terça-feira, 31 de outubro de 2023

'Putin está em melhor posição': EUA perdem luta pelo Oriente Médio para Rússia, diz analista

A postura do presidente russo Vladimir Putin em relação ao conflito israelo-palestino o deixou em uma posição superior à do seu homólogo norte-americano Joe Biden, que fracassou no Oriente Médio, disse o cientista político dos EUA, John Mearsheimer, em uma entrevista ao canal Judging Freedom no YouTube.

"Putin agora ganhou um lugar privilegiado em relação a essa questão, enquanto o governo Biden está atolado na lama", afirmou o cientista político dos EUA e professor da Universidade de Chicago, John Mearsheimer.

A postura da Rússia de apoiar a Solução de dois Estados e os argumentos de Putin a favor do respeito aos direitos dos palestinos e dos judeus israelenses repercutem positivamente em grande parte do mundo.

Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque com foguetes em escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.

Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizaram bombardeios contra alvos, incluindo civis.

·         Sancionar a Rússia 'não faz sentido', diz MRE da Hungria

Em declaração à Sputnik, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou que o país não vai apoiar a próxima rodada de sanções europeias contra Moscou se essa incluir medidas contra o setor energético.

Segundo Szijjarto, qualquer restrição à energia russa prejudicaria os interesses nacionais de Budapeste. "Posso afirmar com certeza: se o próximo pacote contiver algo que contradiga os nossos interesses nacionais, definitivamente não concordaremos com a sua adoção", afirmou o diplomata.

"O limite para nós obviamente diz respeito à energia, gás, petróleo, energia nuclear e quaisquer outros aspectos que possam prejudicar a economia da nossa nação", afirmou.

Szijjarto voltou a afirmar sua opinião de que as sanções contra a Rússia não funcionaram da forma que o os países ocidentais esperavam, e diz que não vê sentido em prosseguir com a política. "A política de sanções simplesmente não funciona. As sanções podem prejudicar a Rússia […] mas causam certamente maiores danos à economia europeia, aos países europeus", afirmou.

"Se as sanções causam mais danos àqueles que as impõem do que àqueles contra quem são dirigidas, então qual é o sentido de continuar com elas?", questionou o político húngaro.

O ministro observou que a Rússia tem fornecido gás natural à Hungria de forma constante durante seu contrato de 15 anos com a estatal russa de energia Gazprom. Ele acrescentou também que Budapeste espera continuar a comprar gás russo mesmo que a Ucrânia, através da qual recebe o combustível, decida não prorrogar o seu contrato de trânsito com a Rússia em 2024.

"Não tenho a certeza de que a Ucrânia esteja preparada para perder tantas receitas, [mas] se necessário, estamos prontos para discutir as alternativas, porque consideramos que se trata de uma questão técnica", disse.

 

Ø  Países da OTAN com suas ações fomentam corrida armamentista na região da Ásia-Pacífico, diz Shoigu

 

Países da OTAN, incluindo Reino Unido, França, Alemanha, Países Baixos e Itália, com suas ações na região da Ásia-Pacífico, contribuem para o crescimento do militarismo e estímulo da corrida armamentista, disse Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, no 10º Fórum de Segurança Xiangshan.

"Para militarização e estímulo da corrida armamentista contribuem os passos políticos dos membros da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] – Reino Unido, França, Alemanha, Países Baixos e Itália. Eles estão expandindo a presença regional dos componentes das forças navais e aéreas nacionais e aumentando a frequência e a escala dos exercícios militares multilaterais, no decorrer dos quais são simulados cenários de dissuasão e contramedida", disse Shoigu.

Em relação à Ucrânia, o ministro disse durante o seu discurso que o Ocidente está usando Kiev como um aríete para infligir uma "derrota estratégica" à Rússia depois que Moscou tomou contramedidas à expansão do bloco da OTAN, liderado pelos EUA, para o Leste.

"Desconsiderando os direitos legítimos de segurança da Rússia, a Casa Branca persistiu na expansão do bloco da OTAN liderado por ela para o Leste. Estas ações agressivas nos forçaram a tomar contramedidas. Em resposta, o Ocidente definiu abertamente um rumo para infligir uma 'derrota estratégica' à Rússia em uma guerra híbrida travada contra nós. A Ucrânia foi cinicamente escolhida como um aríete que tem apenas o papel de material descartável", frisou Shoigu.

De acordo com ele, os Estados Unidos, "tendo subordinado completamente os países do campo ocidental, concentraram seus recursos militares e políticos na tarefa de manter a dominação global que lhes está escapando".

