quarta-feira, 24 de julho de 2024

Política de incentivos da Sudene ao setor produtivo passa a contar com quatro novas empresas da Bahia

Mais quatro empresas instaladas na Bahia tiveram a aprovação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para integrar a política de incentivos fiscais oferecida pela autarquia. O sinal positivo veio através da Diretoria Colegiada da instituição federal, durante reunião ocorrida nesta segunda (22). No total, os titulares destes empreendimentos já desembolsaram R$ 491 milhões em recursos privados para viabilizar os projetos.

De acordo com a coordenação-geral de incentivos e benefícios fiscais da Sudene, foram apresentados dois pleitos com o objetivo de utilizar os recursos deduzidos do imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) para a modernização dos projetos. Outras duas empresas deverão investir na complementação de equipamentos. Os empreendimentos beneficiados empregam juntos 1.706 profissionais.

“Os incentivos permitem que os empreendedores ganhem mais fôlego para investir em projetos localizados no Nordeste. Esta é uma das ações da Sudene para reduzir as disparidades que ainda existem quando comparamos os indicadores sociais e econômicos da região com outros territórios do país”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.   

O maior investimento foi realizado pelos acionistas da Veracel Celulose S.A., instalada em Eunápolis (BA). Foram R$ 400,9 milhões destinados à instalação da unidade no município do sul da Bahia. O complexo industrial atua com operações florestais, industriais e logística na produção de celulose, atingindo 1,1 milhão de toneladas por ano. A empresa protocolou pedido de incentivo fiscal à Sudene na modalidade de modernização. 

O diretor Heitor Freire, titular da área de fundos regionais e incentivos fiscais da Sudene, ressaltou o empenho dos técnicos da superintendência para analisar os pleitos que chegam à casa, dado o alto volume de demandas.  “A equipe se esforça para apresentar semanalmente à diretoria estes processos. A dedicação demonstra o compromisso com a geração de emprego e renda no Nordeste”, elogiou o dirigente.

Agora, os titulares dos empreendimentos deverão procurar a Receita Federal para ratificar a decisão. Em caso afirmativo, os projetos poderão contar com recursos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para a realização de novos investimentos pelo prazo de 10 anos.

Confira as empresas beneficiadas:

# Veracel Celulose AS (indústria de transformação);

# Valgroup BA indústria de embalagens flexíveis (indústria de transformação – plásticos);

# Tama Brasil Indústria de Soluções em Embalagens agrícolas (indústria de transformação – plásticos); e

# Supergasbras Energia LTDA (indústria transformação – petroquímicos).

•        Gestores da Sudene discutem nova política industrial com direção da Stellantis

Em visita ao Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em Pernambuco, dirigentes da Sudene discutiram a consolidação do Polo Automotivo na região sob a perspectiva da Nova Indústria Brasil. Além da fábrica de veículos, estão instalados 38 fornecedores, e há expectativa de atração de novos investimentos, que poderão contar com os instrumentos de financiamento da Autarquia.

Segundo o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, a visita institucional teve o objetivo de aproximar ainda mais a Autarquia da Stellantis. “Queremos contribuir para consolidar o Polo Automotivo Stellantis de Goiana, fortalecendo a cadeia produtiva. A Sudene esteve presente na implantação do Polo, com o financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Acabamos de aprovar a concessão de incentivos fiscais e queremos atrair mais investimentos para o polo”, afirmou.

Também acompanharam a visita os diretores Heitor Freire (Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais)e Álvaro Ribeiro (Planejamento) e os coordenadores Wandemberg (Fundos de Desenvolvimento e Financiamento), Pabllo Brandão (Gestão Institucional) e José Farias (Desenvolvimento Territorial, Infraestrutura e Meio Ambiente). Eles foram recebidos por Antonio Sérgio Martins Mello, Vice-Presidente de Relações Institucionais, e Jasson Azevedo, Plant Manager do Polo Automotivo Stellantis de Goiana.

A Sudene está envolvida nas discussões sobre a territorialização da nova política industrial do país. “Um dos principais desafios do Nordeste é a industrialização. Temos agora uma janela de oportunidades e, portanto, precisamos articular todos os atores para não perdermos mais um século no desenvolvimento da nossa região”, disse Danilo Cabral. Ele destacou o impacto da instalação do Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em Pernambuco e a consequente mudança na matriz econômica do estado, que antes era quase exclusivamente baseada na produção sucroalcooleira.

Durante a conversa, também foi destacada a necessidade de melhoria da competitividade da região, especialmente com investimentos em infraestrutura e capital humano.

A Stellantis produz cinco modelos de veículos na planta pernambucana: Jeep Renegade, Compass e Commander, e as picapes Fiat Toro e Ram Rampage, totalizando 1,6 milhão de unidades entregues aos consumidores. Recentemente, a empresa anunciou um investimento de R$ 13 bilhões para o ciclo de 2025 a 2030, destinado a novos produtos e tecnologias, além de atrair novos fornecedores para a cadeia produtiva.

•        Sudene aprova primeiro financiamento do FDNE para o setor de turismo

Em reunião nesta segunda-feira (22), a Diretoria Colegiada da Sudene aprovou o primeiro financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para um empreendimento do setor turístico. Essa medida é fruto de um movimento realizado pela gestão para diversificar a carteira de projetos do FDNE, muito concentrada em projetos de infraestrutura, especialmente de produção e distribuição de energias renováveis.

“Essa aprovação contempla um segmento que temos buscado dar uma atenção pelo que representa o turismo para o Nordeste por seu potencial de empregabilidade e geração de renda”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Ele acrescentou que um empreendimento hoteleiro impacta toda a cadeia produtiva, gerando oportunidades para o setor de serviços e da economia criativa, por exemplo. “Por isso, é fundamental que a Sudene apoie o turismo, com seus instrumentos de ação”, destacou.

O crédito aprovado foi de R$ 50 milhões para Jampa Ocean Palace Resort, que fará um investimento total de R$ 247,6 milhões para a instalação de um resort que operará no formato "all inclusive" no polo turístico do Cabo Branco, em João Pessoa (PB). Contará com uma estrutura com quase 50 mil metros quadrados de área construída, com 479 apartamentos. O agente operador do financiamento será o Banco do Nordeste.

De acordo com o diretor de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, a empresa responsável pelo empreendimento é consolidada no ramo de hotelaria, inclusive com instalações em outros estados, como no Rio Grande do Norte. “No pós-obra, eles devem empregar cerca de mil pessoas, o que nos dá muito orgulho a aprovação deste financiamento, por sua capacidade de gerar emprego e renda para nossa área de atuação”, comentou.

A criação do polo turístico do Cabo Branco é um projeto do Governo da Paraíba, que destina ao todo 35 lotes para o desenvolvimento do maior complexo turístico planejado do Nordeste. O polo está situado em uma área de 654 hectares, em uma região privilegiada da cidade, dentro da área urbana e próximo a diversos pontos turísticos. O complexo contará com resorts, parque aquático, animação e equipamentos de comércio e serviços. Segundo estimativas do governo paraibano, o polo deve receber R$ 1,2 bilhão em investimento, gerando mais de 12 mil empregos no estado.

<><> Liberação

Também foi aprovada, durante a reunião, a liberação da quarta parcela do financiamento da empresa Liasa (Ligas Alumínio S.A.) no valor de R$ 3,8 milhões. Os recursos foram aplicados na ampliação da capacidade produtiva da fábrica de silício metálico da Liasa, localizada no município de Pirapora (MG). O investimento total é de R$ 364,3 milhões e o pleito de financiamento do FDNE fica em 26% desse valor (R$ 95,8 milhões). A expectativa é de que sejam gerados 2.560 empregos diretos e indiretos. O agente operador do projeto é o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

 

Fonte: Ascom Sudene

 

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