Acompanhando diariamente a movimentação dos principais candidatos ao
governo da Bahia, chegamos à conclusão, diante das promessas feitas a cada visita a uma região, que o
Estado na fase atual se encontra em tal situação de miséria, em termos
organizacionais e administrativos, que ousaria até afirmar que o barco está a
deriva, tamanho o volume de críticas, as quais não tem partido apenas da
oposição, as quais teriam até sentido, pois para eles, quanto pior melhor, mais, e
principalmente, tomando por base as propostas apresentadas pelo candidato da situação,
onde afirma claramente que na Bahia tudo está por fazer e por acontecer, dando
a entender que nada existe em relação a projetos estruturantes no atual
governo.
E olha que estamos falando de um candidato que passou quase os 08 anos
em cargos de relevo e de tomada de decisões, sendo considerado se não o mais
forte, mais um dos mais fortes assessores do atual governo baiano.
Pelas promessas que temos ouvido e lido, os candidatos dão a entender
que dinheiro na sua gestão não será problema, apesar de reconhecerem que o
Estado, na atual gestão passa por dificuldades financeiras, fruto de uma
administração que cometeu erros primários, os quais por certo eles não cometerão
e a grana irá jorrar as fartas.
Agora, como irão transformar o estado atual de penúria em um novo
eldorado, isto eles não dizem, talvez possuam uma varinha de condão às
escondidas, ou por certo, estarão a espera de passar as eleições e depois de
empossado o vencedor, aí começará o chororô e as mesmas desculpas de sempre
pelas promessas mão cumpridas, engavetadas e ou esquecidas. De repente ficarão
com amnésia.
As propostas até agora apresentadas sobre forma de promessas, todas,
tanto da oposição como situação, nada mais são do que críticas veladas a
inoperância do Governo Wagner, um gestor que muito prometeu, que levou sonhos à
população e pouco realizou, fruto da incompetência como administrador e pelas
escolhas erradas de profissionais para assessorá-lo, cuja escolha primou por
optar por pessoas do seu círculo de amizade ou partidária, mesmo que não
tivessem méritos para exercer a função determinada. E o pior, que as burradas
continuam se sucedendo até os dias atuais.
Isto ocorreu nas indicações para secretárias e órgãos vitais, como na Fazenda, por exemplo, onde está localizado o
coração do funcionamento da máquina administrativa, que teve por quase sete
anos um dos piores profissionais que já assumiram aquela secretaria, cujo
mérito maior, foi desmontar toda estrutura fazendária, levando o Estado quase a
falência. Como ela, outras enfrentaram os mesmos problemas em relação a escolha
do gestor, com nomes sem qualquer conhecimento técnico da área. Em outras, as
dificuldades criadas em razão das constantes substituições do seu titular, como
no caso do Planejamento, outro órgão vital para a estrutura administrativa.
Aliado a escolhas de nomes sem méritos para os cargos, os desmandos da
gestão se acumularam ao promover o inchaço da máquina estatal, criando inúmeras
secretarias e órgão, com um único objetivo, o de atender aos partidos aliados e
ou para cooptar novos partidos e ou políticos fisiologistas que não sabem viver
sem se servir dos cargos públicos, e logicamente sempre próximos ao Poder.
Transformaram a máquina pública em um monstrengo difícil de gerir e
cujas secretarias e órgãos criados que até hoje a sociedade, que é quem
financia, sequer sabe que existem e que por certo funcionariam muito melhor se fosse um departamento ou até
mesmo uma gerencia subordinada a uma secretaria.
Diante desse de quadro de ineficiência até se entenderia as críticas da
oposição, mais não se compreende, pelo menos até o momento, que a situação não
apresente à sociedade, propostas de continuidade de um governo o qual eles
dizem ser exitoso, mas que nas suas andanças pela Bahia, pelo menos nas
promessas, demonstra que tudo que aí está deve ser modificado e muita coisa
deve ser criada e ou projetada.
Prometem no sertão construir barragens e buscar soluções para a seca,
prometem no sul regionalizar a saúde, prometem no recôncavo construir
hospitais, prometem no Oeste vias de escoamento da produção. E vão por ai
prometendo. Por onde passam é só promessas, dando a entender que a Bahia será
outra sobre o seu controle. Não se vê a continuidade ou conclusão de qualquer
projeto do governo atual. Estranho não? Será que nada está sendo feito ou o que
foi feito não presta?
Diante de tantas promessas, o eleitor fica sem entender qual a sua
participação, pois tentam confudi-lo com propostas miraculosas e encherem sua
cabeça de sonhos, que sabem que jamais tornarão em realidade. Querem apenas o
voto. Isto é certo.
Não entendem os candidatos que a população já está cansada de sonhos e
fantasias e o que ela deseja na realidade, são coisas simples, sem muitas promessas.
O que a sociedade quer são hospitais públicos, postos e outros serviços
da área de saúde funcionando e bem, onde se estirpe do seu dia a dia o câncer
maldito da ingerência política, onde para ser atendido tem que ter um bilhete
de um político e os cargos loteados por nomes indicados por deputados,
prefeitos e ou financiadores de campanha. Que o dinheiro seja aplicado de forma
planejada e correta, sem o vício da corrupção e sem roubalheira ou desvio de
finalidades.
O que a população quer é ver a escola pública funcionando e bem, com
professores bem remunerados, motivados, sendo lhes dada as condições de
trabalho ideias para que possam bem executar sua tarefa. O que se deseja são
escolas com o mínimo de conforto, climatizadas bem equipadas que tragam ao
aluno o desejo e a vontade de nela ficar ou permanecer, com boas bibliotecas e
área para a prática esportiva.
O que a população deseja, é ter a certeza que vai sair de casa para
trabalhar, ir ao comércio ou sair para o lazer e ter a certeza que voltará para
o seu lar sem ter sofrido agressões, seja por marginais ou pela própria
polícia, que esconde na violência contra o cidadão a sua incompetência em não
saber combater eficientemente o crime. O que cidadão quer é segurança para si,
familiares, seu patrimônio e para toda sociedade.
O que a população quer, são políticas publicas voltadas para o
atendimento ao homem do campo, de enfrentamento da seca de forma que o
sertanejo possa viver e conviver harmoniosamente com os longos períodos de estiagem,
acabando de vez o famigerado ‘carro pipa’,
que só serve para enriquecer uma minoria de políticos mal intencionados e
acoloiados pelo Poder, fazendo dessa necessidade moeda de troca eleitoral,
transformando o homem do campo em eleitor encabrestado.
O que a população quer, é uma política pública voltada para facilitar e
baratear o custo da produção, seja agrícola ou industrial, implantando um modal
de transporte onde se utilize não apenas as rodovias para o seu escoamento,
mais incluir neste modal o transporte ferroviário, fluvial e marítimo. O que se
quer é que se monte uma infraestrutura eficiente e eficaz de mobilidade urbana e
rural.
Enfim o que a sociedade quer e esperar é um serviço público eficiente e
voltado para atender aos interesses de todos e não um Estado onde as ações são
voltadas para atender os interesses de uma minoria que sempre vive à sombra do
Poder.
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