quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SEU VOTO VALE PELO VALOR QUE VOCÊ DÁ


Você lembra como ficou conhecida a “Lei Gerson”? Não? Apenas para: relembrar surgiu através da propaganda de determinada marca de cigarro feita pelo então jogador de futebol Gerson que terminava dizendo que se você fumasse a tal marca "levaria vantagem, certo?".
Hoje a sociedade, assiste estarrecida a escalada de corrupção no âmbito dos três poderes, nos diversos escalões das administrações do país, em todas as suas esferas. E o que é mais constrangedor é observar que ao ser flagrado o corrupto, descaradamente nega e utiliza-se dos mais variados argumentos para justificar a roubalheira praticada.
Toda essa corrupção passa a ser disseminada na sociedade, não só como um comportamento sem ética por aqueles que deveriam dar o exemplo, mas também esta prática nefasta começa afetar o relacionamento entre as pessoas, condicionando-as a quererem "levar vantagem" de acordo com a “lei de Gerson”. Isso tudo está fundamentado em valores de vida distorcidos, buscando obter sempre vantagens sobre os outros não importando se para isso, precisa agir de modos desonestos, pouco éticos ou lícitos. Em resumo, significa dizer que "ser desonesto, conseguindo vantagens, é ter mais valor, é ser mais esperto do que os outros".
Será que teremos que jogar as nossas esperanças nas novas gerações para termos um mundo melhor? Deveremos então ficar de braços cruzados e deixar que tudo continue como está? Enfim qual será a nossa contribuição para um futuro melhor? Para que as novas gerações possam evoluir de modo mais sadio e com características saudáveis de seres humanos, é necessário que esta sociedade de hoje dê exemplos sadios, sendo, portanto necessário que todos passemos a repensar os tipos de exemplos que está dando às crianças e jovens, formando as suas personalidades.
Comecemos então, mesmo tardiamente a dar a nossa colaboração. Lembramos que em 2010, estaremos de posse da maior arma que a democracia nos impõe: o voto. É nessa hora, ao escolher os candidatos aos cargos políticos, que devemos está consciente e analisar com seriedade as "características ideais" daquele que iremos dar a procuração para nos representar no parlamento ou no executivo.
Afinal, quem merece o meu, o seu, enfim o nosso voto? Em quem votar? Essa é a grande dúvida que normalmente tem ocorrido a cada eleição, já que do nosso voto dependerá a escolha do candidato a ser colocado no poder. Portanto o eleitor terá que decidir e decidir bem, pois, é o futuro do Estado que estará em jogo.
A cada eleição, diante dos escândalos e desvios do dinheiro público, das mentiras e promessas não cumpridas, o eleitor fica cada vez mais decepcionado, o que gera dúvidas se alguém está a merecer o seu voto, diante das dificuldades, ao examinar o perfil dos políticos, em encontrar candidatos que possuam qualidades para serem colocados no poder.
É claro que tudo seria mais fácil, se houvesse políticos com "características ideais". Conforme preconizava o filósofo grego Platão, desde o sec. V a.C., quando publicou "A República", quando almejava um político ideal para governar e agir de forma que viesse a constituir uma sociedade ideal. Isso não é uma utopia, porém, reconhecemos que é um sonho que ainda está no imaginário, ver a través da e dos políticos atuais, constituírem uma sociedade onde tudo esteja funcionando da melhor forma, da mesma forma como foi imaginado também, pelo escritor inglês Thomas Morus. Porém, quem sabe, não custa sonhar e talvez este sonho possa se transformar em realidade, algum dia, e tenhamos uma sociedade que consiga ser "civilizada".
