Certa noite eu tive um sonho, não o de ter o direito de ir e vir, pois este sem que menos esperemos podem nos tirar, não o direito à vida, pois também pode ser tirado. Este meu sonho me dava o direito à liberdade.
Residia em um Estado, em que o direito de expressão era praticado livremente por todos, e que as promessas feitas eram cumpridas. Enfim tive um sonho: eu era livre. Nós éramos livres.
Neste meu sonho tinham pessoas abnegadas que davam tudo de si para satisfazer as necessidades dos mais pobres, procurando nesta sua doação, levar esperanças para tornar realidade à inclusão de todos na sociedade, daqueles que por algum motivo tiveram seus sonhos jogados na vala comum da exclusão social.
Neste sonho, nos era apresentado um Estado mais justo politicamente, onde os direitos e as oportunidades eram iguais para todos, sem qualquer distinção. Que o acesso ao serviço público era feito através de concursos e que os cargos de chefia eram ocupados entre os servidores mais capazes, não através do “Q.I.” (Quem Indicou).
As imagens que apareciam, mostrava que o povo havia se unido para derrubar a dinastia que imperava no Estado por quase meio século, chefiado pelo nefasto coronelismo, comandada por uma facção política, que o transformara em um dos piores em relação aos índices de desenvolvimento, perdendo apenas para o Maranhão, que coincidentemente também era dominado pelo coronelismo político, chefiado pela clã dos Sarneys, cuja coincidência maior, todas as suas lideranças tiveram origem na antiga ARENA, transformado posteriormente em PFL que hoje responde por DEM.
Em nosso sonho, estes políticos profissionais, que por muitos anos estiveram no Poder e nada fizeram, muitos com seus nomes citado em atos de corrupções, mal versação do dinheiro público, fechamento de jornais, tentativas de amordaçar a imprensa, perseguição àqueles que não rezavam em sua cartilha, foram expurgados da vida pública.
Eles que transformaram o patrimônio do Estado em propriedade privada, serviço público em segmento a seu serviço, inchando os seus quadros, através da colocação de familiares, amigos e cabos eleitorais, não para servir a população, mas para se utilizarem do Estado para seus interesses, passaram a ser tripudiados pelo povo.
De repente, ainda durante o sonho, vejo que a população do Estado resolve dar um basta nesta situação. E de forma ordeira, opta por colocar estes coronéis no ostracismo e no ano de 2060, sem que ninguém acreditasse, até as pesquisas eleitorais diziam o contrário, o coronel de plantão é surpreendentemente derrotado, colocando em seu lugar o novo, aquele que apresentava uma mensagem de mudança. Mudança na forma de administrar, mudança nos paradigmas, onde o Estado estaria a serviço de todos principalmente dos mais pobres, onde o servidor público seria respeitado e valorizado, passando a ter orgulho de ser funcionário público; mudança nas prioridades, onde teríamos segurança, saúde e educação de qualidade. Mudança na escolha dos seus quadros, onde seriam escolhidos os melhores dentro do quadro de profissionais existentes para servirem a população e não ficarem a serviço do chefe de plantão. Enfim, optou o povo por novos métodos e ações políticas.
Neste nosso sonho, a população dizia claramente que não queria ver retornar ao Poder aqueles coronéis que tanto mal causaram ao Estado. Enfim,a população mandou uma mensagem que queria vê-los no ostracismo e que não admitiria que as políticas nefastas por eles praticadas continuassem a imperar.
Mas de repente acordei, e voltei à nossa realidade.
Vi que o povo baiano em 2006, havia tomado uma decisão. Mesmo contrariando todas as pesquisas, houvera optado por dar um basta ao coronelismo e a dinastia carlista que imperava e que era responsável pelo atraso que a Bahia se encontrava, pelo sofrimento que o povo passava, aonde a Bahia só ia bem na propaganda e na televisão de propriedade do grupo que a dominava.
