China e EUA podem
enfrentar a ameaça de conflito militar, diz relatório da Rússia
A China e os EUA
podem enfrentar uma crise em larga escala nas relações bilaterais e a ameaça de
um conflito militar se a pressão econômica de Washington sobre a China provar
ser inútil, aponta relatório do Instituto Nacional de Pesquisa em Economia
Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia disponível
à Sputnik.
"Aumentará
a tensão
nas relações sino-americanas em 2025, o que afetará negativamente
a situação política e militar na região da Ásia-Pacífico e o desenvolvimento da
economia mundial", aponta o documento.
Os autores observam
que se até o final do ano, o presidente
eleito dos EUA, Donald Trump, ficar convencido de que a pressão
econômica sobre a China é inútil, ele pode tentar aumentar as apostas usando o
problema de Taiwan.
"Nesse caso,
China e EUA enfrentarão uma crise em larga escala das relações bilaterais e a ameaça
de um conflito militar", diz o relatório.
No final de
dezembro, a China criticou os EUA pelo envio de assistência
militar a Taiwan,
no valor de US$ 571,3 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões), e pela aprovação de
US$ 295 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em vendas de armas para a ilha.
¨ Negociações sobre a Ucrânia devem ser realizadas apenas
entre a Rússia e os EUA, diz jornalista
Quaisquer
negociações para resolver o conflito na Ucrânia devem ser conduzidas entre a
Rússia e os EUA sem a participação da Ucrânia em princípio, tendo em conta a
dependência de Kiev do Ocidente, disse em conversa com a Sputnik o jornalista
norte-americano Jackson Hinkle.
"A Ucrânia não
deve estar envolvida em negociações. Acho que só deveria ser entre os EUA e a
Rússia, já que a guerra está ocorrendo entre os EUA e a Rússia [...]. Os
EUA estão em guerra com a Rússia há anos e, à medida que o tempo passa, ocorre
uma escalada crescente", diz o interlocutor da agência.
Ele também acredita
que qualquer líder
ucraniano,
como Vladimir Zelensky, seria um fantoche
do Ocidente,
de modo que a participação da parte ucraniana nas negociações não é necessária
em princípio.
Anteriormente, em
junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin propôs condições para
uma solução
do conflito na Ucrânia, dizendo que Moscou cessaria fogo imediatamente e
iniciaria as negociações se Kiev renunciasse formalmente à adesão à OTAN e
retirasse suas tropas dos territórios ocupados.
Putin também
observou que os acordos anteriores firmados após as negociações na Turquia
haviam sido violados pelo lado ucraniano e que Vladimir Zelensky havia proibido
legalmente novas negociações com Moscou.
¨ Oficiais ucranianos têm viajado para Washington há
semanas para buscar apoio de Trump, diz mídia
A equipe de
Vladimir Zelensky está tentando apaziguar o presidente eleito Donald Trump,
escreve o jornal The Sunday Times, citando o deputado ucraniano Aleksandr
Merezhko.
"Há várias
semanas, os confidentes de Zelensky têm viajado para Washington, onde preparam
e persuadem de todas as formas possíveis os companheiros de Donald
Trump", afirma o jornal.
Observa-se que a
equipe do presidente
eleito dos EUA ainda não
deu pistas sobre formas de resolver o conflito, enquanto faltam apenas duas
semanas para sua posse.
"Trump tem
associações ruins com a
Ucrânia,
por isso precisamos tentar mudar essa percepção. [...] no mínimo, devemos
tentar", ressalta o jornal, citando o chefe do comitê de relações
exteriores do parlamento ucraniano, Merezhko.
Anteriormente,
Trump prometeu que pode chegar a uma solução negociada para o
conflito ucraniano. Ele disse várias vezes que seria capaz de fazer
isso em um dia. No entanto, Moscou expressou a opinião de que esse é um
problema muito complexo para uma solução tão simples.
Além disso, o
presidente eleito dos EUA criticou várias vezes a abordagem de Washington em
relação ao conflito na Ucrânia e ao próprio Vladimir
Zelensky.
Assim, em seus comícios, ele o chamou de "o maior comerciante",
cuja visita termina com uma ajuda multibilionária dos Estados Unidos.
