quinta-feira, 1 de junho de 2023

Presidente da Comissão Europeia se opõe ao cessar-fogo na Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou em um fórum de segurança na Eslováquia que se opõe a propostas para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia porque, em sua opinião, isso apenas congelaria o conflito.

"Um cessar-fogo apenas congelará o conflito e não trará paz duradoura.[...] O cessar-fogo seria instável e desestabilizaria a região ao longo da linha de contato. Não. Uma paz justa significa a retirada das tropas russas do território da Ucrânia", disse von der Leyen.

Ela também lembrou a posição da Comissão Europeia de "não fazer nada na Ucrânia sem a Ucrânia" e mais uma vez apoiou a fórmula de paz do presidente ucraniano Vladimir Zelensky.

Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia continua uma operação militar especial na Ucrânia cujos objetivos são proteger a população do genocídio do regime de Kiev e enfrentar os riscos à segurança nacional representados pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o leste.

Até o momento, a Ucrânia condicionou a cessação das hostilidades à recuperação de todos os territórios, incluindo a Crimeia, que se juntou à Rússia em março de 2014.

A Rússia, embora tenha repetidamente declarado a sua vontade de procurar uma solução negociada, insiste na necessidade de atingir todos os objetivos da sua operação especial e considera que, de momento, só é possível fazê-lo por meios militares. O conflito na Ucrânia, segundo o Kremlin, pode caminhar para uma solução política desde que sejam tidas em conta a situação de fato e a nova realidade territorial.

A última rodada das negociações de paz russo-ucranianas ocorreu no final de março de 2022 em Istambul. Desde então, as partes não retomaram essas consultas.

·         Alemanha fechará 4 consulados russos no país; Rússia diz que objetivo alemão é 'destruir a relação

Chancelaria alemã anunciou que vai fechar consulados no país e também terminará os trabalhos em seus próprios consulados em Kaliningrado, Ekaterinburgo e Novosibirsk. Moscou pediu para que o governo alemão "parasse" a forte "degradação das relações bilaterais".

Nesta quarta-feira (31), a Alemanha disse que fechará quatro dos cinco consulados russos revogando suas licenças. O Ministério das Relações Exteriores da Alemão acusou Moscou de aumentar as tensões após Moscou limitar o número de autoridades alemãs na Rússia a 350 pessoas, segundo a Reuters.

"Esta decisão injustificada está forçando o governo federal a fazer cortes muito significativos em todas as áreas de sua presença na Rússia", disse um porta-voz.

O governo russo ainda teria permissão para operar sua embaixada em Berlim e um consulado geral, mas a Alemanha espera que o restante cesse as operações até o final do ano, disse a pasta.

A Alemanha também fechará seus próprios consulados em Kaliningrado, Ekaterinburgo e Novosibirsk, deixando apenas a embaixada alemã em Moscou e o consulado em São Petersburgo em operação.

Moscou reagiu e afirmou que a medida hostil é destinada à destruição das relações entre a Rússia e a Alemanha.

"Consideramos a exigência do MRE da Alemanha de fechar os consulados gerais da Rússia em Hamburgo, Leipzig, Munique e Frankfurt até 31 de dezembro de 2023, tendo como pano de fundo a decisão da Alemanha de reduzir sua presença consular na Rússia, como outra medida hostil destinada a destruir ainda mais as relações russas-alemães que têm décadas de cooperação multifacetada, rica e mutuamente benéfica", disse a chancelaria.

A diplomacia russa também pediu para que Berlim "parasse" e que "toda a responsabilidade pela degradação das relações bilaterais é do lado alemão".

"Pedimos mais uma vez às autoridades alemãs que parem [...]. A Alemanha deve entender que toda a responsabilidade pela degradação das relações bilaterais é do lado alemão. Berlim não deve ter nenhuma dúvida de que essas ações provocativas mal concebidas não permanecerão sem nossa reação adequada."

