sexta-feira, 7 de julho de 2023

Saúde vascular: veja 3 problemas que atingem o sistema circulatório

Um relatório recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, até 2030, quase 500 milhões de pessoas desenvolverão doenças não transmissíveis devido à falta de atividade física. Na lista, aparecem disfunções como obesidade, diabetes, doenças cardíacas, entre outras. A saúde vascular, essencial para o bom funcionamento do organismo, também tem relação direta com a qualidade de vida. No entanto, muitas vezes é deixada de lado, inclusive durante os exames de rotina. 

Segundo o Dr. Marco Lourenço, médico e especialista em Cirurgia Vascular, Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, assim como acontece com outras patologias, genética e alguns hábitos diários podem ser alguns dos fatores que potencializam a probabilidade do aparecimento de diferentes doenças que atingem a saúde vascular. É o caso das dilatações, ou os chamados aneurismas, e os entupimentos nas artérias carótidas, que podem causar o AVC (derrames).

 “Existem várias doenças vasculares, mas basicamente elas são alterações do sistema circulatório do corpo que irrigam órgãos, cabeça e membros. Quando algo está errado, no caso de um entupimento, pode acontecer a falta de circulação em um determinado órgão ou membro, comprometendo seu funcionamento. Além disso, pode ocorrer também um rompimento dos vasos que levam o sangue para o corpo, nos casos de aneurismas”, alerta o especialista.

·         Aneurisma 

É comum ocorrer a associação do aneurisma com problemas nas artérias intracranianas. Mas o que poucos sabem é que existem outros tipos não cerebrais, como os de aorta torácica e aorta abdominal, aponta o médico.

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A aorta é a principal artéria do corpo e é responsável pela distribuição de sangue para todos os órgãos e membros É dela que se originam os vasos circulatórios que irrigam o cérebro, os órgãos do abdome, braços e pernas. 

O aneurisma de aorta acontece quando há uma dilatação desse vaso maior que 50% do seu diâmetro normal e com o passar do tempo, ele pode se romper causando uma grande hemorragia interna, levando à morte em até 90% dos casos.   

Tabagismo, principalmente em conjunto com a hipertensão arterial, e histórico familiar são grandes fatores de risco. Segundo o especialista em cirurgia vascular, quem tem o hábito de fumar, tem em torno de sete vezes mais probabilidade de desenvolver a doença. 

“Não existe um medicamento específico. Isso porque, após o diagnóstico positivo, o tratamento, que pode ser até cirúrgico, vai depender dos sintomas relacionados. Para identificar a doença de forma precoce, é importante realizar avaliações periódicas com um cirurgião vascular”, afirma o médico. 

·         Aterosclerose

A doença nada mais é do que uma degeneração da parede da artéria levando à formação de placas de gordura. Esse envelhecimento dos vasos da circulação arterial pode desenvolver estreitamentos, entupimentos, ou até mesmo, um enfraquecimento dessa parede, evoluindo para dilatações das artérias, os chamados aneurismas. Nas artérias carótidas, que irrigam o cérebro, aproximadamente 15% dos casos dessa interrupção de fluxo podem levar ao AVC, aponta Marco.

 “Apesar do envelhecimento natural da circulação, e, consequentemente, o acometimento em pessoas mais idosas, condições e hábitos de vida do indivíduo como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, obesidade, colesterol alto, diabetes, pressão alta e histórico familiar são os principais índices de riscos ligados à doença, que não possui cura, apenas estabilização. Por isso, se não identificada de forma precoce, pode causar vários problemas ao corpo e órgãos”, alerta o especialista. 

Os sintomas dependem do local em que o dano acontece, como por exemplo, dores abdominais ao comer, caso a falta de circulação ocorra no intestino. Mas a aterosclerose também pode ser silenciosa, caso ocorra o desenvolvimento de um aneurisma na circulação arterial, podendo ser detectada apenas por exames.  

·         Obstrução das carótidas

De extrema importância para o corpo humano, as carótidas se originam na parte superior do tórax, passando pela região do pescoço e são as principais artérias responsáveis por irrigar e levar oxigênio para o cérebro por meio da circulação. Quando obstruídas, ocorre uma parada da irrigação em um determinado local do cérebro, levando a uma isquemia (falta de circulação) e, consequentemente, a morte da região afetada, o AVC. 

