sábado, 8 de julho de 2023

'Blasfêmia': bispo ucraniano comenta tentativas de Kiev de liquidar Igreja Ortodoxa Ucraniana

Nos últimos anos, as autoridades ucranianas organizaram a maior onda de perseguição da Igreja Ortodoxa Ucraniana (IOU) canônica.

Em uma entrevista à Sputnik, um proeminente representante da Igreja Ortodoxa Ucraniana, o bispo Gedeon Makarovsky (Yuri Kharon), aposentado, contou sobre o que está acontecendo agora com a Igreja Ortodoxa Ucraniana, sobre o abuso de sacerdotes e por que o regime de Kiev está lutando contra Deus.

Anteriormente, foi informado que um acordo foi alcançado entre Kiev e a UNESCO sobre a remoção dos valores cristãos, incluindo relíquias de santos, do Mosteiro de Kiev-Pechersk e sua transferência para os países ocidentais.

Comentando essa notícia, o bispo Gedeon caracterizou toda essa blasfêmia e enfatizou que "é uma traição a Rus de Kiev, à história e a toda a humanidade, porque é a nossa terra sagrada, toda russa. E a União Europeia não tem o direito de aceitá-los: há uma convenção internacional da UNESCO, que diz que é proibido remover as exposições do museu armazenadas lá".

O sacerdote também expressou a opinião de que tais ações das autoridades de Kiev indicam que eles esperam que possam escapar e se esconder.

"Portanto, se hoje eles permitirem remover o santuário, é até assustador imaginar o que acontecerá com o país, o que acontecerá com Kiev e com os traidores."

Comentando as tentativas de capturar Mosteiro de Pochaev, ele observou que tais tentativas de capturar a Lavra foram feitas desde 2014 e tudo dependerá da frente russa.

"Se o Senhor abençoar, e houver progresso no front, então, é claro, não será possível capturar Mosteiro de Pochaev, porque eles terão preocupações completamente diferentes. E se recuarmos, eles vão destruir tudo no seu caminho, destruir todos os templos, destruir a Ortodoxia na Ucrânia!", enfatizou ele.

 

Ø  Belarus entrega ao Brasil declaração de plano de adesão ao BRICS

 

Os dois lados discutiram as áreas de cooperação, incluindo na área de agricultura, revelou o Ministério das Relações Exteriores de Belarus.

Sergei Lukashevich, embaixador de Belarus no Brasil, entregou uma nota ao lado brasileiro, na qual confirmou a intenção de Minsk de se tornar um membro de pleno direito do BRICS, informou nesta sexta-feira (7) o serviço de imprensa do Ministério das Relações Exteriores de Belarus.

"O embaixador da República de Belarus na República Federativa do Brasil, Sergei Lukashevich, reuniu-se com a vice-ministra das Relações Exteriores do Brasil, Maria Luisa Escorel de Moraes, responsável pela cooperação com Belarus. Durante a reunião, uma nota confirmando a intenção de Belarus de se tornar um membro pleno do BRICS foi entregue ao lado brasileiro", indica a declaração do Ministério das Relações Exteriores belarusso.

O comunicado assegurou que foi dada atenção especial ao reforço da cooperação entre Belarus e o Brasil no âmbito da diplomacia multilateral. Durante a reunião foi sublinhada a prontidão para aumentar a cooperação política, comercial e econômica entre os países.

"As partes discutiram a importância do fornecimento de fertilizantes à base de potássio para o mercado brasileiro, as perspectivas de participação de Belarus nos programas estatais brasileiros para agricultores privados e agricultores familiares."

O número de candidatos de adesão ao BRICS subiu após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, depois que os países ocidentais impusera, sanções sem precedentes contra Moscou, incluindo o confisco de centenas de bilhões de dólares em ativos do Banco Central russo.

 

Ø  Secretária do Tesouro dos EUA critica resposta da China em meio à retaliação antissanções

 

Janet Yellen está de visita à China, onde tentou simultaneamente criticar as "práticas econômicas injustas" do país asiático e defender a necessidade de um bom relacionamento entre ele e os Estados Unidos.

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, pediu na sexta-feira (7) reformas de mercado na China e criticou Pequim por suas recentes ações duras contra empresas americanas e novos controles de exportação de alguns minerais essenciais, relata a agência britânica Reuters.

Yellen chegou a Pequim na quinta-feira (6) para tentar reparar as relações frágeis entre os EUA e a China, mas criticou o que ela chamou de "práticas econômicas injustas" da China.

Ela defendeu em uma reunião de sexta-feira (7) com o primeiro-ministro chinês Li Qiang uma relação econômica que não seja do gênero "o vencedor leva tudo, mas que, com um conjunto justo de regras, possa beneficiar ambos os países ao longo do tempo".

Yellen também falou à Câmara Americana de Comércio na China (AmCham, na sigla em inglês) após as conversas com o economista e ex-vice-premiê chinês Liu He, que a funcionária do Tesouro descreveu como "substantivas". Além disso, a política dialogou com o principal banqueiro central chinês Yi Gang.

