Quase 50% dos americanos dizem estar ficando mais pobres com Biden no
poder
Quase metade dos norte-americanos indicaram que
suas condições financeiras estão piorando sob a administração Biden, segundo
pesquisa feita pela emissora ABC e pelo jornal The Washington Post.
De acordo com a emissora, 44% dos americanos
afirmam que sua situação financeira piorou com o presidente Joe Biden no poder,
o maior número já registrado desde 1986.
Apenas 37% dos entrevistados aprovam a gestão
Biden, enquanto 56% desaprovam.
Três em cada quatro entrevistados dizem que Biden
está velho demais para buscar um segundo mandato nas eleições presidenciais de
2024.
A pesquisa foi realizada entre 1.006 adultos
escolhidos de forma aleatória, com uma margem de erro de 3,5%, de 15 a 20 de
setembro por telefone, em inglês e espanhol.
<><> Inflação segue alta demais para o americano médio,
taxas de juro nos EUA seguirão altas, diz o Fed
Apesar de terem caído, os níveis de inflação nos
EUA seguem acima do objetivo de 2% apontado pelo banco central do país, disse a
governadora da instituição.
As autoridades do Fed, ou Reserva Federal dos EUA,
concordaram na sexta-feira (22) com o veredicto de seu presidente Jerome
Powell, dado no início da semana, de que a inflação ainda era muito alta para o
americano médio suportar.
"A inflação ainda está muito alta, e espero
que provavelmente seja apropriado que o Comitê [Federal de Mercado Aberto dos
EUA] aumente ainda mais as taxas e as mantenha em um nível restritivo por algum
tempo para que a inflação retorne à nossa meta de 2% em tempo hábil",
disse Michelle Bowman, governadora do banco central do país norte-americano, em
um evento bancário no estado do Colorado.
No final da reunião de política de setembro,
realizada na quarta-feira (20), o Fed deixou as taxas de juros dos EUA
inalteradas em um pico de 5,5%, após terem subido constantemente nos dois
últimos anos.
"O fato de termos decidido manter a taxa de
política monetária nesta reunião não significa que tenhamos decidido que
alcançamos ou não, neste momento, a postura de política monetária que estamos
buscando", disse Powell aos repórteres.
"Estamos preparados para aumentar ainda mais
as taxas, se for apropriado", avisou.
Susan Collins, presidente do Banco de Reserva
Federal de Boston, declarou que um novo aperto da política monetária
"certamente não está fora da mesa", embora ela também tenha
aconselhado "paciência".
Ø Mídia dos EUA: Expansão do BRICS reduz 'o domínio do dólar' e sua
influência no mercado petrolífero
De acordo com o New York Post, o BRICS representa
uma ameaça real ao domínio do dólar, inclusive por sua capacidade de reduzir o
impacto das sanções dos EUA.
O BRICS está prosseguindo com seus esforços para
atingir seu objetivo de "derrubar o dólar americano como moeda global
dominante", escreve no sábado (23) o jornal norte-americano New York Post
(NYP).
O NYP se referiu à cúpula do grupo na África do Sul
em agosto, quando a aliança "deu um passo importante para flexionar sua
força monetária comum". Durante o encontro, seis novos membros receberam
sinal verde para ingressar na organização, incluindo a Arábia Saudita,
Argentina, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã. Atualmente o
grupo é composto pela África do Sul, o Brasil, a China, Índia e a Rússia.
Como resultado, acrescentou o jornal, o BRICS agora
reúne seis dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Arábia Saudita, o
Brasil, a China, os Emirados Árabes Unidos, o Irã e a Rússia. Os esforços do
grupo para reduzir "o domínio de décadas do dólar e acabar com seu uso
como pagamento preferencial para a única mercadoria que ainda domina o comércio
global: o petróleo" são possíveis porque com isso a "influência do
grupo no mercado de petróleo nunca foi tão grande", o que permite usar
moedas nacionais mais.
O processo de "desdolarização" da
economia mundial estaria assim repleto de "consequências perigosas"
para os EUA, principalmente porque a diminuição da importância do dólar
permitiria que o Irã e a Rússia "se tornassem imunes" às sanções que
Washington impôs anteriormente a eles, aponta a mídia norte-americana.
Enquanto isso, a Índia começou a pagar por algumas
importações de petróleo russo em yuans chineses, e a China também começou a
usar sua moeda para pagar Moscou pela maioria de suas importações de energia no
primeiro trimestre deste ano.
Durante a cúpula do BRICS em agosto, Vladimir
Putin, presidente da Rússia, ressaltou que Moscou e seus parceiros do BRICS
estão trabalhando para aperfeiçoar os mecanismos de acordos mútuos e controle
monetário e financeiro, que a desdolarização dentro do BRICS é
"irreversível", e que está ganhando ritmo.
Lula da Silva, presidente do Brasil, referiu a
mesma ideia durante sua visita à China em abril de 2023.
"Quem decidiu que é era o dólar a moeda depois
que desapareceu o ouro como padrão?", perguntou o mandatário.
Ø EUA admitem incapacidade de excluir a China de cadeias de fornecimento
de minerais críticos
Washington não vai ser capaz de retirar a China da
cadeia de abastecimento de minerais críticos, disse o subsecretário dos EUA
para o Crescimento Econômico e Ambiente, José Fernandez.
Anteriormente Pequim proibiu as exportações dos
seus metais de terras raras para os EUA, incluindo gálio e germânio, que são
usados na fabricação de chips de computador e baterias solares, entre outros
equipamentos.
"A questão não é a China. Estamos
perfeitamente satisfeitos em trabalhar com eles nisso e neste momento compramos
muitos dos minerais de empresas chinesas. É uma questão de diversificar
[parcerias]", ressaltou.
De acordo com Fernandez, o importante papel da
China no processamento de minerais brutos significa que Pequim vai continuar
sendo um parceiro fundamental dos EUA, até porque esses minerais são
componentes cruciais para as baterias que alimentam os veículos elétricos. A
utilização mais ampla desses veículos faz parte da estratégia da administração
Biden para enfrentar as alterações climáticas.
"O mundo precisa que eles estejam envolvidos —
o quadro mais amplo são as alterações climáticas, e não vamos resolver a crise
climática sem o envolvimento da República Popular da China, sublinhou o
subsecretário dos EUA.
Ele lembrou que a China continua sendo a segunda
maior economia do mundo, chamando a RPC de "um importante parceiro
comercial dos EUA". Fernandez prometeu que os EUA continuariam a trabalhar
com a China "ao mesmo tempo que defendem os nossos interesses e protegem
as nossas empresas e as criticam quando sentimos que devem ser
criticadas".
No início deste ano, Pequim proibiu a exportação de
metais de terras raras, como o gálio e o germânio, que são utilizados na
fabricação de microchips avançados e baterias solares. A medida surgiu em
resposta aos esforços de Washington para excluir Pequim da corrida econômica da
alta tecnologia.
O Ministério das Relações Exteriores chinês
manifestou preocupação durante a visita de quatro dias da secretária do Tesouro
dos EUA, Janet Yellen, ao país neste verão (Hemisfério Norte), devido às
restrições comerciais de Washington aos controles de exportação e à pressão
exercida sobre a China, que afetou o mercado do país e "minou a base da
opinião pública nas relações bilaterais".
A visita de Yellen ocorreu em um contexto de crescentes
contradições econômicas e financeiras entre Pequim e Washington. Os principais
fatores de irritação são as crescentes restrições às exportações de bens e
serviços dos EUA, a persistência dos direitos de importação sobre produtos
chineses, as ameaças de Washington contra Pequim devido à cooperação da China
com Moscou, o crescimento do comércio mundial na moeda yuan e a diminuição da
influência do dólar americano em todo o mundo.
A Estratégia Nacional de Inteligência dos EUA para
2023, entretanto, vê a China como "o único adversário dos EUA com intenção
de mudar a ordem internacional e que tem, cada vez mais, o poder econômico,
diplomático, militar e tecnológico para o fazer".
Ø Com menor participação do dólar e do euro, comércio Rússia-China está
perto de bater recorde em 2023
Dados alfandegários mostram que o volume de
negócios entre Moscou e Pequim nos meses de janeiro a agosto já ultrapassou os
US$ 155 bilhões.
O comércio entre a Rússia e a China manteve o seu
forte impulso desde que atingiu níveis recordes em 2022, com as exportações e
importações a registarem um crescimento robusto desde o início deste ano, de
acordo com a atualização desta semana do Serviço de Alfândegas russo.
Segundo o canal da entidade no Telegram, o comércio
entre os dois países aumentou 25% de janeiro a agosto em relação ao mesmo
período do ano passado. Dados da agência aduaneira da China mostraram
anteriormente que o volume de negócios atingiu a marca de US$ 155,1 bilhões
(cerca de R$ 765,5 bilhões) durante esse período.
A autoridade aduaneira russa afirmou que Moscou e
Pequim continuarão a simplificar as formalidades aduaneiras para impulsionar
ainda mais o comércio, observando "um interesse especial em organizar a
operação permanente diária de um dos principais centros de transporte — a
fronteira automóvel Zabaikalsk-Manzhouli, ponto de controle de travessia, bem
como da travessia rodoviária Pogranichny-Suifenhe".
A Rússia fornece à China principalmente produtos
energéticos, como petróleo e gás, bem como produtos refinados, produtos
agroalimentares e industriais. A China exporta quase todos os tipos de bens,
incluindo alimentos, equipamentos, celulares e smartphones, eletrônicos,
produtos de engenharia, mobiliário, brinquedos, têxteis, vestuário e calçado.
Durante o ano anterior, o comércio entre a Rússia e
a China atingiu o máximo histórico de US$ 190,3 bilhões (cerca de R$ 937,8
bilhões). As duas nações estão agora preparadas para ultrapassar a meta de US$
200 bilhões (aproximadamente R$ 987,1 bilhões) para este ano e acreditam que
podem atingir um valor anual de US$ 250 bilhões (mais de R$ 1,2 trilhão) no
comércio, afirmando que a meta é "absolutamente realista".
O fortalecimento dos laços econômicos entre a
Rússia e a China foi estimulado pelo seu compromisso conjunto de realizar uma
parte significativa das transações utilizando as respectivas moedas nacionais,
em vez de depender do dólar americano. Moscou e Pequim intensificaram seus
esforços para diminuir a sua dependência do dólar e do euro no comércio global,
especialmente à luz das sanções ocidentais impostas à Rússia e da disputa
comercial em curso entre os EUA e a China.
Ø Chanceler russo apela por reforma da governança global: o que isso
significa?
O discurso do ministro das Relações Exteriores da
Rússia, Sergei Lavrov, na 78ª Assembleia Geral da ONU, provocou debates sobre
os desafios enfrentados pelos EUA e seus aliados europeus da OTAN.
A Sputnik consultou o analista de diplomacia
geopolítica e econômica Robinder Sachdev, presidente-fundador do Instituto
Imagindia, para esclarecer estes tópicos.
Um ponto marcante levantado pelo ministro russo em
seu discurso foi a questão dos dois pesos e duas medidas dos políticos
ocidentais, afirmou Sachdev, comentando a preocupação do presidente francês
Emmanuel Macron com a expansão do BRICS, ao mesmo tempo que aparentemente
ignora a interferência da OTAN na região Ásia-Pacífico.
Sachdev, embora reconheça a ONU como plataforma
vital para abordar questões sociais, afirma que a organização não consegue
lidar adequadamente com a segurança global, o que demonstra a ineficácia das
principais instituições internacionais existentes.
Segundo o analista, a ONU tem enfrentado
ineficiências, obstáculos burocráticos e a incapacidade de resolver questões
geopolíticas complexas.
"A minha visão geral é que a ONU é uma
plataforma muito bonita, mas não é uma plataforma eficaz", ressaltou.
Dessa forma, o analista enfatizou a necessidade de
reforma das Nações Unidas, para eliminar as ineficiências na prestação de ajuda
e na obtenção de resultados tangíveis.
Para concluir, Sachdev apresenta uma perspectiva
sombria, mas pragmática sobre a mudança da política global.
"A realidade do mundo é que o mundo está se
tornando multipolar. O mundo de hoje está se tornando uma matriz [...] E nesta
nova matriz mundial, que está em construção, haverá múltiplas ligações,
equações, pressões", afirmou.
O analista também sugere que talvez seja hora de
reconhecer esta realidade e se concentrar em abordagens alternativas à
cooperação global.
Ø Rachaduras no 'muro ocidental' de apoio à Ucrânia emergem na Europa e
nos EUA, relata mídia
Os apelos intermináveis de Kiev por ajuda e enormes
gastos em seu armamento começaram a causar desacordo no Ocidente, relata a
Associated Press (AP).
No anteriormente indestrutível "muro" de
apoio dos maiores patronos da Ucrânia se formaram rachaduras. O Ocidente esteve
ombro a ombro com Kiev por um longo tempo, mas no contexto de seus apelos
intermináveis por ajuda e enormes doações dos aliados apareceram os primeiros
sinais de desacordo.
As relações tensas com a Polônia e a Eslováquia
como resultado da disputa comercial e a falta de vontade do Partido Republicano
dos EUA de gastar enormes somas em ajuda ao Exército ucraniano levantam dúvidas
sobre a continuação do apoio à Ucrânia, observa o artigo.
Como lembra a AP, em julho, após as tentativas
fracassadas de Kiev de conseguir novamente a adesão à OTAN, o ministro da
Defesa britânico disse que a Ucrânia "deveria ser grata" ao Ocidente.
Nesta semana, novas disputas começaram com os
aliados: a Ucrânia queixou-se à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a
Hungria, a Polônia e a Eslováquia, que proibiram suas importações agrícolas.
Esta ação causou indignação nos países mencionados.
Ao mesmo tempo, a ajuda a Kiev também preocupa a
Europa de Leste. Assim, o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, apelou no X
(antigo Twitter) aos seus colegas da Ucrânia e da Polônia para "superarem
as divergências atuais". Ele também se ofereceu para "facilitar"
o diálogo entre eles.
Além disso, a publicação relembra que a questão
ucraniana também se tornou um dos tópicos importantes na preparação para as
eleições presidenciais nos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump e seu
principal rival nas primárias, Ron DeSantis, defendem o fim do fornecimento de
armas a Kiev.
Em geral, o Partido Republicano está insatisfeito
com os altos gastos de Washington com o apoio à Ucrânia. Na quinta-feira (21),
o senador democrata Joe Manchin admitiu que "as pessoas estão falando
sobre quanto dinheiro" é gasto com o Exército ucraniano. Ao mesmo tempo,
ele salientou que desta forma os EUA "investem na democracia".
Fonte: Sputnik Brasil
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