Evangélicos da extrema direita celebram
Trump e já falam em 2026
Nesta quarta-feira
(6), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro compartilhou uma imagem do
ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com os olhos fechados e cabeça
baixa, cercado por mãos espalmadas. Na legenda, Michelle agradeceu a Deus pela
vitória de Trump na eleição presidencial dos EUA. “Um homem temente a Deus. Um
homem que ama o Estado de Israel. Obrigada, Senhor! Que Deus o livre de todo o
mal. Que Deus abençoe a sua vida com sabedoria e discernimento para governar a
sua nação”, escreveu ela, finalizando com “Viva a América!”
Eduardo Bolsonaro,
deputado federal pelo PL-SP e enteado de Michelle, acompanhou a apuração dos
votos na casa do presidente eleito. Michelle juntou-se a outros evangélicos
influentes no Brasil que celebraram a vitória de Trump. O pastor André Valadão,
da Igreja Batista da Lagoinha em Orlando, também destacou o resultado eleitoral
em suas redes sociais, incentivando seus seguidores a celebrarem. Entre os
comentários, um seguidor escreveu: “Que alívio!! Deus fazendo a obra!! A
próxima lavada de direita será o Brasil em 2026!!”, recebendo muitos likes.
O pastor Silas
Malafaia também comemorou a vitória de Trump sobre a democrata Kamala Harris,
ironizando as previsões das pesquisas eleitorais e a cobertura da imprensa.
“Ele fez barba, cabelo e bigode”, disse Malafaia. “Cadê os institutos de
pesquisa? Cadê a imprensa esquerdopata? Eu não aguento essa imprensa
tendenciosa.”
As pesquisas indicavam
um empate técnico entre os candidatos, sem uma previsão clara de quem venceria.
Malafaia destacou que os eleitores de direita defendem a família tradicional e
são contra o aborto, e acredita que essas pautas serão fortalecidas com Trump
no poder. O pastor Cláudio Duarte, influente nas redes sociais evangélicas,
parabenizou os americanos pela escolha responsável e afirmou que a vitória de
Trump envia uma boa mensagem para o Brasil.
A senadora Damares
Alves (Republicanos-DF), ex-ministra do governo Jair Bolsonaro (PL), viu a
vitória de Trump como um prenúncio para a eleição presidencial brasileira de
2026. Em suas redes sociais, ela publicou uma foto de Trump vitorioso ao lado
de Bolsonaro, que atualmente está inelegível, mas cuja militância espera
reverter essa situação. “Simbora, capitão, 2026 é logo ali!”, escreveu Damares,
completando com “Estamos endireitando o mundo!”
A vitória de Donald
Trump sobre Kamala Harris, com 277 delegados contra 224, é um sinal, para essas
lideranças fundamentalistas de novas possibilidades na próxima eleição. O
senador Magno Malta classificou a eleição de Trump como um marco histórico,
sugerindo que o triunfo do republicano em 2024 sinaliza um caminho promissor
para Jair Bolsonaro em 2026. Só esqueceu que ele está inelegível.
Sim, vivemos para ver
lideranças evangélicas celebrarem como um “sinal de Deus” para o mundo um homem
condenado por silenciar uma atriz pornô com quem teve um caso, que espalhou a
mentira de que imigrantes comiam a carne de seus pets, que liderou um ataque
frontal à democracia ao não aceitar o resultado de 2020 (isso lembra alguém?) e
muitas outras acusações de crimes contra o Estado. Ou seja, realmente Trump é
uma referência para todos esses “evangélicos” que o celebram hoje. Faz tempo
que abandonaram Jesus de Nazaré.
¨ “Donald Trump é o sintoma mórbido de um país que está para
repetir a sua guerra civil”, diz historiadora
Para a
historiadora Sylvie Laurent, o trumpismo faz parte de uma longa tradição estadunidense de
sinergia entre capital e raça. Mas, este ano, uma vitória do candidato
republicano abriria caminho para a implementação do seu projeto reacionário e
autoritário.
<><> Leia
a entrevista com Sylvie Laurent, para Christophe Deroubaix, no L’Humanité, com tradução do Cepat:
·
O que mudou do Trump
de 2024 em relação ao Trump de 2016?
