quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Vaga de conselheiro no TCM da Bahia será disputada por duas candidaturas

Apenas duas candidaturas foram formalizadas para a disputa da vaga existente no quadro de conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) desde a aposentadoria do ex-conselheiro Fernando Vita, em 22 de dezembro passado. O prazo regimental foi encerrado nesta terça-feira (27) apenas com as inscrições do deputado Paulo Rangel (PT), com 38 apoios, e do ex-deputado Marcelo Nilo, com 18, quando eram necessárias apenas 13 assinaturas nos requerimentos que protocolaram na Assembleia Legislativa.

Um outro parlamentar, Fabrício Falcão (PC do B), anunciou que disputaria a cadeira de conselheiro, mas não chegou a formalizar esse pleito e, na última semana, em discurso, pediu que a Mesa Diretora endossasse a sua candidatura dada à impossibilidade de obter os apoios regimentalmente necessários. Porém, a reunião que a Mesa apreciaria a solicitação, às 10h desta terça-feira, não ocorreu por falta de quórum. Eram necessárias cinco presenças, mas só compareceram no horário regimental apenas os deputados Adolfo Menezes (presidente), Samuel Junior (Republicanos), Marcelinho Veiga (UB) e Zó (PC do B). Ainda foram observados 15 minutos de tolerância.

Cabe agora à Comissão de Constituição e Justiça decidir sobre a data e horário para a sabatina dos dois postulantes ao cargo de conselheiro, quando, além de discursar para os membros do colegiado e demais deputados, responderão à perguntas antes dos integrantes da CCJ decidirem em votação secreta se estão aptos (cumprem as exigências constitucionais) para o elevado cargo de conselheiro do TCM. Superada esta etapa, será definida a data para a apreciação definitiva das candidaturas em plenário, também através do voto secreto – sendo necessário a obtenção de 32 votos favoráveis, quórum qualificado de maioria absoluta.

 

Ø  Apoio de siglas sustenta força de Bruno na busca por reeleição

 

Além de liderar as últimas pesquisas eleitorais, a formalização dos apoios do PP, DC e PRD, ocorrida na noite de segunda-feira (26) durante a posse de seus novos dirigentes municipais, fortalece ainda mais a pré-candidatura à reeleição de Bruno Reis (União), que, porém, ainda não foi oficializada pelo prefeito. O evento teve lugar no Centro de Convenções de Salvador.  

O encontro, vale lembrar, marcou também o primeiro grande evento político do grupo de Bruno Reis em 2024, contando com a presença de lideranças, vereadores, deputados estaduais e federais, além de presidentes de partido.   

Na ocasião, ocorreu a posse de Cacá Leão, que assume o comando do PP na capital; Igor Dominguez, secretário particular do prefeito Bruno Reis, tornou-se presidente do DC no estado; e Francisco Elde, chefe de Gabinete da Prefeitura, assumiu a presidência do PRD na Bahia - o partido nasceu da junção do Patriota e PTB, e estava na mira do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para apoiar a pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB).   

Bruno expressou gratidão pelo apoio das três legendas e ressaltou o processo de renovação em seu grupo com a chegada dos novos dirigentes. "O que nós estamos fazendo aqui é dar oportunidade para que eles também possam desenvolver as suas habilidades políticas. Nós temos que renovar a política. Nós temos que revelar nossos quadros e, para isso, só dando oportunidade", afirmou.  

O prefeito enfatizou que sua prioridade continua sendo a gestão e a busca por resultados que melhorem a vida das pessoas. Ele destacou que, a partir de agora, também dedicará parte de sua energia à política e enviou uma mensagem aos adversários: "Todos aqui sabem do meu apetite político. Esperei a hora certa. Aprendi na vida e na política que tem a hora certa de dar cada passo. E agora, em alto e bom som, um aviso aos adversários: se preparem, porque amanhã eu começo a fazer política nessa cidade".  

Fechados com Bruno - Os novos dirigentes reiteraram seu apoio e enfatizaram seu compromisso de caminhar ao lado do prefeito. “Eu tenho certeza de que vamos construir a maior vitória na capital, fazendo de Bruno o prefeito mais votado da história de Salvador nas eleições desse ano. Vamos eleger uma grande bancada de vereadores e o prefeito pode ter certeza de que o Progressistas estará ao lado dele, de mãos dadas, para construir a Salvador que queremos”, disse Cacá.   

Na sequência, Igor Dominguez mencionou que, com Bruno, a capital continuará brilhando ainda mais. "É a continuidade que a gente precisa, que a nossa cidade precisa, é a verdadeira política, que cuida do povo. Estamos estruturando o partido e com certeza vamos apoiar o prefeito Bruno Reis", disse o representante do DC.   

Por fim, Francisco Elde ressaltou os progressos alcançados por Salvador nos últimos anos, destacou a dedicação do prefeito ao trabalho e reiterou o apoio do PRD ao prefeito. "Então, quero dizer que a gente sempre vai estar lado a lado. Onde você estiver, eu estarei, ombro a ombro, com você, enfrentando todos os desafios que a gente tiver que passar", frisou.   

 

Ø  MDB quer Olívia, mas reciprocidade não é garantida

 

O governador em exercício e pré-candidato à Prefeitura de Salvador pelo MDB, Geraldo Júnior, revelou, ontem (27), em entrevista à rádio Metrópole que gostaria de ter a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) como sua vice nas eleições deste ano.  

"Eu queria muito Olívia. Quem não queria uma vice como Olívia Santana?", questionou Geraldo. "Não só por ser preta, negra, mulher, educadora, mas por toda a construção que ela já teve na vida política dela, a história dela em Salvador”, acrescentou.  

Na ocasião, Geraldo também refutou a ideia de que ele e a comunista tenham uma relação tensa, apesar de o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tê-lo escolhido como representante do governo para tentar evitar a reeleição do prefeito Bruno Reis (União). Olívia, vale lembrar, retirou a sua pré-candidatura depois do anúncio oficial feito por Jerônimo, e desde então tem demonstrado resistência em marchar com a candidatura do MDB. 

Geraldo também mencionou a possibilidade de interferência do cenário político nacional e da polarização nas eleições municipais deste ano. Durante a entrevista, o político compartilhou suas expectativas para o pleito e argumentou que o que o distingue de Bruno, seu principal adversário, é precisamente seu posicionamento frente ao contexto político nacional.  

“O que é que difere esse candidato do possível candidato que deve tentar reeleição, que é o atual prefeito da cidade? Nós temos um lado político. A sociedade civil está cansada daquele político que fica em cima do muro, que diz tanto faz. Inclusive, o atual prefeito clama pelo apoio do partido do ex-presidente, o PL.  Eu acho que aí vai ter uma definição e a própria sociedade civil vai gostar, porque vai dizer que esse pré-candidato, que é Geraldo Júnior, tem o apoio do presidente Lula”, defendeu.  

“A polarização política aconteceu lá atrás e existe intensificada até agora. Domingo [no ato de Bolsonaro na Avenida Paulista] foi uma prova disso. Existe partidariamente e ideologicamente um grupo liderado pelo presidente Lula, do qual eu faço parte, e tem um grupo liderado por um grupo de extrema-direita, liderado pelo ex-presidente Bolsonaro", continuou Geraldo.  


Fonte: Tribuna da Bahia

 

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