quinta-feira, 9 de março de 2023


 Cientistas fazem descobertas pré-históricas no Semiárido Baiano

O planeta tem cerca de 4 bilhões de anos. Durante os milênios, diversos acontecimentos marcaram a terra e fizeram dela o que é hoje. Para entender a trajetória humana no mundo, cientistas estudam e analisam os vestígios deixados pelos antepassados. Por isso, pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), vinculado ao PPGEcoH, sob a orientação da professora Cristiana Santana, desenvolveram um projeto arqueológico com o objetivo de compreender mais a história do Semiárido Baiano.

As pesquisas foram iniciadas no ano de 2009, em algumas cidades do semiárido baiano. Hoje, segundo Cristiana, o projeto cresceu e atende boa parte da região. “O estudo apresenta uma amplitude de áreas pesquisadas. Analisamos uma vasta extensão do semiárido baiano desde o norte do Estado até o Sudoeste, além de realizarmos pesquisas também no Litoral. O tamanho do território estudado nos diferencia de outros grupos de pesquisas. Em relação ao período das descobertas, temos estudos em sítios arqueológicos com várias datações desde pré-históricos até momentos históricos”.

De acordo com a orientadora, diversos resultados importantes foram obtidos. “Encontramos sítios pré-coloniais antiquíssimos de ocupações humanas em cavernas de ferro em Caetité, um deles datado em 9.400 anos antes do presente. Tem a escavação de um garimpo de Cristal de Quartzo em Campo Formoso, que enviou cristais para os Estados Unidos como parte dos esforços da Segunda Guerra Mundial. Nesse sítio achamos pães que foram conservados nas cinzas do forno da padaria do antigo Garimpo. Os pães têm hoje 80 anos. Ainda nesse município, descobrimos pinturas rupestres em uma área escura da caverna”, explica Cristiana Santana.

O projeto tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Realizamos também a divulgação científica. Temos um espaço dentro da Uneb para exposições e estas são visitadas por estudantes do ensino básico, especialmente do ensino público. Nossos espaços recebem por volta de três mil alunos por ano. Pretendemos também criar a graduação em Arqueologia na Uneb de Senhor do Bonfim”, destaca a pesquisadora.

Além de Cristiana, a equipe da pesquisa conta com a participação dos professores Francisco Hilder e Fátima Cristina Oliveira, a pesquisadora externa Joyce Avelino, a técnica Márcia Cristina, o especialista Gilmar D’Oliveira, os auxiliares Damásio Torres, Reuber Leandro e Hélio Augusto e os alunos Mardson Miguel, Raquel Alves, Sarah Catarina e Anderson da Silva.

 

 

Fonte: Tribuna da Bahia

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