¨ Zelensky está cheio de ilusões sobre Trump e seu papel
no acordo ucraniano, diz especialista
Declarações do
atual líder ucraniano Vladimir Zelensky mostraram que ele está cheio de ilusões
sobre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e espera que ele possa
pressionar a Rússia, o que, na verdade, é improvável, disse Spiridon
Kilinkarov, ex-deputado do parlamento ucraniano, à Sputnik.
Anteriormente,
Zelensky disse em uma entrevista que Trump "poderia ser decisivo" e
chamou-o de "forte
e imprevisível",
expressando uma esperança de que essa imprevisibilidade diria respeito
principalmente à Rússia.
Zelensky também
confirmou que Kiev vai estar pronta para conversas
com Trump sobre
a solução ucraniana já no final deste mês.
"Não sei quais
são as ilusões que Zelensky tem sobre Trump, mas provavelmente vive com elas e
espera que ele e Trump decidam juntos o destino da Rússia e da
Europa", disse Kilinkarov.
Ele enfatizou que,
durante toda a entrevista, Zelensky evitou uma resposta direta à pergunta se
está pronto para negociar a solução
do conflito ucraniano.
Em resposta, disse
o especialista, Zelensky estava inventando histórias
estranhas literalmente durante a entrevista.
"Na verdade,
ele enfatizou que não pretende se sentar à mesa de negociações com Moscou,
embora ninguém o tenha chamado para isso. Mas ele tem a ilusão de que, sob a
pressão de Trump, a Rússia iniciará negociações. E disse que gosta da posição
de Trump de 'paz por meio da força', mas não percebe que isso afetará mais
ele e a Ucrânia do que a Rússia", concluiu Kilinkarov.
<><> Por
sua vez, em 14 de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as
seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:
# Retirada completa
do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL)
e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
# Reconhecimento
das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
# Status neutro,
não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
# Desmilitarização
e desnazificação da Ucrânia;
# Garantia dos
direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
# Cancelamento de
todas as sanções impostas à Rússia.
¨ Zelensky reclama que metade do dinheiro dos EUA nunca
chegou à Ucrânia
Em uma entrevista
com o jornalista americano Lex Friedman, Vladimir Zelensky reclamou que a
Ucrânia não recebeu metade dos fundos prometidos pelos Estados Unidos.
"Recebemos
armas dos Estados Unidos da América, da Europa. Se tomarmos, por exemplo, o
dinheiro dos Estados Unidos da América, durante todo esse tempo de guerra, algo
em torno de US$ 177 bilhões [mais de R$ 1 trilhão] foi votado ou uma decisão
foi tomada. Sejamos honestos. Não recebemos metade desse dinheiro. O segundo
ponto, que é muito importante, é simplesmente, por exemplo, corrupção? Essa é a
primeira pergunta. Corrupção de quem? Essa é a segunda pergunta", disse
Zelensky em um vídeo publicado em seu canal no YouTube.
Ele também
reconheceu que a corrupção é generalizada na Ucrânia, mas que as
autoridades estão combatendo isso incansavelmente.
"Realmente
temos um sistema anticorrupção muito complexo. É o mais complexo de toda a
Europa. Isso [eliminação da corrupção] é outro requisito da União
Europeia", observou Zelensky, questionando onde está a segunda metade
do dinheiro
prometido pelos Estados Unidos.
A Rússia declarou
que o fornecimento
de armas à Ucrânia dificulta
a resolução do conflito, e envolve diretamente os países da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito. O ministro das Relações
Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga contendo
armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo da Rússia.
Os Estados Unidos e
a OTAN estão diretamente
envolvidos no conflito, frisou ele, não apenas fornecendo armas, mas também
treinando pessoal no Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
¨ Ucrânia perdeu o
controle sobre grande depósito de lítio em Donetsk
As autoridades
ucranianas perderam efetivamente o controle sobre o maior depósito de lítio na
parte ocidental da República Popular de Donetsk (RPD), afirmou Vladimir Rogov,
presidente da comissão da Câmara Pública da Federação da Rússia e e
copresidente do conselho de coordenação para a integração de novas regiões, à
Sputnik.
"O regime de
Zelensky efetivamente perdeu o controle sobre o maior depósito de lítio de
Shevchenkovskoe, que há muito tempo estava sob ocupação das tropas
ucranianas."
"Nosso
Exército está avançando
gradualmente em direção à fronteira ocidental da RPD, incluindo na área
de Krasnoarmeisk, Kurakhovo e Velikaya Novosyolka. O inimigo não poderá mais
conduzir nenhum projeto lá, mas ainda servirá à economia do nosso
país", disse Rogov.
Segundo ele, o
depósito está localizado na parte ocidental da RPD, mas seus depósitos também
cobrem a região de Zaporozhie. Rogov enfatizou que, além do lítio, este
depósito contém muitos outros recursos naturais valiosos, incluindo
nióbio, berílio e tântalo.
"O depósito de
lítio de Shevchenkovskoe é simplesmente inestimável em termos de sua
importância estratégica. Ele ocupa cerca de 40 hectares", disse Rogov.
Kurakhovo é uma
cidade na parte ocidental da RPD, tem
importante significado operacional. É o maior assentamento na parte sudoeste
de Donbass, permanecendo sob o controle das Forças Armadas ucranianas após a
libertação de Ugledar. Tomar Kurakhovo permitirá que as tropas russas
avancem a fronteira ocidental da RPD.
Em novembro
passado, o jornal americano Washington Post escreveu que as autoridades
ucranianas estão procurando maneiras de convencer o presidente eleito dos EUA,
Donald Trump, de que o apoio contínuo à Ucrânia poderia beneficiar os Estados
Unidos.
De acordo com a
mídia, a discussão foi, em particular, sobre tentativas de interessar
empresas americanas nos recursos minerais da Ucrânia e nas partes russas
controladas por Kiev, incluindo
reservas de gás e lítio.
¨ Modernização de bombardeiro Tu-160 mostra que os EUA
subestimaram seriamente a Rússia, diz mídia
Modernização dos
bombardeiros estratégicos da Rússia Tu-160 sinaliza o fracasso da abordagem dos
EUA às relações com Moscou, escreve a revista americana The National Interest.
Lançamento do
programa de modernização, que foi solicitado pelo escritório de projetos
Tupolev para seu Tu-160, foi "um movimento inteligente de Moscou".
Washington cometeu um grave erro ao virar a Rússia pós-soviética contra si. Nos
disseram que a Rússia pode ser facilmente ignorada e maltratada. A evolução
do poderoso
Tu-160M é
"uma das evidências da falsidade de tais noções", disse o artigo.
Segundo observa a
revista, o Tu-160 desempenha um papel crucial na tríade nuclear russa. Os
bombardeiros russos podem lançar uma grande variedade
de armas a
partir de grandes distâncias. Destaca-se que o novo radar e os meios
atualizados de resistência à interferência permitem aos bombardeiros controlar
sempre a situação e romper eficazmente a defesa aérea inimiga.
"O Tu-160M […]
é um assassino de sangue frio", enfatiza o material.
O primeiro
protótipo do Tu-160M foi criado como parte de um programa de grande escala para
modernizar os sistemas de aviação de longo alcance, que está sendo realizado
pela russa Tupolev, e que fez seu voo de estreia em 12 de janeiro de 2022.
O novo Tu-160M
recebeu motores modernizados, equipamentos eletrônicos e aviônicos de bordo
atualizados, armas
modernas e
novos sistemas de controle, além de meios de guerra eletrônica.
<><>
Rússia divulga peculiaridades do Terminator russo, capaz de substituir unidade
de infantaria
A corporação
tecnológica russa Rostec divulgou características, obtidas inclusive na
experiência de combate, de um blindado russo sem análogos em outras forças
armadas – veículo de combate de apoio a tanques Terminator.
O primeiro
Terminator foi comissionado pelo Exército russo em 2018. Os blindados já
participaram da operação militar especial na Ucrânia.
"Na zona de
operação militar, o veículo de combate de apoio a tanques mostra alta eficácia
não só em apoio a tanques, mas também como uma unidade de assalto
independente, destruindo pontos de disparo e pontos fortes do inimigo",
diz a corporação.
O veículo de
combate de apoio a tanques Terminator pode substituir um destacamento de
infantaria motorizada que incluiria um veículo
de combate de infantaria BMP-2M, fuzileiros, metralhador e lançador de
granadas.
