terça-feira, 30 de novembro de 2010

QUANTO MAIS CONHEÇO OS HOMENS...


Há um ditado muito conhecido e passado pelos mais antigos que diz: “Quanto mais conheço os homens, mais admiro os cachorros”.
Conclui-se, analisando o conteúdo desta frase, ser uma afirmação que atinge o homem no seu âmago, diante da percepção de quanto somos mesquinhos, levando-nos a admirar os cães. Via de regra, enquanto o animal nos retribui com carinho o bem ou até o mal que lhes façamos o homem ao contrário, é muito comum retribuir com ingratidão a mão estendida.
A situação chegou a tal extremo, que leva-nos a acreditar que o ser humano dorme e acorda, pensando e maquinando planos de maldade, vinganças ou até mesmo estudando meios e métodos de como passar a perna em seu semelhante, utilizando-se da máxima, que é preciso levar vantagem em tudo e todos os seus atos praticados visam alcançar este objetivo, tratando os demais como “otários”.
E porque estamos abordando este tema. É que mal se passaram as eleições, nem sequer os vencedores foram diplomados e já se assiste muitos eleitores se dizerem decepcionados pelo voto que deram em razão da postura apresentada por alguns, hoje bem diferente do período eleitoral.
Quem esperava ouvir nos tempos atuais, que alguém ousaria ressuscitar a famigerada CPMF, que à época foi crida para financiar a saúde e que serviu para tudo menos para a finalidade para que foi estabelecida.
Lembremos ainda, que há os recursos das loterias, são bilhões jogados anualmente, que o brasileiro não sabe para onde se destina. Porque os governadores não brigam por este dinheiro para financiar a saúde? E a famigerada CIDE, imposto embutido todo vez que você abastece o veículo que dizem ter a finalidade de conservar as nossas rodovias. Será mesmo este seu destino? Então porque as nossas rodovias em sua grande maioria têm mais buracos que a lua com suas crateras? E como fica nos trechos privatizados? Haverá a isenção do tal imposto?
É bom que fique esclarecido: o problema da saúde pública do Brasil não é falta de recursos, senão não haveria tanto desvios de dinheiro e políticos acusados, mas sim de incompetência na sua gestão e pela ingerência política na sua administração. E digo por conhecimento de causa.
Quem acreditava que mesmos ainda não diplomados, os nossos “humildes parlamentares” já brigam pelo aumento dos próprios salários, quando a classe trabalhadora é esmagada com um dos piores salários mínimos do planeta, os idosos vêem seus parcos proventos da aposentadoria a cada ano achatar, e eles coitadinhos “humildes e pobretões”, parlamentares dos mais bem pagos do mundo, diante de tantas mordomias que usufruem pelo pouco serviço que prestam à sociedade, estão em luta na busca de aumento dos seus salários. E logo agora que a nova(velha) equipe econômica antes de assumir já fala em cortar os gastos com custeio, congelar salários dos servidores públicos, para a alegria dos governadores e prefeitos, e por aí vai.
Quem imaginaria os nossos distintos governadores ainda candidato afirmando em campanha ser contra a PEC 300 ou mesmo de aumento do funcionalismo público? Você imaginaria governador eleito pelo PT se unindo ao PSDB para derrotar conquistas de trabalhadores? È o que ocorre atualmente, entre o governador reeleito da Bahia e os eleitos pelo PSDB e DEM.
Quem diria que um governador do PT seria contra os trabalhadores?
E olha que existem Estados atravessando um período de guerra civil, inclusive a Bahia.
E por falar em Bahia, seria bom que o governador equipasse bem a sua polícia, pois este será o Estado que com certeza uma das rotas preferidas pelas quadrilhas de traficantes que serão expulsas do Rio de Janeiro, como já vem ocorrendo. A Bahia que paga um dos piores salários aos seus servidores e possui uma das policias mais mal equipadas e desestimuladas, por não confiar no governador que possui, apesar de reeleito.
Hoje, que já alcançaram os seus objetivos eleitoreiros, e de cima do pedestal em que se encontram aboletados, os nossos bravos e patriotas políticos mostram a verdadeira face, destilando mesquinhez e maldades, cujos gestos parecem demonstrar ser um ato de vingança pelos votos obtidos.
Infelizmente esta tem sido a cada eleição a característica e o comportamento dos nossos políticos. E o pior, como masoquistas que somos, a cada pleito eleitoral ainda nos deixamos enganar por estes espertalhões, formados na academia da mentira, do engodo e da malandragem, que não tem em seu vocabulário a verdade como meta a ser perseguida e só sabem conjugar o verbo traição. Aliás, de traidores a história brasileira está recheada, porém àquela época todos sabem o destino que tiveram. Se fosse nos tempos atuais a Justiça estaria ao eu lado, como está do lado dos malandros e espertalhões do colarinho branco.
Apenas para se ter uma idéia, os maiores trambiqueiros, encontram-se incluídos como fichas suja, mas, mesmo diante da nova lei, os partidos mantiveram as suas candidaturas e até brigaram e ainda brigam por elas, por serem estes políticos por incrível que pareça, puxadores de votos para sua legenda. Ou seja, o marginal é pego com mão na butija, é assumidamente malandro e desonesto, mas o partido dele se socorre para eleger uma bancada. São coisas que só acontecem em nosso País.
Infelizmente, este comportamento tem igualado a todos, sendo tratada pela sociedade como a principal característica de nossos políticos, onde a traição ao eleitor já se tornou uma maldade comum em suas vidas, de tal forma, que esta forma de se comportar é entendida pelo cidadão como coisa corriqueira.
E diante da nossa impotência, todos continuam aceitando passivamente, num inexplicável mutismo, sem oferecer a mínima resistência, a não ser de parte de uma pequena minoria, que ainda assim são desacreditados e adivinhem por quem? Pelos mesmos malandros.
Assim, o que se assiste hoje, passadas as eleições, os passos dados pelos eleitos, deixa o eleitor estarrecido, ao observar, as propostas e projetos apresentados agora, sem que tivessem a coragem de apresentá-las durante o período eleitoral, pois sabiam que se assim o fizessem seriam derrotados. São tentativas diabólicas de mais uma vez escorchar a nossa população, com argumentos nada convincentes.
E nós eleitores, estes sim, os verdadeiros otários, que ainda se deixam levar pelos belos discursos e por promessas que não se sustentam sequer sentada em confortáveis e luxuosas poltronas.

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