terça-feira, 1 de agosto de 2023

Weintraub: Bolsonaro 'mendigou' Pix para aumentar fortuna

Ministro da Educação durante o governo Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub afirmou que o ex-presidente "mendigou" doações via Pix como forma de aumentar a sua fortuna. Em suas redes sociais, Weintraub voltou a chamá-lo de "cafetão".

Tenho que reconhecer que o CAFETÃO melhorou a forma aumentar sua fortuna: ao invés de continuar roubando, agora ele mendigou.

"Tenho que reconhecer que o cafetão melhorou a forma aumentar sua fortuna: ao invés de continuar roubando, agora ele mendigou. Talvez, um dia ele e sua família ainda tentem um trabalho honesto. Quem sabe?", escreveu o ex-ministro em suas redes sociais.

De acordo com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a conta do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele recebeu R$ 17,2 milhões via Pix nos seis primeiros meses deste ano.

O Coaf afirma que as transações "atípicas" podem ter relação com a campanha de doações organizada em junho para o pagamento de multas.

Em nota, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que os valores repassados via Pix "são provenientes de milhares de doações" feitas por apoiadores de Bolsonaro. "Tendo, portanto, origem absolutamente lícita".

•        Ex-ministro que fez Pix a Bolsonaro: 'Não estou preocupado se pagará multa'

O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga disse que não está preocupado se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usará as doações que recebeu via Pix para pagar as multas judiciais que deve ao estado de São Paulo. Gonzaga foi um dos doares do montante de R$ 17,1 milhões arrecadado por Bolsonaro, conforme relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Admar, que é amigo do ex-presidente, doou a Jair Bolsonaro R$ 5 mil. No entanto, o advogado declarou que ele deve usar o dinheiro "da forma como bem entender". "Ele vai pagar na hora que ele entender que esgotou os recursos judiciais cabíveis como qualquer cidadão. Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa", disse o ex-ministro do TSE, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro disse ainda que ficou indignado com a quebra de sigilo dos dados bancários de Bolsonaro e também afirmou que faria a doação a "qualquer pessoa" que ele tenha "admiração, qualquer amigo e que tivesse necessidade". "Aliás, já fiz isso algumas vezes na minha vida e para pessoas que não têm nenhuma notoriedade", conta.

"Seria para ele usar da forma como ele bem entender. Um homem que tem todo o dinheiro bloqueado para pagamento de multa de máscara e ainda tem que pagar mais não sei quanto. É do meu feitio colaborar com pessoas que eu tenho apreço. Eu o conheço há 30 anos. Faria isso com qualquer amigo meu. Até com gente que eu nem conheço. Eu já fiz caridade com gente que eu nem conheço", disse.

Nesse sábado (29/7), em um encontro estadual do Partido Liberal (PL) Mulher em Florianópolis (SC), o ex-presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores que o valor arrecadado dá para pagar "todas as suas contas" e ainda "tomar um caldo de cano com pastel".

Questionado se arrepende de ter doado o dinheiro, Gonzaga nega. Ele inclusive apoia a atitude de Bolsonaro de ter "investido" o dinheiro.

"De forma alguma [me arrependo]. Todo o dinheiro tem que ter remuneração. Dinheiro parado num País que está com inflação galopante e com todas essas incertezas que estão aí atormentando as pessoas, eu acho que ele fez muito bem de investir, de buscar remunerar esse dinheiro. Eu acho até uma atitude responsável", declarou em entrevista.

Para ele, o ex-presidenta também não tem que devolver o valor arrecado. "Eu acho que ele tem que guardar esse dinheiro e utilizar para as necessidades dele. Eu não estou cobrando a atuação dele com relação ao dinheiro. Acho que ninguém que fez um depósito está preocupado com isso. Eu, pelo menos, não estou", finalizou.

 

       Milhões de Bolsonaros. Por Eduardo Guimarães

 

Você já se deu conta de que Bolsonaro roubou, matou, sonegou, enganou, humilhou, depredou, injuriou, caluniou, difamou e o resultado de tudo isso foi ele receber uma avalanche de dinheiro em sua conta?

Se a Justiça não punir o ex-presidente Jair Bolsonaro, a democracia continuará em risco no Brasil. É o que afirmam os autores do recém-lançado “O Caminho da Autocracia – Estratégias Atuais de Erosão Democrática”.

A obra é de autoria de Adriane Sanctis de Brito, Conrado Hübner Mendes, Fernando Romani Sales, Mariana Celano de Souza Amaral, Marina Slhessarenko Barreto e foi publicada pela Editora Tinta-da-China Brasil.

Os autores do livro apontam práticas de Bolsonaro que configuram crimes comuns, sanitários e eleitorais. Argumentam que, se o ex-presidente não for responsabilizado, mesmo que não possa voltar em 2026 por estar inelegível, vai fazer escola na política brasileira.

A obra faz comparação internacional entre Bolsonaro e casos de Índia, Hungria, Turquia e Polônia. “Ao jogar luz em padrões que têm ocorrido em outros países, este livro apresenta um panorama comparado para chamar a atenção para processos que afetaram a realidade política do Brasil”, afirmam os autores.

Agora, essa situação de vulnerabilidade do país diante do populismo de extrema-direita ganha um contorno mais sombrio com a avalanche de dinheiro que inundou as contas de Bolsonaro com quase vinte milhões de reais, doados por um exércitot de quase 800 mil brasileiros.

Todos sabemos que a maioria esmagadora da classe política só quer saber de se eleger, custe o que custar. Ao menos no Brasil. Assim, se é mediocridade, burrice, má-fé, desonestidade, truculência, machismo, homofobia, racismo etc. que o povo quer, não faltará político para atender a esse setor tão amplo e doentio da sociedade.

Bolsonaro não só precisa ser punido, mas precisa ser punido rapidamente para que os selvagens da extrema-direita não engolfem o país com um tsunâmi fascista que, se vier, irá erodir rapidamente a nossa ainda frágil democracia.

Ora, ganhar todos esses milhões de reais após dilapidar o patrimônio público, abusar do cargo de todas as formas, incitar crimes, atentar contra a democracia são “feitos” que mostrarão à classe política que o crime compensa.

Então, reflitamos: quem vai querer governar pautado pelo interesse da população se contrariar tal interesse é tão compensador?

Pode ter certeza de que, se Bolsonaro não for punido, surgirão milhões e milhões de Bolsonaros nos quatro cantos desta pátria mãe tão distraída, que ainda não se percebe subtraída nessas tenebrosas transações.

 

       Comissão de Ética vai processar auxiliares de Bolsonaro por joias

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) decidiu instaurar um processo para apurar a conduta de três envolvidos no caso das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro enviadas pela Arábia Saudita. O relator é o presidente da comissão, Edson Leonardo Dalescio Sá Teles.

Os três alvos do processo são o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerqueor e o ex-chefe de Gabinete Adjunto de Documentação Histórica Marcelo da Silva Vieira. Eles estão sujeitos a penalidades como a “censura ética”, uma espécie de advertência que consta no currículo da pessoa e é destacada em análises para preencher cargos públicos, por exemplo.

A CEP avaliou dados sobre o caso e decidiu que há “indícios de materialidade de conduta contrária ao Código de Conduta da Alta Administração Federal e aos demais padrões normativos éticos”.

O ex-chefe Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes atuou para tentar liberar as peças de diamantes dadas pelo regime saudita a Bolsonaro que foram retidas por servidores do órgão no Aeroporto de Guarulhos (SP). O material entrou ilegalmente no Brasil e foi trazido por um membro da comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque. Quando as peças foram apreendidas, o então ministro disse que os diamantes seriam destinados a Michelle Bolsonaro, que era primeira-dama. Albuquerque não conseguiu liberar o material, mas entrou ilegalmente com outra caixa de joias sem declarar à Receita.

A Comissão de Ética Pública decidiu encaminhar uma cópia do processo para ao Comando do Exército para que a Força tome conhecimento dos fatos e, “se for o caso, determine a apuração ética dos atos praticados pelo tenente-coronel Mauro Cid”. O militar era ajudante de ordens Bolsonaro de atuou diretamente na tentativa de liberar as joias.

A CEP também direcionou uma cópia do proesso para a Marinha avaliar se deve instaurar uma apuração ética contra o sargento Jairo Moreira da Silva. Ele foi enviado para o aeroporto por Cid, na tentativa de reaver as joias ilegais de Bolsonaro.

 

       PL paga R$ 1,3 mil em combustíveis para Eduardo Bolsonaro

 

Além do salário de deputado federal e da cota parlamentar custeados pela Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP) passou a ter algumas despesas bancadas pelo PL, embora ele não seja dirigente do partido.

Segundo dados do TSE, o filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu R$ 1.388,99 do PL referentes a despesas com “combustíveis, óleos e lubrificantes” realizadas em 20 de março deste ano.

No dia da despesa, Eduardo estava em São Paulo, onde participou da posse da aliada Sonaira Fernandes como secretária estadual de Políticas para as Mulheres e se reuniu com o governador paulista, Tarcísio de Freitas.

•        Contas da Câmara

Em sua prestação de contas na Câmara, Eduardo também lançou nota fiscal de combustível em 20 de março, com valor de R$ 190. Segundo o documento, o posto no qual ele abasteceu fica em São Paulo.

Na mesma época, Eduardo também usou a cota parlamentar a fim de comprar passagens para a capital paulista. De acordo com os registros, ele viajou para a cidade em 17 de março, uma sexta-feira, pelo valor R$ 1.983,37.

A coluna procurou o PL e Eduardo para pedir esclarecimentos sobre o pagamento feito pelo partido, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

•        Eduardo Bolsonaro gasta R$ 8 mil por mês da verba de gabinete com carro blindado

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) aluga com recursos da verba de gabinete da Câmara dos Deputados um carro blindado, ao custo mensal de R$ 8 mil.

O veículo, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, no Globo, fica à sua disposição em Brasília.

Já quando vai a São Paulo, Dudão também anda de carro blindado alugado com dinheiro público, exatamente como fez em junho, quando desembolsou R$ 3 mil por quatro diárias de um Jeep Compass Longitude.

Quem também anda de carro blindado é o senador Sérgio Moro, informa o colunista.

 

       Moro Presidente? Agência toma calote de R$ 2 milhões e Justiça determina bloqueio de fundo do Podemos

 

A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio do fundo partidário do Podemos, que deu um calote de cerca de R$ 2,13 milhões na Agência de Publicidade D7, que havia sido contratada para fazer a pré-campanha do então candidato Sergio Moro à Presidência da República.

Moro, no entanto, desistiu da disputa e deixou o Podemos rumo ao União Brasil, partido pelo qual se elegeu senador pelo Paraná.

Segundo a ação proposta pela agência, "o prazo de duração do contrato já finalizou e os serviços foram integralmente executados pela autora, contudo o réu não efetuou o pagamento da remuneração livremente pactuada, e, mesmo depois de ter sido notificado extrajudicialmente para fazê-lo, manteve-se inerte".

A agência teria produzido ao menos nove peças publicitárias - três para TV e seis para redes sociais - para popularizar a imagem de Moro. Mas, o ex-juiz abandonou a disputa e o partido, que deu o calote na agência.

 

Fonte: Correio Braziliense/Blog da Cidadania/O Globo/Metrópoles

 

 

 

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