 

Ø  República Tcheca vai concorrer a assento no Conselho de Segurança da ONU por causa da Rússia

 

A República Tcheca decidiu concorrer a um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2032-3033, em parte devido às ações da Rússia, disse Jan Lipavsky, ministro das Relações Exteriores do país, na quarta-feira (31).

O Conselho de Segurança da ONU tem 15 membros, cinco dos quais permanentes (Rússia, China, França, Estados Unidos e Reino Unido).

Os dez outros membros não permanentes são eleitos pela Assembleia Geral da ONU para um mandato de dois anos.

A República Tcheca já foi membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU em 1994-1995.

"A República Tcheca pretende se candidatar a um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2032-2033. Isso deve ser decidido em 2031. Tal ocorre porque estamos vivendo em um momento em que a Rússia está perturbando a ordem mundial, atacando a própria essência da civilização europeia, e nós, a República Tcheca, um país da Europa Central, sentimos a responsabilidade de defender a Carta da ONU", disse Lipavsky em uma coletiva de imprensa.

O ministro das Relações Exteriores lembrou que a Tchecoslováquia, o país predecessor composto pela República Tcheca e a Eslováquia até 1993, foi um dos membros fundadores da ONU; o então ministro das Relações Exteriores, Jan Masaryk, assinou a Carta da ONU como ato de fundação.

"Queremos contribuir para a manutenção da ordem e da segurança internacionais, bem como para a proteção dos direitos humanos. Estamos prontos para participar da segurança mundial por meio de nossa participação no Conselho de Segurança da ONU", enfatizou Lipavsky.

As relações entre a Rússia e a República Tcheca se deterioraram gravemente depois que Praga acusou Moscou, em abril de 2021, do envolvimento de agentes dos serviços secretos russos no bombardeio, em 2014, de um depósito de munições no vilarejo de Vrbetice.

Em resposta, 18 diplomatas russos foram expulsos da República Tcheca, ao que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia respondeu com a expulsão de 20 funcionários da embaixada tcheca em Moscou.

Depois de 24 de fevereiro do ano passado, o gabinete de Ministros tcheco fechou dois consulados-gerais russos em seu país e congelou temporariamente as atividades de seus consulados-gerais na Rússia.

 

Ø  Analista: EUA e OTAN estão arquitetando revolução colorida na Sérvia com mãos alheias

 

EUA através da força internacional liderada pela OTAN no Kosovo, a KFOR, realizam treinamento de kosovares-albaneses como uma força para uma guerra "por mãos alheias" contra a Sérvia e instigação de uma revolução colorida no país, disse à Sputnik Aleksandr Bartosh, membro-correspondente da Academia de Ciências Militares.

"Deve-se dizer que os EUA e a OTAN estão atualmente seguindo uma política destinada a treinar kosovares-albaneses como uma força para uma guerra com mãos alheias contra a Sérvia e a organização de uma revolução colorida na Sérvia […]. No fim das contas, isso desencadeou um protesto perfeitamente justo da população sérvia do Kosovo e levou a uma situação à beira de um conflito militar", disse o especialista.

Ele acrescentou que a pressão dos EUA não ficou sem resposta por parte do presidente sérvio Aleksandar Vucic.

"Não é por acaso que o presidente Vucic decidiu colocar as Forças Armadas em alerta permanente e implantar unidades na fronteira com o Kosovo. Este é o resultado da política que o Ocidente tem conduzido contra a Sérvia desde o final da década de 1990, são os bombardeios da Iugoslávia, implantação de tropas da OTAN no Kosovo e formação lá de um contingente da KFOR", explicou Bartosh.

De acordo com Vucic, durante a dispersão pela KFOR das manifestações sérvias no Kosovo em frente a edifícios do governo local no norte da província mais de 50 sérvios e mais de 40 membros da KFOR ficaram feridos. O líder sérvio apelou para a Organização do Tratado do Atlântico Norte cessar a violência contra os sérvios na região.

