segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Povo ucranianio jamais perdoará Zelensky, diz jornalista egípcia

Jornalista Hadeel Muhyiddin Ali diz que presidente ucraniano falhou com seus compatriotas, e nunca será perdoado pelos enormes e desnecessários sacrifícios impostos.

Os erros cometidos pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante o conflito na Ucrânia, transformaram-no em um perdedor odiado pelos seus próprios compatriotas.

É o que conclui um artigo publicado, nesta sexta-feira (29), pela jornalista egípcia Hadeel Muhyiddin Ali, no site Al-Watan.

"Por um lado, os ucranianos nunca perdoarão o presidente pelos enormes e desnecessários sacrifícios e, por outro, os ultranacionalistas devorarão Zelensky porque, na opinião desses grupos, ele negligencia os interesses do Estado", escreveu a jornalista.

No texto, a autora classifica Zelensky como um "perdedor em grande escala", que falhou tanto com a Ucrânia quanto com o Ocidente.

A conclusão da jornalista egípcia vai ao encontro de uma pesquisa de opinião, publicada no dia 11 de setembro, pela Fundação de Iniciativas Democráticas Ilko Kucheriv.

Na consulta, 78% dos ucranianos entrevistados afirmaram considerar que Zelensky é "responsável direto" pela corrupção no país. O percentual indica uma guinada radical na popularidade do presidente ucraniano, que no início do conflito era visto como um herói.

Ademais, o Ocidente também vem dando consecutivos sinais de fadiga em relação à Ucrânia.

Nos Estados Unidos, um dos mais fervorosos aliados de Kiev, congressistas divergem sobre continuar financiando a Ucrânia.

A Polônia, outra importante aliada, parou de fornecer armas à Ucrânia para priorizar seu aparato bélico nacional.

O escândalo envolvendo a homenagem pública a um veterano ucraniano nazista no Parlamento do Canadá, durante uma visita de Zelensky, agravou a situação.

Nesta sexta-feira (29), o ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos Scott Ritter afirmou, em uma entrevista, que Zelensky deixou de ser útil para o Ocidente, e corre o risco de ser substituído.

"Acho que Zelensky será eliminado, se não no sentido direto da palavra, pelo menos desaparecerá, e outra pessoa será colocada em seu lugar. Porque o que está acontecendo agora é um teatro do absurdo", disse Scott Ritter.

·         Perdas ucranianas no conflito atingiram um nível crítico, diz ex-assessor do Pentágono

Coronel da reserva Douglas McGregor alerta que perdas ucranianas na frente de combate já se equiparam às perdas das forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial.

A Ucrânia deve buscar a paz, uma vez que suas perdas atingiram um nível crítico. É o que afirmou o ex-assessor do Pentágono, coronel da reserva Douglas McGregor, em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), nesta sexta-feira (29).

"A fase ucraniana da guerra acabou. Eles [ucranianos] estão perdendo soldados a uma taxa comparável às perdas das forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial na frente ocidental. Todos os dias, lutando na frente ocidental, em 1918, perdemos uma média de mil pessoas por dia", escreveu McGregor.

Coronel da reserva, Douglas McGregor serviu por vários anos no Exército dos Estados Unidos, entre 1976 e 2004, tornando-se, posteriormente, autor, consultor e analista. Ele foi conselheiro do Departamento de Defesa dos EUA durante a gestão do secretário Christopher Miller.

As perdas ucranianas apontadas por McGregor já vinham se refletindo no crescente número de soldados que se rendem às Forças Armadas da Rússia. Em 14 de setembro, soldados ucranianos se renderam sem oferecer resistência na região de Zaporozhie.

Na terça-feira (26), três soldados ucranianos contataram militares russos na região de Svatovo, na República Popular de Lugansk (RPL), para comunicar a intenção de se render. O grupo também entregou caixas de munições aos militares russos.

Na Ucrânia, homens em idade de combate estão fugindo do alistamento para evitar o que consideram morte certa lutando pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Diante da falta de homens, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, vem convocando até mesmo pessoas com deficiência.

Ademais, a superioridade das forças russas já foi reconhecida até mesmo pela mídia ocidental. Em junho, o The New York Times publicou um artigo alertando para as altas perdas da Ucrânia na frente de combate.

No início de setembro, McGregor informou que, diante do alto número de perdas, já há dentro das Forças Armadas da Ucrânia um debate interno sobre depor o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

Desde o início de junho, as Forças Armadas da Ucrânia vêm tentando avançar nas regiões de Zaporozhie e Artyomovsk (Bakhmut, em ucraniano), com tropas treinadas e armadas pela OTAN.

No entanto, a ofensiva se mostrou um fracasso, como advertiu o presidente russo, Vladimir Putin.

·         'Haverá mobilização': acadêmico prevê futuro sombrio para a Ucrânia após ofensiva falha

Devido ao fracasso completo da ofensiva de verão, a Ucrânia terá que avançar para uma mobilização total, escreve o especialista em relações internacionais da Universidade Queen's em Belfast Aleksandr Titov.

"Este verão [europeu] provavelmente se transformou em uma derrota estratégica para a Ucrânia e a OTAN em sua tentativa de acabar com a guerra por meios militares", disse o especialista.