O tratamento do estreitamento pode prevenir um acidente vascular. O uso de medicamentos, aliás, diminui o risco da evolução ou aumento do estreitamento da carótida. Já nos casos mais graves, intervenções cirúrgicas podem corrigir o estreitamento e diminuir as chances de obstrução completa, ou que ocorra um desprendimento de fragmentos de placa de gordura da carótida.

Engana-se quem pensa que as pessoas afetadas são apenas os adultos mais velhos, alerta Marco. Isso porque o estreitamento das carótidas também pode acontecer em jovens, principalmente por causa do aumento de alguns fatores de risco, como o uso de álcool excessivo, tabagismo, incluindo os cigarros eletrônicos, dieta desequilibrada, drogas, stress, ansiedade e outros problemas. 

·         Como prevenir problemas da saúde vascular

“A qualidade de vida e escolhas dos indivíduos estão diretamente ligados à saúde vascular. A prevenção sempre será o melhor tratamento, por isso, em resumo, devemos evitar os hábitos já mencionados como tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, que consequentemente, levam a outros problemas como colesterol alto, pressão elevada, obesidade e diabetes. Pode-se diminuir ou até estabilizar a evolução de doenças vasculares controlando diversos fatores de risco”, finaliza o Dr. Marco. 

 

Ø  Conheça cinco alimentos que abaixam a pressão cardíaca naturalmente

 

Além do controle do uso de sal, a injestão de alguns tipos específicos de alimentos pode ajudar no tratatamento de pacientes com pressão alta.

A hipertensão é uma condição cardíaca que afeta cerca de um a cada cinco brasileiros. Por ser tão comum, muitas pessoas a consideram uma doença pouco importante, mas no Brasil todos os dias morrem 388 pessoas em decorrência dela.

A pressão alta acontece quando valores das pressões máxima e mínima do coração são iguais ou ultrapassam rotineiramente o índice de 14 por 9. Ela é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas pode-se controlar as crises a partir das decisões alimentares.

<<<< Confira cinco alimentos que podem ajudar a controlar o quadro da doença:

·         Maçãs

As maçãs contém uma grande quantidade de flavonoides. Esse antioxidadante dilata as artérias e dimiui o esforço que o corpo precisa fazer para permitir que o sangue circule.

“Aconselho consumir entre 100-150g por dia de maçãs, idealmente com a casca. A maçã tem se mostrado uma ótima maneira de consumir a dosagem necessária de flavonoides saudáveis”, disse a nutricionista Kara Landau, em entrevista ao The Sun.

*Nozes e castanhas

As castanhas e nozes são muito benéficas para a saúde por terem uma gordura de fácil absorção. Além disso, as oleaginosas têm uma sequência de minerais, vitaminas e antioxidantes que ajudam o coração.

 “As nozes são fonte de diversos nutrientes que abrem as artérias e impactam positivamente a pressão sanguínea”, afirmou Landau.

·         Chá verde

Uma boa caneca de chá verde também pode ser uma aliada na hora de diminuir a pressão arterial. A bebida, popular na Ásia, é rica em flavonoides e em óxido nítrico, as duas substâncias que tem ação de dilatar as artérias.

Além disso, especialmente quando tomado gelado, o chá reduz a temperatura corporal e mantém o coração em ritmo mais tranquilo.

·         Abacate

O abacate, assim como o as nozes, possui uma boa quantidade de gorduras monossaturadas, que circulam facilmente pelo corpo. Também possui vitamina E que atua como um regulador da pressão cardíaca.

·         Mirtilos

Pouco comum no Brasil, o mirtilo (chamado de blueberry em inglês) tem uma ação parecida com a da maçã, mas a partir de um outro composto químico.

A fruta é um vasodilatador por ser muito rico em óxido nítrico o que permite controlar uma pressão descompensada em menos de duas semanas de consumo, segundo aponta Landau.

 

Fonte: Saúde em Dia/Metrópoles

 

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