INFAME: Eduardo
Bolsonaro diz que professores são piores do que traficantes
O
grupo Pró-Armas Brasil realizou um evento na manhã deste domingo (9) em
Brasília. No ato do grupo, foi defendido o direito do cidadão de ter armas. Até
aí, tudo bem, o Brasil é uma democracia e convive com grupos ideológicos de
várias cores.
No
entanto, o que realmente roubou a cena no evento - e não foi por um bom motivo
- foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, ao discursar, afirmou
que os professores são piores do que traficantes e que devem ser vigiados pelos
pais.
"Prestem
atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para saber o que eles estão
aprendendo nas escolas, não vai ter espaço para professor doutrinador tentar
sequestrar nossas crianças. Não há diferença entre um professor doutrinador e
um traficante de drogas, que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o
mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele
vai causar discórdia dentro da sua casa", declarou Eduardo Bolsonaro.
PROFESSOR
DOUTRINADOR x TRAFICANTES
O
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou durante discurso em marcha
pró-armas, neste domingo (9/7), que os “professores doutrinadores” são piores
do que traficantes de drogas, pois eles causam discórdia dentro das famílias e
influenciam para a destruição da “instituição chamada família”. As declarações
foram feitas em um evento que marchou em direção ao Congresso Nacional.
“Se
tivermos uma geração de pais que prestem atenção na criação dos filhos, tirem
um tempo para ver o que eles aprendem nas escolas, não vai ter espaço para
professor doutrinador querer sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença
de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e
levar nossos filhos para o mundo do crime”, alegou o filho do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo
disse ainda que um “professor doutrinador” pode ser pior que um traficante,
pois ele consegue estremecer as relações familiares. “Talvez até o professor
doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua
casa, enxergando opressão em todo tipo de relação. Ele vai falar que o pai
oprime a mãe, a mãe oprime o filho e que a instituição chamada família tem que
ser destruída”, afirmou.
Em
continuidade ao discurso, o deputado falou que gosta da frase bíblica em que
diz que a mulher deve ser submissa ao homem e que o homem deve amar a mulher
“assim como Deus amou a igreja”. “Deus amou a igreja dando a sua própria vida.
Quando um cara entra na sua casa, é você quem deve dar o primeiro combate. Não
é o governo, não é, com todo respeito, a polícia”, argumentou Eduardo ao
defender a posse de arma que, segundo ele, “é sobre liberdade”.
• Eduardo Bolsonaro: pró-armas fez
"excelente trabalho" por ser vinculado ao 8/1
O
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) falou que se o movimento pró-armas está
sendo vinculado aos ataques de 8 de janeiro é porque “estão fazendo um
excelente trabalho”. A declaração foi dada neste domingo (9/7), em Brasília,
durante evento do movimento pró-armas. O ato promoveu uma marcha até o
Congresso Nacional em favor da posse de armas e da “legítima defesa”.
“Na CPMI do 8 de janeiro eu vi o pró-armas
recebendo um ataque, pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro.
Sabe o que isso significa? Significa que vocês estão fazendo um excelente
trabalho”, defendeu Eduardo.
O
deputado ainda disse que as pessoas presas em decorrência dos ataques
antidemocráticos aos prédios dos Três Poderes foram alvos de “covardia”. “Vocês
estão vendo toda a covardia que fazem, não só com meu pai com esses processos
de indenização, mas às pessoas que foram presas”, afirmou.
“Vocês
já viram aqui 1500 pessoas presas, em um só dia, numa operação de combate ao
tráfico de drogas? E se ocorresse, quem vocês acham que ia direto, nem na porta
da cadeira, estaria de plantão na porta da delegacia para acompanhar o
flagrante? O pessoal do Luiz Eduardo Greenhalgh. O Greenhalgh é o pai do
estatuto do desarmamento”, alegou Eduardo, em referência à quantidade de
pessoas presas após os ataques de 8 de janeiro.
