Conflito na Ucrânia
mostra que artilharia ocidental não é adequada para combates intensos, diz
mídia
O
conflito ucraniano mostrou que a artilharia ocidental não é projetada para
combates tão intensos, afirmou o coronel Pyotr Pyatakov, um ex-consultor da
indústria militar, ao jornal Financial Times.
"Durante
as operações [militares], ficou óbvio que esses sistemas [de artilharia] não
foram projetados para combates tão intensos", disse Pyatakov.
Segundo
ele, os sistemas de artilharia ocidentais, ao contrário dos do modelo
soviético, "exigem uma pausa" após dois ou três minutos de disparo em
velocidade máxima.
Ele
acrescentou que os fabricantes de artilharia ocidentais estão ativamente
interessados no feedback dos militares ucranianos para eliminar as deficiências
existentes.
Por
sua vez, a Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler
russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a
Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O
Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da OTAN
"estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. O porta-voz
do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que o bombeamento da Ucrânia
com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a
Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.
·
'Podem
acertar em postigo': especialista militar destaca capacidades das munições
russas Krasnopol
As
munições aperfeiçoadas russas Krasnopol-M2, disparadas por sistemas de
artilharia autopropulsada de 152/155 mm, são tão precisas que após de percorrer
uma distância de até 26 quilômetros podem acertar em um postigo, disse o
especialista militar e veterano de operações de combate Vasily Dandykin.
"Krasnopol-M2
é uma munição de fabricação soviética modernizada de alta precisão, muito
eficaz, é guiada por um raio laser. Ela é bastante complexa e cara. É usada,
geralmente, quando é necessário destruir algum alvo particularmente importante:
um posto avançado inimigo, veículos blindados", disse Dandykin ao portal
Lenta.ru.
Ele
acrescentou que, segundo foi declarado, Krasnopol-M2 pode percorrer uma
distância de 26 quilômetros. Mesmo assim, a munição é tão precisa que pode
facilmente atingir um postigo.
"O
adversário também usa projéteis semelhantes, mas importados. Nosso Krasnopol-M2
foi aprimorado, e tem provado ser muito bom. Mas, evidentemente, as aptidões do
artilheiro são muito importantes aqui", explicou.
Anteriormente,
foi relatado que os militares russos começaram a usar munições de alta precisão
Krasnopol-M2 na zona do conflito ucraniano.
O
Krasnopol modernizado difere da versão anterior pela introdução automatizada do
programa de voo do projétil, o que reduz a probabilidade de aparecimento de
erros durante a preparação para o disparo.
• Armas fornecidas a Kiev do Ocidente são
usadas por manifestantes na França, diz MRE da Rússia
Armas
fornecidas pelo Ocidente para a Ucrânia são usadas por manifestantes na França,
não só como um bumerangue indo parar em Paris, mas também "batendo"
em seu próprio povo, afirmou a representante oficial do Ministério das Relações
Exteriores russo, Maria Zakharova, nesta quinta-feira (6).
"Armas,
fornecidas a Kiev, estão nas mãos desses manifestantes e são usadas contra a
polícia na França", disse Zakharova.
"As
mesmas armas que o Ocidente, a OTAN e a França fornecem, o mesmo dinheiro que
eles derramam em apoio a nacionalistas, nazistas e fascistas no território da
Ucrânia, não só como um bumerangue acabam indo parar em seu território, mas
atingem seu próprio povo", acrescentou ela.
Ao
mesmo tempo, na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin
Netanyahu, disse em entrevista ao Jerusalem Post que algumas das armas que os
países ocidentais têm fornecido à Ucrânia já estão nas fronteiras de Israel e
Tel Aviv teme que, em caso de quaisquer fornecimentos de sistemas de armas à
Ucrânia, estas acabem nas mãos dos inimigos do Estado judeu, tais como o Irã.
Por
sua vez, a Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler
russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a
Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O
Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que os países da OTAN
"estão brincando com fogo" ao fornecerem armas à Ucrânia. O porta-voz
do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, observou que o bombeamento da Ucrânia
com armas pelo Ocidente não contribui para o sucesso das negociações entre a
Rússia e a Ucrânia e terá um efeito negativo.
