecnologia de Barreiras, José Marques, destacou a relevância da iniciativa e afirmou que desde a edição anterior do evento, pessoas interessadas na cultura do cacau têm procurado a região para conhecer detalhes sobre cultivo, manejo e financiamentos.

Durante o evento, foram realizadas palestras, mesas redondas, trocas de experiências e discussões sobre a expansão da cultura na região Oeste. Um dos destaques do primeiro dia do evento foi o lançamento do Programa Cacau Produtivo, que tem como objetivo promover a sustentabilidade produtiva na cadeia do cacau e a gestão contínua de 100 propriedades rurais, sendo 50 no Sul da Bahia, 10 no Oeste e 40 no Pará.

No Dia de Campo, os participantes tiveram a oportunidade de ver na prática o desenvolvimento de mudas e o plantio de cacau no cerrado, a pleno sol. Além de ser um fruto de extrema aceitabilidade, tem manejo de produção favorável, com vantagens fitossanitárias, visto que algumas das doenças que incidem sobre a cultura não são recorrentes no Oeste baiano, como ocorrem na região Sul da Bahia, onde há condições climáticas propícias para o desenvolvimento de doenças extremamente danosas ao fruto e à planta.

•        Bahia investe em produção de cacau e chocolate de qualidade

O Governo do Estado da Bahia investiu mais de R$60 milhões na produção de cacau e chocolate de qualidade, impulsionando a agricultura familiar e incentivando a produção de cacau cabruca, um modelo produtivo único e exclusivo da região. Através de projetos como o Bahia Produtiva e o Parceiros da Mata, a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) investiu em melhorias no cultivo, manejo da produção e acesso ao mercado, além de destinar recursos para Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e projetos produtivos.

Com a produção de marcas consolidadas como Bahia Cacau, Natucoa e Terra Vista, a Bahia celebrou o Dia do Cacau como produtora de amêndoas e chocolates de qualidade, oferecendo grandes oportunidades para o mercado que começa a entender que chocolate é um alimento. O investimento em equipamentos, assistência técnica e extensão rural foram essenciais para o aumento e melhoria da produção, contabilizando um aumento de mais de 30% na produção de cacau na Coopfesba em relação ao ano anterior. Além disso, a produção de chocolates veganos e orgânicos também se destaca na região.

A partir deste ano, o projeto Parceiros da Mata, voltado para o desenvolvimento sustentável da Mata Atlântica da Bahia, irá investir US$150 milhões diretamente em 61 municípios produtores de cacau da região, visando a transformação produtiva sustentável para a melhoria da qualidade de vida de 100 mil famílias de comunidades rurais dos territórios de identidade Baixo Sul, Litoral Sul e Vale do Jiquiriçá.

 

       'Estrada do chocolate': indústrias investem em turismo gastronômico

 

Empresas voltadas para a produção de cacau e chocolates na Bahia vêm mostrando que o turismo no estado não se restringe somente às praias no litoral. No trecho rodoviário entre Ilhéus e Uruçuca, na zona chamada de Costa do Cacau, no sul baiano, um verdadeiro roteiro gastronômico está sendo formado. É a “estrada do chocolate”.

Na rota da “estrada do chocolate”, há, por exemplo, promoção de experiências rurais. Restaurantes e lojas de produtos derivados do cacau são algumas das opções disponíveis na região.

De acordo com a Secretaria de Turismo da Bahia (Setur-BA), mais de 80 marcas do setor chocolateiro estão instalando suas atividades na região, que conta com 13 fazendas produtoras de cacau. O sul baiano é a região que mais produz cacau e derivados no estado, que, a saber, é o maior produtor do fruto no país.

A “estrada do chocolate”

O passeio oferecido ao turista pela “estrada do chocolate” inclui visita a uma fazenda de cacau e acesso a todo o processo da cultura, desde o plantio e colheita do fruto até o uso das amêndoas para a produção do chocolate. Durante o passeio, são fornecidas informações sobre a história da lavoura cacaueira e as características da Mata Atlântica.

A cidade de Ilhéus, onde fica a Costa do Cacau é, além disso, ponto de parada de cruzeiros marítimos. Ainda de acordo com a Setur-BA, nesta temporada, a expectativa é para mais de 100 mil passageiros.

 

       Barreiras é escolhida como titular da Câmara Técnica SUAS Bahia Mais Rural em reunião de gestores municipais

 

A cidade de Barreiras, na Bahia, acaba de assumir a titularidade da Câmara Técnica SUAS Bahia Mais Rural, em uma reunião promovida pelo Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social do Estado da Bahia (COEGEMAS/BA) que contou com a participação da Secretária de Assistência Social e Trabalho, Dicíola Figueirêdo de Andrade Baqueiro, entre outros gestores.

