Existe
uma relação entre o tamanho do cérebro, Parkinson e TDAH, diz estudo
Em um
dos maiores estudos sobre DNA e volume cerebral já realizados, pesquisadores
identificaram 254 variantes genéticas que influenciam estruturas-chave no
cérebro profundo, áreas essenciais para funções como memória, habilidades
motoras e comportamentos viciantes.
As
descobertas foram publicadas na Nature Genetics e fazem parte do consórcio
Enhancing Neuro Imaging Genetics through Meta-Analysis (ENIGMA), que reúne mais
de 1.000 laboratórios em 45 países.
A
pesquisa, liderada por Paul M. Thompson da USC, pretende entender as variações
genéticas que contribuem para doenças cerebrais.
Com
amostras de DNA e exames de ressonância magnética de 74.898 participantes, os
cientistas realizaram estudos de associação genômica (GWAS) e encontraram
ligações entre o volume cerebral e o risco de desenvolver condições como
Parkinson e TDAH.
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Mais detalhes do estudo
• Os pesquisadores analisaram regiões
subcorticais importantes, incluindo o tronco cerebral, hipocampo e tálamo,
descobrindo que as variantes genéticas identificadas explicam até 10% das
diferenças observadas no volume cerebral entre os indivíduos.
• Embora as associações sejam
correlacionais, o estudo fornece novas pistas sobre a base genética de
distúrbios cerebrais, permitindo um direcionamento mais claro para futuras
investigações.
• Thompson destacou que o estudo é
inovador por identificar precisamente onde essas variantes genéticas atuam no
cérebro, oferecendo um ponto de partida para intervenções terapêuticas.
• Os primeiros autores do estudo, Luis
García-Marín e Adrian Campos, utilizaram dados de várias fontes, como o UK
Biobank e o estudo Adolescent Brain Cognitive Development (ABCD).
Essas
descobertas não apenas ampliam o conhecimento sobre a biologia do cérebro, mas
também podem ser fundamentais para entender as causas subjacentes de distúrbios
cerebrais, ajudando a desenvolver tratamentos mais eficazes no futuro.
• Tecnologia é vilã ou aliada do TDAH
(déficit de atenção)?
Segundo
especialistas, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
pode ser agravado pela tecnologia. No entanto, isso acontece quando há excessos
no uso de dispositivos como smartphones, tablets e notebooks.
Uma
pesquisa revelou que o uso sem moderação desses aparelhos pode até mesmo ser a
causa do desenvolvimento do transtorno. No entanto, se a tecnologia for usada
corretamente, pessoas com TDAH podem se beneficiar. Conheça agora o lado
positivo e negativo de se combinar os mecanismos digitais com o déficit de
atenção.
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TDAH e a tecnologia: pontos negativos
• Exposição prolongada às telas
De
acordo com uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical
Association, a cada nova atividade digital que um estudante interage, a chance
de desenvolver os sintomas do distúrbio aumenta em 10%.
Em
outras palavras, o excesso de telas pode ser um fator para desenvolvimento da
doença. Sem contar que ainda pode ser um agravante. Segundo especialistas, essa
exposição também pode agravar os sintomas, dificultando prestar atenção e
piorando a hiperatividade, especialmente em crianças e adolescentes.
Quem
sofre de TDAH pode sentir uma liberação de dopamina quando conectado em excesso
e com tantos estímulos proporcionados pela tecnologia. Isso pode despertar o
sentimento por gratificação imediata, característica comum em indivíduos com o
transtorno.
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Impacto no Sono
Não
existe nada pior do que uma noite mal dormida para quem sofre com algum tipo de
transtorno. Dito isso, a combinação entre TDAH e tecnologia antes de dormir é
um grande erro.
Afinal,
os problemas para dormir afetam de 25% a 50% das pessoas com TDAH, de acordo
com um artigo publicado na Medical News Today. Além disso, distúrbios do sono
podem afetar as crianças com o transtorno, aumentando a hiperatividade,
mau-humor e falta de atenção.
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TDAH e a tecnologia: fatores positivos
• Ferramentas de Auxílio
A
combinação TDAH e tecnologia também pode ser benéfica. Afinal, algumas
ferramentas podem ser verdadeiros auxílios para minimizar sintomas. Esse é o
caso dos aplicativos de organização, por exemplo, que ajudam na produtividade,
gerenciamento de tempo e de tarefas eficientemente.
Além
disso, alguns apps podem ser grandes aliados do bem-estar, como as plataformas
de Mindfulness e de meditação. Uma vez que, podem ajudar a melhorar a atenção e
a reduzira a impulsividade.
Além
disso, jogos podem ser uma ferramenta útil para quem tem TDAH, segundo
especialistas, já que eles podem ajudar a melhorar a atenção e foco. Jogos
podem ainda contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais e reduzir
o estresse e ansiedade.
• Redes sociais
Se não
usadas em excesso, as redes sociais podem ser um meio pelo qual as pessoas com
TDAH possam encontrar comunidades e diversas pessoas que compartilham do mesmo
transtorno.
Dessa
forma, as mídias digitais podem representar um “lugar de acolhimento” e apoio,
além de um canal de identificação para quem convive com déficit de atenção.
• Diagnóstico e tratamento
A
tecnologia pode ser uma aliada para o diagnóstico e tratamento do TDAH. Esse é
o caso da telemedicina, que promove consultas à distância, aproximando
profissionais especialistas capazes de fazer o diagnóstico em pacientes.
Além
disso, existem aplicativos que ajudam no monitoramento da doença. Alguns
auxiliam a comunicação e interação de diferentes colaboradores responsáveis
pelo acompanhamento de pessoas com TDAH.
Fonte:
Olhar Digital

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