"Fortalecer a cooperação é a necessidade realista e a escolha correta da China e dos Estados Unidos [...] para injetar estabilidade e energia positiva nas relações entre a China e os EUA", comentou Li.

Yellen disse esperar que sua visita estimulasse uma comunicação mais regular entre os dois rivais e afirmou que qualquer ação direcionada de Washington "para proteger sua segurança nacional" não deve prejudicar "desnecessariamente" a relação bilateral mais ampla.

Ao mesmo tempo, o Ministério das Finanças da China afirmou na sexta-feira (7) em um comunicado que Pequim espera que Washington tome "ações concretas" para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento saudável dos laços econômicos e comerciais.

"Não há vencedores em uma guerra comercial ou no desacoplamento e na 'quebra de cadeias'" de abastecimento, advertiu o comunicado.

A China colocará a partir de 1º de agosto uma restrição à exportação de gálio e germânio, terras raras usadas na fabricação de semicondutores, em aparente resposta aos controles de exportação dos próprios semicondutores impostos pelos EUA e seus aliados Países Baixos e Japão a partir de 2022.

Apesar das conversas sobre a dissociação econômica entre os EUA e a China, dados recentes mostram uma relação comercial fundamentalmente sólida, com o comércio bilateral atingindo um recorde de US$ 690 bilhões (R$ 3,39 trilhões) em 2022, menciona a Reuters.

·         Exportações de petróleo do Irã atingem máximo de 5 anos, apesar das sanções dos EUA, diz mídia

Nos últimos meses, as exportações de petróleo do Irã atingiram seu nível mais alto dos últimos cinco anos, já que o país aumentou suas vendas para a China e outras nações, aponta o The Wall Street Journal nesta quinta-feira (6).

Os envios de petróleo iraniano aumentaram em média para cerca de 1,6 milhões de barris por dia em maio e junho, mais do dobro do nível registrado há cerca de um ano e o mais elevado desde 2018, quando a reimposição de sanções americanas provocou um colapso no sector, escreve o jornal, citando as empresas Kepler e Petro-Logistics, que publicam dados sobre matérias-primas.

Teerã observa um crescente interesse por parte dos compradores da América Latina e África, indicam empresas comercializadoras da República Islâmica. As autoridades iranianas detalham que o país oferece um desconto de cerca de US$ 30 (R$ 159) por barril em comparação com seus concorrentes do golfo Pérsico, incluindo a Arábia Saudita, o que lhe permite competir com o petróleo russo.

Anteriormente, a agência iraniana IRNA informou, citando o gabinete da União Europeia, que a Alemanha importou quase 70 mil toneladas métricas de petróleo bruto ou produtos derivados do petróleo do Irã em março de 2023 apesar das sanções impostas a Teerã pelo governo dos EUA.

 

Ø  'Nova era': mídia britânica aponta 3 lições que podem ser tiradas do conflito ucraniano

 

O conflito na Ucrânia se tornou evidência do início de uma nova era de guerras de alta tecnologia e permitiu tirar três conclusões sobre os princípios de guerra nas próximas décadas, escreve The Economist.

A primeira conclusão é que os combates estão se tornando transparentes, tornando-se cada vez mais difícil esconder informações operacionais no campo de batalha, e o resultado da batalha dependerá cada vez mais da inteligência, aponta o jornal.

"As prioridades serão primeiro detectar o inimigo antes que ele detecte você; cegar seus sensores, sejam eles drones ou satélites; e destruir seus meios de comunicação no campo de batalha por meio de ataques cibernéticos, guerra eletrônica ou explosivos à moda antiga", aponta o artigo.

Destaca-se que as tropas terão que desenvolver novas formas de combate, se baseando na mobilidade, dispersão, furtividade e artimanha.

A segunda conclusão tirada pela mídia é que, mesmo na era da inteligência artificial, os conflitos ainda envolverão a participação de grande quantidade de pessoas.

A terceira conclusão que os autores tiraram é que as fronteiras das grandes guerras ficarão cada vez mais tênues e a distinção entre empresas militares, civis e comerciais ficará cada vez mais imprecisa durante os combates.

 

Ø  OTAN deve fechar suas portas a Kiev por causa do risco de conflito com a Rússia, diz mídia

 

A OTAN deve fechar as portas à Ucrânia, porque os benefícios da adesão de Kiev à aliança para os EUA são menores do que os possíveis riscos, acreditam os autores de um artigo no jornal norte-americano Foreign Affairs.

"A Ucrânia não deve ser bem-vinda na OTAN, e isso é algo que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve deixar claro. A resistência de Kiev à agressão russa tem sido heroica, mas, em última análise, os países fazem o que é do seu interesse. E aqui, os benefícios de segurança para os Estados Unidos da adesão ucraniana empalidecem em comparação com os riscos de trazê-la para a aliança", observa-se no artigo.

De acordo com os autores do artigo, a admissão da Ucrânia à aliança aumentará a probabilidade de uma escolha sombria entre um conflito com a Rússia e suas consequências destrutivas ou a capitulação, bem como a desvalorização das garantias de segurança da OTAN para toda a aliança.