 

Ø  Novo satélite da Rússia conduzirá reconhecimento de instalações militares na Ucrânia, revela fonte

 

Novo satélite de radar Kosmos-2569 será capaz de realizar o reconhecimento de instalações militares ucranianas até duas vezes por dia, informou à Sputnik uma fonte com conhecimento do assunto.

"O novo satélite de radar Kondor-FKA colocado em órbita no sábado (27) será usado para reconhecimento de instalações militares ucranianas. Em média, ele passará sobre a Ucrânia duas vezes por dia e será capaz de fazer imagens de instalações militares na banda de frequência de radar com resolução de um metro", explicou o interlocutor da agência.

Ele observou que, "independentemente da hora do dia e das condições climáticas, o satélite permitirá observar, por exemplo, a concentração de tropas do adversário, transferência de equipamentos ou construção de novas fortificações".

De acordo com os dados dos portais espaciais, Kondor-FKA recebeu no sistema do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês) o nome de código COSMOS-2569.

Anteriormente relatou-se que no satélite, desenvolvido pelo consórcio Vega, foi instalado um radar capaz de obter imagens na banda de frequência de radar da superfície da Terra em alta resolução. Destaca-se que o Kondor-FKA é capaz de obter imagens detalhadas da superfície com uma resolução de até um metro tanto de dia como de noite e em quaisquer condições climáticas.

 

Ø  Emirados Árabes Unidos saem das Forças Marítimas Combinadas lideradas pelos EUA

 

Os Emirados Árabes Unidos se retiraram do agrupamento naval multinacional liderado pelos Estados Unidos que opera no mar Vermelho e no golfo Pérsico, informou o Ministério das Relações Exteriores dos EAU em seu site.

"Os Emirados Árabes Unidos estão comprometidos com o diálogo pacífico e com os meios diplomáticos para alcançar objetivos comuns de segurança e estabilidade regional. Como resultado de nossa avaliação contínua da eficácia da cooperação de segurança com todos os parceiros dos Emirados Árabes Unidos, nos retiramos das Forças Marítimas Combinadas há dois meses", diz o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores enfatizou que "os EAU continuam comprometidos em garantir de forma responsável a segurança da navegação em seus mares, de acordo com a lei internacional".

Nesse sentido, o ministério criticou a interpretação de alguns meios de comunicação sobre as conversas entre os EAU e os Estados Unidos sobre segurança marítima, chamando-a de "falsa".

As Forças Marítimas Combinadas, sediadas no Bahrein junto com a Quinta Frota dos EUA, são compostas por 34 países, inclusive o Brasil, e se dedicam à segurança marítima e ao combate à pirataria no mar Vermelho e no golfo Pérsico.

 

Ø  Lavrov: Rússia está pronta para fornecer equipamentos militares a Moçambique

 

A Rússia está pronta para fornecer equipamentos de aplicação militar para melhorar sua capacidade de defesa e seu potencial de combate ao terrorismo, declarou nesta quarta-feira (31) o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov.

"Com base no desenvolvimento da boa experiência existente, estaremos prontos para fornecer os produtos de aplicação militar necessários aos nossos amigos moçambicanos, inclusive para aumentar sua capacidade de defesa e seu potencial de combate ao terrorismo", disse Lavrov durante uma coletiva de imprensa após conversações com o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique Carlos Mesquita.

O presidente de Moçambique Filipe Nyusi manifestou o seu apoio ao desenvolvimento e ao reforço das relações entre Moscou e Maputo, afirmou Mesquita durante a coletiva de imprensa.

"O presidente de [Moçambique] pronunciou-se pelo desenvolvimento e fortalecimento das relações [entre a Rússia e Moçambique] nas esferas jurídica, diplomática, econômica, social e cultural", disse Mesquita.

"O presidente expressou entusiasmo e esperança no desenvolvimento da amizade e solidariedade entre nossos países, defendendo um aumento significativo nas trocas comerciais", acrescentou.

Lavrov chegou a Maputo na terça-feira (30) à noite. No âmbito da sua turnê africana o chanceler russo já visitou Quênia e Burundi.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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