• Deputado critica reforma tributária
Eduardo
Bolsonaro finalizou o discurso na marcha pró-armas com uma crítica à reforma
tributária. “Vocês estão vendo a reforma tributária. A gente pede mais tempo
para discutir uma proposta que não tem nem um mês que está feito o relatório
ali na Câmara. Mudança de texto com dezenas, ou centenas de páginas, que a
gente não tem nem 24 horas para analisar. Aquelas letras que mais parecem
letras de rodapé de contrato, que até eu que sou advogado tenho dificuldade de
ler, mas querem fazer aprovar”, disse.
“Quando
a gente começa a contestar, pedindo mais tempo, do que é que eles nos acusam?
De extremistas, de jogar contra o Brasil. É porque eles não têm argumentos para
nos contrapor. Estou falando da reforma tributária, mas isso também vale para
as armas, para a defesa da família, vale para a defesa do policial”, alegou o
deputado.
Eduardo
também aproveitou o discurso no evento a favor do armamento para reforçar o
argumento da extrema-direita de que o Brasil está caminhando em direção à
Venezuela, para se tornar uma ditadura. “Vocês imaginam o que é sentar com
esses caras [parlamentares da esquerda] sabendo que eles querem vir pra cima de
vocês e acabar com o direito de ter armas? Não por uma questão de segurança,
mas em uma pretensão de instalar uma ditadura. É complicado o jogo, o jogo é
bruto”, pregou.
O
deputado defendeu também que o Brasil está caminhando na direção para se tornar
um dos países mais violentos do mundo. “Mas nenhum de nós vai desistir do
Brasil. Eu queria contar com vocês. As manifestações estão retornando, as
pessoas têm vontade de ir na rua, mas também tem receio, porque é isso que
objetiva uma ditadura: punir os outros de uma maneira, o quanto possível, mais
arbitrária, para justamente desencorajar aqueles que querem fazer o certo, que
querem lutar pela democracia”, finalizou.
• Eduardo Bolsonaro é detonado nas redes
após dizer que professores são piores que traficantes
O
deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) causou revolta na internet e entre seus
colegas deputados ao afirmar, durante um evento pró-armas realizado em
Brasília, que professores são piores do que traficantes.
"É
importante prestar atenção na educação dos filhos. Dedique um tempo para saber
o que eles estão aprendendo nas escolas, para que não haja espaço para
professores doutrinadores tentarem sequestrar nossas crianças. Não há diferença
entre um professor doutrinador e um traficante de drogas, que tenta sequestrar
e levar nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador
seja ainda pior, pois ele causará discórdia dentro de sua própria casa",
declarou Eduardo Bolsonaro.
Parlamentares
de centro e esquerda se manifestaram nas redes sociais e criticaram Eduardo
Bolsonaro. Para os deputados progressistas, a declaração de Eduardo resume o
projeto de sociedade da extrema direita: atacar educadores e defender
criminosos.
• Grupo pró-armas fez ato a 600m do
Congresso
Um
grupo de militantes de extrema direita do movimento pró-armas está neste
momento realizando um ato em Brasília, a 600 metros do Congresso Nacional, após
percorrerem um trecho de pouco mais de um quilômetro da capital federal. Ontem,
8 de julho, foi a data que marcou os seis meses da tentativa de golpe de Estado
levada a cabo por bolsonaristas de várias partes do país, que resultou na
depredação e vandalização das sedes dos Três Poderes da República.
Quem
está presente na manifestação dos radicais favoráveis à venda indiscriminada de
armas é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo presidente Lula (PT) na eleição do
ano passado, que ao se negar a aceitar o resultado fomentou o radicalismo de
seus fanáticos seguidores.
O
repórter Mauro Lopes, da Fórum, esteve no local e testemunhou a movimentação
dos extremistas armamentistas, que naquele momento se concentravam em frente à
Catedral de Brasília.
“Há
centenas de pessoas, não mais do que isso, e também há pelo menos uma centena
de PMs, ao redor da manifestação. É algo assustador, porque há exatos seis meses
ocorria a tentativa de golpe de 8 de janeiro. E eles descem a Esplanada (dos
Ministérios) justamente em direção ao Congresso, mas conversando com um tenente
da PM me foi passada a informação de que eles não chegarão perto da Praça dos
Três Poderes, ficarão numa área a 600 metros de lá”, disse Mauro.
