terça-feira, 28 de março de 2023

Mundo não pode se dar ao luxo de permitir conflito EUA-China, segundo premiê de Singapura

Lee Hsien Loong criticou o aumento das tensões sino-americanas, que vê como possíveis de resolver "gradualmente" ao longo dos anos, sem ser "fácil".

Lee Hsien Loong, primeiro-ministro de Singapura, advertiu sobre o agravamento das relações entre os EUA e a China, particularmente à medida que o poder político e econômico da China no mundo cresce.

"O mundo não pode se dar ao luxo de permitir um conflito entre a China e o resto do mundo, e em particular entre a China e os EUA", disse Lee em uma entrevista com a emissora chinesa CCTV no início de março, cuja transcrição foi divulgada no sábado (25) pelo gabinete do premiê.

A China "é muito mais próspera, [sua] contribuição para a economia mundial é muito maior, e sua voz nos assuntos internacionais é muito maior", acrescentou Lee.

"Acho que é preciso dar um passo a passo, estabilizar as relações e depois construir gradualmente a confiança, e gradualmente tentar seguir em frente. Mas levará tempo. Não é fácil e há pressões políticas de ambos os lados", de acordo com a agência norte-americana Bloomberg.

Segundo a agência norte-americana Bloomberg, Washington agora espera que um telefonema entre os presidentes norte-americano e chinês Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente, não aconteça tão cedo. Tal acontece em meio à continuação da deterioração das relações entre os dois poderes mundiais, com os EUA abatendo um suposto balão da China sob seu território e declarando que Pequim está considerando fornecer ajuda letal a Moscou só neste ano.

•        China cria nova tecnologia furtiva para submarinos que pode 'bloquear' sonares dos EUA

Uma equipe de cientistas militares chineses desenvolveu um novo dispositivo que pode ajudar os submarinos a neutralizar os sonares inimigos.

O equipamento é semelhante a um tijolo fino ou mosaico e é baseado na tecnologia de material de magnetostricção gigante (GMM).

Os sons de baixa frequência produzidos pelo dispositivo podem atingir uma intensidade de até 147 decibéis, o que é mais alto do que um concerto de rock e suficiente para "neutralizar" alguns dos sonares ativos mais poderosos usados pelos militares dos EUA ou seus aliados, de acordo com a equipe do Instituto de Tecnologia de Pequim.

Além disso, seu mecanismo conta com elementos de terras raras, cujas reservas se concentram principalmente na China, segundo o jornal South China Morning Post.

O pequeno mosaico pode ser integrado por todo o casco da embarcação para lidar com feixes de sonar de diferentes direções.

Ele também pode analisar a frequência do sonar inimigo e emitir ondas de som de baixa frequência e alta intensidade que podem fazer com que a poderosa tecnologia de sonares do Exército dos EUA e seus aliados fique inoperante, pois confunde o submarino com a água.

Os pesquisadores juntaram todos os componentes em um pequeno formato, mantendo uma alta potência de saída, permitindo a instalação rápida em submarinos, bem como sua adequada operação e manutenção a longo prazo nas profundezas dos oceanos.

"A unidade de emissão é leve, operável em uma ampla gama de frequências com alta eficiência e resistente à pressão", afirmou a equipe de cientistas.

 

       Moscou: política dos EUA é moldada por empresas causadoras de caos mundial para lucrar mais e mais

 

A política americana é moldada por corporações que semeiam tensão no mundo para atingir lucros multibilionários, afirmou o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev.

"Ao falar em defesa da concorrência, as autoridades americanas tornaram a economia do país dependente de conexões corruptas e lobistas que se estendem até a Casa Branca e o Capitólio", disse Patrushev em entrevista à Rossiyskaya Gazeta antes da segunda Cúpula para a Democracia, iniciada pelos Estados Unidos.

Em suas palavras, o processo político nos Estados Unidos se transformou em um choque de corporações que colocaram seu próprio povo em posições-chave de poder.

As empresas "também moldam a política externa, procuram manter o domínio internacional, criam focos de tensão em todo o mundo para seus ganhos de bilhões de dólares em vários contratos, cuja suposta transparência eles próprios controlam", acrescentou ele. Durante a sua entrevista, o secretário do Conselho de Segurança russo comentou a atitude dos Estados Unidos sobre outros países que participarão da segunda edição da Cúpula para a Democracia.

"Falando hipocritamente da liberdade de escolha, os Estados Unidos, que se nomearam os principais ditadores do mundo, simplesmente zombarão dos países onde sua própria soberania e democracia foram pisoteadas", ressaltou Patrushev.

Segundo ele, os adversários geopolíticos serão ouvidos para expressar deliberadamente acusações falsas de crimes de guerra e corrupção, mas, como sempre, fecharão os olhos para os verdadeiros atos de genocídio e fraude financeira perpetrados com a aprovação da Casa Branca.

A primeira Cúpula para a Democracia, que também foi iniciada pelos EUA, aconteceu em dezembro de 2021. A segunda cúpula está agendada para 28-30 de março.

 

       Conselho dos países do golfo Pérsico insta os EUA a responder às ações anti-palestinas

 

Os chanceleres dos países-membros do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (GCC, na sigla em inglês) enviaram ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, uma carta conjunta na qual exigem responder a todas as declarações contra os palestinos, informou a emissora Al-Arabiya.

"O pedido pede aos EUA que assumam a responsabilidade de responder a todas as medidas e declarações contra o povo palestino", informou o veículo, citando o secretário-geral da GCC, Jassim Al Budaiwi.

O secretário-geral acrescenta ainda que os ministros pedem a Washington que contribua para uma solução justa e abrangente para o conflito israelense-palestino.

O tema principal da carta é a condenação das declarações do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que disse anteriormente que "os palestinos não existem porque os povos palestinos não existem". No dia 19 de março, Smotrich fez um discurso em Paris, onde destacou que o povo palestino é uma nação fictícia, inventada apenas para lutar contra o movimento sionista.

Nesse mesmo dia, Palestina e Israel concordaram, durante uma reunião de segurança na cidade egípcia de Sharm el Sheikh, em estabelecer um mecanismo de combate à violência, incitação e atos que possam provocar o aumento das tensões.

 

       Comando dos EUA reconhece ter treinado militares que lideraram golpes de Estado na África

 

O congressista republicano Matt Gaetz interrogou na quinta-feira (23) o general Michael Langley, chefe do Comando dos EUA na África (AFRICOM, na sigla em inglês), sobre o número de soldados africanos treinados por militares americanos.

Nas últimas décadas, um grande número de soldados africanos recebeu treinamento militar americano e, posteriormente, alguns deles lideraram golpes de Estado.

Gaetz citou como exemplo o coronel Mamady Doumbouya, um militar guineense altamente capacitado que, alguns meses antes de atacar o palácio presidencial e derrubar o presidente de Guiné Bissau, Alpha Condé, em setembro de 2021, treinou com as Forças Especiais do Exército dos EUA, também conhecidas como Boinas Verdes.

Por sua vez, Langley afirmou que as Forças Armadas norte-americanas transmitiram "os valores fundamentais" a todos os soldados treinados.

Outro líder golpista exposto pelo congressista foi Paul-Henri Sandaogo Damiba, tenente-coronel de Burkina Faso.

Sandaogo Damiba liderou um golpe de Estado no seu país em janeiro de 2022 e derrubou o presidente eleito do país, Roch Marc Christian Kaboré.

Em suas declarações, Langley observou que o Exército dos EUA treinou no mínimo 50 mil soldados africanos.

"Por que os contribuintes americanos devem pagar para treinar pessoal que lidera golpes de Estado na África? [...] Acredito que poderíamos usar nossos recursos de maneira muito mais efetiva do que esta", questionou Gaetz.

 

       OTAN liberou toneladas de urânio empobrecido na Iugoslávia, denuncia especialista

 

As munições de urânio empobrecido se tornaram um tema muito discutido nos últimos anos, depois de Londres anunciar a intenção de fornecê-las a Kiev para serem usadas no conflito.

As preocupações sobre o risco à saúde representado pelos subprodutos dessas munições foram discutidas anteriormente, após o uso de projéteis de urânio empobrecido pelas forças da OTAN em vários conflitos na década de 1990, como a Guerra do Golfo em 1991, a guerra na Bósnia e Herzegovina e o ataque à Iugoslávia em 1999.

O toxicologista e ex-diretor do Centro de Defesa Radiológica em Belgrado dr. Radomir Kovacevic afirmou à Sputnik que quatro relatórios sobre este assunto foram publicados por diferentes grupos de especialistas, incluindo o Programa Ambiental das Nações Unidas, com apenas um deles contando com especialistas da Sérvia.

"Este relatório mostrou exatamente o que foi encontrado. Incluindo que o urânio foi encontrado no ar; a presença de plutônio também foi estabelecida [...] Eles tiveram de admitir que dispararam 31.000 mísseis, o que equivale a aproximadamente nove toneladas. Nosso Exército afirmou que eram de 45.000 a 51.000 mísseis, ou seja, 15 toneladas. Fontes russas dizem que cerca de 90.000 mísseis ou cerca de 30 toneladas de urânio empobrecido foram usados", afirmou o especialista.

Além disso, o especialista compartilhou alguns detalhes sobre as pessoas entrevistadas em áreas contaminadas com urânio empobrecido na Sérvia.

"Lembro-me de um homem, um serralheiro, no povoado de Borovac, que tinha uma concentração de 3.759 nanogramas por litro de urina, ou seja, 3,7 miligramas [...] Penso que esse homem tenha morrido há muito tempo. Estas são as concentrações de urânio que encontramos em nossos oficiais, embora estivessem totalmente equipados", observou.

