sábado, 26 de abril de 2025

Existe uma relação entre o tamanho do cérebro, Parkinson e TDAH, diz estudo

Em um dos maiores estudos sobre DNA e volume cerebral já realizados, pesquisadores identificaram 254 variantes genéticas que influenciam estruturas-chave no cérebro profundo, áreas essenciais para funções como memória, habilidades motoras e comportamentos viciantes.

As descobertas foram publicadas na Nature Genetics e fazem parte do consórcio Enhancing Neuro Imaging Genetics through Meta-Analysis (ENIGMA), que reúne mais de 1.000 laboratórios em 45 países.

A pesquisa, liderada por Paul M. Thompson da USC, pretende entender as variações genéticas que contribuem para doenças cerebrais.

Com amostras de DNA e exames de ressonância magnética de 74.898 participantes, os cientistas realizaram estudos de associação genômica (GWAS) e encontraram ligações entre o volume cerebral e o risco de desenvolver condições como Parkinson e TDAH.

<><> Mais detalhes do estudo

•        Os pesquisadores analisaram regiões subcorticais importantes, incluindo o tronco cerebral, hipocampo e tálamo, descobrindo que as variantes genéticas identificadas explicam até 10% das diferenças observadas no volume cerebral entre os indivíduos.

•        Embora as associações sejam correlacionais, o estudo fornece novas pistas sobre a base genética de distúrbios cerebrais, permitindo um direcionamento mais claro para futuras investigações.

•        Thompson destacou que o estudo é inovador por identificar precisamente onde essas variantes genéticas atuam no cérebro, oferecendo um ponto de partida para intervenções terapêuticas.

•        Os primeiros autores do estudo, Luis García-Marín e Adrian Campos, utilizaram dados de várias fontes, como o UK Biobank e o estudo Adolescent Brain Cognitive Development (ABCD).

Essas descobertas não apenas ampliam o conhecimento sobre a biologia do cérebro, mas também podem ser fundamentais para entender as causas subjacentes de distúrbios cerebrais, ajudando a desenvolver tratamentos mais eficazes no futuro.

•        Tecnologia é vilã ou aliada do TDAH (déficit de atenção)?

Segundo especialistas, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) pode ser agravado pela tecnologia. No entanto, isso acontece quando há excessos no uso de dispositivos como smartphones, tablets e notebooks.

Uma pesquisa revelou que o uso sem moderação desses aparelhos pode até mesmo ser a causa do desenvolvimento do transtorno. No entanto, se a tecnologia for usada corretamente, pessoas com TDAH podem se beneficiar. Conheça agora o lado positivo e negativo de se combinar os mecanismos digitais com o déficit de atenção.

<><> TDAH e a tecnologia: pontos negativos

•        Exposição prolongada às telas

De acordo com uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association, a cada nova atividade digital que um estudante interage, a chance de desenvolver os sintomas do distúrbio aumenta em 10%.

Em outras palavras, o excesso de telas pode ser um fator para desenvolvimento da doença. Sem contar que ainda pode ser um agravante. Segundo especialistas, essa exposição também pode agravar os sintomas, dificultando prestar atenção e piorando a hiperatividade, especialmente em crianças e adolescentes.

Quem sofre de TDAH pode sentir uma liberação de dopamina quando conectado em excesso e com tantos estímulos proporcionados pela tecnologia. Isso pode despertar o sentimento por gratificação imediata, característica comum em indivíduos com o transtorno.

<><> Impacto no Sono

Não existe nada pior do que uma noite mal dormida para quem sofre com algum tipo de transtorno. Dito isso, a combinação entre TDAH e tecnologia antes de dormir é um grande erro.

Afinal, os problemas para dormir afetam de 25% a 50% das pessoas com TDAH, de acordo com um artigo publicado na Medical News Today. Além disso, distúrbios do sono podem afetar as crianças com o transtorno, aumentando a hiperatividade, mau-humor e falta de atenção.

<><> TDAH e a tecnologia: fatores positivos

•        Ferramentas de Auxílio

A combinação TDAH e tecnologia também pode ser benéfica. Afinal, algumas ferramentas podem ser verdadeiros auxílios para minimizar sintomas. Esse é o caso dos aplicativos de organização, por exemplo, que ajudam na produtividade, gerenciamento de tempo e de tarefas eficientemente.

Além disso, alguns apps podem ser grandes aliados do bem-estar, como as plataformas de Mindfulness e de meditação. Uma vez que, podem ajudar a melhorar a atenção e a reduzira a impulsividade.

Além disso, jogos podem ser uma ferramenta útil para quem tem TDAH, segundo especialistas, já que eles podem ajudar a melhorar a atenção e foco. Jogos podem ainda contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais e reduzir o estresse e ansiedade.

•        Redes sociais

Se não usadas em excesso, as redes sociais podem ser um meio pelo qual as pessoas com TDAH possam encontrar comunidades e diversas pessoas que compartilham do mesmo transtorno.

Dessa forma, as mídias digitais podem representar um “lugar de acolhimento” e apoio, além de um canal de identificação para quem convive com déficit de atenção.

•        Diagnóstico e tratamento

A tecnologia pode ser uma aliada para o diagnóstico e tratamento do TDAH. Esse é o caso da telemedicina, que promove consultas à distância, aproximando profissionais especialistas capazes de fazer o diagnóstico em pacientes.

Além disso, existem aplicativos que ajudam no monitoramento da doença. Alguns auxiliam a comunicação e interação de diferentes colaboradores responsáveis pelo acompanhamento de pessoas com TDAH.

 

Fonte: Olhar Digital

 

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