Além
disso, em abril deste ano, o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily
Nebenzya, durante uma reunião do Conselho de Segurança da organização, declarou
que as armas fornecidas a Kiev emergem do crime organizado nos países da União
Europeia. Segundo ele, a Rússia tem chamado atenção há muito tempo para o fato
de que bombear o regime de Kiev com armas levará à aquisição de armas nos
mercados negros e nas mãos do crime organizado e terroristas.
Ø
Zelensky
sugeriu a Europa e Estados Unidos lançar contraofensiva mais cedo, diz mídia
O
presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou em uma entrevista à CNN que em
contatos com representantes dos Estados Unidos e países europeus ele defendeu
que a Ucrânia começasse uma contraofensiva mais cedo, e tentou obter armas
necessárias para isso.
"Estou
grato aos EUA como líderes do nosso apoio [...], mas eu disse a eles, bem como
aos líderes europeus, que gostaríamos de iniciar nossa contraofensiva mais
cedo, e precisamos de todas as armas e material para isso. Por quê?
Simplesmente porque se começarmos mais tarde, vai [ficar] mais devagar",
apontou ele.
Zelensky
explicou a desaceleração em comparação com o ritmo esperado do contra-ataque
através de "dificuldades" no campo de batalha.
"Eu
queria que nossa contraofensiva acontecesse muito antes, porque todos
entenderam que, se o contra-ataque se desenrolar mais tarde, uma parte maior do
nosso território será minada. Estamos dando ao nosso inimigo o tempo e a
possibilidade de colocar mais minas e preparar suas linhas defensivas."
Além
disso, ele também pediu novamente para os Estados Unidos fornecerem a Kiev
caças F-16 de quarta geração. De acordo com Zelensky, não é para alcançar uma
vantagem para a Ucrânia sobre a Rússia no céu, mas "apenas
igualdade".
"F-16
ajudará a avançar não só aqueles no campo de batalha. Sem cobertura aérea é
simplesmente muito difícil", concluiu.
A
Ucrânia lançou a sua largamente anunciada contraofensiva no início de junho,
após vários adiamentos. De acordo com o Ministério da Defesa russo, as tropas
ucranianas continuam tentando, mas não estão conseguindo avançar em nenhum dos
três setores: sul de Donetsk, Artyomovsk (Bakhmut em ucraniano) e Zaporozhie,
sendo este último o foco principal.
Anteriormente,
o presidente russo Vladimir Putin relatou sobre o fracasso da contraofensiva
ucraniana. Ele observou que todas as tentativas de Kiev de romper as
fortificações russas não tiveram êxito em nenhuma das direções.
Segundo
o chefe de Estado, isso é conseguido graças à coragem e ao heroísmo dos
soldados russos, à organização e à gestão adequadas das tropas e à alta
eficácia das armas russas.
• Stoltenberg admite sérios problemas das
Forças Armadas da Ucrânia, relata mídia
Jens
Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, admitiu, em entrevista ao jornal Politico,
que a contraofensiva ucraniana enfrenta sérios problemas no campo de batalha e
que as fortes defesas das forças russas influenciaram o ritmo do progresso.
Como
escreve o jornal, respondendo à pergunta sobre a contraofensiva da Ucrânia,
"o secretário-geral se mostrou otimista, mas reconheceu os desafios
significativos que as forças de Kiev estão enfrentando no campo de
batalha".
"Eles
[os ucranianos] enfrentam terrenos difíceis e uma resistência russa
consolidada", disse o chefe da OTAN, apontando para "muitas linhas
defensivas preparadas de antemão".
"Então,
é claro, isso impactou o ritmo do progresso", acrescentou Stoltenberg.
A
Ucrânia lançou a sua largamente anunciada contraofensiva no início de junho,
após vários adiamentos. De acordo com o Ministério da Defesa russo, as tropas
ucranianas continuam tentando, mas não estão conseguindo avançar em nenhum dos
três setores: sul de Donetsk, Artyomovsk (Bakhmut em ucraniano) e Zaporozhie,
sendo este último o foco principal.
Anteriormente,
o presidente russo Vladimir Putin relatou sobre o fracasso da contraofensiva
ucraniana. Ele observou que todas as tentativas de Kiev de romper as
fortificações russas não tiveram êxito em nenhuma das direções.
Segundo
o chefe de Estado, isso é conseguido graças à coragem e ao heroísmo dos
soldados russos, à organização e à gestão adequadas das tropas e à alta
eficácia das armas russas.
·
Ataque
de alta precisão da Rússia elimina militares ucranianos e mercenários
estrangeiros
O
Ministério da Defesa da Rússia informou que, na madrugada desta quinta-feira
(6), um ataque de alta precisão das forças russas eliminou militares ucranianos
e mercenários estrangeiros, bem como depósitos de munição e equipamentos
estrangeiros.
De
acordo com o MD russo, todos os alvos predefinidos foram destruídos, provocando
grandes perdas nas reservas estratégicas do adversário.
Na
direção de Donetsk, as forças russas repeliram com sucesso nove ataques do
regime de Kiev, eliminando pessoal e equipamentos militares.
Ainda
na direção de Donetsk, foram eliminados até 385 militares, um tanque, dois
obuseiros D-20 e dois obuseiros autopropulsados poloneses Krab.
Enquanto
isso, na direção de Krasny Liman foram frustrados outros quatro ataques
ucranianos, resultando na perda de mais de 90 militares e três veículos de
combate do adversário.
Voltando
ao sul de Donetsk e Zaporozhie, foram eliminados até 165 militares ucranianos,
um blindado Stryker, um lançador Grad, um obuseiro autopropulsado Caesar e um
obuseiro autopropulsado Gvozdika.
Na
direção de Kupyansk, mais um ataque ucraniano foi repelido, resultando na perda
de até 40 combatentes do adversário.
Na
direção de Kherson, até 130 militares ucranianos foram liquidados pelas forças
russas.
Os
sistemas de defesa antiaérea russos abateram dois aviões Su-25 das forças
ucranianas, bem como quatro mísseis de cruzeiro Storm Shadow, quatro foguetes
de lançadores Himars e 15 drones.
De
acordo com os dados do Ministério da Defesa da Rússia, desde o início da
operação militar especial foram destruídos: 451 aviões da Ucrânia, 241
helicópteros, 4.908 drones, 426 sistemas de defesa antiaérea, 10.547 tanques e
outros veículos blindados de combate, 1.135 lançadores múltiplos de foguetes,
5.356 peças de artilharia de campanha e morteiros e 11.468 veículos militares
especiais.
As
Forças Armadas da Rússia prosseguem a operação militar especial na Ucrânia,
anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022.
Segundo o chefe de Estado da Rússia, entre os objetivos principais da operação
lançada estão a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
Ø
Turquia diz que a
Suécia tem de provar sua luta antiterrorista para poder aderir à OTAN
O
ministro das Relações Exteriores da Turquia discutiu com a Finlândia e a Suécia
as perspectivas da adesão de Estocolmo à aliança militar, e sublinhou o que
disse ser a insuficiência de suas medidas.
A
Suécia precisa provar por meio de ações uma mudança em sua abordagem de combate
ao terrorismo para se tornar Estado-membro da OTAN, disse na quinta-feira (6)
Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores da Turquia.
"A
Suécia tomou medidas em termos de mudanças legislativas, mas as mudanças
legislativas devem ser refletidas na prática", disse Fidan em uma coletiva
de imprensa após a quinta reunião do Mecanismo Conjunto Permanente entre
Turquia, Finlândia e Suécia, realizada na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica.
As
mudanças na lei não têm sentido enquanto organizações como o Partido dos
Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), que a Turquia considera
uma organização terrorista, "continuarem suas manifestações nas ruas da
Suécia" e puderem recrutar pessoal e obter acesso a recursos financeiros,
acrescentou o chanceler turco.
Ele
também notou que um país que deseja ingressar na OTAN não deve sancionar a
importação de equipamentos militares para a Turquia, seu futuro parceiro na
aliança.
A
Suécia e a Finlândia apresentaram seus pedidos de adesão à aliança em maio de
2022, semanas após a Rússia lançar uma operação militar especial na Ucrânia. Em
abril, o pedido da Finlândia foi ratificado por todos os 30 Estados-membros da
aliança.
O
pedido de adesão Suécia ainda não foi aprovado devido ao bloqueio da Hungria e
da Turquia, com a última recusando em parte devido a duas manifestações
polêmicas de queima do Alcorão em Estocolmo, Suécia. A última ocorreu na
quarta-feira (5), o primeiro dia do feriado muçulmano Eid al-Adha, quando uma
cópia do Alcorão foi queimada do lado de fora da principal mesquita de
Estocolmo em uma manifestação autorizada pela polícia.
·
EUA
procuram transformar Finlândia e Suécia em gendarmes do Ártico para confrontar
Rússia
Com
ajuda de Suécia e Finlândia, as autoridades dos Estados Unidos procuram
reforçar a posição da aliança no Ártico, a fim de se oporem mais ativamente à
Rússia na região, escreve em um artigo para Daily Sabah a professora da
Universidade de Civilização de Istambul, Ozden Zeynep Oktav.
Washington
está buscando propositadamente a inclusão de Estocolmo na Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que Ancara se opõe fortemente, observa a
autora do artigo. Turquia faz duas exigências específicas à Suécia para aderir
à Aliança Atlântica.
Ancara
exige que Estocolmo deixe de fornecer refúgio seguro aos grupos que considera
terroristas, se opõe firmemente à islamofobia e impede a queima do Alcorão. Mas
nenhum desses requisitos é cumprido, escreve ela.
Segundo
ela, as conversações realizadas na véspera da cúpula da OTAN em Vilnius
mostraram que as perspectivas do país escandinavo de aderir à aliança
permanecem "nebulosas".
Isso
ocorre principalmente porque o Congresso dos EUA quer que Ancara ratifique a
adesão de Estocolmo antes de aprovar a venda das caças F-16, que o governo
turco considera inaceitável.
Isto
mostra que a questão da adesão da Suécia à Aliança diz respeito à
"desconfiança mútua" entre a Turquia e os EUA e não entre a Turquia e
a Suécia.
Em
outras palavras, as perspectivas de Estocolmo de se juntar à OTAN após o fim do
conflito ucraniano estão ligadas à "preservação do status quo no sistema
internacional que consiste na ONU e na OTAN sob a liderança dos EUA",
argumentou a autora do artigo.
Espera-se
que a adesão da Suécia e da Finlândia reforce a posição da OTAN no Ártico, onde
Moscou investiu fortemente em infraestruturas comerciais e militares. Além
disso, como resultado, todos os Estados do Ártico, exceto a Rússia, farão parte
da aliança, o que lhe permitirá realizar "uma estratégia mais assertiva na
região", acredita Oktav.
"Isso,
sem dúvida, aumentará a probabilidade de tornar Gotland uma base da OTAN, uma
torre de vigia no Norte para ficar de olho em Putin e conter a Rússia. Assim, a
Suécia e a Finlândia desempenharão o papel de gendarme dos Estados Unidos da
América contra a Rússia, o que Turquia, uma vez, fez durante o período da
Guerra Fria", pensa a professora.
Em
sua opinião, os EUA forçam Ancara a escolher entre sua adesão à OTAN e sua
aliança com a Rússia. Em outras palavras, os oficiais da OTAN e os EUA
"estão em uma corrida contra o tempo para evitar o constrangimento de ver
a aliança perder seu próprio objetivo declarado de admitir a Suécia para a
aliança em 11 de julho".
Assim,
segundo Oktav, a cúpula em Vilnius é mais do que uma reunião regular da OTAN.
Estamos a falar do prestígio do sistema internacional eurocêntrico ocidental,
do qual os EUA são patronos, e da compreensão do quão sustentável este sistema
é sem ter em conta as "reivindicações legítimas" de Ancara.
Fonte:
Sputnik Brasil
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