Testículos criados em laboratório ajudam no
combate à infertilidade
Pesquisadores da Universidade
Bar-Ilan, em Israel, criaram organoides testiculares (essa é a palavra para um
único testículo) cultivados em laboratório que se assemelham muito a testículos
reais.
A descoberta
proporciona um modelo promissor de investigação que pode avançar a compreensão
do desenvolvimento dos órgãos e traduzir-se em aplicações terapêuticas para a
infertilidade masculina.
“Os testículos
artificiais são um modelo promissor para a investigação básica sobre o
desenvolvimento e função dos testículos, que pode ser traduzido em aplicações
terapêuticas para distúrbios do desenvolvimento sexual e infertilidade”, disse
o autor do estudo, Nitzan Gonen.
Os pesquisadores
começaram tentando desenvolver testículos de camundongos neonatais, em vez de
embrionários.
Os ratos utilizados no
estudo foram geneticamente modificados para permitir aos pesquisadores rastrear
a presença e o estado das células de Sertoli, que são essenciais para a
formação dos testículos e para a produção e desenvolvimento dos espermatozoides.
A infertilidade
masculina é, atualmente, uma condição sobre a qual pouco se sabe sobre os
mecanismos genéticos que podem provocar.
A grande semelhança
dos organoides com os testículos reais significa que eles podem ser usados para
avançar no conhecimento dos mecanismos envolvidos na determinação do sexo e
fornecer soluções para a infertilidade masculina.
Por isso, no futuro,
os pesquisadores já planejam produzir organoides a partir de amostras humanas.
Um organoide
testicular produzido a partir de células humanas poderia, por exemplo, ajudar
crianças em tratamento de câncer, o que pode prejudicar sua capacidade de
produzir espermatozoides funcionais.
Eles prevêem a
colheita de espermatozoides imaturos que são congelados e posteriormente usados
para criar um organoide fértil produtor de esperma.
POR QUE GRÁVIDAS NÃO DEVEM COMER FAST
FOOD?
Durante uma gravidez,
é comum que as mulheres grávidas sintam aqueles desejos inexplicáveis que
provavelmente só quem já foi mãe vai poder entender. Porém, novos estudos
sugerem que as futuras mamães devem pensar duas vezes antes de se aventurar em
um fast food ou comer um doce pré-embalado.
O motivo? A pesquisa
mostra que os ftalatos, uma classe de produtos químicos associados aos
plásticos, podem se espalham dos invólucros, embalagens e até mesmo das luvas
de plástico usadas pelos manipuladores da refeição para o alimento. Uma vez
consumidos durante a gravidez, esses produtos químicos podem entrar na corrente
sanguínea e, através da placenta, entrar na corrente sanguínea fetal —
prejudicando seu desenvolvimento.
• Cuidados com a alimentação
A análise coletou
dados do corte de pesquisa Condições que Afetam o Desenvolvimento
Neurocognitivo e a Aprendizagem na Primeira Infância (CANDLE), que incluiu
1.031 gestantes nos Estados Unidos matriculadas entre 2006 e 2011.
De acordo com o novo
estudo, os ftalatos podem causar estresse oxidativo e uma cascata inflamatória
no feto. A literatura médica indica que a exposição a essas substâncias
químicas durante a gravidez pode aumentar o risco de baixo peso ao nascer,
parto prematuro e distúrbios de saúde mental infantil — como TDAH.
A pesquisa é a
primeira feita em mulheres grávidas para mostrar que dietas ricas em alimentos
ultraprocessados estão ligadas a maiores exposições a ftalatos, escrevem os
autores. “Quando as mães são expostas a este produto químico, ele pode
atravessar a placenta e entrar na circulação fetal”, disse Sheela
Sathyanarayana, pesquisadora do
Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle e autora sênior da pesquisa.
• Ftalato na gravidez
Os pesquisadores
descobriram que os alimentos ultraprocessados compunham de 10% a 60% da dieta
das participantes, com uma média de 38,6%. Cada proporção dietética 10% maior
de alimentos ultraprocessados foi associada a uma concentração 13% maior de
ftalato 2-etilhexil, um dos mais comuns e prejudiciais.
Medidos em amostras de
urina, os níveis de ftalato foram coletadas durante o período do segundo
trimestre da gravidez. Os alimentos ultraprocessados, segundo os cientistas,
são feitos principalmente de substâncias extraídas de alimentos como óleos,
açúcar e amido. Porém, foram tão alterados pelo processamento e pela adição de
produtos químicos para melhorar sua aparência ou prazo de validade que são
difíceis de reconhecer em sua forma original.
Quando se trata de
fast food, as luvas usadas por funcionários ou as ferramentas de armazenamento,
preparo e serviço são as principais fontes de exposição. Segundo os
investigadores, esse é o primeiro estudo a identificar os alimentos
ultraprocessados como uma ligação entre a exposição de ftalatos e os problemas
socioeconômicos enfrentados pelas mães.
Então, o que as
futuras mamães podem fazer agora? Sathyanarayana diz que elas devem tentar ao
máximo evitar alimentos ultraprocessados e procurar frutas, vegetais e carnes
magras. Dessa forma, mães e futuros filhos podem ultrapassar a gravidez de
forma saudável e sem muitos riscos.
Fonte: CNN Brasil/Mega
Curioso
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