quarta-feira, 26 de abril de 2023

Investigadores do MIT acreditam ter encontrado uma maneira de reverter Alzheimer

Esta é uma descoberta que pode mudar totalmente a expectativa atual relativamente à doença de Alzheimer: um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, afirma ter encontrado uma maneira de reverter a doença de Alzheimer, depois de ter realizado um estudo com resultados “notáveis” e “maravilhosos”.

Descobrir e testar medicamentos que possam prevenir ou ou retardar esta doença, a forma mais comum de demência, tem sido uma das prioridade de grandes grupos de investigação por todo o mundo, nos últimos anos.

A equipa fez uma experiência em laboratório com camundongos (ratos) e, através de um peptídeo, biomolécula formada pela ligação de dois ou mais aminoácidos, impediu que uma enzima no cérebro que está relacionada com a doença, denominada CDK15, se tornasse hiperativa, como costuma acontecer em pessoas com a doença, e prejudicasse os neurónios, provocando o declínio cognitivo típico do Alzheimer.

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Quando os investigadores testaram o peptídeo nos animais, geneticamente modificados para revelarem sinais de Alzheimer e com a CDK5 hiperativa, detetaram que houve menos danos ao nível do seu ADN, neuroinflamação e perda de neurónios.

Além disso, a equipa observou melhorias nos comportamentos dos animais, relativamente aos ratos de um grupo de controlo que receberam uma versão diferente desse peptídeo: o primeiro grupo revelou melhores resultados num exercício que envolvia um labirinto aquático (conhecido por Morris water navigation task).

A equipa acredita que este peptídeo possa ser utilizado, no futuro, para tratar doentes com Alzheimer e outros tipos de demência. “Descobrimos que o efeito desse peptídeo é simplesmente notável”, disse Li-Huei Tsai, autor sénior do estudo, acrescentando que a equipa observou “efeitos maravilhosos em termos de redução da neurodegeneração e das respostas neuroinflamatórias”, mas também ao nível da reversão de défices comportamentais.

Os investigadores acreditam que os resultados do estudo, publicado no PNAS, possam servir como um ponto de partida para mais investigações com o objetivo de encontrar uma forma que possa reverter o efeito devastador da doença.

O Alzheimer é uma doença degenerativa crónica, em que os doentes vão perdendo capacidades de memória, concentração, atenção, linguagem e pensamento. Consequentemente, também ocorrem mudanças de personalidade e no comportamento. Apesar de não ter cura, quando os diagnósticos são feitos no estado inicial da doença, é possível amenizar alguns dos sintomas.

 

Fonte: Visão Saúde

 

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