Reindustrialização: Governo Lula retoma
força da indústria pelo BNDES, que já supera o agronegócio
Com o lançamento do
plano de crédito e subsídios pelo governo Lula (PT), a indústria brasileira
volta a ter protagonismo nos financiamentos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a instituição, o
volume de empréstimos liberados ao setor industrial, de janeiro a setembro
deste ano, ultrapassou o montante destinado ao agronegócio – um cenário que não
se via desde 2016, informa a Folha de S. Paulo. Esse movimento marca uma tentativa de reativar o setor, que
busca recuperar seu espaço na economia nacional após anos de retração e
desafios de competitividade.
O plano “Nova
Indústria Brasil”, anunciado em janeiro, elevou a procura por financiamento
industrial em mais de 100% em relação ao ano anterior. José Luis Pinho Leite
Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do
BNDES, afirma que a instituição agora busca retomar o apoio ao setor após anos
de foco reduzido. “Nos anos anteriores ao governo Lula, a indústria foi
completamente deixada de lado”, disse Gordon. De acordo com ele, o setor
industrial absorveu 27% dos créditos aprovados pelo BNDES em 2023, enquanto o
agronegócio ficou com 26%, invertendo os índices de 2022, quando o campo
liderava com 31% das aprovações.
A mudança no foco do
BNDES é celebrada por representantes da indústria, mas o setor ainda enfrenta
desafios, como a concorrência externa e os altos custos de produção no país.
Mesmo com o aumento no crédito, o cenário para o próximo ano ainda gera incertezas.
Além dos problemas históricos de competitividade, a elevação da taxa básica de
juros (Selic) também pressiona as condições financeiras para novos
investimentos.
O presidente do BNDES,
Aloizio Mercadante, destacou a importância desse momento em evento no Palácio
do Planalto, afirmando que o setor industrial lidera o crescimento dos
investimentos no último trimestre. A reaproximação com a indústria brasileira é
vista por economistas como um passo fundamental para estimular a produção
nacional, mas ainda está distante dos patamares das décadas de 1990 e 2000,
quando o setor liderava os recursos concedidos pelo banco. "Você não sai
do nada e volta ao que era lá em 2010, no governo Lula, que era 40% [de
aprovação para a indústria]. Você vai caminhar aos pouquinhos. E é isso que nós
estamos fazendo", pondera Gordon.
Mário Sérgio Telles,
da Confederação Nacional da Indústria (CNI), observa que a reativação do
crédito industrial também tem impacto psicológico positivo, impulsionando a
confiança das empresas em buscar financiamento. "O BNDES tinha se fechado
bastante para todos os setores e as aprovações tinham caído muito. É um momento
de inflexão importante, com demanda maior, um mercado de trabalho crescendo e
concessões de crédito avançando. As aprovações para a indústria cresceram
significativamente em 2023 e estão crescendo neste ano em relação ao mesmo
período do ano passado", afirma.
Ainda assim, analistas
alertam para a necessidade de uma política industrial sólida para que o setor
industrial recupere de fato sua competitividade. Robson Gonçalves, economista e
professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que os números atuais,
apesar de promissores, não configuram uma reversão definitiva da
desindustrialização. Gonçalves destaca ainda a crescente entrada de produtos
industriais importados, como aço e vidro, o que representa um desafio adicional
à indústria nacional.
Embora o governo
celebre os avanços, os próximos anos serão decisivos para transformar essa
recuperação pontual em crescimento sustentável para o setor industrial
brasileiro.
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Política industrial do
governo já está fazendo efeito, afirma presidente da Abimaq
A nova política
industrial brasileira implementada pelo governo já começa a gerar impactos
positivos nas indústrias. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso. Em entrevista
ao programa Histórias do Desenvolvimento, da TV 247, o presidente da Abimaq
destacou os avanços e os desafios enfrentados pelo setor industrial brasileiro
e defendeu a necessidade de uma ação contínua para que a recuperação da
indústria, que cresceu 3% nos oito primeiros meses de 2024, seja mantida no
longo prazo.
Para José Velloso, os
principais avanços da indústria estão relacionados à efetividade da nova
política industrial e à implementação do programa Brasil Mais Produtivo.
Segundo Velloso, o Brasil Mais Produtivo tem contribuído para que empresas
possam modernizar seus processos de produção e gestão, com acesso a
diagnósticos gratuitos, projetos de inovação, qualificação de mão de obra e
financiamentos para aquisição de máquinas e equipamentos, mesmo que a inovação
esteja na forma de produção. Esses avanços, segundo ele, já são visíveis em
diversos casos de sucesso, demonstrando o impacto positivo da política
industrial atual. “A política industrial já está fazendo efeito. Empresas que
desejam inovar têm acesso a esses programas, o que é um grande passo para o
fortalecimento da nossa indústria”, afirmou.
