quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Viagra pode reduzir riscos de ter Alzheimer, apontam pesquisas

As conhecidas pílulas ‘azulzinhas’, o Viagra, são parceiras importantes em momentos íntimos de muitos usuários, mas também pode ter outras funções, entre elas o combate contra o Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva. Segundo uma pesquisa do Centro Médico Monte Sinai, em Nova York (EUA), o princípio ativo do Viagra, chamado sildenafil, pode reduzir em até 60% o risco de ter o quadro.

O estudo foi feito com mais de 27 mil pessoas acima dos 65 anos — 50% dos participantes não fazem uso do medicamento para disfunção erétil e outros 50% o faziam. A pesquisa concluiu que o sildenafil, consegue bloquear a enzima que é comumente encontrada em altas taxas em cérebros com Alzheimer, a PDE5.

Quem faz o uso do sildenafil na terceira idade também pode obter outras vantagens: como o medicamento faz com que o suprimento de sangue no corpo aumente, a vascularização do cérebro também cresce e provoca uma melhora na saúde do órgão, o que reduz os efeitos da demência.

•        Sildenafil é mais eficaz do que outros medicamentos conhecidos por ajudar a reduzir riscos de Alzheimer

Uma outra análise, feita pelo Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic, dos Estados Unidos, com um banco de dados de mais de 7 milhões de pacientes, relacionou o uso do Viagra a uma redução de 69% na incidência de Alzheimer.

Os pesquisadores utilizaram uma metodologia computacional para rastrear drogas aprovadas pela Food and Drugs Administration (FDA), a agência de saúde dos EUA, como terapias potenciais para a doença de Alzheimer.

O estudo usou uma rede de mapeamento de genes e integrou dados genéticos e dados biológicos para determinar quais dos mais de 1,6 mil medicamentos aprovados pela FDA poderiam servir como tratamento eficaz para o mal de Alzheimer.

Os pesquisadores descobriram que os usuários de sildenafil tinham 69% menos probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer do que aqueles que não usavam o remédio.

Comparado com outros medicamentos que já tinham uma eficácia contra a doença comprovada, o princípio ativo do Viagra apresentou uma redução de risco de desenvolvimento da doença superior. Se comparado com losartan, a eficácia 55% maior; em relação à metformina, 63%. Entre os outros medicamentos até então não relacionados ao tratamento do Alzheimer, o sildenafil apresentou redução de risco de 65% em comparação com o diltiazem e 64% com a glimepirida.

Os pesquisadores do Instituto de Medicina Genômica da Cleveland Clinic indica ainda a possibilidade de o medicamento também oferecer soluções para outras doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O Alzheimer afeta o cérebro e lentamente causa a morte dos neurônios — causando perda de memória e deterioração cognitiva. De acordo com o Alzheimer's Disease International, a projeção global é de que 74,7 milhões de pessoas até 2030 sejam diagnosticadas com mal de Alzheimer.

 

       Sexo na velhice mantém cérebro saudável, aponta pesquisa

 

Praticar sexo na velhice tem relação com a manutenção da saúde do cérebro, mostrou uma pesquisa publicada pelo Departamento de Sociologia e Serviço Social da Hope College, em Michigan, nos Estados Unidos.

Segundo o estudo, publicado em outubro, a preservação da qualidade cerebral na velhice se dá porque o sexo ajudaria nas funções cognitivas.

“Para [adultos com] idades entre 75 e 90 anos, sexo mais frequente está relacionado a um melhor funcionamento cognitivo”, diz o relatório publicado no mês passado no Journal of Sex Research, de autoria de Shannon Shen, pesquisadora da Hope College.

•        Método

Na pesquisa, foram analisadas informações de 1.683 homens e mulheres, com idades superiores a 62 anos. Todos haviam participado de um projeto chamado Projeto Nacional de Vida Social, Saúde e Envelhecimento. Os dados dos participantes da pesquisa foram coletados há cinco anos.

A partir da análise das informações, foi possível avaliar pontuações de testes cognitivos em diferentes áreas, como memória de trabalho, atenção e habilidades visuoespaciais. Os participantes que responderam ter uma vida sexual “muito prazerosa e satisfatória” tiveram os melhores resultados em testes de avaliação da saúde cognitiva cinco anos depois, em comparação com os demais voluntários da pesquisa.

•        Regulação do estresse

Os pesquisadores da Hope College creem que a resposta em relação à frequência do sexo pode estar relacionada com a regulação do estresse. "O estresse impede a nova formação de neurônios (neurogênese) no hipocampo, uma área do cérebro associada à memória. Adultos mais velhos que têm atividades sexuais satisfatórias podem experimentar diminuição do estresse, protegendo a neurogênese”, dizem os autores.

•        Dopamina

O sexo também está relacionado a liberação de dopamina no cérebro, neurotransmissor que causa o aumento da sensação de prazer. "As pessoas com relacionamentos sexualmente mais satisfatórios podem experimentar níveis mais elevados do hormônio do prazer, que tem sido associado à melhora da memória em adultos mais velhos”, defende a pesquisa.

 

Fonte: Correio Braziliense

 

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