Nas
imagens da manifestação é possível ver várias bandeiras de estados brasileiros,
de clubes de tiro e até o pendão do Brasil Império, o que apenas reforça o
caráter ultrarreacionário dos militantes que se juntaram para a “celebração”
das armas.
A
Fórum entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar do
Distrito Federal para pedir esclarecimentos sobre quem autorizou um ato
relacionado a armas, e com participantes vinculados a clubes de tiro e com
registros de CAC, num local tão próximo ao centro do poder político nacional,
sobretudo após os trágicos intentos de 8 de janeiro, assim como para saber qual
era o efetivo policial destinado à manifestação. Até o momento não houve
retorno por parte da PMDF. O espaço segue aberto para o posicionamento da
corporação.
• Deputado irresponsável pode perder o
mandato após comparar professores com traficantes
O
deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) causou revolta entre os brasileiros
neste domingo após comparar professores com traficantes e afirmar que os
educadores são piores do que os criminosos. As declarações do parlamentar foram
dadas durante manifestação do grupo Pró-Armas Brasil, realizada no domingo (9)
em Brasília.
No
entanto, o ataque de Eduardo Bolsonaro contra os professores pode lhe custar o
mandato. Na manhã desta segunda-feira (10), o deputado federal Guilherme Boulos
(PSOL-SP) revelou que vai entrar com uma ação contra Eduardo Bolsonaro no
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
"Vamos
entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
contra Eduardo Bolsonaro. Esse insulto a todos os professores brasileiros não
pode ficar impune!", revelou Guilherme Boulos.
Dino pede que PF analise discursos de
evento com Eduardo Bolsonaro
O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino , determinou nesta
segunda-feira (10) que a Polícia Federal investigue os discursos durante um ato
armamentista em Brasília, o qual o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou no domingo (9).
O
objetivo da apuração é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente
incitações ou apologias a atos criminosos, conforme anunciou o ministro pelas
redes sociais.
Nas
redes sociais, Dino escreveu que o objetivo da apuração é "identificar
indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos
criminosos".
No
domingo (9), Eduardo subiu em um carro de som colocado na frente do Congresso e
defendeu alterações na legislação relacionadas ao porte e posse de armas.
Durante a fala, ele atacou professores, comparando-os a traficantes de drogas.
Seguindo
discurso do pai, Eduardo ainda afirmou que o Brasil caminha para a mesma
direção da Venezuela.
“A
Venezuela é o país mais violento do mundo, e o Brasil vai voltar a caminhar
nesse sentido. Infelizmente, vai roubar muita vida de inocente, porque os caras
do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa a todos
nós.”
O
deputado também fez críticas à CPI que investiga os atos antidemocráticos do 8
de Janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas
tentando vincular o pró-armas ao 8 de Janeiro. Sabe o que isso significa? Que
vocês estão fazendo um excelente trabalho”, salientou.
O
grupo que se manifestou no domingo defende mudanças na legislação do país
relacionadas ao porte e à posse de armas. Esta foi a primeira edição do ato.
Contrário
ao armamento da população, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu
um recadastramento de armas de fogo no país. A medida atingiu as armas adquiridas
a partir de 7 de maio de 2019, data do decreto de Bolsonaro que ampliou o
acesso dos civis aos armamentos.
• Bia Kicis critica Dino por mandar PF
investigar fala de Eduardo Bolsonaro
A
deputada Federal Bia Kicis (PL-DF) criticou, nesta segunda-feira (10/7), no
Twitter, a iniciativa do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flavio
Dino, em determinar que a Polícia Federal (PF) investigue uma declaração feita
pelo parlamentar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em que ele compara professores a
traficantes de drogas.
Em
sua publicação na rede social, Bia Kicis comentou o tuíte em que Dino anuncia
que acionará a PF para apurar as declarações do filho do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
O
anúncio criticado por Kicis foi feito na manhã desta segunda, no perfil de Flavio
Dino, no Twitter. Dino escreveu que determinou "à Polícia Federal que faça
análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado
em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente
incitações ou apologias a atos criminosos".
Fonte:
Fórum/Correio Braziliense
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