O personagem não mudou
absolutamente nada, apenas aguçou sua violência retórica. A sua xenofobia, o
seu ultranacionalismo, o seu desprezo pelas regras, pelo direito e pela
civilidade, a sua amargura para com os adversários já estavam presentes em
2016. O que é realmente novo, na minha opinião, é que o conjunto das
instituições e o pessoal que o rodeia hoje já não conseguem contê-lo.
Trump está
agora totalmente preparado para capturar o Estado e implementar políticas
reacionárias que apenas foram sugeridas durante o seu primeiro mandato. De
muitas maneiras, isso foi evitado na época. Agora está armado com quadros,
milhares de potenciais funcionários públicos, intelectuais, financiadores e uma
parte significativa da classe capitalista, que convergem para a ideia de
estabelecer uma contrarrevolução profunda graças a um Estado autoritário.
Em 2016,
o Partido Republicano, o sistema judicial, as grandes instituições e os
altos funcionários impediram o seu projeto, que, além disso, estava pouco
estruturado. Hoje, a resposta a este tipo de resistência está pronta, que é
todo o propósito do Projeto 2025 [da Heritage Foundation, conhecido como Projeto
de Transição Presidencial, um documento de 900 páginas de propostas políticas
ultraconservadoras]. Neste sentido, Trump é
muito mais perigoso em 2024.
Podemos falar da
fascistização do seu discurso, mas também do seu projeto de sociedade. O seu
companheiro de chapa, J. D. Vance, é um ideólogo a serviço da ordem moral, da tradição, do culto
ao líder e da violência política contra dissidentes e “desviantes”, ou seja,
qualquer grupo social que não seja branco, heterossexual e cristão.
·
Em 2016, Donald Trump
liderou uma campanha sobre posições anti-imigração e ao mesmo tempo fez um
discurso heterodoxo, para os republicanos, sobre questões econômicas. Agora ele
assume que o principal fator da sua campanha é a imigração. O que isto diz sobre
a natureza do trumpismo e especialmente sobre a motivação do voto trumpista?
Lembro que tive muita
dificuldade em 2016, quando foi lançado meu livro Pauvre Petit Blanc.
Le mythe de la dépossession raciale (Édition de la Maison des Sciences
de L'homme, 2020), para destacar o artifício do verniz trabalhista
que Trump se deu. Todos repetiram exaustivamente que “as classes
trabalhadoras deixadas para trás” tinham expressado um voto de classe. Era uma
versão muito simplista da ascensão do demagogo.
Na realidade, ele é o
campeão de uma pequena classe média, individualista, pressionada tanto pelo
contínuo declínio do seu nível de vida como por um sentimento de perda de
estatuto simbólico, uma vez que as mulheres e as minorias tomaram plenamente o
seu lugar – embora num contexto ainda desigual – na
sociedade. Trump oferece estatuto em vez de redistribuição material,
vingança em vez de salários decentes. Além disso, embora Joe
Biden tenha seguido uma verdadeira política de reindustrialização, a sedução exercida por Trump permanece inalterada.
Uma vez eliminado o
verniz superficial do discurso de classe, no qual se considera apenas as
classes trabalhadoras brancas, uma vez que só elas são favorecidas
por Trump, tudo o que resta é o racismo grosseiro. Ouvimos isso ad
nauseam nesta campanha: o ódio aos imigrantes e aos não-brancos é uma
obsessão primordial.
Trump, Vance e
as suas tropas já não falam apenas do muro para conjurar a ameaça da imigração
ilegal, mas da “ocupação” dos Estados Unidos, que seriam invadidos por
hordas com “genes defeituosos”, um “parasita” que expropriaria o homem branco
até na cama. É um discurso do qual até o Rassemblement
National desconfiaria hoje. Estamos, portanto, num registro que justificou
a utilização do termo “fascista”
para qualificá-lo. Só que aquilo com que estamos lidando não é de forma alguma
importado da Europa. Este fascismo é endógeno!
·
Como assim?