Kovacevic ainda recordou que as pessoas na região tinham uma concentração média da substância tóxica de 36 a 231 nanogramas por litro de urina, quando não deveriam apresentar qualquer indicação, e que muitos dos especialistas de sua equipe envolvidos na pesquisa acabaram morrendo de câncer.

 

       Legislador da Alemanha diz que Berlim foi privada de 'escolher entre o gás russo e o dos EUA'

 

Os ataques ao Nord Stream estão forçando a Alemanha a substituir sua dependência do gás russo pelo gás norte-americano mais caro e prejudicial, disse Andrej Hunko, membro do Comitê de Política Internacional do parlamento alemão (Bundestag). Em suas palavras, a sabotagem fazia parte de uma guerra econômica travada pelos EUA.

Andrej Hunko lembrou que a Alemanha costumava obter gás natural mais barato da Rússia por meio dos dois gasodutos, mas devido à sabotagem contra o Nord Stream (Corrente do Norte), essa opção não está mais disponível. Por outro lado, sublinhou o político, "agora recebemos muito gás dos Estados Unidos, gás natural liquefeito [GNL], que é muito mais caro e pior do ponto de vista ambiental".

"A dependência do gás russo agora se tornou uma dependência do gás dos EUA, o que também é um problema. A Alemanha foi privada da possibilidade de escolher qual gás é melhor, mais barato e qual é melhor do ponto de vista ambiental", disse Hunko ao Global Times.

De acordo com Hunko, o comitê está debatendo se os gasodutos Nord Stream podem ser reparados, mas de qualquer forma agora não há essa possibilidade. O legislador acrescentou que a sabotagem dos gasodutos é uma espécie de guerra econômica não só contra a Alemanha, mas também contra a União Europeia (UE), e que a disposição dos órgãos da comunidade política em investigar o crime foi ainda pior do que em Berlim.

"Quem se beneficia com isso? Está claro. Predominam os países que exportam gás para a Alemanha, principalmente os Estados Unidos", disse Hunko.

No entanto, o legislador explicou que isto significa não só um aumento do preço do gás para a população alemã, mas também um problema para a indústria nacional, uma vez que o modelo econômico do país depende em grande medida de preços baixos da energia, mão-de-obra altamente qualificada e exportações.

"E quando os preços da energia sobem assim, as grandes empresas não estão mais tão interessadas em ficar na Alemanha. Agora algumas estão se mudando para os EUA. É uma espécie de competição econômica entre EUA, Alemanha e Europa", acrescentou.

Em um contexto de rejeição das entregas de gás russo devido à operação militar especial na Ucrânia, o governo alemão está promovendo ativamente a construção de terminais de recepção de importação de GNL. Eles consistem principalmente em navios e infraestrutura em terra e podem ser colocados em funcionamento mais rapidamente do que os terminais fixos. Um total de 11 terminais de GNL deverão estar em operação até 2026, três deles estacionários.

No entanto, o custo dos terminais flutuantes de GNL a serem construídos na Alemanha mais do que triplicou para € 10 bilhões (cerca de R$ 56,3 bilhões) até dezembro de 2022. De acordo com o Ministério da Economia, este é o "valor máximo de custos antecipados que podem ocorrer entre 2022 e 2038".

Entretanto, apesar da necessidade das empresas de energia russas, os EUA e a UE promoveram sanções contra o gás e o petróleo de Moscou, cancelando o início das operações do gasoduto Nord Stream 2, que facilitaria a distribuição desta energia para a Europa e até permitiria que países como a Alemanha vendessem gás. Outro obstáculo foram os ataques ao Nord Stream 1, que a Procuradoria-Geral da Rússia nomeou o caso como terrorismo internacional.

•        EUA se converteram em 'república de bananas' com abusos de poder e corrupção, diz Trump

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou no sábado (25) que seu país se converteu em uma "república de bananas", destacando os "abusos de poder" observados em todos os níveis do governo norte-americano.

"Os abusos de poder que atualmente estamos presenciando em todos os níveis do governo serão recordados entre os mais vergonhosos, corruptos e depravados de toda a história norte-americana", declarou Trump em um comício no Texas.

Além disso, Trump afirmou que o país está se convertendo em uma "república de bananas do terceiro mundo", destacando os problemas em proteger suas fronteiras e o processo eleitoral, entre outros.

No início de março, Trump criticou o atual presidente americano, Joe Biden, pela situação econômica no país, destacando as perturbações que estão ocorrendo no setor bancário norte-americano.

"Teremos uma grande depressão, muito maior e mais poderosa do que a de 1929. Uma prova é que os bancos já estão entrando em colapso!", afirmou Trump.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário