quarta-feira, 29 de março de 2023

NYT: aflição está fazendo Ásia se armar para guerra que espera evitar

Os autores do artigo advertem que a Ásia-Pacífico está passando por um momento "bem armado", tendo países de toda a região aumentado suas capacidades de combate.

O artigo destaca que há décadas, a ascensão da Ásia fez dela um motor econômico para o mundo, amarrando a China e outros centros de produção da região à Europa e aos Estados Unidos.

"O foco era o comércio. Agora, o medo está se instalando, com a China e os Estados Unidos fechados em uma volátil disputa estratégica e com relações diplomáticas em seu pior momento em 50 anos", afirma a edição.

O jornal destaca as preparações bélicas realizadas por muitos Estados da Ásia-Pacífico, na maioria amplamente apoiadas pelos EUA.

"O Japão, após décadas de pacifismo, também está ganhando capacidades ofensivas inigualáveis desde os anos 40 com os mísseis Tomahawk norte-americanos. As autoridades americanas estão tentando acumular um gigantesco estoque de armas em Taiwan para torná-la um 'porco-espinho' [...] e as Filipinas estão planejando expandir as pistas e portos para abrigar sua maior presença militar americana em décadas."

Ao mesmo tempo, os autores observam que a China também aumentou suas capacidades militares.

Em particular, o artigo afirma que hoje a China gasta cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,55 trilhão) por ano com suas forças armadas, contra US$ 22 bilhões (R$ 114 bilhões) em 2000. É o segundo maior orçamento de defesa após o dos Estados Unidos de US$ 800 bilhões (R$ 4,15 trilhões).

"A Marinha chinesa já ultrapassou a Marinha dos EUA, alcançando 360 navios de guerra em 2020, em comparação com o total de 297 dos EUA", cita a edição os dados oficiais norte-americanos.

Além disso, em 2021, a China disparou 135 mísseis balísticos para testes, mais do que o resto do mundo combinado fora das zonas de guerra, de acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

 

       Tensões entre China e EUA são elevadas por erros de cálculo e sensacionalismo, diz SCMP

 

O jornal South China Morning Post destacou que os erros de cálculo das autoridades estão sendo agravados pelo sensacionalismo da mídia de ambos os lados.

As atuais tensões refletem os erros de cálculo em ambos os países, bem como as percepções errôneas pela mídia e dos chamados especialistas.

Além disso, o jornal chinês acredita que uma atitude menos "agressiva" de Pequim com Washington seja irreal, já que os EUA seguem com sua política de contenção e pressão, incluindo a aplicação de novas sanções contra o gigante asiático.

O SCMP também enfatizou que os norte-americanos continuarão usando a subversão e o conflito aberto para manter sua hegemonia global.

Sendo assim, o jornal destaca que enquanto houver os erros de cálculo pelas autoridades e o sensacionalismo da mídia, uma saída democrática será cada vez mais complicada.

Pequim e Washington devem calibrar novamente seus compromissos estratégicos, tentar normalizar a competitividade e reduzir a hostilidade, gerenciando a crise em vez de criá-la.

 

       Avanço nuclear dá à Coreia do Norte status de liderança militar na esfera de mísseis, diz analista

 

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) fez um avanço sem precedentes em seu programa de mísseis nucleares, tendo realmente alcançado o status de potência militar líder nesta esfera, afirmou o analista militar Igor Korotchenko para a Sputnik na terça-feira (28).

Anteriormente, o líder da RPDC, Kim Jong-un, ordenou que a produção de armas nucleares fosse aumentada "exponencialmente".

"Hoje, Pyongyang está trabalhando para comercializar todas as armas recém-testadas e, nesse sentido, a RPDC já atende aos critérios de uma potência militar moderna, pelo menos no campo de mísseis nucleares. A industria da defesa da RPDC é capaz e está pronta para cumprir as tarefas que lhe são dadas pela liderança do país", disse Igor Korotchenko, editor-chefe da revista Natsionalinaya Oborona (Defesa Nacional).

O interlocutor da agência observou que a indústria e a ciência norte-coreanas alcançaram sucessos "sem precedentes" para um país que está sob sanções há muitos anos.

A evidência do avanço do complexo militar-industrial da RPDC é a criação do seu próprio complexo móvel de mísseis terrestres com mísseis balísticos intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos.

O analista também lembrou outros novos tipos de portadores de armas nucleares da RPDC, incluindo o análogo do sistema russo Status-6 (veículo submarino não tripulado Poseidon).

Ao mesmo tempo, Korotchenko observou que o programa de mísseis nucleares da RPDC não tem a ver com planos de Pyongyang de começar uma guerra primeiro. Em sua opinião, a construção militar norte-coreana tem como meta principal impedir o início de conflito. "Infelizmente, não somos dominados por uma visão objetiva da Coreia do Norte. Muitas vezes a liderança deste país foi retratada de forma negativa. Na verdade, eles são pessoas totalmente responsáveis, sãs e adequadas que estabelecem como principal objetivo de seu programa nuclear evitar a agressão dos EUA, Japão e Coreia do Sul. A capacidade e prontidão da RPDC para realizar um ataque nuclear a fim de evitar a agressão dissuadirá aqueles que querem atacar este país", disse o analista.

A República Popular Democrática da Coreia realizou recentemente uma série de exercícios de verificação de armas nucleares. De 18 a 19 de março, a RPDC realizou um exercício de treinamento para melhorar suas capacidades táticas de dissuasão nuclear e de guerra e capacidade de contra-ataque, o que confirmou a confiabilidade dos "dispositivos e detonadores de controle de explosão nuclear".

Na semana passada, Pyongyang declarou que, de 21 a 23 de março, foram realizados testes de um novo sistema ofensivo subaquático. De acordo com a mídia estatal norte-coreana, essa "arma secreta" é o veículo subaquático nuclear não tripulado Haeil (Tsunami) que estava em desenvolvimento desde 2012 e passou por mais de 50 testes nos últimos dois anos, 29 dos quais foram realizados sob a liderança pessoal do líder do país, Kim Jong-un.

Nesta segunda-feira (27), dois mísseis balísticos táticos terra-terra foram usados para testar uma arma nuclear no ar.

•        Armas nucleares da Coreia do Norte são contra a própria guerra e não outros países, diz Kim Jong-um

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou que as armas nucleares norte-coreanas não são dirigidas contra outros países, e o "inimigo" das forças nucleares do país é a própria guerra e a catástrofe nuclear em geral.

Além disso, as autoridades de Pyongyang buscam paz e estabilidade na região, informa a agência estatal norte-coreana KCNA.

De acordo com a agência, na segunda-feira (27) Kim Jong-un liderou a adoção de armamento nuclear no serviço militar e ouviu relatório sobre os progressos realizados nos últimos anos relativamente ao reforço qualitativo e quantitativo das forças armadas nucleares da Coreia do Norte.

Kim Jong-un disse percorrer "firmemente um caminho verdadeiramente difícil e longo para possuir armas nucleares e declarou mais uma vez que o inimigo contra o qual as forças nucleares da Coreia do Norte devem lutar tendo acumulado uma poderosa força de dissuasão, não é um determinado país ou um coletivo, mas a própria guerra e a catástrofe nuclear, a linha do partido da Coreia do Norte para aumentar as forças nucleares visa consistentemente proteger a segurança eterna do Estado, paz e estabilidade na região", aponta comunicado divulgado pela KCNA.

O líder norte-coreano analisou em detalhes as características técnicas, estrutura de funcionamento de novas armas nucleares táticas, seus meios de uso e alvos operacionais.

Na semana passada, Pyongyang declarou que, de 21 a 23 de março, foram realizados testes de um novo sistema ofensivo subaquático. De acordo com a mídia estatal norte-coreana, essa "arma secreta" é o veículo subaquático nuclear não tripulado Haeil (Tsunami) que estava em desenvolvimento desde 2012 e passou por mais de 50 testes nos últimos dois anos, 29 dos quais foram realizados sob a liderança pessoal do líder do país, Kim Jong-un.

 

       Politico: Estônia fornece à Ucrânia armas velhas recuperando seus estoques com novas europeias

 

A Estônia está renovando seu arsenal às custas de seus vizinhos europeus, enviando os antigos estoques de armas para a Ucrânia, informa o jornal Politico.

"Eles estão enviando suas velharias para a Ucrânia e comprando material novo para si mesmos, financiado com dinheiro da UE", cita a edição um diplomata da União Europeia (UE).

Outro diplomata da UE acrescentou que os estonianos enviam armas antigas, que não são mais produzidas, e depois exigem reembolso com base nos preços de equivalentes modernos.

De acordo com a publicação, dados classificados do Departamento de Relações Exteriores e Defesa da UE mostram que seis países – Finlândia, Letônia, Lituânia, Estônia, França e Suécia – calcularam os pedidos de reembolso com base no preço de compra de novos materiais e não no valor real atual do que eles enviaram.

Segundo informações, a Estônia exigiu mais de € 160 milhões (R$ 899 milhões) por suas "doações" passadas à Ucrânia e foi reembolsada em € 134 milhões (R$ 752 milhões).

O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP) é um fundo não orçamental criado pela UE em março de 2021 para melhorar sua capacidade de prevenir conflitos e fortalecer a segurança internacional.

O fundo foi calculado em cerca de € 5,7 bilhões (R$ 32 bilhões) para o período de 2021-2027. Entretanto, a maior parte deste fundo já foi reservado para compensar parcialmente os fundos gastos em assistência militar à Ucrânia pelos Estados-membros da UE.

Por sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.

Além disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.

•        Alemanha vai comprar obuseiros no valor de até € 475 milhões, diz Bloomberg

A Alemanha comprará dez obuseiros autopropulsados e de acionamento rápido da Krauss-Maffei Wegmann GmbH & Co. KG no valor de € 185 milhões (R$ 1,04 bilhão), que pode ser mais que dobrado, afirma a Bloomberg.

"O governo tem a opção de comprar mais 18 dos sistemas de artilharia a um custo de cerca de € 290 milhões [R$ 1,63 bilhão], levando o investimento total para cerca de € 475 milhões [R$ 2,66 bilhões]", diz o artigo.

A publicação espera que o plano seja aprovado pelo Comitê de Orçamento do parlamento alemão na reunião da quarta-feira (29).

A encomenda é parte de uma atualização mais ampla das Forças Armadas que vai reabastecer os próprios estoques da Alemanha depois que o governo de Berlim enviou dez obuseiros à Ucrânia, de acordo com a Bloomberg.

O artigo destaca que, no ano passado, o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, anunciou a criação de um fundo especial no valor de € 100 bilhões (R$ 561,8 bilhões) para "tentar reverter anos de subinvestimento nas Forças Armadas da Alemanha".

Por sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.

Além disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.

 

       Conflito na Ucrânia deve terminar 'agora mesmo', afirma Trump

 

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o conflito na Ucrânia "deve terminar agora mesmo", repetindo sua tese de estar pronto para alcançar um acordo em apenas 24 horas.

"Isso é inacreditável, temos pessoas [no governo americano] que não sabem o que fazem. Se [o conflito] não for parado, eu mesmo vou tomar uma decisão em 24 horas, com Putin e Zelensky. Serão negociações simples, contudo, não vou revelar como serão, pois nesse caso não poderei realizar meu plano e ele não funcionará", afirmou Trump à emissora Fox News.

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.

O Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.

De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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