sexta-feira, 30 de junho de 2023

César Fonseca: Discípulo de George Soros tem razão

Seria catastrófico para quem está mamando nos juros anuais de 13,75% desde agosto do ano passado, diante de uma inflação de 5%; mudar a meta é sinalizar flexibilização, maior oferta de dinheiro em circulação, mais oxigênio financeiro numa economia parada, seca de água para irrigar a plantação, sem a qual a planta não cresce, não engrossa o caule, o tronco, os galhos, as folhas e, claro, não dá frutos.

Armínio Fraga, homem da banca, discípulo de George Soros, ex-diretor e presidente do BC, que promoveu as recomendações do Consenso de Washington, na Era FHC, está alarmado diante da possibilidade de os juros especulativos caírem, pois diante da desigualdade social que eles promoveram não é possível sustentar lucratividade do capital na produção, no consumo, ou seja, na economia real.

O papel dele, enquanto governo, foi o de liberar todos os entraves à livre circulação de capital, de dentro para fora e de fora para dentro, acelerando privatizações e isenções de ICMS para exportações de produtos primários e semi-elaborados, de modo a impedir a industrialização no país e consequente modernização do trabalho, agregação de valor da mão de obra nacional e aumento da produtividade geral da economia.

Mudar a meta de inflação, alerta alarmado, é abrir a economia a essas possibilidades que resultarão em aumento dos investimentos em educação, saúde, segurança, infraestrutura; Armínio é o mestre da estagnação; ele no comando da economia tucana criou as chances de vitória da oposição petista, com Lula e Dilma, e afundou a social democracia de araque de FHC e Cia ltda, cujo resultado foi produzir endividamento interno incontrolável, desequilíbrio cambial e rendição ao FMI, o mesmo que acontece na Argentina, nesse momento.

Depois de FHC, o dilúvio, não deu mais para o PSDB ganhar eleição; somente, chegou ao poder, aliando-se à direita liberal e à extrema direita fascista, ao fim e ao cabo, com Bolsonaro, agora, no banco dos réus, junto com seus apoiadores radicais, os militares, desmoralizados diante de CPIs que investigam as falcatruas bolsonaristas que avalizaram; nesse período(2018-2022), os aliados de Armínio, os homens do mercado financeiro, nunca ganharam tanto dinheiro, na especulação com os juros perseguindo metas inflacionárias de 3%, completamente, irrealistas, incompatíveis com desenvolvimento econômico sustentável.

É claro que se a meta inflacionária subir, vamos dizer, para 4% ou 4,5%, 5%, no mesmo patamar atual da inflação em 12 meses , os juros despencariam, para movimentar o comércio, a indústria e os serviços, todos de bico aberto, exângues, sem gás, à espera desesperada de respiradouro, enquanto explode a exclusão social, com mais da metade da população dependurada no crediário.

Os fascistas querem a continuidade do bolsonarismo, sem Bolsonaro, para liquidar a base social e produtiva do que ainda resta do capitalismo nacional, a fim de jogá-lo nos braços daqueles que estão assaltando as empresas estatais e levando-as na bacia das almas, como acontece com a Eletrobrás e Petrobrás, praticantes de preços ao consumidor incompatíveis com o poder de compra da população.

Ora, é de se perguntar, como está fazendo Ciro Gomes, se o presidente Lula teve força de juntar maioria no Senado para garantir votação consagradora à aprovação do novo ministro Cristiano Zanin, ao STF, por que não terá o poder de fazer o mesmo com o presidente do BC, Campos Neto, demitindo-o por não cumprir metas de inflação que estabelece, há mais de 3 anos, ferindo a Constituição?

Zanin, juiz garantista, seria o primeiro a votar pela derrubada do ultraneoliberal que não deixa a economia florescer, a fim de permitir Lula cumprir promessa de campanha eleitoral.

Soberania nacional é o presidente da República ser capaz de afastar o sustentáculo dos especuladores do mercado financeiro, no governo, enquanto a economia está mergulhada no subconsumismo, ampliando desigualdade e exclusão social incontrolável.

 

       Lula quer reuniões frequentes com lideranças partidárias para melhorar diálogo, diz líder do governo

 

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que vai organizar encontros entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes dos partidos na Casa para melhorar a articulação política do governo.

Guimarães declarou também que, até o fim do ano, a administração petista vai ter uma relação “azeitada” com a Câmara.

 “O governo está azeitando a relação [com a Câmara] e, até o fim do ano, estará completamente azeitada. O presidente pediu para ter reuniões semanais ou quinzenais com os líderes, lá no Alvorada, para conversar. O governo tem seus articuladores políticos, mas é bom o presidente estar próximo, e queremos aprimorar isso”, afirmou Guimarães.

Até o recesso parlamentar de julho, o Planalto espera votar as mudanças nas regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o marco fiscal e a reforma tributária. E, para isso, ter diálogo com os parlamentares é fundamental para a aprovação dos temas.

Por isso, o líder do governo aposta nesses encontros para aproximar o governo dos deputados, que, desde o começo do ano, deixam clara a insatisfação generalizada com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Eles alegam demora na liberação de cargos e emendas parlamentares, além da falta de diálogo com os parlamentares.

“Não tem chefe da Casa Civil que não se envolva em política. A Casa Civil tem que fazer política. Eu vou fazer um café, ainda neste semestre, dos líderes com Rui Costa nos próximos dias. É fundamental. Eu mesmo fiz um esforço para colocar ele em diálogo com os líderes e com Lira”, explicou Guimarães.

Sobre as dificuldades enfrentadas pelo governo neste primeiro semestre para aprovar projetos na Câmara, devido à falta de uma base de apoio consolidada, Guimarães minimizou e exaltou que o Executivo aprovou 87 matérias na casa. O líder citou também que o governo vai priorizar o envio de projetos de lei ao invés de decretar medidas provisórias.

“O maior drama meu aqui foi a MP dos Ministérios, parecia que o teto deste plenário ia cair na nossa cabeça. Fora isso, nós tivemos dois problemas, pequenos perto do que aprovamos aqui: o decreto do saneamento, que não teve discussão anterior, e a questão da MP da Mata Atlântica”, pontuou.

“Evidentemente que você tem matérias, sobretudo nas matérias econômicas e sociais, que você tem um quórum maior. Não tem um anúncio do tamanho da base, mas, nas principais matérias para o governo, partidos como União Brasil, Republicanos, MDB, PL e PSD, além dos partidos que já votam com a gente, têm entregado seus votos”, afirmou.

Guimarães também negou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha cobrado cargos e ministérios do governo.

Segundo o líder do governo, todas as reuniões entre Lula e Lira foram para discutir “o interesse do país”.

 

       Entregando as galinhas aos cuidadis da raposa: Por apoio, Planalto avalia ministério do Bolsa Família ao PP

 

O governo federal tem avaliado se deve oferecer um ministério ao PP, partido que apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), para que a legenda entre na base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o relato de assessores do governo à CNN, o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, tornou-se uma alternativa em uma futura reforma ministerial.

A cúpula nacional do PP é contra a entrada do partido na Esplanada dos Ministérios de Lula, mas a opinião não é unânime na bancada federal da sigla, sobretudo entre parlamentares do Norte e do Nordeste.

Hoje, parte da bancada do partido tem votado com o Palácio do Planalto em iniciativas de interesse do governo petista.

Na avaliação de assessores presidenciais, um convite para o ingresso do partido na equipe ministerial poderia ser uma oportunidade para aumentar a divisão na bancada federal da legenda.

O convite, segundo apurou a CNN, ainda não foi feito, mas assessores do governo reconhecem que a alternativa é avaliada. E integrantes do PP dizem que o Desenvolvimento Regional seria uma proposta irrecusável.

Caso o convite seja feito, e o PP aceite assumir o posto, a hipótese mais provável é que o atual ministro Wellington Dias, do PT, seja acomodado em outro posto ministerial.

O presidente Lula tem negado publicamente a realização de uma reforma ministerial, mas aliados do petista consideram que ela é inescapável diante da tentativa de aumentar a base aliada na Câmara dos Deputados e para trocar auxiliares do governo cujo desempenho não tem sido bem avaliado pelo Planalto.

 

       Lula decide que militares e policiais federais atuarão juntos na segurança presidencial

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança presidencial será uma atribuição conjunta de militares, policiais federais e outros agentes de segurança pública, todos sob o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A informação, que era aguardada, como mostrou mais cedo a CNN, foi confirmada nesta quarta-feira (28) pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública.

O martelo foi batido durante reunião realizada na tarde desta quarta e que contou com a participação, além do presidente da República, dos ministros Rui Costa, Flávio Dino, Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, e do general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos, do GSI.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a decisão foi harmônica e consensual, e que o presidente decidiu por um modelo híbrido em que as forças de segurança irão trabalhar juntas. “A solução encontrada garante a materialização desse desejo do presidente, que é a integralização da formação da equipe como um time, de forma entrosada”, complementou Costa.

A segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou a extinção da secretaria e explicou: “Lembremos que ela foi criada para ser temporária, ela foi criada por conta de um fator político, e consideramos esse fator político superado”, disse.

O decreto que estabeleceu a criação da secretaria deixa de valer nesta sexta-feira (30). A partir desta data, o órgão, formado por policiais federais e outros agentes de segurança pública, será extinto. O novo modelo híbrido também será publicado na sexta.

A decisão de Lula põe fim a uma queda de braço entre a ala de ministros e auxiliares do presidente que pregava uma desmilitarização do governo com um maior protagonismo de policiais federais e agentes de segurança pública e a que defendia a continuidade do GSI na coordenação da segurança presidencial.

A solução híbrida encontrada pelo presidente representa uma derrota para Flávio Dino e para o delegado Andrei Passos, diretor-geral da Polícia Federal, que buscavam manter a atribuição sob a responsabilidade dos agentes federais.

A busca pelo consenso entre as duas alas foi o primeiro desafio de Amaro no cargo.

Nos bastidores, policiais federais vinham alegando ao longo dos últimos meses que não queriam responder a militares. A escolha de Lula pelo nome do general Amaro representou um obstáculo para os civis que defendem uma maior participação de policiais federais e agentes de segurança no governo.

O próprio general, antes de ser oficializado no cargo, em entrevista ao portal “Terra”, desaprovou a ideia de militares no GSI compartilharem a função de segurança e proteção do presidente e do vice com policiais federais.

 

Fonte: Brasil 247/CNN Brasil/Valor Econômico

 

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