O que é rotavírus e como evitar a infecção
O rotavírus é um dos
principais causadores de diarreia grave em crianças menores de cinco anos no
mundo provocando cerca de 200 mil mortes por ano nesse público.
Pessoas de todas as
idades podem pegar a infecção causada por esse vírus, no entanto, a
manifestação clínica é mais prevalente em menores de cinco anos. Os
recém-nascidos normalmente têm infecções mais leves ou até mesmo
assintomáticas, isso se deve aos anticorpos maternos transferidos durante a
amamentação.
O vírus pertence à
família reoviridae, do gênero rotavírus e é dividido em sete grupos, cada um
com diferentes sorotipos, sendo cinco deles os principais responsáveis pelas
infecções infantis.
Os principais sintomas
da infecção são:
• Febre alta e coriza
• Dor no corpo
• Vômitos constante
• Diarreia aquosa
• Desidratação (nos casos mais graves)
<><> Como
é a transmissão do rotavírus?
A transmissão acontece
principalmente através da ingestão de água e alimentos contaminados ou pelo
contato com objetos que estão com o vírus ativo.
Outra maneira de
infecção é através do contato com as fezes de pessoas contaminadas ou por
gotículas respiratórias desses pacientes. O vírus é encontrado em alta
concentração nas fezes de crianças infectadas e, ao ser expelido, ele se
propaga, dando início a novos ciclos de contaminação.
Por isso, os cuidados
básicos de higiene com alimentos, com a qualidade da água consumida e a
higienização das mãos e objetos são algumas das maneiras mais eficazes de se
proteger contra a doença.
“É importante a
higienização de objetos e brinquedos em creches e escolas, ter cuidados de
higiene no manejo dos alimentos, no tratamento da água e ter atenção no
compartilhamento de objetos e alimentos entre as crianças”, explica Andrea
Almeida, infectologista no Hospital do Servidor Público Estadual de SP (HSPE).
• Existe vacina para rotavírus?
Outra maneira de
prevenir a infecção por rotavírus é com a vacinação, indicada para crianças
menores de seis meses.
O esquema de vacinação
é composto por duas doses, sendo a primeira aos dois meses e a segunda aos
quatro meses. Essa vacina deve ser dada com intervalo mínimo de 30 dias entre
as doses.
“O melhor é vacinar as
crianças logo nos primeiros meses de vida, já que a vacina protege contra a
infecção e é segura, feita de vírus vivo atenuado e de administração oral,
portanto tem boa aceitação pelas crianças”, acrescenta Almeida.
Porém, a vacina é
contraindicada em alguns casos. Sendo eles:
• Crianças com imunodeficiência
• Que fazem uso de imunossupressores ou
quimioterápicos
• Que possuem má-formação congênita do
trato digestivo não corrigida
• Com histórico de doença gastrointestinal
crônica
• Hipersensibilidade a qualquer componente
da vacina.
<><>
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da
infecção por rotavírus é feito através de um exame laboratorial específico para
pesquisar a existência do vírus nas fezes da pessoa infectada.
Para o tratamento não
existem medicamentos específicos, o que se faz é tratar os sintomas da doença.
“De uma forma geral, o
rotavírus não deixa sequelas, mas pode causar complicações graves,
principalmente pela desidratação ou por risco de uma outra complicação
cirúrgica que se chama intercepção, onde parte do intestino obstrui o caminho
das fezes, e, às vezes, precisa ser resolvido de maneira cirúrgica”, diz o
infectologista Max Igor Banks, do Hospital Santa Catarina – Paulista, em São
Paulo.
Para Banks, no
entanto, o maior risco trazido pelo rotavírus é a desidratação.
Segundo os
especialistas, é importante manter a criança hidratada. Por isso, quadros leves
podem ser tratados em casa, com soro caseiro, muito líquido e mantendo a
alimentação habitual da criança.
Já os quadros mais
graves podem exigir internação hospitalar.
Os principais sintomas
de desidratação são: boca seca, muita sede, diminuição do volume da urina e
irritabilidade.
• Como prevenir?
O Ministério da Saúde
listou algumas ações de prevenção que incluem práticas de higiene e consumo
adequado de alimentos. Veja todas elas:
• Lavar sempre as mãos antes e depois de
utilizar o banheiro, trocar fraldas, preparar os alimentos, amamentar, tocar em
animais
• Lavar e desinfetar as superfícies,
utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos
• Proteger os alimentos e as áreas da
cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais
• Guardar a água tratada em vasilhas
limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação
• Não utilizar água de riachos, rios ou
poços contaminados
• Ensacar e manter a tampa do lixo sempre
fechada
Fonte: CNN Brasil
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