 

Ø  Os EUA precisam compreender que a derrota da Federação da Rússia é impossível, diz especialista

 

A Rússia e os Estados Unidos precisam conversar e chegar a um acordo que garanta uma estabilidade estratégica. Mas até que Washington entenda que não pode infligir uma derrota estratégica a Moscou, toda esta conversa não tem sentido, disse Sergei Karaganov, presidente honorário do Conselho de de Política Externa e de Defesa à Sputnik.

Karaganov está atualmente comparecendo ao 10º Fórum de Segurança de Xiangshan, que acontece em Pequim entre 29 a 31 de outubro.

"É absolutamente necessário conversar e chegar a um acordo, mas agora, infelizmente, os nossos parceiros americanos, mesmo que falem [sobre iniciar conversas], fingem", disse Karaganov quando questionado sobre em que ponto e em que circunstâncias a Rússia e os Estados Unidos podem voltar à discutir estabilidade estratégica.

Segundo o especialista "eles [os EUA] esperam infligir uma derrota estratégica à Rússia até que estejam convencidos de que isso é impossível, e até que percam, as conversas não terão sentido. Ainda assim, somos a favor de uma conversa, mesmo uma sem sentido".

Respondendo a uma pergunta sobre se os Estados Unidos querem falar com a Rússia apenas a partir de uma posição de força, o professor disse que os EUA "estão perdendo da sua posição de líder global e por isso tentam um contra-ataque desesperado, muito perigoso para o todo o mundo".

Ao mesmo tempo, quando questionado por que os Estados Unidos sempre tentam envolver a China quando iniciam diálogo com a Federação da Rússia, por exemplo, sobre um tratado de controle de armas, Karaganov disse que tudo é "muito simples: eles querem criar uma divisão entre a Rússia e a China".

"Estamos conversando com a China sobre estabilidade estratégica, estamos ampliando as conversas e estamos prontos para conversar com os americanos", afirmou.

"Mas até que um novo equilíbrio seja estabelecido, até que relações suficientemente estáveis sejam estabelecidas entre os Estados Unidos e a Rússia e entre os Estados Unidos e a China, então as conversações trilaterais não são muito significativas", acrescentou.

"Quando passarmos por este período, espero que sem uma grande guerra, então, claro, será bom se as grandes potências (serão sete: Rússia, China, EUA, Índia, Brasil e dois ou três mais países) iniciem uma conversa séria, inclusive sobre estabilidade estratégica. Antes disso, essas conversas não serão muito produtivas, embora sejam necessárias", observou Karaganov.

 

Ø  EUA exigem que aliados escolham certos lados que muitos países não gostam, diz diplomata chinês

 

Os Estados Unidos muitas vezes pedem aos aliados que escolham um lado ou outro e isto continua acontecendo agora, mas muitos países não gostam disso, disse o ex-embaixador chinês em Washington Cui Tiankai no 10º Fórum de Segurança de Xiangshan.

"Os EUA, com base em suas próprias necessidades estratégicas ou em sua compreensão do mundo, muitas vezes exigem que seus aliados sigam as mesmas políticas que eles, mas espero que seus aliados também tirem conclusões e tomem medidas com base em seus próprios interesses nacionais de longo prazo", declarou Tiankai durante o seu discurso.

Ele destacou que "agora na arena internacional está surgindo um novo chamamento para escolher um certo lado, que muitos países não gostam muito, mas há alguns países que fazem isso automaticamente".

De acordo com o ex-diplomata, se todos os países escolhessem os interesses comuns da humanidade, seria o lado certo da história.

"É claro que, ao fim e ao cabo, cada país deve fazer sua própria escolha neste assunto, incluindo os aliados dos EUA", concluiu ele.

O fórum está decorrendo em Pequim de 29 a 31 de outubro. O primeiro Fórum de Xiangshan foi realizado em 2006, organizado pela Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular da China e pelo Instituto Chinês de Estudos Estratégicos Internacionais.

·         EUA criam acusações falsas para iniciar nova fase de plano militar contra China, diz especialista

O especialista militar Meng Xiangqing afirmou que a recente acusação dos EUA sobre "interceptação perigosa" dos caças chineses não passa de propaganda para implantar militares e iniciar a próxima etapa do plano contra a China.

O especialista afirmou ao China Daily que os EUA frequentemente criam propaganda para apontar a China como "ameaça", criticando as ações do gigante asiático e inventando desculpas para enviar contingentes e grupos militares à região.

Para o especialista, a propaganda americana chega a ser ridícula, visto que eles próprios provocam desestabilizações, inclusive em áreas distantes, mas nas quais têm grandes interesses.

Recentemente, o governo chinês divulgou imagens evidenciando um encontro próximo entre navios de guerra dos EUA e da Marinha chinesa no mar do Sul da China.

"Como os militares chineses deveriam interceptar as aeronaves e navios de guerra dos EUA se eles não estivessem aqui?", questionou o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, indagando sobre a presença americana na região.

