segunda-feira, 1 de maio de 2023

Banqueiro mais rico da Ásia chama dólar de 'maior terrorista financeiro' e sugere moeda substituta

Uday Kotak, o banqueiro mais rico da Ásia e CEO de um dos maiores bancos da Índia, o Kotak Mahindra, um forte crítico do dólar americano, declarou que a rupia indiana é sua alternativa de moeda de reserva mundial.

"Acredito sinceramente que o maior terrorista financeiro do mundo é o dólar americano. Todo o nosso dinheiro está em contas americanas e alguém nos EUA pode dizer: 'Você não pode retirá-lo a partir de amanhã de manhã'. Então você acaba preso", disse o empresário na cerimônia do Economic Times Awards em Nova Deli.

O mundo inteiro, continuou o banqueiro, está agora "procurando desesperadamente por uma moeda de reserva alternativa" e considerou a rupia indiana a opção mais adequada. Na opinião de Kotak, outras regiões não são capazes de tal tarefa.

Segundo Kotak, a Europa não vai poder fazer da sua moeda uma moeda de reserva por ser um grupo de Estados europeus. Ele acredita que o Reino Unido ou o Japão "não terão coragem de assumir tais posições, apesar de tanto a libra esterlina como o iene serem moedas livres", enquanto a China "tem um sério problema de confiança com muitos países".

Por outro lado, a Índia, nas palavras do especialista, tem um longo caminho a percorrer e construir instituições fortes e uma estrutura que "não dependa do capricho de ninguém".

"Os mecanismos têm que ser confiáveis. Você tem que confiar na Índia. Em cada nota de dólar há uma linha que diz 'em Deus nós acreditamos'. Temos que ter uma linha que diz 'na Índia nós acreditamos' para que o resto do mundo invista seu dinheiro em uma moeda alternativa ao dólar americano", disse Kotak, afirmando que implementar tal alternativa à moeda dos EUA provavelmente levaria uma década.

No dia 30 de abril, o banqueiro comentou no Twitter que havia "inadvertidamente" usado a frase "terrorista financeiro", explicando que seu comentário significava que "uma moeda de reserva tem um poder desproporcional, seja por nossa conta, a alta taxas de 500 pontos base ou porque os países emergentes têm [dólares americanos] para obter liquidez".

No início de novembro de 2022, o governo indiano autorizou o uso da rupia em transações comerciais internacionais. O Ministério do Comércio do país explicou que isso deve simplificar e facilitar as transações comerciais internacionais, dado o crescente interesse na internacionalização da rupia.

 

       Guerra entre EUA e China será erro mortal para Washington, diz especialista

 

Uma guerra entre os EUA e a China seria um erro fatal para Washington, diz Joseph Nye, cientista político americano e professor da Universidade de Harvard.

Nye afirmou ao jornal Global Times que ambos os países são grandes demais para que um controle o outro.

"A única maneira de nos destruirmos, de nos tornarmos uma ameaça à existência um do outro, é se entrarmos em guerra", afirmou.

Além disso, o especialista comparou a situação com a de 1914, quando as potências europeias pensaram que seus militares estariam em casa até o Natal, contudo combateram em uma guerra de quatro anos, que resultou em mais de dez milhões de mortes e no colapso de quatro impérios.

"O perigo existente é que podemos cometer um erro como o de 1914", alertou o cientista político.

·         'Irã pronto para reforçar exercícios com a China para desafiar mundo unipolar dos EUA', diz ministro

Advertindo contra as políticas norte-americanas geradoras de crises na Europa Oriental e na Ásia Ocidental, o ministro da Defesa iraniano descreveu as políticas dos EUA como uma ameaça comum ao Irã e à China.

O Irã saúda a expansão de exercícios militares conjuntos com a China e acredita que tais exercícios ajudarão a neutralizar a ameaça representada a ambas as nações pelo unilateralismo liderado pelos Estados Unidos, disse o ministro da Defesa iraniano, Mohammad Reza Ashtiani.

A declaração do ministro aconteceu à margem da reunião dos ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), reunião realizada em Nova Deli ontem (28) e hoje (29) segundo a agência Mehr.

"A situação regional e internacional está mudando e, como resultado, a expansão das relações entre o Irã e a China se tornou mais importante do que no passado", disse Ashtiani, expressando a disposição iraniana de fortalecer sua defesa e cooperação militar com Pequim e outros membros da organização.

O chefe da Defesa iraniana também afirmou que os Estados Unidos estão atrás de criar crise e tensão na Europa Oriental e na região da Ásia Ocidental, acrescentando que as políticas norte-americanas são uma ameaça comum ao Irã e à China, dois países que são contra um mundo unipolar.

Afirmando que o Irã e a China têm uma compreensão correta das condições regionais e internacionais, ele disse que os dois países sempre tentaram impedir a concretização das abordagens unilateralistas do Ocidente em relação às nações independentes.

Do lado chinês, o ministro da Defesa, Li Shangfu, disse que a abordagem de Pequim nas relações com Teerã é profunda e de longo prazo.

"O Irã e a China têm confiança estratégica mútua e ambos querem independência e o fim da situação existente", disse ele.

Apreciando as posições de princípio de Teerã sobre as questões macro e internacionais da China, bem como os interesses dos dois países, Li disse que as duas nações "têm uma cooperação sincera e eficaz contra a dominação de alguns países".

 

Ø  Países do G7 defendem a criação de parâmetros para criação de governança global da IA

 

Os ministros de tecnologia e transição digital do G7 enfatizaram a importância do diálogo internacional sobre governança de IA e interoperabilidade entre estruturas de regulamentação da ferramenta de diferentes países em uma reunião de dois dias no Japão, de acordo com sua declaração conjunta.

"Enfatizamos a importância das discussões internacionais sobre governança de inteligência artificial [IA] e interoperabilidade entre estruturas de governança de IA, embora reconheçamos que abordagens semelhantes e instrumentos políticos para alcançar a visão comum e o objetivo de IA confiável podem variar entre os membros do G7", disse o comunicado, acrescentando que estruturas regulatórias e não regulatórias, padrões técnicos e técnicas de garantia podem "promover confiabilidade".

O documento também afirma que o grupo G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) apoia a adoção de padrões técnicos internacionais para uma IA confiável. Os ministros apontaram a necessidade de desenvolver políticas para mitigar o impacto negativo da IA na sociedade, inclusive nas esferas de proteção dos direitos de propriedade intelectual e combate à desinformação.

"Dado que as tecnologias generativas de IA são cada vez mais proeminentes em todos os países e setores, reconhecemos a necessidade de fazer um balanço no curto prazo das oportunidades e desafios dessas tecnologias e continuar promovendo segurança e confiança à medida que essas tecnologias se desenvolvem", diz o comunicado.

Eles também concordaram com cinco princípios que sustentam a governança da IA, ou seja, o Estado de Direito, o devido processo legal, a democracia e o respeito pelos direitos humanos enquanto nos aproveitamos das oportunidades de inovação.

O país anfitrião foi representado pelo ministro japonês de Assuntos Digitais, Taro Kono, ministro de Assuntos Internos e Comunicações, Takeaki Matsumoto, e ministro da Economia, Comércio e Indústria, Yasutoshi Nishimura. Além de seus homólogos do G7, autoridades indianas, indonésias e ucranianas participaram da reunião de ministros na cidade de Takasaki, na prefeitura de Gunma.

O Japão detém a presidência rotativa do G7 em 2023 e vai sediar a cúpula do grupo em Hiroshima, de 19 a 21 de maio.

·         Elites políticas dos EUA e da Europa usam TI para transmitir, diz MRE da Rússia

Maria Zakharova criticou o uso das tecnologias de informação por parte de países ocidentais como não tendo "nenhuma consideração pelas normas e tradições de diferentes países e sociedades".

As elites políticas dos EUA e da Europa estão usando tecnologias de informação e comunicação para agitação, provocação e propaganda, disse no sábado (29) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

"As elites políticas dos EUA e da Europa usam as tecnologias de informação e comunicação não com o nobre propósito de transmitir informações objetivas ao público em geral, mas para agitações, provocações, propaganda e, às vezes, doutrinação", disse Zakharova em uma mensagem de vídeo aos participantes e organizadores da Conferência Mundial On-line sobre Multipolaridade.

"Ainda por mais, [tal é feito] sem absolutamente nenhuma consideração pelas normas e tradições de diferentes países e sociedades", sublinhou.

A representante oficial da chancelaria acrescentou que era impossível ter um único centro de controle de informações, apesar dos esforços do Ocidente de o criar.

 

Ø  Em encontro com o presidente do Iraque, líder do Irã diz: 'Os EUA não são amigos do Iraque'

 

Os líderes do Irã e do Iraque se encontraram para reforçar as relações bilaterais, com o aiatolá Ali Khamenei criticando a presença dos EUA.

Os EUA não são, de modo algum amigos de Bagdá, disse no sábado (29) o líder do Irã em uma reunião com o presidente do Iraque, indica a agência iraniana Tasnim.

Durante a reunião com o mandatário iraquiano Abdul Rashid, o aiatolá Ali Khamenei sublinhou a vontade de expandir a cooperação bilateral, particularmente através dos acordos econômicos e de segurança firmados recentemente.

Durante a reunião, na qual também participou Ebrahim Raisi, presidente do Irã, Rashid expressou sua satisfação em se reunir com o líder da Revolução Islâmica e disse que o Iraque tem relações fortes e estáveis com Teerã em várias dimensões e campos.

Khamenei também falou sobre os EUA.

"Os EUA não são amigos do Iraque. Os EUA não são amigos de ninguém. Eles não são leais nem mesmo aos seus amigos europeus. A presença de até mesmo um único americano no Iraque é demais", comentou.

 

Ø  Presidente das Filipinas promete reforçar laços com EUA antes de encontro com Biden

 

Ferdinand Marcos Jr. prevê "um relacionamento ainda mais forte" com os EUA, destacando, além da cooperação militar, questões como a segurança alimentar e energética, e as mudanças climáticas.

Ferdinand Marcos Jr., presidente das Filipinas, disse estar "determinado a forjar um relacionamento ainda mais forte" com Washington antes de uma reunião com o presidente norte-americano Joe Biden em Washington, EUA, segundo noticiado pela agência norte-americana Bloomberg.

"Vamos reafirmar nosso compromisso de promover nossa aliança de longa data como um instrumento de paz e um catalisador de desenvolvimento na região da Ásia-Pacífico e no resto do mundo", disse Marcos em um discurso no domingo (30) antes de partir para sua visita aos EUA. Os dois líderes se reunirão na segunda-feira (1º) na Casa Branca.

A visita vem depois que, em fevereiro, as Filipinas concederam aos EUA acesso a mais quatro bases militares, abrindo caminho para uma maior presença americana na Ásia-Pacífico em meio às tensões crescentes com a China sobre Taiwan e às disputas no mar do Sul da China, apesar de Manila proibir o uso ofensivo das forças de Washington presentes no país. Na sexta-feira (28) os EUA e as Filipinas concluíram seus maiores exercícios militares, Balikatan, que começaram em 11 de abril.

Espera-se que Marcos discuta acordos de defesa com Biden, além de expressar a vontade de construir laços mais fortes "em uma ampla gama de áreas não apenas quanto às preocupações de nossos tempos", mas também em áreas críticas, incluindo a segurança alimentar e energética, e mudanças climáticas.

Durante sua primeira reunião bilateral, em setembro, Biden reafirmou o "compromisso inabalável dos EUA com a defesa das Filipinas".

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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