segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas a ser preso na história do Brasil

Walter Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas do Exército preso na história do Brasil. “Nem na ditadura outro general quatro estrelas havia sido preso. Na época, eles foram mandados para a reserva”, indica Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, foi detido em Copacabana, onde mora no Rio de Janeiro, e será entregue ao Comando Militar do Leste. Ele ficará sob custódia do Exército.

“A propósito, Braga Netto vai ficar detido no mesmo pelotão que comandou em 2016, nas Olimpíadas do Rio”, lembra o jornalista.

<><> PF diz que prendeu Braga Netto para evitar “reiteração de ações ilícitas”

Em um comunicado divulgado à imprensa, a PF informou que a operação visou indivíduos que "estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal" e ressaltou que as medidas tinham como objetivo "evitar a reiteração das ações ilícitas". Embora os nomes dos alvos não tenham sido citados oficialmente na nota, Braga Netto foi identificado como o principal envolvido.

Além da prisão do general, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de Braga Netto e na casa de um de seus assessores. As ações ocorreram nas cidades do Rio de Janeiro e Brasília, com o apoio do Exército Brasileiro, que auxiliou no cumprimento das ordens judiciais emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Fontes ligadas à investigação apontam que a operação é um desdobramento das apurações sobre os atos antidemocráticos, nos quais Braga Netto já era alvo de monitoramento. A atuação dele teria se intensificado em tentativas de dificultar o avanço do processo.

A operação é mais um capítulo da resposta das autoridades às tentativas de subverter a ordem democrática no Brasil, especialmente após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro, vinha sendo investigado por supostos vínculos com manobras para impedir a alternância de poder.

A prisão de um militar de alta patente e ex-integrante do governo Bolsonaro demonstra a ampliação das ações para responsabilizar figuras-chave suspeitas de envolvimento nos atos antidemocráticos. Até o momento, nem Braga Netto nem seus representantes legais emitiram declarações públicas sobre o caso.

A Polícia Federal reforçou que as operações continuarão a ser conduzidas dentro dos marcos legais e institucionais, com o objetivo de garantir que os responsáveis por quaisquer ações ilegais sejam devidamente identificados e punidos.

¨       “Contagem regressiva para a prisão de Bolsonaro já começou", diz Marcelo Uchôa

"Nem preciso dizer bom dia, o próprio dia já anunciou. Ninguém mais, ninguém menos que o multi-medalhado general Braga Netto acaba de ser preso pela Polícia Federal. Agora podemos dizer que a contagem regressiva, de fato, começou. Tic tac tic tac." Com estas palavras, o jurista Marcelo Uchôa destacou, em suas redes sociais, a relevância da prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

A prisão ocorreu na manhã deste sábado (14) e foi conduzida pela Polícia Federal, que também realizou buscas e apreensões em endereços associados ao militar no Rio de Janeiro. Braga Netto está detido no Comando Militar do Leste, enquanto seguem as investigações sobre seu possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do governo eleito democraticamente em 2022.

Em nota oficial, a Polícia Federal afirmou que os mandados judiciais foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e visam evitar a reiteração de ações ilícitas. “Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”, declarou a instituição.

A prisão de Braga Netto representa um marco significativo nas investigações e é vista por analistas como um sinal de que o cerco jurídico está se estreitando em torno de Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos. “A detenção de uma figura central como Braga Netto indica que as investigações alcançaram um ponto crucial e que há um esforço evidente para responsabilizar os principais articuladores dos ataques à democracia”, afirmam especialistas em direito constitucional.

Braga Netto foi um dos nomes mais relevantes do governo Bolsonaro, atuando como ministro da Casa Civil e coordenador do comitê de crise da pandemia. Em 2022, sua candidatura a vice-presidente reforçou a tentativa de Bolsonaro de consolidar a influência militar em seu projeto político. Agora, o militar se vê no centro de uma operação que pode trazer sérias consequências não apenas para ele, mas para todo o núcleo estratégico do ex-presidente.

A fala de Marcelo Uchôa ecoa o sentimento de expectativa sobre os próximos passos das investigações. “Tic tac tic tac” tornou-se uma metáfora que reflete o avanço do relógio jurídico sobre figuras-chave do bolsonarismo. Para muitos, a questão não é mais se Jair Bolsonaro será responsabilizado, mas quando.

A operação de hoje reforça a importância do trabalho das instituições democráticas em enfrentar os desafios impostos pelos ataques ao Estado de Direito. O Brasil aguarda com atenção os desdobramentos, com a expectativa de que a justiça prevaleça e de que todos os envolvidos nos atos golpistas sejam responsabilizados.

¨       “Prisão de Braga Netto é um sinal bastante promissor para a Democracia brasileira", diz Marco Aurélio Carvalho

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi considerada um marco para a justiça brasileira. Na manhã deste sábado (14), Braga Netto foi detido em sua residência no Rio de Janeiro, em uma operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além do mandado de prisão preventiva, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao militar.

O jurista Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, comentou a prisão em declarações ao Brasil 247. “Prisão não é exatamente algo que se deseje comemorar, menos ainda neste grupo, em boa parte formado por defensores de réus criminais e do direito de defesa. Inclusive, entre nós há os que são em princípio avessos a prisões de qualquer espécie, ou que costumam criticar com frequência o abuso dessa medida de ultima ratio”, afirmou.

No entanto, Carvalho ressaltou a excepcionalidade do caso: “Nesse caso específico, estão em jogo a conservação do sistema democrático e a manutenção das instituições constitucionais, sem as quais o arbítrio, a impostura, a violência, o autoritarismo e também as prisões ilegítimas viriam a prevalecer e a proliferar”.

<><> Um marco na aplicação da lei

Para o jurista, a prisão de Braga Netto representa um avanço histórico no enfrentamento ao autoritarismo no Brasil. “Um país como o nosso, que amargou os horrores da ditadura militar em passado recente, precisa valorizar que, afinal, a aplicação da lei alcance com eficácia personagens historicamente imunizados do enfrentamento de suas graves responsabilidades. Nesse sentido, a prisão de Braga Netto, hoje, é um sinal bastante promissor para a Democracia brasileira”.

Braga Netto é apontado como um dos articuladores centrais da tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a vitória eleitoral em 2022. De acordo com a Polícia Federal, o general foi preso sob a acusação de obstrução das investigações em andamento, o que teria motivado a necessidade da medida preventiva.

Desdobramentos esperados

A prisão de Braga Netto aumenta a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, amplamente considerado o líder do movimento. Para especialistas, o caso pode abrir caminho para novas detenções e responsabilizações. Enquanto isso, Braga Netto permanece detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e as investigações seguem em andamento. O episódio marca mais um capítulo da luta contra o golpismo e a defesa da democracia no Brasil.

¨       “Prisão de Braga Netto até demorou e agora é preciso evitar a fuga dos demais golpistas", diz Jandira Feghali

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marcou um novo capítulo nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Braga Netto foi detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, e está custodiado no Comando Militar do Leste. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu buscas e apreensões em endereços associados ao militar.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) avaliou a prisão como tardia e cobrou monitoramento rigoroso sobre os demais envolvidos no golpe. “A prisão de Braga Netto até demorou. Ele já poderia ter sido preso antes, quando outros militares foram presos antes, na Operação Punhal Verde e Amarelo”, afirmou. Segundo a parlamentar, o general desempenhou um papel central no planejamento golpista: “Ele estava no centro da articulação golpista”.

<><> Braga Netto e o núcleo golpista

Feghali também apontou outros nomes ligados ao esquema, incluindo o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. “O general Augusto Heleno é outro que estava totalmente comprometido com esse processo golpista, assim como Jair Bolsonaro. Ele está totalmente envolvido em tudo isso”, declarou a deputada.

De acordo com Feghali, é necessário que as investigações avancem para atingir todos os integrantes do núcleo conspiratório. A parlamentar destacou a necessidade de uma vigilância maior para evitar a fuga dos investigados: “Eu também tenho preocupação com fuga dos golpistas. Todos eles devem ser monitorados de perto”.

<><> A operação e o papel do STF

Em nota, a Polícia Federal explicou que a operação foi motivada pela tentativa de obstrução das investigações por parte dos envolvidos no golpe, o que justificou a prisão preventiva. Além disso, as medidas judiciais buscam evitar a reiteração das ações ilícitas.

Braga Netto, que foi um dos principais articuladores militares do governo Bolsonaro, é acusado de desempenhar um papel estratégico na tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado das eleições de 2022. A detenção do general foi autorizada no âmbito de uma investigação ampla conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

<><> Preocupação com a fuga e próximos passos

Para Jandira Feghali, a prisão de Braga Netto é apenas o início de um processo que deve alcançar outras figuras do alto escalão. “Agora é preciso evitar que esses golpistas escapem da Justiça. É inaceitável que tentem fugir ou manipular provas para impedir que a verdade venha à tona”, alertou.