Porém, passado 03 anos da derrubada do Poder da oligarquia, observo que o sonho de uma Bahia diferente, onde o funcionalismo público fosse respeitado e sentisse orgulho de ser servidor; que tivéssemos uma efetiva segurança pública; a educação fosse prioridade; a saúde tivesse um tratamento diferenciado e para ser bem atendido não haveria necessidade de se socorrer ao político de plantão; que os cargos de comando fossem ocupados pelos mais capazes e não pelo “Q.I”; que as políticas públicas fossem direcionadas para aqueles mais necessitados, não como um favor ou como moeda de troca, mas por uma obrigação e para resgatar a dívida social histórica. Vejo que tudo isto continua como antes, nada ou quase nada mudou.
Vejo agora que tudo isto foi apenas um sonho, igual ao sonhado.
Quando a população respondeu nas urnas que não queria a continuidade daquela nefasta política, deixou também bastante claro, que também não queria os seus executores, por tudo de ruim que eles haviam implementado ao povo baiano. Queriam aqueles homens no ostracismo, foi esta a resposta da população baiana.
Porém, àqueles a quem foi dado o Poder não entenderam ou não querem entender o recado dado pelo povo. E eis que de repente, aqueles que o povo expurgou do Poder retornam bravos e faceiros a linha de frente do governo, levados por aqueles que os derrotaram, com se nada de mal tivessem feito ao povo baiano. Em nome de uma reeleição. Ou seja em busca da manutenção do Poder.
Retornam e foram perdoados por eles, mas não sei se pela população. Aí só saberemos em outubro, quando as urnas forem abertas, se foram realmente perdoados ou se estão levando aqueles que o perdoaram para a lama em que sempre estiveram.
Todo mundo tem um sonho. Martin Luther King também o tinha. E como Martin Luther King eu também tenho o meu. E faço dele minhas palavras, é claro adaptando-as a nossa realidade: “Eu tenho um sonho que um dia a Bahia se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que meus filhos vão um dia viver em um Estado onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”.
Eu tive um sonho.
Não deixe ninguém roubar seus sonhos.
Residia em um Estado, em que o direito de expressão era praticado livremente por todos, e que as promessas feitas eram cumpridas. Enfim tive um sonho: eu era livre. Nós éramos livres.
Neste meu sonho tinham pessoas abnegadas que davam tudo de si para satisfazer as necessidades dos mais pobres, procurando nesta sua doação, levar esperanças para tornar realidade à inclusão de todos na sociedade, daqueles que por algum motivo tiveram seus sonhos jogados na vala comum da exclusão social.
Neste sonho, nos era apresentado um Estado mais justo politicamente, onde os direitos e as oportunidades eram iguais para todos, sem qualquer distinção. Que o acesso ao serviço público era feito através de concursos e que os cargos de chefia eram ocupados entre os servidores mais capazes, não através do “Q.I.” (Quem Indicou).
As imagens que apareciam, mostrava que o povo havia se unido para derrubar a dinastia que imperava no Estado por quase meio século, chefiado pelo nefasto coronelismo, comandada por uma facção política, que o transformara em um dos piores em relação aos índices de desenvolvimento, perdendo apenas para o Maranhão, que coincidentemente também era dominado pelo coronelismo político, chefiado pela clã dos Sarneys, cuja coincidência maior, todas as suas lideranças tiveram origem na antiga ARENA, transformado posteriormente em PFL que hoje responde por DEM.
Em nosso sonho, estes políticos profissionais, que por muitos anos estiveram no Poder e nada fizeram, muitos com seus nomes citado em atos de corrupções, mal versação do dinheiro público, fechamento de jornais, tentativas de amordaçar a imprensa, perseguição àqueles que não rezavam em sua cartilha, foram expurgados da vida pública.
Eles que transformaram o patrimônio do Estado em propriedade privada, serviço público em segmento a seu serviço, inchando os seus quadros, através da colocação de familiares, amigos e cabos eleitorais, não para servir a população, mas para se utilizarem do Estado para seus interesses, passaram a ser tripudiados pelo povo.