Velloso ressaltou que
a indústria é um pilar essencial para o desenvolvimento de qualquer país,
mencionando exemplos de nações como Coreia do Sul e China que utilizaram a
indústria como motor de crescimento econômico. “A indústria irradia crescimento
para outros setores, agrega valor à economia e gera empregos qualificados”,
afirmou, destacando que o Brasil, no entanto, sofre um processo de
desindustrialização precoce. Segundo ele, o país vem perdendo participação da
indústria no PIB há cerca de 30 a 40 anos, o que aconteceu sem o correspondente
aumento da renda per capita da população, fator que ele considera atípico. O
presidente da Abimaq também apontou que a política industrial do governo é um
passo importante para reverter essa tendência. Ele mencionou que, embora os
desafios sejam significativos, os sinais de recuperação já aparecem nos dados
mais recentes do PIB, com crescimento em diversos setores industriais, como
automotivo e eletroeletrônico. “A indústria cresceu de forma pujante e puxou o
PIB para cima no último trimestre”, comentou.
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Investimento e papel dos bancos públicos
Um dos principais
pontos abordados na entrevista foi a dificuldade de acesso ao crédito a taxas
compatíveis com o desenvolvimento sustentável do setor. Velloso explicou que,
apesar do crescimento da produção física da indústria em torno de 1,8% neste
ano, os investimentos ainda estão aquém do necessário. “Precisaríamos de uma
taxa de investimento na ordem de 23% a 25% do PIB para garantir um crescimento
sustentável, mas a taxa atual é de apenas 16,8%”, afirmou.
Velloso destacou a
atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como
uma ferramenta importante para o financiamento do setor industrial. No entanto,
ele aponta que o maior problema não é a disponibilidade de recursos, mas o custo
elevado das linhas que estão atreladas à Taxa de Longo Prazo (TLP). Segundo
ele, o dinheiro destinado ao financiamento de máquinas e equipamentos vem do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é repassado ao BNDES e,
posteriormente, a outros bancos. Quando os bancos repassam os recursos aos
tomadores finais, os juros ficam em torno de 17% a 19% ao ano, o que torna os
financiamentos pouco atrativos para os investidores.
O BNDES Finame oferece
financiamento, por meio de instituições financeiras credenciadas, para a
produção e compra de máquinas, equipamentos, bens de informática, automação e
outros bens industrializados, destinados à atividade econômica dos clientes. As
operações são indiretas, com mais de 80 agentes financeiros repassando os
recursos do BNDES, o que amplia o alcance do crédito e facilita o acesso,
especialmente para pequenas empresas e pessoas físicas, já que as operações
diretas exigem um valor mínimo de R$ 20 milhões. Em março de 2024, foi lançado
o BNDES Máquinas e Serviços, uma nova linha que permite o financiamento direto
de máquinas, equipamentos e serviços de alto valor agregado, mantendo o valor
mínimo de R$ 20 milhões. Embora o novo produto possa ser mencionado, o foco
deve permanecer nas operações indiretas, mais voltadas para empresas menores.
Segundo o presidente
da Abimaq, a diretoria do BNDES tem buscado alternativas para reduzir os custos
do crédito. Uma das soluções do banco destacadas por Velloso foi a criação de
uma linha de crédito atrelada à Taxa Referencial (TR), voltada para inovação,
que se mostrou mais competitiva, com juros em torno de 8% ao ano. “A linha para
inovação com TR foi um avanço, mas os recursos são limitados. Ela atingiu
rapidamente os R$9 bilhões disponibilizados e já se encontra com limitações”,
destacou. Dos R$9 bilhões mencionados por Velloso, R$ 6,6 bilhões são recursos
provenientes do programa BNDES Mais Inovação, com a Taxa Referencial (TR), que
em outubro está em 0,81%. O valor aprovado para projetos de inovação representa
6,5% das aprovações do BNDES, o maior já registrado na história do banco.
José Velloso mencionou
linhas de crédito voltadas para projetos de descarbonização e transição
energética, que oferecem condições mais vantajosas para financiar iniciativas
sustentáveis.
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Transição energética
No campo da transição
energética, Velloso destacou o papel da Abimaq na promoção de tecnologias de
geração de energia renovável, como eólica e bioenergia. As quatro maiores
fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são a
hídrica (53,88%), eólica (15,22%), biomassa (8,31%) e solar (7,2%), segundo a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre as fontes não renováveis,
as maiores são gás natural (8,78%), petróleo (3,92%) e carvão mineral (1,7%).
