quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Prefeitura de Salvador entra em pânico após prisão do “Rei do Lixo”

A prisão pela Polícia Federal do empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo da Bahia”, provocou pânico na Prefeitura de Salvador, comandada atualmente por Bruno Reis (União Brasil).

Preso na Operação Overclean, o “Rei do Lixo” é dono da MM Consultoria Construções e Serviços, empresa que tem contratos bilionários com a gestão da capital baiana e com prefeituras administradas pelo União Brasil.

Segundo apurou a coluna, a ação da PF causou rebuliço na Prefeitura de Salvador na terça-feira (11/12). Membros do alto escalão da gestão Bruno Reis se dizem apreensivos e temem que a operação chegue no prefeito.

A operação já começou a atingir o baixo clero da prefeitura. Na própria terça, o diretor de Administração da Secretaria Municipal de Educação de Salvador, Flavio Henrique Pimenta, foi preso.

Segundo a investigação, Pimenta foi preso acusado de passar informações privilegiadas para uma das empresas envolvidas no esquema. O servidor foi exonerado do cargo no mesmo dia.

·        O “Rei do Lixo” e o União Brasil

O “Rei do Lixo” foi detido na mesma operação da PF que também prendeu Francisquinho Nascimento, primo do atual líder do União Brasil na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (BA).

Quando os policiais federais chegaram ao endereço de Francisquinho, o primo de Elmar jogou uma sacola com R$ 200 mil pela janela. A ação foi flagrada pela PF.

A MM Consultoria Construções e Serviços, empresa de Marcos, é especializada em serviços de limpeza urbana. A companhia também foi alvo das buscas feitas pelos policiais federais.

Filiado ao União Brasil, o empresário é amigo dos principais caciques do partido. Entre eles, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto e do presidente nacional da sigla, Antônio Rueda.

¨      Quem é o “Rei do Lixo da Bahia”, empresário influente preso pela PF

Preso na última terça-feira (10/12) pela Polícia Federal (PF), na Operação Overclean, o empresário José Marcos Moura é conhecido em Salvador (BA) como o “Rei do Lixo da Bahia”, por vencer diversos contratos de licitação de limpeza urbana no estado, por meio de sua empresa, MM Consultoria Construções e Serviços. A companhia também foi alvo das buscas feitas pelos policiais federais.

Marcos Moura  é filiado ao União Brasil e amigo dos principais caciques do partido, como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, vice-presidente da legenda, e do presidente nacional da sigla, Antônio Rueda.

<><> Preocupação para o prefeito

Segundo a coluna Igor Gadelha, no Metrópoles, a ação da PF causou rebuliço na Prefeitura de Salvador, com membros do alto escalão da gestão Bruno Reis (União) se dizendo apreensivos e temendo que a operação chegue no prefeito.

A operação já começou a atingir o baixo clero da prefeitura. Na própria terça, o diretor de administração da Secretaria Municipal de Educação de Salvador, Flavio Henrique Pimenta, foi preso.

Segundo a investigação, Pimenta foi preso acusado de passar informações privilegiadas para uma das empresas envolvidas no esquema. O servidor foi exonerado do cargo no mesmo dia.

¨      Nattan, cantor de forro,  chama “Rei do Lixo” preso pela PF de “amigo”

O cantor de forró e sertanejo Nattanzinho chamou o empresário Marcos Moura, que foi preso em operação da Polícia Federal por fraude em licitação, de “amigo” durante um show.

Conhecido como “Rei do Lixo” da Bahia, Marcos Moura foi detido pela PF na terça-feira (11/12) durante a Operação Overclean, que apura desvios milionários de recursos públicos.

Em gravação obtida pela coluna, Nattanzinho aparece no palco, chamando o empresário pelo nome e falando sobre uma apresentação em Las Vegas, nos Estados Unidos.

“Marcos Moura, dia 11 de novembro nós estamos Las Vegas, amigo, Vegas”, disse o cantor na gravação.

Em outro trecho do show, cuja data a coluna não conseguiu confirmar, Nattanzinho diz: “A coluna também teve acesso a uma foto dos dois . Na imagem, postada pelo próprio cantor, o artista aparece ao lado do Rei do Lixo, do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e do empresário George Richard.Marcos Moura, pega seu copo que hoje nós vamos tomar uma, meu filho”.

¨      “Rei do Lixo” já foi citado pela PGR em esquema de venda de sentenças

Preso pela Polícia Federal em operação que apura desvio de recursos públicos, o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” da Bahia, já se envolveu em outros problemas com a Justiça.

Em 2020, o empresário foi citado pela Procuradoria Geral da República (PGR) na Operação Faroeste, que apura um grande esquema de vendas de sentenças na região oeste da Bahia.

De acordo com o relatório da PGR, ao qual a coluna teve acesso, recursos do esquema de vendas de sentenças teriam sido lavados por meio da empresa de Marcos Moura, a “MM Consultoria Construções e Serviços.

Segundo o Ministério Público Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou R$ 9,7 milhões em movimentações suspeitas na empresa do “Rei do Lixo” baiano.

“O investigado José Pinheiro foi sinalizado pelo Coaf por movimentação suspeita adstrita ao investigado José Marcos de Moura e MM Consultoria, os quais foram vencedores de licitação milionária de lixo na região do oeste, podendo ser essa a fonte para oxigenação de divisas ilícitas em espécie”, diz um trecho do documento.

O relatório da PGR afirma que Marcos Moura integrava o “núcleo de defesa social” da suposta organização criminosa. De acordo do documento, o Rei do Lixo seria o financiador do grupo.

Além de Moura, o núcleo era composto pela ex-procuradora-geral do Ministério Público baiano Ediene Lousado, pelo então secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa e pela sua então chefe de gabinete, Gabriela Macedo.

“Feitos tais registros, deve ser tracejado que José Marcos de Moura pode ter funcionado para capitalizar divisas criminosas para os atores aqui investigados, que se deleitavam com vantagens indevidas em espécie ou talhadas em ouro, jantares e viagens, de modo que a impunidade pudesse imperar a favor de todos”, diz um trecho do relatório.

Apesar dos indícios de lavagem de dinheiro para corrupção e de ter tido seu nome citado no relatório, Moura não aparece na lista de pessoas oficialmente investigadas no caso da venda de sentenças.

<><> Nova investigação e prisão

Nas últimas semanas, Marcos voltou a ser investigado e acabou preso pela PF no âmbito na Operação Overclean, que apura fraudes em licitações e desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

Como o Metrópoles mostrou, o empresário foi preso na mesma operação que também prendeu Francisquinho Nascimento, primo do atual líder do União Brasil na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (BA).

Quando os policiais federais chegaram ao endereço de Francisquinho, o primo de Elmar jogou uma sacola com R$ 200 mil pela janela. A ação foi flagrada pela PF.

A MM Consultoria, empresa de Marcos, é especializada em serviços de limpeza urbana. A companhia tem contratos bilionários com a gestão da capital baiana e com prefeituras administradas pelo União Brasil.

Filiado ao União Brasil, o empresário é amigo dos principais caciques do partido. Entre eles, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto e do presidente nacional da sigla, Antônio Rueda.

¨      "Rei do lixo" pode fechar delação e expor esquema bilionário de corrupção

A Polícia Federal prepara uma proposta de colaboração premiada para o empresário Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo”, preso na semana passada sob a acusação de liderar um esquema de fraudes em licitações públicas financiadas com recursos de emendas parlamentares. Moura é apontado como o principal articulador de um esquema que pode ter movimentado mais de R$ 1 bilhão em contratos suspeitos.

Segundo Caio Junqueira, da CNN Brasil, investigadores e até membros do governo federal avaliam que a investigação tem potencial para se tornar uma “nova Lava Jato”, dada a extensão do esquema e as conexões políticas envolvidas. A proximidade de Moura com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que o indicou para o diretório nacional do União Brasil, é um dos pontos mais sensíveis da apuração.

Outro elo político investigado é a chefe de gabinete do senador Davi Alcolumbre (União-AP), Ana Paula Magalhães de Albuquerque Lima. Ela é mencionada em mensagens interceptadas como “Ana Paula Davi”, indicando possível envolvimento na facilitação da liberação de emendas parlamentares para municípios que faziam parte do esquema.

Além de Marcos Moura, a PF pretende negociar acordos de colaboração premiada com outros investigados detidos na operação, incluindo os irmãos Alex e Fabio Parente, suspeitos de atuar como operadores financeiros. O esquema funcionava com o envio de emendas parlamentares a prefeituras comprometidas a devolver 10% dos valores ao emissário das emendas.

Documentos e planilhas apreendidas pela PF revelam a amplitude da rede, com ramificações em diversos estados brasileiros. Investigadores suspeitam que, em regiões onde o partido União Brasil exerce forte influência política, havia maior vulnerabilidade para adesão ao esquema.

Se concretizada, a delação de Marcos Moura pode desencadear uma série de novas investigações e alcançar figuras de destaque no cenário político nacional, ampliando ainda mais o alcance das operações policiais.

¨         Carrões, joias e iate: o que foi confiscado na prisão do “Rei do Lixo”

Polícia Federal deflagrou na última semana a Operação Overclean, na Bahia, para investigar um suposto esquema bilionário de desvio de recursos públicos e emendas parlamentares que movimentaram R$ 1,4 bilhão.

A ação predeu o empresário José Marcos Moura, conhecido em Salvador (BA) como o “Rei do Lixo da Bahia”, por vencer diversos contratos de licitação de limpeza urbana no estado, por meio de sua empresa, MM Consultoria Construções e Serviços. A companhia também foi alvo das buscas feitas pelos policiais federais.

Mas não é só o montante em dinheiro que chama a atenção na operação. O bens apreendidos dão a exata noção da vida de luxo que os envolvidos no esquema levavam.

De acordo com dados da investigação, obtidos pelo Metrópoles, foram apreendidos 23 carros de luxo, três iates, seis imóveis, joias e mais de R$ 3 milhões em espécie do grupo criminoso formado por políticos e empresários.

Veja:

• Dinheiro em espécie: R$ 3.403.521,90

• Carros de luxo: 23

• Barcos de luxo: 3

• Aeronaves: 3

• Imóveis de alto padrão: 6

• Relógios de luxo: 38 (tem relógio que chega a custar cerca de R$ 800 mil)
• Valores sequestrados: R$ 162.379.373,30

Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), apenas em 2024 o grupo “celebrou contratos no valor de R$ 825 milhões” em um “superfaturamento parcial” de mais de R$ 8 milhões em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

<><> Propina em jatinho

Na última terça-feira (10/12), agentes da corporação flagraram, em Brasília, uma tentativa de pagamento de R$ 1,5 milhão em propina com recursos transportados em um jatinho Learjet de Salvador (BA) até a capital federal.

De acordo com a Polícia Federal, o voo foi organizado pelo empresário José Marcos Moura, conhecido em Salvador como o “Rei do Lixo”, por vencer diversos contratos de licitação de limpeza urbana no estado da Bahia. Ele foi preso durante a Operação Overclean.

Agentes da PF seguiram o empresário Alex Rezende Parente e o ex-coordenador do Dnocs na Bahia Lucas Lobão. Os policiais estavam monitorando os suspeitos desde o hangar em Salvador (BA) até o desembarque em Brasília, quando apreenderam R$ 1.538.700 em espécie.

A Operação Overclean foi deflagrada pela CGU, a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal do Brasil (RFB), com o apoio da Homeland Security Investigations – HSI (Agência Americana de Investigações de Segurança Interna).

Segundo os investigadores, “a ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. O esquema ilícito impactou diretamente o Dnocs e a Coordenadoria Estadual da Bahia (CESTBA), além de outros órgãos públicos”.

 

Fonte: Metrópoles/Brasil 247

 

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