O porta-voz chinês também ressaltou que os americanos fariam a mesma coisa, ou até pior, se uma aeronave ou embarcação se aproximasse do território norte-americano.

Para concluir, Meng Xiangqing voltou a destacar que as acusações dos EUA têm o objetivo de criar uma imagem de ameaça da China, para iniciar a próxima fase da sua implantação militar na Ásia.

 

Ø  Alemães devem estar prontos para a guerra, adverte ministro da Defesa

 

Uma nova guerra na Europa não é mais impensável, e a sociedade alemã deve se adaptar a essa realidade, afirmou o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, enquanto pediu aumento de gastos militares.

Em entrevista à emissora alemã ZDF no domingo (29), Pistorius insistiu que os alemães "devem se acostumar novamente ao pensamento de que o perigo de uma guerra na Europa poderia representar uma ameaça". Discutindo as capacidades de defesa do país, o ministro apelou aos seus compatriotas para "se tornarem capazes para a guerra".

Ele citou o conflito na Ucrânia, bem como as hostilidades entre Israel e Hamas, como prova de que os combates também podem irromper em outros lugares.

Pistorius descartou as críticas de que o governo do chanceler Olaf Scholz tem sido muito lento no fortalecimento das Forças Armadas alemãs, alegando que eles estão trabalhando o mais rápido possível para compensar os 30 anos de negligência e subfinanciamento. O ministro prometeu que a Bundeswehr seria irreconhecível em três ou quatro anos, e sugeriu que os militares alemães já estão entre os mais fortes da OTAN e da Europa.

Na semana passada, o ex-conselheiro sênior do Pentágono, coronel Douglas Mcgregor disse que a OTAN não sobreviverá a um conflito com a Rússia.

Recentemente, o presidente da Rússia Vladimir Putin disse que, desde a promessa da OTAN em 1991 de não se expandir para o Leste, houve "cinco vagas" de expansão da aliança, e que, quando os acordos não são cumpridos, é muito difícil manter um diálogo com tais pessoas.

 

Ø  Alemanha prende político de extrema direita por posse de objetos nazistas, diz mídia

 

O parlamentar recém-eleito pela Baviera, Daniel Halemba, foi detido pouco antes de assumir o cargo eletivo e evitar um processo judicial graças à imunidade parlamentar.

De acordo com o Financial Times (FT), o político alemão de extrema direita recém-eleito pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD) foi preso por sedição e posse de materiais nazistas, neste fim de semana.

Daniel Halemba, 22 anos, deveria assumir o seu lugar no parlamento estadual da Baviera por um mandato de cinco anos nesta segunda-feira (30), o que teria lhe dado imunidade parlamentar contra processos judiciais.

Os promotores da cidade de Wurzburg emitiram um mandado de prisão na sexta-feira (27), antes da nova sessão parlamentar. Halemba inicialmente não pôde ser encontrado, o que gerou temores de que ele escaparia da captura e tentaria tomar posse para evitar um processo.

A polícia o prendeu em Stuttgart, no estado vizinho de Baden-Wurttemberg, às 08h00 de hoje (às 04h00 de Brasília).

Segundo a imprensa alemã, o advogado de Halemba, Dubravko Mandic, disse que apresentou uma petição ao tribunal constitucional da Baviera para que a prisão do seu cliente fosse revertida, mas as autoridades alegam que o jovem candidato estava na mira dos promotores há várias semanas.

Em meados de setembro, a polícia de Wurzburg invadiu as instalações da controversa fraternidade estudantil Teutonia Prag, depois de vizinhos terem se queixado de ouvirem regularmente membros gritando "Sieg Heil" — uma expressão alemã que significa "salve a vitória" ou "viva a vitória", muito utilizada durante o período nazista em 1930. Na ocasião da operação policial, Halemba que é membro da fraternidade e líder da AfD Wurzburg, estava no local.

A polícia disse ter confiscado uma grande quantidade de materiais e que a operação "confirmou as alegações [feitas pelos vizinhos]". Halemba é um dos cinco membros do Teutonia Prag agora acusados de sedição e posse de objetos nazistas – o que é considerado crime, de acordo com a Constituição alemã.

A líder do grupo AfD no parlamento bávaro, Katrin Ebner-Steiner, acusou os investigadores de prosseguirem uma agenda "politicamente motivada" e de prenderem Halemba "por motivos frágeis".

O apoio da AfD na Baviera aumentou nos últimos meses, em um contexto de raiva crescente à política de imigração, à inflação e a uma economia estagnada. O partido obteve 14,6% dos votos no dia 8 de outubro, contra os 10,2% obtidos em 2018. Em Hesse, o partido de extrema direita obteve 18,6% dos votos, se tornando o segundo maior partido político no parlamento estadual.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário