domingo, 28 de janeiro de 2024

Luiz Carlos Pinto: Lula fez revisão histórica da Lava Jato e mostrou  que quem escreve a História é o vencedor

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Pernambuco, durante a retomada das obras de ampliação da Refinaria do Nordeste, desconcertou a choldra da mídia tradicional brasileira e os devolveu ao nicho onde reinaram plenos e absolutos entre 2015 e 2020: o de arautos da fracassomania brasileira, de molas propulsoras do discurso de ódio utilizado sem parcimônia pela extrema-direita como matéria-prima para dividir a sociedade e estigmatizar a política. Agem como os áulicos dos pregadores do fim do mundo que fornecem o tamboretes para caricaturas de Antônios Conselheiros de redes sociais pregarem boçalidades dogmáticas à guisa de provas ou razões. Usam seus recalques, dos quais o País está farto, porque temem - têm verdadeira paúra - das necessárias ações de reparação moral e pecuniária que pessoas físicas, empresas e corporações devem abrir na Justiça a fim de se enterrar de vez a Lava Jato e a ideia de que a nefasta e anti-republicana associação feita por procuradores da República com um ex-juiz suspeito e desmoralizado, e também com integrantes das redaçõe e das direções de veículos de comunicação, produziu algo de bom para o Brasil.

A seguir, nomeio e identifico alguns deles. Não tenho inimizade especial ou direta com nenhum. Até me considero amigo de um ou outro. Mas, como as amizades não anulam as divergências, ao contrário, devem se alimentar delas para crescer e se consolidar, faço isso porque o assassinato de reputações foi sempre tática da qual lançaram mão para calar, censurar, deprimir e tentar desmoralizar as vozes dissonantes - inclusive a de jornalistas, sobretudo a daqueles que abandonaram chefetes e capatazes de redações falando ao léu e trilharam caminhos divergentes em pltaformas ou veículo incipientes da mídia digital independente. 

Carlos Alberto Sardenberg, Merval Pereira, Lauro Jardim, Vera Magalhães, Demétrio Magnoli e Malu Gaspar, em O Globo, CBN, G1 e GloboNews; Dora Kramer e Bruno Boghossian, na Folha de S Paulo; Josias de Souza, no uol; William Waack, na CNN; os editorialistas da Folha de S Paulo e de O Estado de S Paulo; as redações inteiras das desmoralizadas e partidarizadas revistas “Oeste” e “Veja”: eis a choldra que ladra, chora, gane, faz contorcionismos verbais e tenta de todas as formas manter a História da Lava Jato, de suas injustiças, de seus justiçamentos e de suas inúmeras tragédias pessoais, familiares e corporativas preservada sob o prisma da versão como a escreveram enquanto venciam as batalhas da guerra suja. É certo que deixei de fora alguns nomes e um ou outro veículo - seja da mídia tradicional, seja desse ecossistema grotesco que é a rede de sites e perfis da extrema-direita. Os que me ocorreram neste momento, e a propósito da reação figadal que tiveram ao correto discurso presidencial na RENEST - Refinaria Abreu e Lima, foram os indicados acima.

O retorno de Lula, do Partido dos Trabalhadores e das lentes da esquerda brasileira ao poder ao cabo de um guerra de guerrilhas ideológicas mantida entre 2013 e 2022 devolveu aos antagonistas do lavajatismo o controle sobre o software com o qual se redigirá a verdadeira e derradeira História da Lava Jato - e ela não é nada boa nem auspiciosa para o cultores de recalques e profissionais da disseminação de grandes mentiras travestidas de pequenos e pontuais fatos costurados com linha do medo da ascensão social e da mobilidade concedida as estratos reunidos na base da pirâmide social. Em seu discurso, que foi coeso, completo e não foi lido - ele sequer fez uso de cartões com palavras-chave ou bullets - o presidente da República lembrou de listar as 58 capas de revista (90% delas de “Veja”) das quais foi vítima e alvo central de reportagens vazias. Deixou de falar nas centenas - centenas - de horas dedicadas a pautas sempre contrárias a ele, com direito de defesa meramente formal, aberto apenas à “manifestação dos advogados” - nos telejornais (sobretudo aqueles dos canais das Organizações Globo). Um dos profissionais supracitados escreveu até um livro, catapultado nas plataformas de vendas on line pelas empresas de mídia na qual trabalha, entrevistando as delações premiadas (instrumentos de trabalho dos procuradores e do juiz lavajatistas, método de extração ilegal de pseudoconfissões de crimes). Uma das maiores corporações empresariais do País, a Odebrecht, era o centro dessa obra tendenciosa de mau jornalismo. Escassos são os “fatos” ali narrados que param de pé depois das inúmeras revisões judiciais e reviravoltas das delações. É daí que vem a paúra, o medo mesmo, desses repórteres, editorialistas, colunistas e comentaristas que se vergam às estruturas de comando de suas empresas e se deixam usar como correias de transmissão da máquina de moer gente e fabricar versões destinadas a enquadrar a História de acordo com sua vontades. O objetivo final é se manterem distantes de ações judiciais que lhes cobrem o custo dos empreendimentos destruídos, dos empregos perdidos, das empresas quebradas, das famílias desfeitas, das mortes advindas e das biografias destroçadas em meio a sanha udenista que tinha agenda e tinha metas, mas, perdeu a guerra.

 

Ø  Em traição ao Rio, Globo condena a retomada do Comperj e ataca os investimentos da Petrobras para aumentar o refino. Por Ricardo Bruno

 

Com largo histórico de traição aos interesses nacionais, o jornal O Globo, em editorial neste sábado, retoma a surrada catilinária contra a ação da Petrobras em favor do desenvolvimento nacional. Critica os investimentos da estatal na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, para aumentar a produção nacional de diesel, hoje em grande parte importado a preços proibitivos dada a insuficiente produção nacional. Como sempre, o jornal sobrepõe os interesses do capital internacional aos anseios mais legítimos do povo brasileiro.

Na mesma toada, o jornal, sediado no Rio, deixa cair sua máscara e se coloca, de antemão, contra a retomada das obras do Comperj. Ou seja, atua contra os interesses econômicos e sociais do estado que deveria defender. Diz ipsis litteris:“O governo parece inabalável em sua crença no Estado como indutor do crescimento. Outro sinal disso é o plano de ampliar o GasLub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ), para erguer uma unidade de produção de diesel renovável e uma petroquímica.”

Sempre em nome do capital privado  e na lógica perversa da finada Lava Jato, que tantos males provocou ao Brasil, o jornal argumenta que a Petrobras não deveria mais investir em refino porque anos atrás houvera corrupção na empresa. É inacreditável o argumento. Resolve-se a traição com a retirada do sofá da sala, na visão caolha do jornal.

“O  desperdício da Petrobras em projetos faraônicos de refino tem sido crônico — um estudo verificou que as gestões petistas gastaram mais que o quádruplo de tudo o que foi investido no setor ao longo da história da empresa, para aumentar a capacidade de produção em apenas 20%.”, escreve o editorialista, na verdade  um ghost writer das petroleiras internacionais, frustradas com a retomada dos investimentos da estatal, que assim volta a ter papel preponderante no mercado, regulando naturalmente  a ação especulativa dos players estrangeiros em território nacional.

Por fim, o GLOBO argumenta que não é sensato despejar bilhões em negócios ligados a combustíveis fósseis num momento em que as petrolíferas do planeta priorizam a transição energética à economia de baixo carbono. A cantilena  ambientalista trai novamente os interesses escusos dos que usam subterfúgios para impedir o Brasil de explorar suas potencialidades naturais. Aqui não se defende a depredação do meio ambiente, mas sim, como já ressaltou Jean Paul Prates, presidente da empresa, a necessidade imperiosa de se compatibilizar ações em favor da descarbonização com investimentos na produção, inclusive na Margem Equatorial.

O editorial deste sábado é secundado por artigo de Carlos Alberto Sardenberg, um antipetista inveterado, que usa a pena para defender sem pejo grandes empresas do mercado  de capitais. Sardenberg reproduz as mesmas alegações lavajatistas de suposto mau uso do dinheiro público, de gastança improdutiva e quejandos.

A despeito da mea-culpa por ter apoiado o golpe de 1964, o Globo não aprende com seus próprios erros. Continua a se voltar contra o Brasil e seu povo para defender negócios do capital privado. As opiniões de O GLOBO são sempre carregadas de interesses sub-reptícios. Às vezes, é necessário decodificá-las para se entender com clareza o recado. Neste caso, o jornal foi direto e incisivo na tarefa de desservir ao Brasil.

 

Ø  O jogo dos lobistas e o petróleo brasileiro. Por Chico Vigilante

 

Determinado a implantar a refinaria de petróleo no Brasil, o presidente Lula sofre com os ataques injustos de parte da mídia brasileira, através de alguns articulistas, que são verdadeiros lobistas do capital internacional.

As intenções do presidente são claras: gasolina, diesel e derivados mais baratos para a população brasileira, além da possibilidade de agregar valor à economia do país por meio da exportação. Mas quais são os interesses de quem o ataca?

Eu ousaria dizer que os ataques são os mesmos feitos ao escritor Monteiro Lobato, um idealista na luta pela descoberta do petróleo no Brasil. Ele foi perseguido, preso e condenado por seis meses em uma cadeia sem banho de sol. Anistiado três meses depois, ele alegou ter perdido um pedaço da alma quando se viu junto a assassinos e ladrões apenas por "insistir em dar petróleo à minha terra".

Mais ainda, os argumentos desses lobistas, travestidos de colunistas de grandes jornais e canais de televisão, se comparam aos pensamentos de 1948, quando o presidente Henrique Gaspar Dutra enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que ficou conhecido como o Estatuto do Petróleo.

O projeto causou uma reação imediata dos nacionalistas, o que resultou na campanha "O petróleo é nosso", de ampla mobilização nacional, responsável por impedir a tramitação do Estatuto no Congresso. Mais tarde, contribuiu para o estabelecimento do monopólio estatal do petróleo e para a criação da Petrobrás.

É importante verificar o real interesse desses falsos inocentes ao contestarem a exploração do petróleo na foz Rio Amazonas, até porque o ponto de extração está localizado a 530 km da foz do Rio, bem distante das questões levantadas.

Enquanto isso, por outro lado, a Guiana continua explorando o petróleo, inclusive drenando parte do nosso e enriquecendo às nossas custas.

O Brasil não pode ficar para trás, sem uma política adequada de distribuição de riqueza. Precisamos apoiar e fortalecer essa luta que o presidente trava em defesa do nosso petróleo, em defesa do engrandecimento da nossa pátria.

Espero que possamos ter grandes refinarias para aumentar a riqueza do país e oferecer bem-estar ao nosso povo.

 

Fonte: Brasil 247

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário