Sudene
anuncia R$ 561 milhões em investimentos no Nordeste
A
área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste passou a
contar com mais 25 empreendimentos que irão participar do programa de
incentivos fiscais oferecido pela autarquia. A autorização para que as empresas
utilizem parte do imposto de renda pessoa jurídica para novos investimentos
veio através da Diretoria Colegiada da Sudene em sua 522ª reunião. No total,
foram registrados R$ 561 milhões em investimentos espalhados por nove estados.
O volume se refere aos investimentos privados totais, não decorrentes do
incentivo concedido.
De
acordo com o coordenador-geral de incentivos e benefícios fiscais da Sudene,
Silvio Carlos, foram aprovados 22 pleitos de 75% de redução do IRPJ. Outros
dois projetos tiveram permissão para reinvestir 30% do imposto devido e um foi
protocolado como projeto futuro. As empresas empregam 5.566 profissionais,
sendo 737 novos postos de trabalho, dos quais 413 diretos e 324 indiretos.
Nesta
aprovação, o estado do Ceará registrou a maior quantidade de projetos
beneficiados, sendo sete ao todo. Seguem Alagoas (cinco empreendimentos);
Espírito Santo (4); Pernambuco (2); Rio Grande do Norte (2) e Minas Gerais (2
pleitos). Os estados de Sergipe, Bahia e Maranhão tiveram, cada um, uma empresa
que passou a contar com incentivos fiscais.
Considerando
as modalidades de incentivos pleiteados pelas empresas, a Sudene registrou oito
implantações de empreendimentos, 12 processos de modernização, três
diversificações de linhas de produtos, enquanto outros dois projetos utilizarão
os recursos dos incentivos para complementação de equipamentos. “Os incentivos
também fortalecem o nosso setor industrial. Além de conferir mais atratividade
ao nosso território, eles dão a oportunidade para que os empreendedores
atualizem a infraestrutura dos projetos e invistam em novos produtos, tornando
nosso mercado ainda mais dinâmico”, avaliou o superintendente da Sudene, Danilo
Cabral.
O
maior volume de investimentos foi informado pela Itacel Terminal de Celulose,
que opera no porto de São Luís (MA). A empresa aportou R$ 390,2 milhões na
implantação de seu terminal portuário, unidade que integra a cadeia logística
de transporte de mercadorias de celulose e papel higiênico e emprega 250
profissionais na unidade.
Outro
aporte significativo de recursos foi realizado pela Transportadora Associada de
Gás (TAG) em seu empreendimento na cidade de Linhares, área de atuação da
Sudene no estado do Espírito Santo. A empresa reportou R$ 45,4 milhões em
investimentos direcionados para o ponto de recebimento de Cacimbas, onde ocorre
a operação comercial de transporte de gás natural. Os recursos serão utilizados
para a modernização da infraestrutura.
Dos
25 projetos analisados pela Sudene, um foi apresentado como sendo de
investimento futuro, sendo este de titularidade da Companhia de Gás do Ceará. A
empresa deve investir R$ 7 milhões na diversificação das atividades de
movimentação de gás canalizado em Fortaleza (CE), com início de atividades
previsto para 2025.
“É
importante notar como os incentivos da Sudene estão presentes em vários setores
da economia nordestina. Nesta aprovação, tivemos projetos de indústrias de
transformação dos segmentos de plásticos, alimentos, calçados, além da presença
de vários empreendimentos de infraestrutura. Cada vez mais buscamos ampliar os
segmentos atendidos”, explicou o diretor de gestão de Fundos, Incentivos e de
Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire.
• Sudene integra comitê de governança
da Política Nacional de Desenvolvimento Regional
A
necessidade da redução das desigualdades intrarregionais foi um dos temas
abordados na 1ª reunião do Comitê-Executi vo da Câmara de Políticas de
Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. Esta é a instância de
governança da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), apresentada
durante a reunião de hoje (18), no Ministério da Integração e do
Desenvolvimento regional, com a participação do ministro Waldez Góes.
O
objetivo da reunião foi instalar o comitê, que conta com a participação de mais
de 20 ministérios, bancos de fomento e consórcios regionais. No encontro,
também foi apresentado o Programa Cidades Intermediadoras; aprovadas as novas
áreas especiais da PNDR, como o Projeto de Integração do Rio São Francisco
(PISF), e discutido o Pacto de Metas e Relatório de Monitoramento da PNDR.
O
superintendente da Sudene, Danilo Cabral, durante o encontro, destacou a
importância da interiorização do desenvolvimento, a partir dos eixos do Plano
Regional de Desenvolvimento do Nordeste, que é derivado da PNDR. Segundo ele,
os indicadores socioeconômicos do Nordeste indicam o potencial de
desenvolvimento das chamadas regiões intermediárias e imediatas.
“Nossa
área de atuação tem 52 regiões priorizadas a partir dessa lógica, de que o
desenvolvimento delas transborda para o conjunto de municípios vizinhos. A
política de financiamento que adotamos coloca essas áreas como estratégicas e
prioritárias para quem quer se estabelecer na região”, afirmou Danilo Cabral.
A
PNDR foi instituída pelo decreto nº 11.962, de março deste ano, com a
finalidade é reduzir as desigualdades econômicas e sociais, intrarregionais e
inter-regionais, por meio da criação de oportunidades de desenvolvimento que
resultem em crescimento econômico sustentável, geração de renda e melhoria da
qualidade de vida da população.
Fonte:
Ascom Sudene
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