Mas, afinal qual o modelo do " político ideal"? Qual político o eleitor poderia confiar e depositar o seu voto, com total segurança, na certeza de que os compromissos assumidos de público seriam cumpridos? Quem seria aquele nome que possuísse intenções sérias e honestas, as quais após eleito fariam todos os esforços para realizar da melhor forma possível, no exercício do seu mandato, com alto espírito público, patriótico e com consciência de sua responsabilidade, ações em benefício da sociedade como um todo, procurando o bem estar da população, dedicando-se ao bem coletivo, e que as suas ações políticas fossem voltadas para obter mudanças que venham produzir uma significativa melhora para a sociedade? Portanto, ao efetuar a escolha procure aquele que demonstre ser uma pessoa consciente da missão transformadora que seu trabalho como político exige, de forma que as suas ações seja algo que traga mudanças. Ações como a utilização racional e de forma bem aplicada os recursos públicos e não os apliquem apenas para agradar aos segmentos eleitorais, que suas ações sejam utilizadas nas atividades do cargo para o qual foi eleito e não gastando tempo em brigas ou intrigas políticas, que tenha consciência que ele está ali para servir ao povo e defende-los nos parlamento e ou no executivo. Que seja proativo, e na sua atividade realize atos e ações com competência, procurando ter uma visão clara e objetiva dos assuntos de forma consciente e que em suas análises procure optar por alternativas e ou soluções que visem o bem coletivo da sociedade, e que as soluções encontradas possam ser aprovadas(s) e implementadas(s).
O que se quer são pessoas nas quais, a honestidade política seja uma regra, e não uma exceção, onde os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, estejam efetivamente a serviço do povo e não como hoje, que serve apenas a segmentos da sociedade e tem como regra servir as elites econômicas e sociais. Que estes mesmos três poderes, possam vir a ser mais eficazes em suas ações e que a sociedade possa fiscalizá-los e porque não, até auditá-los, independentemente de pressões políticas.
Sintam como seria importante e quantas mudanças ocorreriam se todos objetivassem o bem coletivo de seus municípios, dos seus Estados e logicamente isto iria irradiar por todo o País, ocorrendo assim uma revolução na atual situação política, trazendo em seu bojo outras mudanças que precisam ocorrer para o bem do seu povo.
Portanto eleitor, ao decidir pelo seu voto, examine os noticiários, veja o que seu candidato tem feito, pois como se sabe atualmente, muitos políticos têm preferido utilizar o tempo e os recursos públicos disponíveis para outros fins e interesses, envolvendo-se em corrupções, em conchavos com finalidade de obterem vantagem pessoal ou do grupo que representa, outros só se preocupam em trabalhar apenas para serem de novo reeleitos, e como os primeiros, gastam tempo e dinheiro público em diversos outros interesses sem o objetivo de alcançar o bem coletivo com o seu trabalho. A luta pela nomeação para cargos públicos não pela competência, mas escolhidas por acordos ou barganhas políticas feitas durante a campanha eleitoral para conseguir se eleger. Compõem o grupo dos maus políticos, sendo os maiores responsáveis com suas ações, em frear o desenvolvimento da sua cidade, do seu Estado e até do País.
Ao agirem desta forma, estes maus políticos apenas atrapalham as decisões para o bem coletivo.
Portanto eleitor,que sua escolha seja realmente acertada, retirando do cenário político que já demonstraram por suas ações que são maus políticos, colocando nos cargos públicos, ou reelegendo, aqueles políticos que realmente demonstrem estarem comprometidos com o objetivo dos cargos a que concorrem. Assim, teremos a certeza de que com o voto consciente estaremos contribuindo para que assumam os cargos públicos, somente pessoas mais responsáveis e que tenham a consciência, o interesse e a motivação de trabalharem para o bem coletivo.

Um comentário:

  1. Pior que o descrédito politico, é a acomodação do povo que se contenta com assistencialismo barato, com uma cesta básica aqui, um botijão de gás ali, 20 reais mais a frente...
    Não se sustentaria a corrupção se o povo não estivesse rendido, alimetando-a e fortificando-a cada vez mais.
    Claro que essa visão do povo, essa acomodação é na verdade, o reflexo da forma errônoa com que nossos politicos se elegem e conduzem a politica eleitoral.

    "Nosso amor ao Estado deve ser para superá-lo". Somente assim poderemos sonhar com um modo mais humano, democratico e participativo.

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