Justiça
obriga pais a vacinarem filhas e impõe multa de até R$ 10 mil
A
Justiça obrigou um casal de Santa Catarina que não queria vacinar as filhas a
imunizá-las dentro de 60 dias. A decisão impõe multa diária de até R$ 10 mil em
caso de descumprimento.
A
decisão é do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que manteve
entendimento da 2ª Vara Cível, da Comarca de São Bento do Sul. Os pais alegavam
que a vacinação poderia colocar em risco a integridade física das meninas, mas
o magistrado ressaltou que a não imunização só seria aceita caso fosse
apresentado um atestado médico com contraindicação explícita da aplicação de
vacina às filhas.
O
juiz citou, por exemplo, que a Constituição estabelece como dever da família,
da sociedade e do Estado assegurar à criança o direito à vida e à saúde,
reforçando que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define as crianças
e os adolescentes como “sujeitos de direitos em condição peculiar de
desenvolvimento”, que demandam proteção integral e prioritária por parte da
família, da sociedade e do Estado.
A
decisão também lembra que milhares de brasileiros morreram na pandemia da
Covid-19 – cenário que poderia ser diferente, caso existisse uma política
pública concreta a favor das vacinas.
O
casal terá de providenciar, no prazo de 60 dias, a imunização das duas filhas,
de acordo com o esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde, sob pena
de multa diária entre R$ 100 e R$ 10 mil em caso de descumprimento. O valor
será destinado ao Fundo de Infância e Adolescência do município.
• Deputada bolsonarista critica decisão
judicial que obriga casal a vacinar filhos
A
deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) criticou o Poder Judiciário após a
Justiça obrigar um casal de Santa Catarina que não queria vacinar as filhas a
imunizá-las, sob pena de multa diária de até R$ 10 mil em caso de
descumprimento. “[Sobre] isso aqui você não tem autonomia. Quem sabe é o
governo Lule e o judiciário. Confia [sic]”, escreveu, com ironia, no Instagram.
Zanatta
citou a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) contra pais
que se recusavam a aplicar imunizações nas duas filhas. Em uma série de
postagens, a deputada disse ainda “não podemos prevaricar” e “o Brasil é o
único país do mundo que obriga vacina da Covid em bebês, parabéns aos
envolvidos”.
A
parlamentar de Santa Catarina é uma das autoras do Projeto de Lei (PL)
955/2024, em tramitação na Câmara dos Deputados. A proposta busca, por exemplo,
alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente para que a obrigatoriedade da
vacinação de crianças e adolescentes aconteça apenas em casos expressos
previstos em lei federal específica, sendo facultativa a partir da recomendação
das autoridades sanitárias.
NOTA:
Fica
a pergunta: será que a deputada não tem
filhos? Se tiver, os mesmos estão ou foram vacinados? Ou ela seria mais uma
negacionistas da boca para fora, ou seja, segue as recomendações da ciências
para os seus, mais par os alimentos alimenta o negacionismo, ou seja faça o que
eu mando, mais não faça o que eu faço...
• EUA recomendam vacina atualizada para
Covid para todos com mais de 6 meses
A
recomendação da agência foi feita para proteger a população contra a forma
grave da doença durante o outono e inverno do hemisfério norte, que vão de
setembro deste ano a março de 2025.
“O
coronavírus está em constante mudança e a proteção das vacinas contra a
Covid-19 diminui ao longo do tempo. Receber uma vacina atualizada para
2024-2025 pode restaurar e aumentar a proteção contra as variantes do vírus
atualmente responsáveis pela maioria das infecções e hospitalizações nos EUA. A
vacinação também reduz a probabilidade de sofrer os efeitos da Covid longa, que
pode desenvolver-se durante ou após uma infecção aguda e durar um período
prolongado”, afirma o CDC em comunicado.
Os
EUA enfrentam uma nova onda de Covid-19 em meio às férias de verão, com o
número de infecções aumentando em pelo menos 39 estados e territórios.
Dados
do Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC mostram que a maioria
dos americanos que foram hospitalizados por Covid-19 não recebeu nenhuma das
vacinas oferecidas na última campanha, que aconteceu no outono de 2023.
“Os
dados continuam a mostrar a importância da vacinação para proteger contra
resultados graves de Covid-19 e gripe, incluindo hospitalização e morte. Em
2023, mais de 916,3 mil pessoas foram hospitalizadas devido à Covid-19 e mais
de 75,5 mil pessoas morreram pela doença”, informa o CDC.
De
acordo com a agência americana, a recomendação deve entrar em vigor assim que
as novas vacinas da Moderna, da Pfizer e da Novavax estiverem disponíveis no
país. As farmacêuticas estão trabalhando para atualizar os imunizantes.
Vacinação
contra Covid-19 no Brasil
No
Brasil, a vacina monovalente XBB, adaptada para a variante XBB.1.5, é destinada
apenas para as pessoas de grupos prioritários com 5 anos de idade ou mais e
para as crianças de 6 meses a 5 anos.
As
crianças que receberam três doses de outras vacinas contra a Covid-19 e as
pessoas com mais de 5 anos que nunca foram vacinadas e não pertencem aos grupos
prioritários também podem receber uma dose do imunizante monovalente XBB.
O
Ministério da Saúde justifica que segue a recomendação da Organização Mundial
da Saúde (OMS) para a aplicação das doses de reforço contra a Covid-19, e não
tem planos de expandir a imunização para toda a população.
“Quem
não faz parte dos grupos prioritários e já recebeu pelo menos duas doses de
vacina contra a Covid-19 (independentedo fabricante) é considerado imunizado
contra casos graves da doença. Dessa forma, o objetivo do ministério é vacinar
principalmente crianças, pessoas não vacinadas e os grupos prioritários”,
afirma a pasta.
• Mais eficaz: como funciona a vacina
combinada contra gripe e Covid
A
Moderna divulgou que sua vacina
combinada contra a gripe e a Covid-19 supera a eficácia de fórmulas
concorrentes, como as da Sanofi e GSK, além da Spikevax, desenvolvida pela
própria empresa.
A
vacina, chamada mRNA-1083, inclui tanto a imunização contra a gripe quanto uma
versão “de próxima geração” de proteção contra a Covid-19. Ambas mostraram
resultados positivos em ensaios de fase três separados. A combinação
simplificaria a proteção contra vírus respiratórios.
A
empresa de biotecnologia é a primeira a revelar dados positivos de fase três
sobre uma vacina combinada e planeja solicitar aprovação regulatória para o
imunizante nos Estados Unidos. O CEO da empresa, Stephane Bancel, afirma que a
expectativa é que a vacina chegue ao mercado em 2025.
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Como funciona a vacina
Existem
outras vacinas combinadas disponíveis no mercado que protegem contra várias
doenças ao mesmo tempo, como a vacina MMR para sarampo, caxumba e rubéola.
A
diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Flávia Bravo explica que
a tecnologia usada na vacina da Moderna é a mesma utilizada no imunizante da
Pfizer contra a Covid-19. A fórmula usa o RNA mensageiro, que funciona como uma
receita para ensinar o corpo como produzir anticorpos específicos contra o
influenza e o coronavírus.
“Na
fórmula da vacina contra a Covid-19, por exemplo, esses pedacinhos de RNA
codificam a produção da proteína spike (utilizada pelo coronavírus para entrar
nas células) que é reconhecida como estranha e desencadeia a produção de
anticorpos. Ela também desencadeia nossa resposta de memória e a cada vez que
entrar um vírus, nosso sistema de defesa é alertado e induz a resposta imune”,
explica a especialista.
Ainda
não existe vacina contra o influenza baseada na tecnologia de mRNA disponível
no mercado. A técnica é interessante por permitir atualizações mais fáceis e
rápidas, mantendo a eficácia da fórmula.
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Estudo avaliou vacina combinada
Com
a participação de 8 mil pacientes divididos em dois grupos distintos, a vacina
combinada foi comparada ao imunizante contra gripe Fluzone HD e à fórmula
contra Covid-19 licenciada pela Moderna, a Spikevax. A comparação foi feita em
um grupo de pacientes com 65 anos ou mais.
No
outro grupo com idades entre 50 e 64 anos, a vacina combinada da Moderna foi
comparada à fórmula padrão contra a gripe, Fluarix, e à Spikevax.
Em
ambos os grupos etários, uma única dose do imunizante combinado da Moderna
gerou respostas imunológicas “significativamente maiores estatisticamente”
contra três cepas de influenza e a variante Ômicron do coronavírus.
Os
efeitos colaterais mais comuns foram dor no local da injeção, fadiga, dor
muscular e dor de cabeça, sendo a maioria dos efeitos leves.
“A
segurança da vacina combinada e a tolerância dos pacientes foi aceitável.
Estamos muito satisfeitos com os resultados. Receber apenas uma dose significa
facilidade e tranquilidade para os pacientes”, explica Bancel em entrevista ao
canal americano CNBC.
Os
concorrentes Pfizer e BioNTech também estão testando uma vacina “dois em um”
semelhante contra gripe e Covid-19.
Fonte:
Metrópoles
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