A deputada destacou que o momento exige firmeza das instituições brasileiras para consolidar o Estado Democrático de Direito: “Estamos lidando com pessoas que atentaram contra a democracia e não podem sair impunes. É fundamental que todos sejam responsabilizados”.

A prisão de Braga Netto intensifica a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe e reforça o compromisso das autoridades brasileiras em garantir que os responsáveis sejam devidamente julgados e punidos. O caso continua em investigação, e a expectativa é de que novos desdobramentos aconteçam nas próximas semanas. 

¨      “Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados", diz Pimenta

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, foi recebida como um marco na luta pela responsabilização de envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 2022. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto agora está sob custódia no Comando Militar do Leste, enquanto as investigações prosseguem.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, comentou o caso nas redes sociais, reforçando a importância do enfrentamento ao golpismo: “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia!”.

A operação da Polícia Federal, que também incluiu mandados de busca e apreensão, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo impedir a obstrução de provas e evitar a continuidade das ações ilícitas. Braga Netto é apontado como um dos articuladores do esquema que visava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota oficial, a Polícia Federal destacou que as medidas judiciais se destinam a apurar as responsabilidades pela tentativa de golpe e preservar o curso das investigações. Segundo o comunicado, "estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".

A prisão de Braga Netto intensifica as pressões sobre Jair Bolsonaro, que é amplamente considerado o principal articulador do movimento golpista. Para Paulo Pimenta e outros líderes governistas, a detenção do general é um passo fundamental para garantir que os responsáveis pelo ataque à democracia brasileira sejam devidamente punidos.

A frase de Pimenta ecoa o sentimento de setores democráticos do país, que exigem uma investigação profunda e punição exemplar para todos os envolvidos. O caso Braga Netto, afirmam, é apenas o início de uma responsabilização que deve atingir o núcleo do golpismo no Brasil.

<><> "Grande dia!", diz Padilha, ao celebrar a prisão de Braga Netto

O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, celebrou neste sábado (14) a prisão de Walter Braga Netto, ex-ministro e uma das figuras mais influentes do governo Bolsonaro. Braga Netto é acusado de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de Estado.

Em uma publicação nas redes sociais, Padilha resumiu a repercussão do caso com a frase: “Grande dia!”. Ele reforçou ainda a posição do governo federal contra qualquer ameaça ao regime democrático, destacando que "crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados".

A declaração de Padilha faz referência ao manifesto apresentado na última quinta-feira (12) durante uma reunião do Plenário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o “Conselhão”. Segundo o ministro, o documento deixa claro o compromisso do governo com a Justiça e com a democracia:

“O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia.”

<><>  “Vivi para ver isso: o maior articulador do golpe, depois do Bolsonaro, está em cana", diz Chico Alencar

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, desencadeou reações imediatas no meio político. Detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14) em sua residência no Rio de Janeiro, Braga Netto está sendo investigado por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do governo eleito em 2022.

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) comentou o caso de forma contundente: “Vivi para ver isso. O maior articulador do golpe, depois do Jair Bolsonaro, está em cana”. O parlamentar destacou que a prisão do militar é um passo importante, mas afirmou que ainda é necessário avançar para atingir o responsável maior pela conspiração: “O que aconteceu é muito bom, mas é preciso chegar ao capitão-mor, que é Jair Bolsonaro”.

Em sua declaração, Alencar também apontou o histórico de Braga Netto em manifestações antidemocráticas: “Ele já demonstrava sua intenção golpista indo naqueles acampamentos”. Para o deputado, a prisão do ex-ministro sinaliza que o atentado ao estado democrático de direito, que classificou como “gravíssimo”, está sendo tratado com o rigor necessário pelas autoridades.

A Polícia Federal informou que a prisão preventiva de Braga Netto foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte de uma operação que incluiu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da prisão. A investigação se concentra em atividades destinadas a dificultar a produção de provas no processo que apura a tentativa de golpe.

Em nota, a Polícia Federal explicou que as medidas buscam evitar a continuidade das ações ilícitas dos investigados. Braga Netto está atualmente detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, enquanto as apurações seguem em curso.

A prisão do general aumenta a pressão sobre Jair Bolsonaro, que enfrenta diversas investigações relacionadas ao golpe e à disseminação de informações falsas. Para Chico Alencar e outros líderes da oposição, a operação deste sábado é apenas o começo de uma responsabilização mais ampla, que deve atingir o núcleo central da tentativa de ruptura democrática.

 

Fonte: Brasil 247

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário