Em meio a tensão com Exército, Lula quer contrapor Bolsonaro no 7/9
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende, neste primeiro 7 de Setembro do novo
mandato, fazer um contraponto ao tom político e ideológico adotado nos últimos
4 anos, durante o mandato de Jair
Bolsonaro (PL). A proposta do atual governo é desvincular a data
do antecessor e retomar o caráter cívico nacional do desfile da Independência.
Especialmente nos últimos dois anos, Bolsonaro se
apropriou de retóricas antidemocráticas ao atacar a atuação dos demais poderes,
em especial, o Judiciário. Além de, em 2022, aproveitar-se da data para
propagar ideias de campanha e lançar dúvidas sobre o sistema eletrônico de
votação.
A festividade da Independência neste ano, a
primeira após o governo Bolsonaro, ocorre encoberta pelo fantasma das invasões
às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e em meio às investigações sobre
possíveis crimes ou omissões de militares.
Outra preocupação do Planalto é a segurança do
evento, visto que a possibilidade de novas mobilizações na data adotada pelo
bolsonarismo não é descartada.
Em grupos de apoiadores do ex-presidente, há
divisão entre os que defendem protestos e aqueles a favor do esvaziamento do
evento, na tentativa de demonstrar falta de apoio político do atual mandatário.
“Há um núcleo militante do bolsonarismo – um
substrato da cultura política militar – muito decepcionado com o Exército, por
não ter topado a aventura do golpe de estado depois das eleições”, pontua o
professor de ciências políticas da Universidade de Brasília (UnB) Rodrigo
Lentz.
“Além de eventuais protestos de outros grupos que
cobram a responsabilização de generais e coronéis que tentaram o golpe de
estado. Então esse contexto deve impactar a programação”, prossegue o
pesquisador.
A projeção, no entanto, é um 7 de Setembro ainda
militarizado. Ou seja, um evento oficial das Forças Armadas, apesar dos
esforços em projetar uma identidade civil para a independência do país – e de
uma programação, incluindo o desfile, mais enxuta.
·
Desmilitarização da política
O cenário atual é marcado por um momento de tensão entre militares e poder civil. Investigações sobre atos e omissões durante a invasão às sedes
dos Três Poderes em 8 de janeiro e a respeito de possíveis crimes cometidos
pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) respingam em militares de alta patente.
Há oficiais presos, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante
de ordens de Bolsonaro, e ex-diretores da PM do DF. Também há fardados
prestando depoimentos em CPIs e para a Polícia Federal.
Junto a pesquisas que mostram forte queda da
popularidade das Forças Armadas entre os brasileiros, esse cerco judicial tem
perturbado militares do alto escalão, que operam, com políticos do governo Lula
e da oposição, uma blindagem às instituições.
Esse plano de proteção às Forças Armadas tem o
apoio de Lula, que cobra dos comandantes a punição a quem buscou aventuras
golpistas, mas não quer enfraquecer as instituições. Tanto que o Novo PAC,
lançado em agosto, previu R$ 53 bilhões em investimentos na indústria da
Defesa.
·
Recados
Em um aceno de agradecimento ao esforço dos
políticos, o comandante do Exército, general
Tomás Paiva, incluiu em seu discurso para a cerimônia do Dia do Soldado, na última sexta-feira (25/8), um compromisso dos fardados com a
“missão constitucional” e com a punição a quem fugir dela.
“Vocês são os fiéis depositários da confiança dos
brasileiros, que só foi obtida pela dedicação extrema ao cumprimento da missão
constitucional e pelo absoluto respeito a princípios éticos e valores morais”,
discursou o comandante, para os soldados, mas também para as autoridades
presentes e a opinião pública.
“Esse comportamento coletivo não se coaduna com
eventuais desvios de conduta, que são repudiados e corrigidos, a exemplo do que
sempre fez Caxias, o forjador do caráter militar brasileiro”, seguiu Tomás
Paiva.
Prestigiaram a cerimônia, último grande evento
militar antes do 7 de Setembro, o presidente em exercício do Brasil, Geraldo
Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), entre outras autoridades dos Três Poderes e parlamentares.
Mobilização das forças de segurança
Em termos de segurança, o Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), responsável pela assistência direta e imediata ao
presidente da República, indicou que as ações para o 7 de Setembro vão seguir o exemplo do evento da posse
presidencial. Na ocasião, em meio ao clima de tensão na cidade,
o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou a utilização da
Força Nacional como apoio e escalou mais de mil agentes da Polícia Federal (PF).
Os agentes da corporação, no entanto, não irão desfilar neste ano, em uma
série de mudanças que estão sendo preparadas pela Secom, e ainda não foram
divulgadas.
O governo do Distrito Federal, liderado por Ibaneis
Rocha (MDB), também encaminhou um pedido ao secretário de Segurança Pública
Sandro Avelar para que o policiamento seja reforçado na data.
A mobilização de segurança reforça, no entanto, um
evento que deve ser menor do que em anos anteriores – em especial, se comparado
ao ano passado.
“Certamente nós teremos uma celebração da festa da
Independência do Brasil mais enxuta do que foi em 2022. Até porque, no ano
passado, nós celebramos o Bicentenário da Independência. Então foi uma
festividade ampliada e teve todo um contexto de insuflar aquilo por uma questão
de eleições que se avizinhavam”, defende Ricardo Holz, especialista em
administração pública.
<<<<< Relembre como foram as últimas
quatro comemorações do Dia da Independência:
- 2019
Naquele ano, o primeiro sob a gestão Bolsonaro, o
tema escolhido para as comemorações foi “Vamos valorizar o que é nosso”. O
conceito foi o mesmo adotado pela Semana do Brasil, iniciativa do Governo
Federal para “estimular o patriotismo” e “ações promocionais no comércio
varejista”. Antes de sair do Palácio da Alvorada, rumo ao desfile, o presidente
gravou vídeo convidando os brasileiros para saírem às ruas na data.
“Hoje é uma data magna em nosso país. A data em que
nós nos tornamos independentes. Precisamos de cada um de vocês para reconstruir
o Brasil, e a liberdade estará em primeiro lugar. Neste momento, quem puder
comparecer no seu município para a ocasião do 7 de Setembro, compareça. O
Brasil é nosso. É verde e amarelo.”
- 2020
No ano seguinte, os tradicionais desfiles
realizados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e em outras cidades foram
cancelados para evitar aglomerações em meio à pandemia.
No entanto, Bolsonaro deu início à cerimônia às 10h
com um desfile no Rolls-Royce presidencial. Ele estava acompanhado de um grupo
de crianças e não usava máscara de proteção contra o coronavírus, além de gerar
uma aglomeração ao reunir apoiadores.
- 2021
Na manhã do 199º aniversário de Independência do
Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, no primeiro dos três discursos
previstos para o dia, que não admitirá que “outras pessoas joguem fora das
quatro linhas” da Constituição.
Mais tarde, ainda na Esplanada, o então mandatário
adotou a retórica de ameaça e afirmou que o Poder Judiciário “pode sofrer
aquilo que não queremos”. Ele também incitou a desobediência aos governos
estaduais e municipais, ao afirmar que o Executivo não aceitará mais as medidas
impostas por governadores e prefeitos, autorizadas pelo Poder Judiciário.
Em discurso na Avenida Paulista, em São Paulo (SP),
à tarde, Bolsonaro subiu ainda mais o tom. Ele atacou o ministro Alexandre de
Moraes, e disse que “nunca será preso” por “canalhas”.
- 2022
Em ano eleitoral, o então titular do Planalto, em
campanha à reeleição, adotou um tom eleitoreiro durante o discurso ao acariciar
apoiadores e repetir tradicionais falas.
Ele afirmou que a “vontade do povo” se faria
presente no primeiro turno das eleições, marcado para o mês seguinte; e voltou a falar de suposta “luta do bem
contra o mal”.
Bolsonaro também fez comparações entre a
primeira-dama Michelle Bolsonaro e a esposa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
Rosângela Silva, conhecida como Janja. Na
ocasião, ainda deu um beijão na esposa e puxou um
coro de “imbrochável”, termo que já havia usado com apoiadores em outra
oportunidade.
<><> Lula quer resgatar caráter cívico do 7 de setembro
após Bolsonaro transformá-lo em comício político
No primeiro 7 de setembro de seu terceiro mandato,
o presidente Lula (PT) pretende contrapor o tom político e ideológico adotado
nos últimos quatro anos por Jair Bolsonaro (PL). A proposta do atual governo é
dissociar a data do antecessor e retomar o caráter cívico nacional do desfile
do Dia da Independência, segundo o Metrópoles. Especialmente nos últimos dois anos, Bolsonaro
apropriou-se da data com retóricas antidemocráticas ao criticar a atuação dos
outros poderes, em especial o Judiciário. Em 2022, ele também aproveitou a
ocasião para propagar ideias de campanha e lançar dúvidas sobre o sistema
eletrônico de votação.
A celebração do Dia da Independência neste ano, a
primeira após o governo Bolsonaro, acontece sob a sombra das invasões ocorridas
em 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes e em meio a investigações em curso
sobre possíveis infrações ou omissões por parte de militares.
Outra preocupação do governo é a segurança do
evento, visto que não se descarta a possibilidade de novas mobilizações na data
abraçada pelo movimento bolsonarista. Dentro dos grupos de apoiadores de
Bolsonaro existe uma divisão entre aqueles que defendem protestos e os que
preferem reduzir o impacto do evento, com o objetivo de demonstrar a suposta
falta de apoio ao presidente Lula.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
encarregado de fornecer assistência direta e imediata ao presidente da
República, indicou que as medidas para o 7 de setembro seguirão o modelo
adotado durante a posse presidencial. Naquela ocasião, diante de um clima de
tensão em Brasília e no resto do país, o Ministério da Justiça e Segurança
Pública (MJSP) autorizou o emprego da Força Nacional como apoio e mobilizou
mais de mil agentes da Polícia Federal (PF). Contudo, os agentes da corporação
não participarão do desfile deste ano, devido a uma série de alterações que
estão sendo planejadas pela Secom e que ainda não foram tornadas públicas.
Além disso, o governo do Distrito Federal, sob a
liderança de Ibaneis Rocha (MDB), também apresentou uma solicitação ao
secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, para reforçar o policiamento na
data.
Ø EXÉRCITO PRECISA REAGIR CONTRA CRIMES DE BOLSONARO, DIZ GENERAL SANTOS
CRUZ
Um dos mais
importantes integrantes do Exército brasileiro, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz deixou sua pequena plantação de figos, em uma chácara nos arredores de
Brasília, para atender ao Congresso
em Foco e cobrar um posicionamento mais incisivo do
Comando do Exército em relação aos tentáculos que o bolsonarismo ocupou na
esfera militar. O ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência de Jair
Bolsonaro considera que o ex-presidente cometeu um “crime absurdo” contra o
Exército durante seus quatro anos à frente do Planalto. E prega que o atual
comandante da instituição, general Tomás Paiva, seja mais contundente na defesa
das Forças Armadas.
“Ele até
falou, mas está muito espalhado, uma mensagem aqui, outra ali. Talvez uma
concentração maior de informações seja melhor, tenha maior efeito na
sociedade”, afirmou o general Santos Cruz. Para ele, o atual comando do
Exército precisa deixar claro que eventuais crimes cometidos por militares
próximos a Bolsonaro não podem ser confundidos com a instituição.
<<<< A seguir, leia os principais
trechos da entrevista.
·
O senhor está surpreso com o
envolvimento de militares com denúncias relacionadas ao governo Bolsonaro?
Surpreso, um pouco, porque nenhum de nós imaginou
que fosse chegar neste nível. São fatos muito degradantes, um nível muito
rasteiro de problemas. São pessoas que têm um passado profissional de destaque.
·
O senhor fala em relação ao
tenente-coronel Mauro Cid?
Sim. São pessoas que têm um passado profissional
muito bom. Não é só jogar a perder, mas também ficar em dificuldade agora. É
uma coisa que precisa ser vista, a degradação que chegou, a fanfarronice que a
gente via, aquele ambiente de briga, de conflito. Na verdade, tinha um
fanfarronismo em um grupo de internet muito grande, de apoiadores, mas esses
acontecimentos de agora são fortes.
·
Qual o grau desse problema
para as Forças Armadas?
Como pessoas, eles vão ter de se explicar. O
assunto já passou para o controle da Justiça. Agora, sempre tem um reflexo para
a instituição, isso não temos dúvida. Eu tenho alertado que uma coisa são as
responsabilidades pessoais, outra são as instituições.
·
Precisa ser tomada alguma
providência em relação ao Exército?
Você tem dois aspectos, o individual que está sendo
analisado em inquérito, e as pessoas vão ter de se explicar dentro da lei. E
tem as instituições que acabam sofrendo também. Tem de explicar ao público que
uma coisa é responsabilidade individual, outra institucional. Não é a
instituição que mandou fazer certas coisas. O Exército não pode tomar medidas disciplinares.
Quando você tem um inquérito aberto, o assunto já está nas mãos da Justiça, o
Exército não pode tomar medida administrativa.
·
O tenente-coronel Mauro Cid
alega que estava cumprindo ordens. Um militar, com a experiência que ele tem,
teria condições de negar uma ordem vinda de um presidente da República?
Há dois aspectos aí. Um é que não interessa se é
presidente da República ou não. Não interessa nada. Uma ordem que você
classifica como irregular você não deve cumprir. Uma ordem ilegal você não consegue
justificar dizendo que estava cumprindo ordens. Isso é ensinado, todo mundo
sabe. Agora, quando vai para a vida prática, o pedido ilegal sempre tem uma
pressão sobre o subordinado, mas ele tem de dizer, “olha, não é isso aí”.
Agora, o absurdo é alguém, em posição de superioridade, pedir alguma coisa
ilegal a um subordinado. Aí é pior ainda.
·
O senhor imaginava que o
ex-presidente Jair Bolsonaro chegasse a essa situação?
Isso está sendo avaliado, porque ele diz que não
sabia, que não tinha conhecimento. A investigação vai ter de dizer se sabia ou
não sabia. Agora tem de confrontar o depoimento dele com o do tenente-coronel.
·
O senhor acredita em Jair
Bolsonaro?
Não. Agora, uma coisa é o que eu acho, outra é o
que a investigação vai comprovar. O que vale agora é a investigação. Agora,
você não consegue imaginar que presentes de governo, alguém vai se apropriar
daquilo. É um nível tão ruim que você realmente se surpreende um pouco.
·
Bolsonaro fez mal para o
Brasil?
A política tem ciclos. Ele foi eleito em uma
eleição normal, limpa. Ele foi eleito não só porque a maioria da população
votou nele, mas porque existia um clima de desencanto com governos anteriores.
Ele foi eleito numa expectativa de corrigir isso aí. Não corrigiu. Fez algumas
coisas como todo governo faz, porque tem orçamento, mas na parte comportamental
foi muito ruim. O fanatismo que se desenvolveu, o extremismo, o populismo, tudo
isso foi muito ruim, mas faz parte de um ciclo político. Depois ele não foi
reeleito, agora vem um novo governo. A dinâmica política é assim. Ele foi uma
ocorrência da dinâmica política.
·
O governo dele fez mal para
as Forças Armadas?
Claro, sem dúvida. A vida militar é muito
caracterizada pela farda, por uma série de coisas. Mas não é só a vida militar.
Quando um padre faz uma besteira aí, a igreja toda é penalizada. Algumas
instituições são muito marcadas, e quando alguém faz alguma bobagem ela
desgasta a instituição também, que é o caso do Exército. Nesta hora, é muito
importante lembrar que uma coisa é a responsabilidade individual, outra é a
institucional. Tem de explicar para a sociedade, neste momento de desgaste, que
a responsabilidade individual é uma coisa diferente.
·
Está faltando atitude das
Forças Armadas em explicar à sociedade essa diferença?
O comandante do Exército (general Tomás Paiva)
soltou uma nota dizendo que o Exército tem de se dedicar à vida profissional, à
Constituição, às leis, vai corrigindo aos poucos. Mas aí, eu concordo com você,
poderia ser feita uma coisa mais concentrada, mais forte para a sociedade tomar
conhecimento. Ele até falou, mas está muito espalhado, uma mensagem aqui, outra
ali. Talvez uma concentração maior de informações seja melhor, tenha maior
efeito na sociedade. Na parte institucional você não pune a instituição. O
maior erro é tentar punir a instituição. Instituição você aperfeiçoa.
Houve participação de militar em uma tentativa de
golpe, e o que está acontecendo agora com o tenente-coronel Mauro Cid é um
exemplo. Quando o Exército não coloca sua posição de forma clara, é ruim para a
democracia?
É. A democracia é uma combinação de coisas. É a responsabilização individual e
o aperfeiçoamento institucional. Esse conjunto de informações mais concentradas
podem ter um efeito mais contundente para a sociedade. Mas ele tem feito de maneira
mais espalhada. Há uma série de mensagens, mas uma explicação mais concentrada
pode ter um efeito melhor.
* Até porque a imagem do Exército está saindo
chamuscada dessa situação?
É. Até porque há hoje uma tática contra o Exército
muito forte pelos extremistas que não foram atendidos, que queriam que o
Exército fizesse uma coisa que não fez. Não só por esses acontecimentos de
agora. Há uma turma infiltrada e o Exército não fez o que eles queriam que era
paralisar o processo eleitoral e o Exército não fez.
* É um momento ruim para a instituição Exército?
É um momento difícil.
·
O bolsonarismo acabou
fazendo mal para o Exército?
O período de Bolsonaro foi de um crime absurdo
feito contra o Exército. Particularmente, no final do primeiro turno, ocorreram
esses acampamentos, ele ficou quieto, não falou nada. Era uma obrigação dele
falar, se dirigir àquelas pessoas e dizer que voltem para casa porque na porta
do quartel não vai ter solução política. Ele tinha de falar isso porque era
obrigação do presidente da República. E depois ele foi embora do país durante o
exercício do mandato, uma coisa inimaginável que não dá para entender como a
nossa legislação permite. Ele falhou. Foi uma covardia política. Era uma
questão de respeito mínimo.
Fonte: Metrópoles/Brasil 247/Congresso em Foco
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