Meu novo livro Capital
et race. Histoire d’une hydre moderne (Éditions du Seuil, 2024) trata
justamente da longa história do entrelaçamento entre capital e raça
na América. A construção histórica do capital racial dos brancos neste
continente e a supremacia dos proprietários brancos até muito recentemente
nos Estados Unidos explicam por que a verdadeira democratização do
país desde o final da década de 1960 com o voto pelos direitos civis, o fim da
segregação racial e o acesso a bens públicos dos ex-párias, foi vista como uma
injustiça. É o que os republicanos têm dito desde Nixon [janeiro de
1969 a 9 de agosto de 1974], e isso ressoa num país que foi construído sobre
quatro séculos de dominação.
Trump interpreta,
portanto, com a linguagem da decadência nacional, a realidade vivida por uma
classe média estadunidense verdadeiramente empobrecida ao longo de quarenta
anos de neoliberalismo e alienada por uma classe política em grande parte incapaz
de conter as desigualdades e o empobrecimento da sua qualidade de vida.
Retornar à supremacia branca é como retornar à sociedade de ordens antimodernas
após a Revolução Francesa: a promessa de recuperar autoridade, hierarquia
e grandeza.
Para os estadunidenses
brancos sem diploma, cuja vulnerabilidade econômica e social é
evidente, Trump é um realista: não há dúvida de que é mais fácil
livrar o país de milhões de “indesejáveis” do que questionar a economia
política geral. Acredita-se que a guerra interna (a deportação de 10 milhões
de imigrantes ilegais e a neutralização dos “esquerdistas”) e a guerra comercial
com a China sejam mais eficazes do que a tentativa de domesticar
o capitalismo neoliberal decadente e a democracia de mercado, que são as
verdadeiras razões da existência do sofrimento. O fato de Elon Musk, o
homem mais rico do mundo e notório antissindicalista, ser cotado como o próximo
ministro da Reforma do Estado diz muito sobre o niilismo em ação.
·
Donald Trump faz,
portanto, parte de uma longa tradição estadunidense, cuja chave é a sinergia
entre capital e raça?
Mesmo que o meu último
livro não fale de Donald Trump como tal, ele descreve a longa gênese
deste tipo de fantasia da criação dos Estados Unidos como um lugar de
invenção do mundo a partir do nada, mesmo sendo um empreendimento de colonização,
desapropriação de terras indígenas e estabelecimento ao longo de vários séculos
de um sistema de democracia parcial onde apenas os brancos, os descendentes dos
europeus, tinham o direito à terra e à riqueza.
Desde o fim da guerra
civil em 1865, que tentou reescrever o destino do país rumo a uma maior
justiça, as forças reacionárias e de volta às origens nunca desapareceram.
Reativadas por diferentes figuras ao longo dos séculos, elas são, de alguma
maneira, um fascismo latente, da Ku Klux Klan aos eugenistas,
de George Wallace [três vezes governador do Alabama de 1963 a
1967, de 1971 a 1979 e de 1983 a 1987], que queria defender a segregação até à
morte, à nova direita estadunidense, que hoje é muito poderosa.
Ao ressuscitar estas
tradições, Donald Trump é o sintoma mórbido de um país que ainda está
para repetir, sob a forma de uma farsa cruel, a sua grande guerra civil.
Prometer a restauração do capitalismo autoritário concedendo imunidade aos
poderosos e aos seus dependentes, caso sejam homens e brancos, é fazer parte da
longa história do país que, desde o seu nascimento até o mundo pós-Segunda
Guerra Mundial, garantiu acesso exclusivo a recursos e propriedades aos
descendentes dos europeus.
·
Marx, que você cita
com frequência nos seus livros, acreditava que quando as ideias se apoderam das
massas, tornam-se forças materiais. A ideia da desapropriação do país, sentida
por parte da população branca, está se tornando uma força material nos Estados
Unidos, através do trumpismo?
Convém não subestimar
o poder das ideologias. Os ressentimentos e as amarguras tornam-se, quando
politizados, uma realidade tangível. O Partido Republicano organizou
conscientemente a radicalização da sua base militante ao criar uma histeria em
torno das questões do aborto, das armas de fogo, da sexualidade, da
“criminalidade negra” e da imigração.
Após décadas de
manipulação das opiniões públicas, enquanto a classe política consentia com o
crescimento das desigualdades, as guerras intermináveis e a captura democrática
pelas finanças privadas das campanhas, a situação tornou-se insustentável.
Desde 2010 e o Tea Party [que
surgiu no início da presidência de Obama no contexto da crise
econômica que eclodiu em 2008], o Partido Republicano foi devorado
internamente pela sua própria criatura: uma onda de extrema-direita centrada em
questões culturais que se tornaram existenciais, inegociáveis, objeto de uma
luta em que a própria democracia passará por perdas e ganhos. O homem desta
criatura é Trump.
·
Você mencionou o
trumpismo como a encarnação das contrarrevoluções. Isso nos permite também ver
as revoluções em andamento: o movimento MeToo, as mulheres mais diplomadas que
os homens, Black Lives Matter, os direitos LGBTQI+…
Martin Luther King, sobre quem escrevi uma biografia intelectual, disse: “Embora o
arco do universo seja longo, ele se curva na direção da justiça”. Sua
visão era menos idealista do que imbuída de uma necessidade histórica: nunca
renunciar a pensar que a justiça está ao nosso alcance. Então, sim, você está
certo: a emancipação do maior número de pessoas está em curso nos Estados
Unidos. Passo a passo, mulheres, negros, muçulmanos, pessoas transexuais...
estão criando um lugar para si e se fazendo ouvir. De certa maneira, a sociedade
estadunidense é muito mais tolerante do que a sociedade francesa. Tolerância
não é justiça, mas permite-nos organizar a luta para alcançá-la.
É evidente que existe
uma espécie de preocupação em relação a estas mudanças recentes na paisagem
social: muitos estadunidenses encaram-nas como uma decadência, como a
indefinição das normas naturais. Trump estimula o masculinismo dos homens que se sentem ameaçados pelos novos direitos e
liberdades dos outros, assim como estimula o belicismo contra
a China que, à escala global, teria desafiado a hegemonia
dos Estados Unidos. De certa maneira, o poder da reação é um tributo aos
notáveis progressos, ainda longe de serem suficientes, no caminho do
reconhecimento e da emancipação das mulheres e das minorias.
¨ Esperança em tempos de escuridão. Editorial do National Catholic
Reporter
"Suportaremos Donald Trump e seus bajuladores. Seu tempo passará. Infelizmente, ele
causará danos significativos. No entanto, podemos, de fato, devemos, limitar
esses danos por meio de nossa determinação incessante. Como testemunhas ativas
de justiça e misericórdia, transformaremos a escuridão em luz e a fraqueza em
força para nós mesmos e para os outros."
<><> Eis o
editorial.
Agora devemos viver
com nossos piores medos.
O incompetente,
desonesto, divisivo e autoritário Donald J. Trump foi novamente eleito presidente dos Estados Unidos. Com o tempo, volumes de livros tentarão explicar esse colossal
lapso de julgamento. Mais cedo serão exploradas as terríveis consequências
dessa eleição para nossa nação, a família humana mais ampla e o planeta.
Por enquanto, enquanto
embarcamos em uma jornada desconhecida, não temos tempo para autopiedade ou
raiva debilitantes. Livremo-nos dessas tentações em prol da saúde individual e
coletiva. Precisamos de equilíbrio e integridade para seguir em frente enquanto
protegemos os mais vulneráveis. Precisamos de acuidade mental para decidir como
apoiar uns aos outros e às instituições democráticas da nossa nação.
Não somos os primeiros
a enfrentar tal escuridão; agora nos juntamos a inúmeros outros vivendo vidas
incertas em meio à turbulência política. Podemos aprender com eles, primeiro
tomando aprendendo com eles e sabendo que nada está garantido e com eles e com resto
da família humana compreender e saber melhor como manter a fé, construir
coragem e sustentar a resiliência e a resistência. Precisamos uns dos outros
mais do que nunca para evitar dúvidas e nos apegarmos aos princípios de
justiça, decência e verdade. Então, quão grande é essa comunidade da qual
precisamos desse encorajamento? Ela é global, atravessa culturas, raças e
religiões e alcança gerações passadas.
Precisamos
de esperança. Esperança gera esperança. Lembre-se, somos pessoas de esperança.
Crescemos em esperança ao abraçar a interdependência e a conexão, apoiando-nos
uns nos outros quando vacilamos e oferecendo uma mão quando vemos a
necessidade. Nossa esperança não está enraizada em algum otimismo passageiro,
mas nas verdades duradouras de nossa fé fundamentadas nos Evangelhos, que
ensinam o amor sem limites e a crença central de que a escuridão não tem a
última palavra.
Considere este ditado
tibetano: "A tragédia deve ser utilizada como uma fonte de força." A
dor convida ao propósito. Deixado sem atenção, o desespero paralisa. Com
propósito, ele pode se tornar uma força poderosa para a mudança. Precisamos
canalizar nossas lutas internas para a ação externa. Sim, temos fardos
adicionais, mas sim, temos novos chamados.
O sobrevivente do
Holocausto Elie Wiesel demonstrou uma resiliência notável ao confrontar o mal e a
injustiça. Ele escreveu: "Nunca esquecerei aqueles momentos que
massacraram meu Deus e minha alma." Apesar da dor
inimaginável, Wiesel se tornou um defensor incansável da justiça, da
paz e da dignidade humana. Ele nos ensinou que, durante os momentos mais
sombrios, sempre temos uma escolha: deixar nossa dor nos consumir ou nos levar
adiante. Seguindo em frente, damos voz àqueles que não podem falar por si
mesmos.
Devemos reconhecer que
nossas feridas podem se tornar fontes de cura para os outros. Henri
Nouwen ilustrou isso lindamente em The Wounded Healer.
Nossas feridas físicas, emocionais ou espirituais são parte do que nos torna
humanos. Em vez de esconder essas feridas, podemos aceitá-las, permitindo que
nossas vulnerabilidades nos conectem mais profundamente com aqueles ao nosso
redor. O próprio Jesus é o exemplo máximo de um curador ferido. Seu
sofrimento e sacrifício trouxeram amor, esperança e cura para um mundo
quebrado. Ao seguir seu exemplo, somos convidados a transformar nossa
incerteza, raiva, dor e decepção em maior solidariedade, compaixão e ação pelos
outros.
Nossa missão, embora
não seja nova, tornou-se cada vez mais urgente. Devemos falar a verdade, viver
com integridade, estender a mão aos necessitados, construir e preservar
estruturas justas e enfrentar nossos opressores.
Então, começamos a
escrever o próximo capítulo da história da nossa nação e da igreja. Que eles
reflitam o mais sagrado dos nossos valores e um compromisso inabalável com a
verdade.
Três pontos:
- Derrotar o desespero requer resiliência interior, o
que envolve cultivar um senso de gratidão. Mesmo na escuridão.
Especialmente na escuridão. Cada reconhecimento de gratidão nos lembra da
bondade básica que persiste e permeia a vida, mesmo em meio às lutas.
- Nossas conexões com os outros nos fortalecem. Não estamos
sozinhos. Nossos relacionamentos com amigos, familiares e comunidade criam
uma rede de apoio crítica. Ao estender a mão, compartilhar fardos e
oferecer apoio mútuo, reforçamos nossas habilidades de resiliência
coletiva.
- Atenção plena, meditação e oração nos ancoram, nos trazem
de volta ao momento presente e nos ajudam a administrar os medos do
desconhecido. Elas promovem calma, resolução firme e nos capacitam a
encarar o futuro com clareza e paz.
Suportaremos Donald
Trump e seus bajuladores. Seu tempo passará. Infelizmente, ele causará
danos significativos. No entanto, podemos, de fato, devemos, limitar esses
danos por meio de nossa determinação incessante. Como testemunhas ativas de justiça
e misericórdia, transformaremos a escuridão em luz e a fraqueza em força para
nós mesmos e para os outros. Cada ato de amor, cada gesto de gentileza e cura
constrói a nação que, por enquanto, parece nos iludir.
Esperança não é
um mero sentimento. Esperança é uma escolha que fazemos todos os dias. Quando
escolhemos esperança, incorporamos a essência do nosso chamado cristão — um chamado para sermos agentes de mudança
e testemunhas do amor que nossa nação precisa tão desesperadamente,
agora mais do que nunca.
Fonte: Fórum/IHU
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