A Rostec também
observou que a experiência de uso
em combate do
Terminator revela que pode resistir a vários ataques de armas inimigas salvando
a tripulação e seus principais sistemas.
>>>> O sistema
de armas do Terminator é composto por:
# Dois canhões 2A42
de 30 mm;
# Quatro lançadores
de mísseis guiados do tipo Ataka 9M120-1 com sistema de orientação a laser;
# Dois lançadores
de granadas AGS-17;
# Uma metralhadora
de tanque modernizada Kalashnikov de 7,62 mm.
Esse complexo de
armas permite atingir vários alvos ao mesmo tempo. O Terminator não tem
análogos nos países ocidentais que fornecem armas e equipamentos à Ucrânia.
<><>
Mísseis ATACMS na Ucrânia são vergonha como tanques Leopard e Abrams, diz
jornalista irlandês
Os sistemas de
defesa antiaérea russos abateram mísseis ATACMS lançados pela Ucrânia contra a
Rússia, ressalta o jornalista irlandês Chay Bowes.
Os mísseis ATACMS,
que supostamente "mudariam as regras do jogo", foram adicionados aos
tanques Leopard e Abrams "na lista de vergonha", afirma Bowes.
No dia anterior
(4), o
Ministério da Defesa russo afirmou que os sistemas de defesa antiaérea S-400
e Pantsir-SM haviam abatido todos os oito mísseis ATACMS lançados do
território ucraniano.
Em meados de
novembro, soube-se que o
presidente dos EUA, Joe Biden, permitiu que a Ucrânia usasse
mísseis de longo alcance dos EUA para atacar profundamente o território
russo. Autorização semelhante também foi dada pelo Reino Unido e pela França
para seus mísseis Storm Shadow e SCALP.
O
presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por sua vez, disse que considera a
decisão de Biden ruim e pode cancelá-la após assumir o cargo.
¨ Comércio global: pedidos de navios porta-contêineres
aumentam mesmo com desaceleração
Um número recorde
de navios porta-contêineres foi encomendado devido aos lucros crescentes, mas,
ultrapassando os níveis da pandemia de COVID-19, gerou preocupações diante dos
sinais de incerteza emitidos pelo comércio global.
A capacidade total
de navios
porta-contêineres encomendados
atingiu 8,4 milhões de contêineres de 20 pés em novembro, de acordo com a
Braemar — líder no setor de corretagem marítima, o nível mais alto desde
que a corretora começou a coletar dados em 2000.
Segundo a apuração do Financial
Times (FT), existe um grande empuxo para o investimento no crescimento da frota
de navios, apesar do risco de excesso da capacidade sinalizado pela
Braemar. Os lucros
do setor,
no entanto, se devem ao cerco houthi aos navios que cruzavam o mar Vermelho
(com destino a Israel ou de propriedade de Israel), que agora percorrem um
trajeto mais longo, portanto, mais oneroso.
O que tem
preocupado os analistas do setor é que ainda não está claro por quanto tempo
a campanha
houthi deve
permanecer no mar Vermelho, nem se as promessas de protecionismo do novo
presidente dos EUA, Donald Trump, vão continuar pressionando o comércio
global.
Se a situação se
estabilizar, o setor terá adquirido uma dívida
significativa à
medida em que as taxas baixarem e a circulação de produtos retornar às
rotas tradicionalmente estabelecidas.
Ainda segundo dados
da Bimco, divulgados pela apuração, até 2026, a oferta de transporte de
contêineres deve ter aumentado 46% em comparação a 2019, embora o grupo
espere que os volumes de carga aumentem
a demanda em
apenas 22% no mesmo período.
Se Trump levar à
cabo sua política austera de tarifas
alfandegárias e
os países resolverem retaliar, a demanda por contêineres pode ser mais fraca do
que o previsto, e muito embora, algumas das encomendas por novas embarcações
pretendam substituir antigas, o setor enfrentaria um cenário ruim.
Embora o setor já
tenha enfrentado riscos e excesso
de oferta semelhantes
durante a pandemia de COVID-19, ironicamente, foram os ataques dos houthis
que mudaram as expectativas do setor poucos meses depois do fim da crise
sanitária.
Fonte: Sputnik
Brasil
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