quarta-feira, 3 de abril de 2024

China deve ultrapassar os EUA e se tornar maior economia do mundo até 2035, segundo estudo

O estudo de pesquisadores de quatro países prevê que fatores como a valorização do yuan e outros ajudem o país asiático a conseguir ter uma economia maior que a norte-americana no espaço de uma década.

Há uma grande probabilidade de que a China se torne a maior economia do mundo e que seu PIB ultrapasse o dos EUA por volta de 2035, de acordo com um relatório desenvolvido em conjunto por pesquisadores de China, Rússia, EUA e Canadá.

Ele foi desenvolvido em conjunto por pesquisadores do Instituto Chunyang de Estudos Financeiros da Universidade Popular da China, do Centro de Cooperação China-EUA da Universidade de Denver, EUA, da Sociedade Econômica Livre da Rússia, do Grupo de Pesquisa Geopolítica e Econômica da Universidade de Manitoba, Canadá, e do Conselho Econômico e Cultural da Índia e da China.

O texto, intitulado "Capitalizando o Interesse: Desenvolvimento de Alta Qualidade da China e Previsão para 2035", foi lançado no domingo (31) na Universidade Popular da China.

"Com base no fato de que o crescimento econômico da China é maior do que o dos EUA, bem como na valorização contínua do renminbi [ou yuan], na crescente internacionalização do renminbi e na competição de longo prazo entre o renminbi e o dólar dos EUA, espera-se que a China ultrapasse os EUA como a maior economia do mundo por volta de 2035 com alta probabilidade, desde que mantenha o crescimento do PIB de cerca de 5% ao ano nos próximos anos e de pelo menos 4% até 2035", aponta ele.

Além disso, notam os autores do relatório, os países em desenvolvimento se tornarão o principal motor do crescimento econômico global no futuro, e suas altas taxas de crescimento poderão dobrar o PIB global na próxima década.

¨      China não ficará de 'braços cruzados' com 'políticas comerciais injustas', diz Xi Jinping a Biden

A China não ficará de "braços cruzados" às tentativas dos Estados Unidos de suprimir o desenvolvimento de altas tecnologias chinesas e de minar seu progresso, disse nesta terça-feira (2) o presidente Xi Jinping ao seu homólogo dos EUA, Joe Biden, durante uma conversa telefônica.

"Se os EUA quiserem realizar uma cooperação mutuamente benéfica e partilhar conjuntamente os dividendos do desenvolvimento da China, as portas da China estarão sempre abertas. Se os EUA insistirem em suprimir o desenvolvimento de alta tecnologia da China e em privar a China do seu legítimo direito de se desenvolver, não permaneceremos calados sem fazer nada", disse Xi, citado pela agência de notícias Xinhua.

Ainda segundo a imprensa chinesa, Biden respondeu que o desenvolvimento da China é benéfico para todo o mundo e que Washington não pretende minar o desenvolvimento de Pequim ou romper os laços bilaterais.

A questão de Taiwan é 'linha vermelha' nas relações entre China e EUA

Ainda segundo o jornal chinês, Xi Jinping disse ao seu homólogo estadunidense que Pequim não fechará os olhos ao apoio externo às forças separatistas na ilha de Taiwan:

"O presidente Xi Jinping enfatizou que a questão de Taiwan é a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações China-EUA. Diante das atividades separatistas de 'independência de Taiwan' e do estímulo e apoio externo a elas, a China não vai ficar de braços cruzados. Ele instou o lado dos EUA a traduzir o compromisso do presidente Biden de não apoiar a independência de Taiwan em ações concretas", diz a agência, citando as palavras do líder chinês.

A mídia relata que Biden reafirmou que Washington reconhece a política de uma só China, bem como a importância da paz e da estabilidade no estreito de Taiwan. Também reiterou que seu governo não busca uma nova Guerra Fria nem mudar o sistema da China.

Esta foi a primeira vez que Xi Jinping e Biden conversaram por telefone desde julho de 2022, quando as tensões entre Washington e Pequim se intensificaram devido a uma viagem da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto desse ano.

A China, que considera a ilha uma das suas províncias, condenou a visita de Pelosi, vendo nessa medida o apoio dos EUA ao separatismo taiwanês, realizando exercícios militares em grande escala.

As relações oficiais entre o governo central da China e a província insular foram interrompidas em 1949, depois que as forças do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek, derrotadas na guerra civil com o Partido Comunista Chinês, se mudaram para Taiwan.

Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final da década de 1980. Desde o início da década de 1990, as partes começaram a se comunicar através de organizações não governamentais — a Associação para as Relações entre os Dois Lados do Estreito de Taiwan (ARATS, na sigla em inglês) e Associação de Pequim para o Desenvolvimento das Relações através do Estreito de Taiwan e a Fundação para o Intercâmbio no Estreito (SEF, na sigla em inglês).

Pequim reivindica o território autogovernado, que um dia se reunificará com a parte continental como uma parte integrante da China, e cita a política de uma só China acordada a nível internacional nos anos 1970.

 

Ø  'Tiro no próprio pé': economia da Rússia se fortalece apesar das sanções ocidentais, diz jornal

 

Especialistas entrevistados pelo Daily Mail disseram que a economia russa demonstra um crescimento estável, apesar das sanções impostas pelo Ocidente, que abriram o caminho para Moscou para novas parcerias econômicas.

"Os esforços do Ocidente para congelar ativos, excluir os bancos russos dos sistemas de pagamentos globais e interromper o comércio só levaram a Rússia a fortalecer os laços com outros parceiros internacionais, incluindo a China e o Irã", refere o artigo.

De acordo com a mídia, os especialistas alertam que os países europeus no futuro só ficarão mais fracos em termos econômicos e mais dependentes dos EUA.

De fato, Alan Cafruny, professor de relações internacionais no Hamilton College (EUA), afirma que a decisão da Europa de cessar a importação de petróleo e gás russos não fez nada além de prejudicar sua própria economia.

Ksenia Kirkham, especialista em economia política de sanções e guerras econômicas no King’s College de Londres, acredita que a Europa "atirou no próprio pé" levando a Rússia a abandonar os controles ocidentais e tornando-a ainda mais independente.

Segundo ela, a confiança excessiva do Ocidente no cumprimento das sanções minará os próprios mecanismos de sua ação - isto é, a hegemonia do dólar e o controle sobre as cadeias de suprimentos.

"O isolamento da Rússia é um mito" ressaltou ela.

Moscou tem repetidamente afirmado que o país conseguirá lidar com a pressão das sanções que o Ocidente começou a exercer sobre a Rússia há vários anos e continua a se intensificar. O Kremlin observou que o Ocidente não tem coragem de reconhecer o fracasso das sanções. Nos próprios países ocidentais, havia muitas opiniões de que as sanções seriam ineficazes.

¨      Exportações de petróleo russo para a Ásia-Pacífico aumentam para 80% em 2023

Cerca de 80% das exportações de petróleo russas se destinaram aos mercados da Ásia-Pacífico em 2023, informou o vice-primeiro-ministro Aleksandr Novak.

"No total, mais de 80% do petróleo russo foi exportado para países da Ásia-Pacífico", destacou o vice-chefe do governo em um artigo para a revista Energy Policy.

Novak sublinhou que as petrolíferas russas conseguiram reorientar completamente as suas exportações para os mercados da referida região após a "guerra de sanções" declarada pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

Em particular, observou ele, as empresas russas exportaram 35% de combustíveis e outros derivados de petróleo para os países da Ásia-Pacífico no ano anterior. Segundo dados oficiais, as empresas petrolíferas russas enviaram quase 200 milhões de toneladas de petróleo bruto para os países da Ásia-Pacífico em 2023.

Os Estados da UE deixaram de adquirir petróleo da Rússia por via marítima desde fevereiro de 2022 devido à crise ucraniana, no entanto, continuam a importar petróleo bruto russo através do famoso oleoduto Druzhba.

¨      Cálculo de arrecadação com venda de gás russo após implementação de pagamentos em rublos é divulgado

Em resposta às sanções ocidentais à energia russa, Moscou anunciou que os pagamentos feitos pelo fornecimento de gás natural à União Europeia (UE) e a outros Estados que impuseram tais medidas seriam convertidos em rublos para dispensar o uso de dólares e euros nas liquidações. O novo arranjo de pagamento foi introduzido em 1º de abril de 2022.

Os maiores compradores de gás via gasoduto ao abrigo do novo regime de compra foram a Hungria (no valor de 769 bilhões de rublos, ou R$ 42,2 bilhões), a Itália (655 bilhões de rublos, ou R$ 36,02 bilhões), a Grécia (328 bilhões de rublos, ou R$ 18,04 bilhões) e a Eslováquia (310 bilhões de rublos, ou R$ 17,07 bilhões). Ao mesmo tempo, alguns grandes importadores não divulgam estatísticas do comércio de gás, incluindo a Alemanha e a Áustria.

Em particular, de abril de 2022 a janeiro de 2024 — dados mais recentes não estão disponíveis neste momento — Moscou obteve 31 bilhões de euros (cerca de R$ 168,5 bilhões) da UE, considerando a taxa de câmbio em vigor na altura, para o fornecimento de gás por gasoduto.

Moscou alertou repetidas vezes que a imposição de restrições aos hidrocarbonetos russos, bem como as tentativas de isolar a Rússia e romper relações econômicas com ela, prejudicam acima de tudo os próprios países ocidentais.

Além das perdas econômicas diretas, a confiança em moedas como o dólar e o euro foi minada e cada vez mais países em todo o mundo estão recorrendo a moedas alternativas.

 

Ø  Relações entre a Rússia e Ocidente hoje são 'mais do que uma Guerra Fria'

 

Em entrevista exclusiva à Sputnik, o chefe da delegação russa nas negociações em Viena sobre segurança militar e controle de armas, Konstantin Gavrilov, afirmou que as atuais relações entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) são "mais do que uma Guerra Fria".

O diplomata fez uma comparação histórica, destacando a retórica crescentemente hostil do Ocidente em relação a Moscou, reminiscente dos tempos do conflito.

Gavrilov ressaltou que, durante a Guerra Fria, as declarações da OTAN frequentemente se concentravam na ameaça de um ataque súbito em grande escala pela União Soviética e o Pacto de Varsóvia. Ele alertou que essa mesma retórica está ressurgindo nos discursos atuais da aliança.

"A Rússia é declarada 'a ameaça mais significativa e direta' no conceito estratégico da aliança, aprovado na cúpula de Madrid em 2022", afirmou Gavrilov.

Ele expressou preocupação com a percepção da OTAN sobre a segurança europeia, enfatizando que parece residir agora nas fronteiras com a Rússia. Essa mudança, segundo o diplomata, torna as relações mais tensas do que nunca.

A entrevista de Gavrilov ocorre às vésperas do 75º aniversário da assinatura do Tratado do Atlântico Norte em Washington, que será celebrado em 4 de abril.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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