segunda-feira, 25 de março de 2024

Riscos de perda auditiva na velhice são diferentes para homens e mulheres

A perda de audição é algo comum na terceira idade. Essa condição é chamada de presbiacusia e faz parte das alterações fisiológicas causadas pelo envelhecimento. Existem diversos fatores de risco externos que também podem estar associados à gravidade dessa perda auditiva. Um novo estudo, porém, descobriu que esses fatores podem ser diferentes nos homens e nas mulheres.

A pesquisa foi publicada no início de março na PLOS ONE, por pesquisadores da Coreia do Sul. O objetivo era entender melhor os fatores associados à perda auditiva e como o gênero poderia influenciar nesses fatores.

Para isso, os pesquisadores analisaram dados de exame de saúde de 2.349 participantes com mais de 60 anos, incluindo um teste de composição corporal e um teste auditivo básico. Além disso, foram feitas análises estatísticas para identificar os fatores mais associados ao risco de perda auditiva em homens e mulheres.

O estudo mostrou que o baixo peso foi um fator de risco para a perda de audição entre os homens, mas, no caso das mulheres, tanto a obesidade quanto o baixo peso traziam riscos para a presbiacusia. Outra diferença encontrada na pesquisa foi em relação ao tabagismo: fumar aumentou o risco de perda auditiva apenas nos homens.

No caso das mulheres, a menstruação parece exercer um papel também: aquelas que menstruaram pela primeira vez mais cedo eram menos propensas a desenvolver perda auditiva mais tarde na vida. Isso indica um possível efeito protetor do hormônio estrogênio contra a presbiacusia.

Os autores acreditam que o estudo pode ajudar médicos a avaliarem o tabagismo, peso e menstruação como fatores para rastreio da perda auditiva. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esses achados.

Além disso, os autores ressaltam que “a perda auditiva deve ser prevenida, mesmo que esteja relacionada ao envelhecimento”.

De acordo com o Ministério da Saúde, as principais medidas para evitar a perda de audição incluem:

•        Evitar barulhos altos;

•        Usar fones de ouvido com cuidado, evitando volumes muito altos;

•        Manter as orelhas secas;

•        Tratar infecções adequadamente;

•        Evitar o uso de cotonetes (o hábito pode danificar partes sensíveis do ouvido e causar perda auditiva);

•        Consultar o otorrinolaringologista regularmente.

 

       Os grupos com maior risco de complicações de saúde com o calor extremo

 

O Brasil enfrenta, nesta semana, uma potente onda de calor, com temperaturas 5ºC acima da média para vários estados brasileiros. O calor sufocante deve permanecer até o fim do verão, no dia 20 de março, de acordo com o Climatempo.

Diante disso, alguns grupos de pessoas estão em maior risco de sofrer complicações de saúde devido às altas temperaturas. Isso porque o calor extremo pode causar alterações no organismo.

De acordo com o cardiologista Fernando Nobre, os idosos estão entre os principais grupos com risco de complicações graves de saúde em decorrência do calor intenso. “Via de regra, eles já têm problemas no coração e, com esse aumento de temperatura, a queda de pressão e as alterações circulatórias podem ser mais expressivas nessa população”, afirma, à CNN.

O especialista explica que temperaturas extremas, como as enfrentadas pelo Brasil recentemente, levam à dilatação de vasos sanguíneos e artérias. “Quando isso acontece, a pressão tende a cair e essa queda, se ocorre com frequência, pode levar a uma deficiência na irrigação sanguínea dos órgãos”, explica Nobre.

Além disso, o suor decorrente do calor faz com que o corpo perca líquidos e sais minerais importantes para o bom funcionamento do corpo, diante de um mecanismo de compensação para aliviar o aumento da temperatura corporal. “Nessa tentativa de compensação pelo calor, a tendência é que o número de batimentos cardíacos por minuto seja aumentado, levando à arritmia”, afirma.

•        Crianças também estão entre a população com maior risco

Além dos idosos, as crianças também sofrem riscos maiores de complicações devido às altas temperaturas. Conforme explica Nobre, os pequenos ainda não tem total autocontrole para ingerir líquidos durante o dia, ficando mais suscetíveis à desidratação — principalmente aqueles que passam longas horas brincando ao ar livre.

“Os pais e cuidadores devem ficam atentos para fazer a reposição de líquidos adequada nas crianças e fazem com que elas sejam hidratadas”, reforça o cardiologista.

Além disso, é fundamental orientar as crianças a não brincarem ao ar livre em horários em que o sol está mais forte, entre às 10h e às 16h. O uso de protetor solar também deve ser regra nesses dias de temperaturas altas.

Outros cuidados importantes, tanto para crianças, quanto para idosos, são:

•        Usar boné, chapéu e óculos de sol ao sair à rua;

•        Usar roupas leves e frescas;

•        Andar com uma garrafinha de água para manter a hidratação ao longo do dia;

•        Tomar banhos frios;

•        Evitar aglomerações e preferir ambientes arejados;

•        Não fazer exercícios em horários com maior incidência de raios UV.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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