Titov acrescenta que "para ter outra chance, a Ucrânia terá que mobilizar ainda mais tropas e obter armas mais avançadas em quantidades maiores do que nunca. Entretanto, apesar de toda a conversa sobre a mobilização da Rússia, é a Ucrânia que parece estar a sofrer de escassez de pessoal".

"A conclusão é que a Ucrânia, que é completamente dependente de apoio externo, tanto financeira como militarmente, terá dificuldade em manter seu esforço de guerra nos níveis atuais", disse o acadêmico da universidade britânica.

A Ucrânia lançou a sua chamada contraofensiva no início de junho. Três meses depois, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que a contraofensiva ucraniana falhou, com a Ucrânia sofrendo 71 mil baixas. Vários analistas ocidentais também admitiram que a contraofensiva ucraniana não obteve sucesso em nenhuma das frentes.

 

Ø  'Ucrânia está no fim do jogo por não ter assinado acordos em Istambul', diz ex-inteligência dos EUA

 

Kiev vai continuar a perder território enquanto permanecer no caminho da política ocidental, acredita o antigo oficial de inteligência militar dos EUA, Scott Ritter. O ex-conselheiro do Pentágono, Douglas Macgregor, apelou a Kiev para assinar a paz, uma vez que suas perdas atingiram um nível crítico.

Em entrevista ao podcast Midwestern Marx ontem (29), Ritter discursou sobre as oportunidades para a Ucrânia chegar a acordo sobre um tratado de paz com a Rússia, Scott Ritter recordou a reunião em Istambul no final de março de 2022, desde a qual os países não retomaram as negociações.

"[Os representantes ucranianos] chegaram à Turquia [em 2022]. [...] Houve uma reunião em que chegaram a um acordo sobre os termos da resolução do conflito. O Ocidente não permitiu que fizessem isso. [...] Como resultado, eles já perderam territórios", disse o ex-oficial.

Em sua visão, a relutância da Ucrânia em aceitar o projeto do acordo de Istambul e seguir os seus termos resulta na perda de controle das autoridades ucranianas sobre uma série de cidades: Carcóvia, Sumy, Dnepropetrovsk, Nikolaev e Odessa.

"Fim do jogo, Ucrânia. Você assinou sua própria sentença de morte. Ela poderia ter permanecido intacta se você tivesse assinado e cumprido os acordos de Istambul", observou o especialista.

Por sua vez, Douglas Macgregor também destacou o grande número de perdas nas tropas ucranianas.

"A fase ucraniana da guerra chegou ao fim. Eles estão perdendo soldados a uma taxa comparável às perdas das forças aliadas durante a Primeira Guerra Mundial na Frente Ocidental. Todos os dias de combate na Frente Ocidental em 1918, perdemos uma média de 1.000 homens por dia. Façam as pazes seus tolos", escreveu o coronel no X (antigo Twitter).

A Rússia lançou a operação militar especial na Ucrânia em resposta ao pedido das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, de assistência contra o genocídio de Kiev.

 

Ø  Especialista chinês: 'armas invencíveis' do Ocidente podem ser decepção para Zelensky

 

Entregas de tanques dos EUA serão uma decepção para o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, escreve o observador militar chinês Kongtian Liliang do jornal Global Times em um artigo para Sohu.

"O presidente Vladimir Zelensky declarou alegremente que para as Forças Armadas da Ucrânia isso [fornecimento de Abrams] é uma aquisição significativa que fortalecerá a capacidade de resistência do Exército ao adversário. […] Mas será essa notícia tão boa como afirma Zelensky? Provavelmente não", observou Kongtian.

Ele explicou que os tanques ocidentais não atenderão às expectativas da liderança ucraniana por várias razões. Em primeiro lugar, os oficiais ucranianos não poderão usar eficazmente o equipamento americano, já que ele não é mantido e operado da mesma forma que os tanques habituais dos ucranianos.

Em segundo lugar, Kiev não será capaz de reparar sozinha os Abrams danificados, por isso, eles terão que ser enviados aos países da OTAN para restaurar sua capacidade operacional.

Em conclusão o observador militar disse que o Ocidente tem constantemente exagerado as características e o poderio das armas enviadas à Ucrânia. No entanto, graças à forte defesa russa, o mito da invencibilidade do equipamento ocidental "estourou como uma bolha".

Anteriormente, a Casa Branca confirmou que o primeiro lote de Abrams já chegou à Ucrânia, no total os EUA planejam fornecer 31 tanques.

 

Ø  Romênia coloca defesa antiaérea e forças adicionais perto da fronteira com a Ucrânia, diz mídia

 

Romênia implantou forças adicionais perto da fronteira com a Ucrânia devido à crescente preocupação da OTAN com a situação na região, informa agência Reuters com referência a fontes.

"Romênia desloca sistemas de defesa antiaérea para mais perto de seus povoados no Danúbio, separados pelo rio da Ucrânia [...] e coloca nesta área postos militares de observação e patrulhas adicionais", diz o artigo.

Bucareste tomou essas medidas por causa da crescente preocupação da OTAN de que o conflito na Ucrânia alegadamente possa se alastrar para o território da Aliança Atlântica, acrescenta a mídia.

Anteriormente, a Força Aérea dos EUA enviou quatro caças F-16 para a base aérea de Fetesti na Romênia para reforçar as patrulhas aéreas na zona do mar Negro.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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