No entanto, ele alertou para o descompasso entre os incentivos dados à energia
solar, que têm favorecido a importação de equipamentos da China, em detrimento
de investimentos na cadeia produtiva nacional. “O Brasil precisa equilibrar os
benefícios para diferentes fontes de energia para que a indústria local também
tenha oportunidades de crescimento”, defendeu.
José Velloso reforçou
que a continuidade das políticas industriais será crucial para que o setor
industrial brasileiro recupere seu papel estratégico na economia. Ele ressaltou
a importância de um ambiente favorável para investimentos e inovação, e de políticas
que reduzam o custo do crédito para as empresas. “Os avanços são visíveis, mas
ainda há um longo caminho pela frente. A política industrial precisa de
continuidade para que os resultados se consolidem e o Brasil possa retomar seu
protagonismo no cenário industrial global”, concluiu.
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Presidente do Bradesco
aposta em ajuste fiscal: ‘Chegou a hora, estão dizendo e vão fazer’
Em entrevista à coluna Broadcast, o presidente do Bradesco, Marcelo
Noronha, demonstrou otimismo em relação ao pacote de contenção de gastos que a
equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve entregar. Noronha
acredita que as medidas devem melhorar as expectativas do mercado sobre
inflação e juros, além de evitar um "cenário de estresse" com a
escalada da dívida pública, o que tornaria a política monetária ineficaz. “O
cenário de estresse, na nossa visão, é pouco provável”, pontuou o executivo,
completando que “acho que eles vão entregar um bom pacote de gasto”.
Embora sem arriscar um
“número mágico” para o corte, Noronha defende que o ajuste seja abrangente e
menciona a revisão da política de reajuste do salário mínimo e a cautela no
debate sobre a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. “O salário
mínimo é importante para a sociedade, mas talvez seja o caso de continuar dando
aumento real ao redor de 0,5%”, sugere ele. “Há muitas formas de se conter o
gasto público indo ao encontro do que deseja a sociedade, e o ministro Haddad
tem essa consciência.”
Noronha ressaltou
ainda o compromisso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o ajuste
fiscal, assegurando que Haddad não está isolado no governo. “O presidente
(Lula) disse que está dando todo o apoio para ele. Temos de ter expectativa
positiva e dar esse voto de confiança”, afirmou. A fala reforça a expectativa
de Noronha, que, em reunião recente com outros CEOs de bancos privados e o
presidente Lula, destacou o apoio da Febraban ao plano econômico de Haddad.
Quanto à independência
do Banco Central, Noronha demonstrou confiança na condução da política
monetária, mesmo com a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência da
instituição, após o término do mandato de Roberto Campos Neto. “Acho que nem o
Galípolo e nem ninguém colocaria sua reputação em jogo errando na política
monetária. Não perco sono com isso”, afirmou. Para ele, a continuidade da
diretoria é positiva e, se o ajuste fiscal for bem conduzido, há possibilidade
de redução na taxa de juros no segundo semestre do próximo ano.
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Trechos destacados da entrevista
¬¬¬ Sobre
a situação econômica e o ajuste fiscal:
“A
expectativa é de que o ministro Haddad entregue uma proposta de redução de
gastos. O que pega no mercado é a dívida sobre o PIB, que deve atingir 79,5% no
final deste ano. O mercado não quer ver somente a arrecadação, mas também o
gasto público contido.”
¬¬¬ Sobre
a confiança no Banco Central e a chegada de Galípolo:
“Nem o
Galípolo nem ninguém colocaria sua reputação em jogo errando na política
monetária. A taxa de juros vai depender muito do câmbio, dos núcleos de
inflação. Mas, se a política fiscal estiver no lugar, podemos ver queda na taxa
de juros no segundo semestre.”
¬¬¬ Sobre
a possível crise de expectativas:
“A crise
se torna real por expectativa. A economia real não está mal, mas é uma ofensora
para a política monetária, que precisa olhar para os núcleos de inflação.”
Noronha, com uma visão
otimista, embora "com o pé no chão", acredita que o governo
conseguirá "fazer o suficiente" para atender às demandas do mercado e
conter a trajetória da dívida, o que impactaria positivamente os juros e a
inflação. A perspectiva é de que, com uma política fiscal ajustada, o câmbio
seja estabilizado e, ao final, o setor financeiro possa planejar de maneira
mais previsível.
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Haddad diz que medidas
fiscais podem ser anunciadas nesta semana
O ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que as medidas de contenção de
gastos públicos a serem anunciadas pelo governo estão “muito avançadas” do
ponto de vista técnico e afirmou acreditar ser possível apresentar as
iniciativas nesta semana.
Em entrevista a
jornalistas, Haddad afirmou que fará reunião sobre o tema nesta segunda com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá definir a forma de
comunicação das medidas.
Segundo ele, sua
viagem à Europa nesta semana, que acabou cancelada a pedido de Lula, estava
dependendo da definição das medidas fiscais.
"Como o
presidente pediu para eu ficar, e como as coisas estão muito adiantadas do
ponto de vista técnico, eu acredito que nós estejamos prontos nesta semana para
anunciar", disse.
O ministro já esteve
com Lula na manhã desta segunda, mas afirmou que o encontro teve como pauta as
reuniões do G20. Uma nova reunião, na parte da tarde, será focada no tema
fiscal.
Ele disse que há
"várias definições" sobre as medidas de gastos e que o presidente
passou o fim de semana trabalhando o assunto, em contato com técnicos, mas não
apresentou detalhes do pacote.
"Por deferência
ao presidente, ele que vai organizar a comunicação, a reunião da tarde tem essa
finalidade, vamos aguardar algumas horas, ele que vai definir quem comunica,
como comunica. Peço algumas horas para termos um encaminhamento da parte dele",
afirmou.
¨ Em meio à tensão nos mercados, economistas cobram pacote de
corte de gastos mais estrutural
As incertezas em torno
do aguardado pacote de corte de gastos da equipe econômica do governo têm
gerado apreensão nos mercados. Economistas defendem que o governo deve ir além
de ações pontuais, estruturando um pacote que ofereça uma resposta consistente
às preocupações fiscais e construa uma narrativa de maior estabilidade para os
próximos anos, segundo aponta reportagem do jornal Valor.
Com a série de medidas
ainda indefinidas e constantes desmentidos, o mercado vê como crucial que o
pacote chegue a pelo menos R$ 30 bilhões para atender às expectativas, embora o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha sinalizado desconhecimento sobre
como esse valor surgiu na mídia. Pedro Schneider, economista do Itaú Unibanco,
alerta que o impacto dependerá muito da composição das medidas. "Se o
anúncio se limitar a iniciativas já apresentadas, como combate a fraudes e
reclassificação de emendas parlamentares, pode gerar decepção entre
investidores", afirma.
Para Schneider, uma
combinação de novas propostas será essencial para alcançar os R$ 30 bilhões e
surpreender positivamente o mercado. Entre as medidas avaliadas, estão ajustes
nas regras do seguro-desemprego, mudanças na multa do FGTS e a elevação da contribuição
federal ao Fundeb. "Para impressionar, o ideal é que o pacote traga algo
de caráter mais estrutural, na linha do que Haddad tem indicado", destaca.
Roberto Secemski,
economista-chefe para o Brasil do Barclays, enfatiza a necessidade de avaliar a
qualidade das medidas, e não apenas o montante. "É importante que o valor
do corte reflita um esforço real e não apenas uma desaceleração do crescimento
das despesas obrigatórias", observa. Secemski exemplifica que dobrar a
parcela federal do Fundeb, de 30% para 60%, poderia liberar R$ 17 bilhões, mas
ele destaca que essa economia seria reabsorvida por outras despesas
discricionárias.
Para ele, o governo
precisa ir além do simples controle de gastos, buscando credibilidade na meta
de resultado primário e na estabilização da dívida pública. Medidas como a
criação de um limite de crescimento de 2,5% para despesas significativas, que
circulam como possibilidade, também não garantem impacto fiscal significativo.
"Esses tetos temporários criam restrições artificiais, sem resolver a raiz
dos aumentos de despesas vinculadas ao salário mínimo e benefícios
indexados", explica Secemski.
Ítalo Franca, do
Santander, concorda com a necessidade de sinalizar ao mercado um compromisso
fiscal. Ele sugere que a meta inicial do governo deve ser economizar ao menos
R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões já em 2025, embora defenda um pacote mais amplo,
entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, para cobrir 2025 e 2026. "Estamos em
um ponto de inflexão. Um pacote robusto ajudaria a reduzir o prêmio de risco e
ancorar expectativas em relação ao fiscal", afirma.
Alexandre Manoel,
economista-chefe da AZ Quest, aponta que o verdadeiro ganho para os mercados
virá se o governo sinalizar um caminho para reduzir o déficit fiscal
estrutural. Ele lembra que a despesa primária do governo saltou para perto de
20% do PIB, e que seria essencial estabilizar essa proporção em um nível mais
sustentável.
Fonte: Brasil 247
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