Vivemos em uma sociedade onde as políticas públicas de assistência
social e combate a fome vive de propostas e sonhos ambiciosos, sem que
apresentem na realidade resultados práticos.
A cada governo um programa, um
sonho.
No governo Dilma tem o “Brasil Sem Miséria”, que coincidentemente
apresenta como meta erradicar a miséria absoluta, até 2014, exatamente o ano em
que será realizada a Copa do Mundo no Brasil.
Algumas dúvidas pairam no ar.
Um governo que não combate com eficiência
coisas mais simples, como os efeitos nefastos da seca e ou das enchentes; um
governo que não consegue deter a sangria dos cofres públicos, através de
desvios de recursos, seja por superfaturamento de obras ou por roubalheira
mesmo, terá condições de em 02 anos, resolver um problema social que perdura há
séculos?
Um governo que nunca tem verba para a saúde e educação e o que investe
nestes dois setores não tem sido suficiente sequer para minorar os efeitos dos
seus problemas, terá como investir na solução de um problema que está
diretamente ligado ao da pobreza?
De uma pobreza que continuará a bater as nossas portas, em razão de uma
política econômica que a cada dia tem aumentado o fosso que separa a classe
rica da pobre, em função de uma concentração de renda brutal e escandalosa?
E
imaginemos que o governo alcance a sua meta e acabe com a miséria, será então
que os nossos problemas sociais estarão resolvidos?
Vivemos em uma República, cujo grande desafio, não é só de acabar com a
miséria, mas também de reduzir a vala existente da concentração de renda e promover
a igualdade social, onde possamos reduzir a dicotomia atual, onde uma pequena
elite concentra 80% da renda do país e um oceano de pessoas empobrecidas ou em
frangalhos, ficam com as migalhas.
O que se observa hoje, através dos diversos programas sociais de combate
a miséria em nosso País e pelas políticas públicas voltadas para a classe média,
não são preocupações buscando a melhoria na distribuição da renda, mas sim,
programas sociais voltados para a extinção da classe média, fundindo-a com a
classe pobre, transformando o país em duas categorias: os poucos que têm e os
muitos que não têm.
Melhorar as condições dos mais pobres, não deve ser determinante para extinguir a classe média e sim em efetivar
políticas públicas que dê condições práticas
de melhoria de vida deles, sem prejudicar a outra classe social..
Porque penalizar a classe média e não as elites que sempre colheram as
benesses e os frutos das políticas econômicas, voltadas apenas para
beneficiá-las?
Não seria mais justo que em lugar
da classe média e dos pobres carregarem nos seus ombros este País, através da
escorcha tributária a que estão submetidos, estabelecer políticas visando a
igualdade social através de um crescimento responsável, onde quem ganha ou
arrecada mais pagasse mais, o inverso do que ocorre atualmente?
Claro que, com a política econômica hoje em vigor e com os acordos e as
barganhas às escondidas feitas pelo PT para chegar ao Poder, acreditar que quem
ganha mais pagaria mais não passa de um sonho, uma vez que atingiria a classe
social mais abastada da sociedade, constituída basicamente de políticos e
empresários, em grande parte envolvida em todo tipo de falcatrua para roubar o
dinheiro público.
Enquanto isso, não se vê políticas públicas voltadas para a qualificação
profissional com alto teor de qualidade direcionada para a classe pobre, quando
muitos cursos paliativos que não os preparam para nada.
Temos ainda o paradoxo criado com o Bolsa Família, que deveria ser um
benefício temporário, tendo como meta capacitar as família participantes, para
no máximo em 02 anos está fora do programa, ocasionada pela qualificação
profissional e, logicamente, com a entrada ou retorno ao mercado de trabalho, o
que se nota é um Programa que transformou quem dele precisa em um circulo
vicioso, ou seja, em lugar de emancipar os transformam em dependentes.
É um novo modelo de assistencialismo político criado, com um único
objetivo de gerar votos. Como já calculava lideranças petistas, 12 milhões de
família dependente do Programa seriam no mínimo 48 milhões de votos.
E é muito voto em um universo de pouco mais de 120 milhões de eleitores.
Enquanto isto, a sociedade assiste a montagem de grandes esquemas de
corrupção, tendo sempre como envolvidos a classe política e empresarial, sem
que observe qualquer punição (exceção feita apenas para os envolvidos no “Mensalão
do PT”), na mesma proporção ou mesmo devolução do dinheiro público roubado.
Muito pelo contrário, a maioria desses recursos são utilizados para comprar
votos dos eleitores despreparados ou alheios aos acontecimentos políticos.
Enquanto para os pobres sobram apenas às migalhas e o assistencialismo,
sob a máscara de programas sociais, para as elites são proporcionados o acesso
aos recursos públicos, através de todo tipo de falcatrua, levando o dinheiro
retirado da classe média e dos pobres, através dos impostos, para o buraco
negro da corrupção, obtidos através de sofisticados esquemas de fraudes, onde a
maioria dos envolvidos é por todos conhecidos..
Por fim,
qual a certeza que teremos que a miséria e a pobreza neste País serão realmente
erradicadas, mesmo sabendo ser esta uma das maiores ambições de governos que se
utilizam deste mote para fazer populismo e se dizer de esquerda?
Quando
teremos a certeza que tudo não passa de uma onda populista para se perpetuar no
Poder, já que sabemos ser a classe pobre quem alimenta os “interesses” partidários
e quem coloca a maioria dos políticos corruptos que lá estão, comprados com o
próprio dinheiro roubado?
Ora,
acabar com a pobreza será tirar da classe política e das elites este poder de
barganha.
Desta
forma o maior interesse dos nossos “homens públicos” é pela eterna manutenção
da pobreza como status quo, como tem ocorrido há séculos.
Assim, fica
fácil concluir que não existe interesse
em acabar com a miséria ou com a pobreza em nosso País, e sim, fazer deste
problema social mote de discursos e promessas de campanhas políticas.
O que
fica claro é a nítida falência das políticas públicas e o absoluto descaso do
Estado em tratar a erradicação da pobreza como uma questão moral, de forma a
estancar esta chaga social em matéria de Direitos Humanos.
Infelizmente
ainda vivemos em um País, em que a maioria da população desconhece seus mínimos
direitos, em uma sociedade alienada, que só pensa em futebol e carnaval, e que
eventos esportivos como o Pan, Copa do Mundo e Olimpíadas são usados como fatores
que irão transformar o Brasil, como num passe de mágica, em um País onde a
pobreza não existisse, tentando mostrar para o mundo um falso desenvolvimento escondendo a Nação cuja realidade é bem diferente da propagada.
Não vos irriteis com a eleição de Renan Calheiros no Senado. A política, escarro em nossa cara, tem nome, símbolo e tamanho: Rosemary Noronha, a servidora púbica.
ResponderExcluirGostei.Continuem mandando.Seguem os meus telefones 61.84007399 e 61.34436259.Sou jornalista em Brasília.Abram o Google e acessem jornalista Luiz Solano.
ResponderExcluiroO autor do texto realmente tem em sua cabeça a chave certa que Jesus Cristo viu e morreu ensinando ao mundo. Um messias com o governo na mão assim teremos tudo que sonhamos.
ResponderExcluirSerá tão facil governar um pais que nada leva a sério? Com uma calasse de formadores de opinião que não ganha uma greve como a dos professores? Baianos que sempre se perpetuaram no poder aproveitando a fome de seu povo? Mineiros que até hoje não sairam ainda, espero eu!
Parabéns!Apos tantas lutas inglórias percebemos que poucas pessoas pensam claramente, sem ignorar o aumento da MISÉRIA desse povo!
ResponderExcluirDe um governo e governantes que estejam envolvidos com a triste realidade desse povo sofrido e ignorante que é incapaz de ter a dignidade de escolher seu voto e se vende tão barato que não percebem o aumento que a cada dia vivem na GRANDE REPÚBLICA DOS MISERÁVEIS.
O carnaval e o futebol são paliativos de momentos de alegria, para suportar tanta exclusão social.