Durante a primeira reunião ordinária do COEGEMAS, que aconteceu em Salvador entre os dias 20 e 24 de março, os participantes discutiram o plano de trabalho e a mobilização da PEC 383, que prevê o repasse de 1% da receita corrente líquida (RCL) da União para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), e que será votada em abril.

Ainda na reunião, a Comissão Intergestores Bipartite apresentou o Plano Estadual 2023-2026 e a proposta de monitoramento da implantação do SUAS Bahia Mais Rural, que teve a presença do Secretário Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social, André Quintão, e de outras autoridades.

A Secretária Dicíola Baqueiro comemorou a escolha de Barreiras como titular da Câmara Técnica SUAS Bahia Mais Rural e a eleição de titular de articulação territorial da Bacia do Rio Grande, destacando que isso fortalecerá os serviços socioassistenciais na cidade e no campo, direcionando sempre os esforços para quem mais precisa.

 

       Bahia implementa projeto de desenvolvimento rural sustentável para fortalecer a agricultura familiar

 

Durante a Missão de Identificação encerrada na sexta-feira (24), representantes do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD/Banco Mundial) e do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), discutiram os preparativos para a implementação do novo projeto de desenvolvimento rural sustentável da Bahia. Durante o evento, foram feitos ajustes e estabelecido um cronograma para o início da execução do projeto.

Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da CAR, destacou que um dos pontos altos da Missão foi a apresentação da avaliação de impacto do projeto Bahia Produtiva, que precedeu o novo projeto, mostrando o quanto as ações mudaram a vida das pessoas e dos empreendimentos da agricultura familiar da Bahia nos últimos anos. “Os resultados são fantásticos, após oito anos de execução do Bahia Produtiva, temos esse grande resultado. Em breve, será apresentado à sociedade baiana o novo projeto de desenvolvimento rural sustentável. A Bahia continua avançando e a agricultura familiar sendo cada vez mais fortalecida e alimentando os baianos e as baianas”.

O novo projeto de desenvolvimento rural sustentável atenderá 600 organizações produtivas da agricultura familiar e 30 mil beneficiários diretos com investimentos de US$ 150 milhões, visando aumentar a receita bruta dos beneficiários e das organizações produtivas. Entre as ações a serem executadas estão a melhoria e ampliação de infraestrutura, serviços e integração das organizações produtivas da agricultura familiar aos mercados.

Entre os objetivos do novo projeto estão ainda a ampliação do acesso à água e ao saneamento básico, que será realizado em parceria com a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), com o atendimento de 64 mil beneficiários diretos, implantação/recuperação de 20 mil ligações de água e consolidação do modelo de Centrais de Água.

O novo acordo de empréstimo permitirá que agricultores e agricultoras familiares e suas organizações tenham maior capacidade de gestão ambiental e resiliência climática, com a utilização de novas tecnologias e com o serviço continuado e qualificado de assistência técnica e extensão rural (ATER).

O coordenador do Bahia Produtiva, Fernando Cabral, observou que a missão com o Banco Mundial teve seus objetivos plenamente atingidos. “Essa missão proporcionou uma maior clareza com relação ao desenho do projeto. Nós temos agora que preparar todas as informações necessárias para no mês de julho voltarmos para a nova missão de orientação, para que estejamos, em breve, com esse projeto completamente aprovado e com o acordo de empréstimo assinado”.

O gerente do Bahia Produtiva pelo Banco Mundial, Erivelthon Lima, explicou que essa é a primeira das três etapas fundamentais para poder aprovar o novo projeto. “A ideia dessa missão foi principalmente validar com as novas autoridades do Governo o alcance do projeto, objetivos, beneficiários e resultados esperados, assim como identificar novas oportunidades de inovação para melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos que a gente vai entregar para a comunidade rural da Bahia. A missão foi muito exitosa, a gente conseguiu definir bem e cumprir com os objetivos. Agora, é seguir o cronograma de aprovação do projeto para que os benefícios cheguem às comunidades o mais breve possível”.

O encerramento da missão contou com a participação do titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Osni Cardoso, da secretária da SIHS, Larissa Moraes, do presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Leonardo Góes, além de representantes da CAR, Cerb e do Banco Mundial.

 

Fonte: Fala Barreiras/Canal Rural

 

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