"Na cúpula de Vilnius e não só, os líderes da OTAN fariam bem em reconhecer estes fatos e fechar a porta à Ucrânia."

Os autores acrescentam que quase ninguém na Aliança Atlântica acredita que hoje a aliança deve entrar em um conflito direto com a Rússia por causa da Ucrânia, mas muitos são a favor de prometer à Ucrânia o caminho para a aliança e se comprometer a lutar por ela no futuro.

Também se observa que os acontecimentos após o início da operação especial pelas forças russas mostram que a Ucrânia não precisa estar na OTAN para que os EUA e seus aliados possam ajudá-la a combater eficazmente a Rússia.

Além disso, o artigo diz que a adesão da Ucrânia ao bloco militar agravará a lacuna entre os compromissos da aliança e sua capacidade de ajudar Kiev.

"A guerra na Ucrânia deixou claro que um conflito moderno e de alta intensidade entre militares convencionais consome quantidades incríveis de recursos", apontam os autores.

O artigo acrescenta que, no caso da adesão da Ucrânia à aliança, Washington terá que redirecionar seus recursos de outras prioridades, que podem ser mais importantes, ou concordar com um risco maior na frente oriental.

·         Ucrânia pode não receber convite da OTAN, porque alguns membros ainda temem a Rússia, diz Zelensky

A Ucrânia pode não ser convidada a aderir à OTAN, porque alguns países-membros da aliança têm medo da Rússia, afirmou o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante sua visita à República Tcheca.

Falando esta quinta-feira (6) em uma conferência de imprensa conjunta com seu homólogo tcheco, Petr Pavel, o governante ucraniano disse que a situação preferível para Kiev na cúpula da próxima semana na Lituânia seria ser convidada a aderir ao bloco militar.

"Qual será a formulação necessária para um convite? Basta um convite. Pode haver dificuldades a conseguir o apoio de todos os parceiros de aliança. Alguns ainda olham para Moscou temendo a Rússia, mas acho que é uma grande oportunidade para mostrar a coragem e a força da aliança", declarou Zelensky.

Além disso, sublinhou que seu país necessita "motivação", um "sinal claro" e "honestidade" em suas relações com a aliança.

O líder ucraniano explicou que, durante suas conversações com a liderança tcheca, foi abordado o reforço da defesa da Ucrânia em seu conflito com a Rússia, bem como a interação com Praga em todos os níveis, incluindo seu apoio à fórmula de paz apresentada por Kiev.

À medida que a cúpula da OTAN se aproxima (terá lugar em Vilnius em 11 e 12 de julho), Kiev reativou seus apelos à Aliança Atlântica para que faça um convite formal e estabeleça datas mais precisas para a obtenção da adesão.

 

Ø  Ministro da Defesa ucraniano declara Ucrânia como local de teste para armas ocidentais

 

O ministro da Defesa da Ucrânia, Aleksei Reznikov, afirmou em entrevista ao jornal Financial Times que o seu país é um campo de testes ideal para armas ocidentais.

"Você não pode pensar em um local de teste melhor para a indústria militar do mundo", disse Reznikov.

De acordo com a publicação, a transferência para Kiev de sistemas de mísseis antiaéreos NASAMS, bem como dos recentemente desenvolvidos sistemas de defesa antiaérea alemães IRIS-T, permitiram pela primeira vez testar "todos os diferentes sistemas de nível da OTAN".

"Os sistemas funcionam juntos. [...] Para eles [aliados ocidentais] também é muito importante saber disso", disse Reznikov. Ele acrescentou que os aliados de Kiev "podem realmente ver se suas armas funcionam, qual sua eficácia e se precisam ser modernizadas".

Ao mesmo tempo, o jornal observa que algumas armas fornecidas ao regime de Kiev não eram tão eficazes quanto esperado, ou os militares russos se adaptaram e aprenderam a combatê-las.

O milagre não aconteceu

Com suas declarações, o ministro da Defesa ucraniano admite que seu país não é mais do que um campo de testes para vários interesses dos países do Ocidente coletivo, observou o especialista Igor Korotchenko.

"Ele [Reznikov] confirma de fato que à custa dos recursos humanos da Ucrânia, à custa da destruição de infraestruturas, estão sendo realizados testes de armas ocidentais", disse Korotchenko.

Além disso, essas palavras de Reznikov, segundo o especialista, demonstram a deficiência das autoridades de Kiev, que na realidade atuam abertamente como municiadores da Aliança Atlântica.

Ele acrescentou que hoje todos os principais atores do mundo assistem ao decorrer da operação especial, de que modo as armas ocidentais e russas são usadas em seu contexto. E eles veem que o equipamento da OTAN é atingido com sucesso pelas Forças Armadas russas e ainda não trouxe às forças ucranianas sucessos significativos no campo de batalha, destacou o especialista.

Desta forma, Reznikov atrai os países ocidentais e fabricantes de armas e lhes propõe enviar mais armamentos e equipamentos militares para Kiev, diz o especialista da Academia de Ciências Militares russa Vladimir Prokhvatilov.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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