Braga Netto
é o primeiro general quatro estrelas a ser preso na história do Brasil
Walter Braga Netto é o
primeiro general quatro estrelas do Exército preso na história do Brasil. “Nem
na ditadura outro general quatro estrelas havia sido preso. Na época, eles
foram mandados para a reserva”, indica Lauro Jardim, em sua coluna no
jornal O Globo.
Braga Netto, ex-chefe da
Casa Civil e ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, foi detido em Copacabana,
onde mora no Rio de Janeiro, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Ele
ficará sob custódia do Exército.
“A propósito, Braga Netto
vai ficar detido no mesmo pelotão que comandou em 2016, nas Olimpíadas do Rio”,
lembra o jornalista.
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PF diz que prendeu Braga Netto para evitar “reiteração de ações ilícitas”
Em um comunicado divulgado à
imprensa, a PF informou que a operação visou indivíduos que "estariam
atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual
penal" e ressaltou que as medidas tinham como objetivo "evitar a
reiteração das ações ilícitas". Embora os nomes dos alvos não tenham sido
citados oficialmente na nota, Braga Netto foi identificado como o principal
envolvido.
Além da prisão do general,
foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Braga Netto e na
casa de um de seus assessores. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro
e Brasília, com o apoio do Exército Brasileiro, que auxiliou no cumprimento das
ordens judiciais emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Fontes ligadas à
investigação apontam que a operação é um desdobramento das apurações sobre os
atos antidemocráticos, nos quais Braga Netto já era alvo de monitoramento. A
atuação dele teria se intensificado em tentativas de dificultar o avanço do
processo.
A operação é mais um
capítulo da resposta das autoridades às tentativas de subverter a ordem
democrática no Brasil, especialmente após a derrota do ex-presidente Jair
Bolsonaro nas eleições de 2022. Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa
de Bolsonaro, vinha sendo investigado por supostos vínculos com manobras para
impedir a alternância de poder.
A prisão de um militar de
alta patente e ex-integrante do governo Bolsonaro demonstra a ampliação das
ações para responsabilizar figuras-chave suspeitas de envolvimento nos atos
antidemocráticos. Até o momento, nem Braga Netto nem seus representantes legais
emitiram declarações públicas sobre o caso.
A Polícia Federal reforçou
que as operações continuarão a ser conduzidas dentro dos marcos legais e
institucionais, com o objetivo de garantir que os responsáveis por quaisquer
ações ilegais sejam devidamente identificados e punidos.
¨ “Contagem
regressiva para a prisão de Bolsonaro já começou", diz Marcelo Uchôa
"Nem preciso dizer bom
dia, o próprio dia já anunciou. Ninguém mais, ninguém menos que o
multi-medalhado general Braga Netto acaba de ser preso pela Polícia Federal.
Agora podemos dizer que a contagem regressiva, de fato, começou. Tic tac tic
tac." Com estas palavras, o jurista Marcelo Uchôa destacou, em suas redes
sociais, a relevância da prisão preventiva do general da reserva Walter Braga
Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro
(PL) em 2022.
A prisão ocorreu na manhã
deste sábado (14) e foi conduzida pela Polícia Federal, que também realizou
buscas e apreensões em endereços associados ao militar no Rio de Janeiro. Braga
Netto está detido no Comando Militar do Leste, enquanto seguem as investigações
sobre seu possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava
impedir a posse do governo eleito democraticamente em 2022.
Em nota oficial, a Polícia
Federal afirmou que os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) e visam evitar a reiteração de ações ilícitas. “Estão sendo
cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e
uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a
livre produção de provas durante a instrução processual penal”, declarou a
instituição.
A prisão de Braga Netto
representa um marco significativo nas investigações e é vista por analistas
como um sinal de que o cerco jurídico está se estreitando em torno de Jair
Bolsonaro e seus aliados mais próximos. “A detenção de uma figura central como
Braga Netto indica que as investigações alcançaram um ponto crucial e que há um
esforço evidente para responsabilizar os principais articuladores dos ataques à
democracia”, afirmam especialistas em direito constitucional.
Braga Netto foi um dos nomes
mais relevantes do governo Bolsonaro, atuando como ministro da Casa Civil e
coordenador do comitê de crise da pandemia. Em 2022, sua candidatura a
vice-presidente reforçou a tentativa de Bolsonaro de consolidar a influência
militar em seu projeto político. Agora, o militar se vê no centro de uma
operação que pode trazer sérias consequências não apenas para ele, mas para
todo o núcleo estratégico do ex-presidente.
A fala de Marcelo Uchôa ecoa
o sentimento de expectativa sobre os próximos passos das investigações. “Tic
tac tic tac” tornou-se uma metáfora que reflete o avanço do relógio jurídico
sobre figuras-chave do bolsonarismo. Para muitos, a questão não é mais se Jair
Bolsonaro será responsabilizado, mas quando.
A operação de hoje reforça a
importância do trabalho das instituições democráticas em enfrentar os desafios
impostos pelos ataques ao Estado de Direito. O Brasil aguarda com atenção os
desdobramentos, com a expectativa de que a justiça prevaleça e de que todos os
envolvidos nos atos golpistas sejam responsabilizados.
¨ “Prisão de Braga
Netto é um sinal bastante promissor para a Democracia brasileira", diz
Marco Aurélio Carvalho
A prisão do general da
reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro
(PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi considerada
um marco para a justiça brasileira. Na manhã deste sábado (14), Braga Netto foi
detido em sua residência no Rio de Janeiro, em uma operação da Polícia Federal
autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além do mandado de prisão
preventiva, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços
relacionados ao militar.
O jurista Marco Aurélio
Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, comentou a prisão em declarações
ao Brasil 247. “Prisão não é exatamente algo que se deseje comemorar, menos
ainda neste grupo, em boa parte formado por defensores de réus criminais e do
direito de defesa. Inclusive, entre nós há os que são em princípio avessos a
prisões de qualquer espécie, ou que costumam criticar com frequência o abuso
dessa medida de ultima ratio”, afirmou.
No entanto, Carvalho
ressaltou a excepcionalidade do caso: “Nesse caso específico, estão em jogo a
conservação do sistema democrático e a manutenção das instituições
constitucionais, sem as quais o arbítrio, a impostura, a violência, o
autoritarismo e também as prisões ilegítimas viriam a prevalecer e a
proliferar”.
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Um marco na aplicação da lei
Para o jurista, a prisão de
Braga Netto representa um avanço histórico no enfrentamento ao autoritarismo no
Brasil. “Um país como o nosso, que amargou os horrores da ditadura militar em
passado recente, precisa valorizar que, afinal, a aplicação da lei alcance com
eficácia personagens historicamente imunizados do enfrentamento de suas graves
responsabilidades. Nesse sentido, a prisão de Braga Netto, hoje, é um sinal
bastante promissor para a Democracia brasileira”.
Braga Netto é apontado como
um dos articuladores centrais da tentativa de golpe de Estado que visava
impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a vitória
eleitoral em 2022. De acordo com a Polícia Federal, o general foi preso sob a
acusação de obstrução das investigações em andamento, o que teria motivado a
necessidade da medida preventiva.
Desdobramentos
esperados
A prisão de Braga Netto
aumenta a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe, incluindo o
ex-presidente Jair Bolsonaro, amplamente considerado o líder do movimento. Para
especialistas, o caso pode abrir caminho para novas detenções e
responsabilizações. Enquanto isso, Braga Netto permanece detido no Comando
Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e as investigações seguem em andamento. O
episódio marca mais um capítulo da luta contra o golpismo e a defesa da
democracia no Brasil.
¨ “Prisão de Braga
Netto até demorou e agora é preciso evitar a fuga dos demais golpistas",
diz Jandira Feghali
A prisão do general da
reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro
(PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marcou um novo
capítulo nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Braga Netto foi detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua
residência no Rio de Janeiro, e está custodiado no Comando Militar do Leste. A
operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu buscas
e apreensões em endereços associados ao militar.
A deputada Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) avaliou a prisão como tardia e cobrou monitoramento rigoroso sobre
os demais envolvidos no golpe. “A prisão de Braga Netto até demorou. Ele já
poderia ter sido preso antes, quando outros militares foram presos antes, na
Operação Punhal Verde e Amarelo”, afirmou. Segundo a parlamentar, o general
desempenhou um papel central no planejamento golpista: “Ele estava no centro da
articulação golpista”.
<><> Braga Netto e o núcleo golpista
Feghali também apontou
outros nomes ligados ao esquema, incluindo o general Augusto Heleno,
ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o próprio ex-presidente
Jair Bolsonaro. “O general Augusto Heleno é outro que estava totalmente
comprometido com esse processo golpista, assim como Jair Bolsonaro. Ele está
totalmente envolvido em tudo isso”, declarou a deputada.
De acordo com Feghali, é
necessário que as investigações avancem para atingir todos os integrantes do
núcleo conspiratório. A parlamentar destacou a necessidade de uma vigilância
maior para evitar a fuga dos investigados: “Eu também tenho preocupação com
fuga dos golpistas. Todos eles devem ser monitorados de perto”.
<><> A operação e o papel do STF
Em nota, a Polícia Federal
explicou que a operação foi motivada pela tentativa de obstrução das
investigações por parte dos envolvidos no golpe, o que justificou a prisão
preventiva. Além disso, as medidas judiciais buscam evitar a reiteração das
ações ilícitas.
Braga Netto, que foi um dos
principais articuladores militares do governo Bolsonaro, é acusado de
desempenhar um papel estratégico na tentativa de impedir a posse do presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado das eleições de 2022. A
detenção do general foi autorizada no âmbito de uma investigação ampla
conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.
<><> Preocupação com a fuga e próximos
passos
Para Jandira Feghali, a
prisão de Braga Netto é apenas o início de um processo que deve alcançar outras
figuras do alto escalão. “Agora é preciso evitar que esses golpistas escapem da
Justiça. É inaceitável que tentem fugir ou manipular provas para impedir que a
verdade venha à tona”, alertou.
A deputada destacou que o
momento exige firmeza das instituições brasileiras para consolidar o Estado
Democrático de Direito: “Estamos lidando com pessoas que atentaram contra a
democracia e não podem sair impunes. É fundamental que todos sejam responsabilizados”.
A prisão de Braga Netto
intensifica a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe e reforça o
compromisso das autoridades brasileiras em garantir que os responsáveis sejam
devidamente julgados e punidos. O caso continua em investigação, e a
expectativa é de que novos desdobramentos aconteçam nas próximas semanas.
¨ “Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e
responsabilizados", diz Pimenta
A prisão do general da
reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro
(PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi recebida
como um marco na luta pela responsabilização de envolvidos na tentativa de
golpe de Estado em 2022. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado
(14), em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto agora está sob custódia
no Comando Militar do Leste, enquanto as investigações prosseguem.
O ministro-chefe da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta,
comentou o caso nas redes sociais, reforçando a importância do enfrentamento ao
golpismo: “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam
investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa
democracia!”.
A operação da Polícia
Federal, que também incluiu mandados de busca e apreensão, foi autorizada pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo impedir a obstrução de
provas e evitar a continuidade das ações ilícitas. Braga Netto é apontado como
um dos articuladores do esquema que visava impedir a posse do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em nota oficial, a Polícia
Federal destacou que as medidas judiciais se destinam a apurar as
responsabilidades pela tentativa de golpe e preservar o curso das
investigações. Segundo o comunicado, "estão sendo cumpridos um mandado de
prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da
prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas
durante a instrução processual penal".
A prisão de Braga Netto
intensifica as pressões sobre Jair Bolsonaro, que é amplamente considerado o
principal articulador do movimento golpista. Para Paulo Pimenta e outros
líderes governistas, a detenção do general é um passo fundamental para garantir
que os responsáveis pelo ataque à democracia brasileira sejam devidamente
punidos.
A frase de Pimenta ecoa o
sentimento de setores democráticos do país, que exigem uma investigação
profunda e punição exemplar para todos os envolvidos. O caso Braga Netto,
afirmam, é apenas o início de uma responsabilização que deve atingir o núcleo
do golpismo no Brasil.
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"Grande dia!", diz Padilha, ao celebrar a prisão de Braga Netto
O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, celebrou
neste sábado (14) a prisão de Walter Braga Netto, ex-ministro e uma das figuras
mais influentes do governo Bolsonaro. Braga Netto é acusado de planejar o
assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de
Estado.
Em uma publicação nas redes sociais, Padilha resumiu a repercussão do
caso com a frase: “Grande dia!”. Ele reforçou ainda a posição do governo
federal contra qualquer ameaça ao regime democrático, destacando que
"crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados".
A declaração de Padilha faz referência ao manifesto apresentado na
última quinta-feira (12) durante uma reunião do Plenário do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o “Conselhão”. Segundo o
ministro, o documento deixa claro o compromisso do governo com a Justiça e com
a democracia:
“O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira
reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa
intransigente da democracia.”
<><> “Vivi para ver isso: o maior articulador do
golpe, depois do Bolsonaro, está em cana", diz Chico Alencar
A prisão do general da
reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro
(PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, desencadeou
reações imediatas no meio político. Detido pela Polícia Federal na manhã deste
sábado (14) em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto está sendo
investigado por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava
impedir a posse do governo eleito em 2022.
O deputado federal Chico
Alencar (Psol-RJ) comentou o caso de forma contundente: “Vivi para ver isso. O
maior articulador do golpe, depois do Jair Bolsonaro, está em cana”. O
parlamentar destacou que a prisão do militar é um passo importante, mas afirmou
que ainda é necessário avançar para atingir o responsável maior pela
conspiração: “O que aconteceu é muito bom, mas é preciso chegar ao capitão-mor,
que é Jair Bolsonaro”.
Em sua declaração, Alencar
também apontou o histórico de Braga Netto em manifestações antidemocráticas:
“Ele já demonstrava sua intenção golpista indo naqueles acampamentos”. Para o
deputado, a prisão do ex-ministro sinaliza que o atentado ao estado democrático
de direito, que classificou como “gravíssimo”, está sendo tratado com o rigor
necessário pelas autoridades.
A Polícia Federal informou
que a prisão preventiva de Braga Netto foi decretada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) como parte de uma operação que incluiu dois mandados de busca e
apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. A investigação se concentra
em atividades destinadas a dificultar a produção de provas no processo que
apura a tentativa de golpe.
Em nota, a Polícia Federal
explicou que as medidas buscam evitar a continuidade das ações ilícitas dos
investigados. Braga Netto está atualmente detido no Comando Militar do Leste,
no Rio de Janeiro, enquanto as apurações seguem em curso.
A prisão do general aumenta
a pressão sobre Jair Bolsonaro, que enfrenta diversas investigações
relacionadas ao golpe e à disseminação de informações falsas. Para Chico
Alencar e outros líderes da oposição, a operação deste sábado é apenas o começo
de uma responsabilização mais ampla, que deve atingir o núcleo central da
tentativa de ruptura democrática.
Fonte: Brasil 247
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