sexta-feira, 1 de março de 2024

Infecção acontece quando um agente infecioso causa danos ao organismo

Uma infecção acontece quando um agente infeccioso entra no nosso corpo. Normalmente, nosso organismo apresenta formas de evitar a progressão de uma infecção, mas nem sempre essa defesa consegue barrar o problema. Quando a infecção gera danos à nossa saúde, temos uma doença infecciosa.

 Agentes infecciosos

Os agentes infecciosos são aqueles responsáveis por uma infecção. Existe uma grande variedade de agentes infecciosos, entre os quais podemos citar:

Os vírus são um exemplo de agente infeccioso.

Vale salientar que muitos agentes infecciosos entram em contato com nosso organismo, mas nem sempre progridem para uma doença infecciosa em decorrência do sucesso dos nossos sistemas de defesa. De maneira geral, podemos dizer que o número de indivíduos expostos à infecção é bem maior do que aqueles que realmente desenvolvem a doença.

 Defesa do organismo contra infecções

Nosso corpo apresenta mecanismos de defesa que visam a evitar uma infecção. Entre essas defesas, podemos citar a pele, que funciona como uma barreira física, as células de defesa e os anticorpos.

A pele atua como uma barreira natural, revestindo nosso corpo. Entretanto, quando lesionada, pode ser uma porta de entrada para agentes patogênicos. Além da pele, nosso corpo conta com outras barreiras chamadas membranas mucosas, que revestem as vias respiratórias e o sistema digestório. Essas mucosas apresentam, geralmente, secreções formadas por substâncias que ajudam a matar agentes patogênicos.

O sistema imune é uma das nossas principais armas contra infecções, pois atua na identificação do organismo invasor e na sua destruição. Algumas células, por exemplo, apresentam a capacidade de englobar e digerir organismos patogênicos, processo conhecido como fagocitose. Outras células, como plasmócitos (linfócitos B diferenciados), produzem uma proteína chamada anticorpo, que se liga a um antígeno (molécula que pode ligar-se aos anticorpos), desencadeando sua destruição, inativação ou sinalização para que outras células realizem fagocitose.

Percebemos, portanto, que os agentes infecciosos causam infecções, entretanto, essas infecções podem ou não desencadear doenças infecciosas. Para proteger nosso corpo contra essas infecções contamos com o sistema imune.

 

Ø  Infecção urinária

 

A Infecção do Trato Urinário (ITU), ou apenas infecção urinária, é um dos tipos mais comuns na espécie humana. Ela é causada pela presença de microrganismos, na maioria das vezes bactérias, nas vias urinárias. Embora essa infecção afete pessoas de todos os sexos e idade, ela ocorre com mais frequência entre pessoas do sexo feminino.

As infecções urinárias podem ser classificadas de duas formas:

1. Quanto ao grau de complicação:

  • Complicada: Infecção mais grave; pode ser causada por diversas bactérias, inclusive multirresistentes; ela instala-se em trato urinário comprometido anatomicamente ou fisiologicamente e pode ser desenvolvida em ambiente hospitalar;
  • Não complicada: Infecção leve, causada principalmente pela bactéria Escherichia coli; ela instala-se em trato urinário normal.

2. Quanto à localização:

  • Baixa: Compromete apenas o trato urinário baixo (bexiga e uretra). Exemplo: Cistite, uretrite.
  • Alta: Compromete o trato urinário superior (rins). Exemplo: Pielonefrite.

>> Agente etiológico

As infecções urinárias podem ser causadas por diversos microrganismos. No entanto, grande parte dessas infecções são causadas por bactérias. A Escherichia coli é a responsável por provocar até 85% dos casos da doença, seguida pela Staphylococcus saprophyticus.

>> Transmissão

Na maioria das vezes, a transmissão ocorre de forma ascendente no trato urinário, por meio da contaminação por bactérias provenientes do intestino grosso. Esse tipo de contaminação ocorre principalmente em mulheres, em razão de o canal da uretra ser mais curto que nos homens e por causa da proximidade da região genital com o ânus. Em homens, a doença atinge principalmente os que precisam de instrumentação das vias urinárias, como o uso de cateter.

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Uma outra forma de transmissão, menos comum, é a hematogênica (pelo sangue). Mais rara, essa contaminação ocorre principalmente no período neonatal e pode evoluir para a sepse.

>> Sintomas

  • Disúria (dificuldade para urinar e dor);
  • Polaciúria (micção mais frequente que o normal);
  • Urina turva ou avermelhada;
  • Dor lombar;
  • Febre e calafrios, entre outros.

>> Diagnóstico

O diagnóstico da infecção urinária é feito por meio da realização de exames de urina, como a urocultura, para a identificação do agente etiológico. Alguns exames complementares podem ser solicitados, principalmente para a análise de alterações no trato urinário, como exames de imagem.

Tratamento

Depois de diagnosticada a doença, um médico indicará o melhor tratamento, que geralmente é realizado com a administração de antibióticos. Em casos de alterações obstrutivas que possam estar relacionadas à infecção urinária, deverá ser realizado um procedimento cirúrgico. Em pacientes que têm infecções recorrentes, pode ser realizado um tratamento profilático.

>> Prevenção

As melhores formas de prevenir as infecções urinárias são:

  • Ingestão de bastante água;
  • Não reter urina;
  • Micção após o ato sexual;
  • Tratamento de infecções ginecológicas;
  • Evitar alterações intestinais, como constipações;
  • Higienização anal no sentido ântero-posterior.

 

Fonte: Biologianet

 

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