De repente, ainda durante o sonho, vejo que a população do Estado resolve dar um basta nesta situação. E de forma ordeira, opta por colocar estes coronéis no ostracismo e no ano de 2060, sem que ninguém acreditasse, até as pesquisas eleitorais diziam o contrário, o coronel de plantão é surpreendentemente derrotado, colocando em seu lugar o novo, aquele que apresentava uma mensagem de mudança. Mudança na forma de administrar, mudança nos paradigmas, onde o Estado estaria a serviço de todos principalmente dos mais pobres, onde o servidor público seria respeitado e valorizado, passando a ter orgulho de ser funcionário público; mudança nas prioridades, onde teríamos segurança, saúde e educação de qualidade. Mudança na escolha dos seus quadros, onde seriam escolhidos os melhores dentro do quadro de profissionais existentes para servirem a população e não ficarem a serviço do chefe de plantão. Enfim, optou o povo por novos métodos e ações políticas.
Neste nosso sonho, a população dizia claramente que não queria ver retornar ao Poder aqueles coronéis que tanto mal causaram ao Estado. Enfim,a população mandou uma mensagem que queria vê-los no ostracismo e que não admitiria que as políticas nefastas por eles praticadas continuassem a imperar.
Mas de repente acordei, e voltei à nossa realidade.
Vi que o povo baiano em 2006, havia tomado uma decisão. Mesmo contrariando todas as pesquisas, houvera optado por dar um basta ao coronelismo e a dinastia carlista que imperava e que era responsável pelo atraso que a Bahia se encontrava, pelo sofrimento que o povo passava, aonde a Bahia só ia bem na propaganda e na televisão de propriedade do grupo que a dominava.
Porém, passado 03 anos da derrubada do Poder da oligarquia, observo que o sonho de uma Bahia diferente, onde o funcionalismo público fosse respeitado e sentisse orgulho de ser servidor; que tivéssemos uma efetiva segurança pública; a educação fosse prioridade; a saúde tivesse um tratamento diferenciado e para ser bem atendido não haveria necessidade de se socorrer ao político de plantão; que os cargos de comando fossem ocupados pelos mais capazes e não pelo “Q.I”; que as políticas públicas fossem direcionadas para aqueles mais necessitados, não como um favor ou como moeda de troca, mas por uma obrigação e para resgatar a dívida social histórica. Vejo que tudo isto continua como antes, nada ou quase nada mudou.
Vejo agora que tudo isto foi apenas um sonho, igual ao sonhado.
Quando a população respondeu nas urnas que não queria a continuidade daquela nefasta política, deixou também bastante claro, que também não queria os seus executores, por tudo de ruim que eles haviam implementado ao povo baiano. Queriam aqueles homens no ostracismo, foi esta a resposta da população baiana.
Porém, àqueles a quem foi dado o Poder não entenderam ou não querem entender o recado dado pelo povo. E eis que de repente, aqueles que o povo expurgou do Poder retornam bravos e faceiros a linha de frente do governo, levados por aqueles que os derrotaram, com se nada de mal tivessem feito ao povo baiano. Em nome de uma reeleição. Ou seja em busca da manutenção do Poder.
Retornam e foram perdoados por eles, mas não sei se pela população. Aí só saberemos em outubro, quando as urnas forem abertas, se foram realmente perdoados ou se estão levando aqueles que o perdoaram para a lama em que sempre estiveram.
Todo mundo tem um sonho. Martin Luther King também o tinha. E como Martin Luther King eu também tenho o meu. E faço dele minhas palavras, é claro adaptando-as a nossa realidade: “Eu tenho um sonho que um dia a Bahia se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que meus filhos vão um dia viver em um Estado onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter”.
Eu tive um sonho.
Não deixe ninguém roubar seus sonhos.
O Carlismo teve um índice de popularidade tanto quanto ou maior que o de Lula hoje. Até os seus adversários menos insensatos e o povo reconhecem os feitos daquele ícone . Sempre o desenvolvimento econômico da Bahia naquela administração superava a média nacional. O resto é despeito e paixão
ResponderExcluirMuito ainda aí que se caminhar. Liberdade ainda não é para nós negros um sonho alcançado. Permanecemos amarrados a grilhões forjados durante mais de 350 anos de escravidão, que nos tornaram individualistas e desconfiados dos nossos irmãos, sempre dispostos a barganhar em nosso nome, sem dividir nada. Precisamos ser nossos próprios representantes e não dar procuração pra quem nos explora desde que o Brasil foi fundado.
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