quarta-feira, 4 de setembro de 2024

BRICS pode livrar o mundo da hegemonia do dólar, diz político turco

O BRICS é capaz de livrar o mundo da hegemonia do dólar, o sistema ocidental não vai ter chance de se opor a uma alternativa à moeda norte-americana, disse Hakan Topkurulu, vice-presidente do Partido Vatan (Pátria) da Turquia, citado pelo jornal Aydinlik.

O dólar é um dos poucos instrumentos do poderio dos Estados Unidos e os americanos estão provocando eles próprios a saída dos atores econômicos mundiais do sistema do dólar, disse recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, na sessão plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês).

"As discussões no BRICS estão ocorrendo no quadro das medidas para os países se livrarem do dólar. Assim que houver uma alternativa ao dólar e ao sistema de pagamentos imposto ao mundo pelos EUA, até mesmo os países que atualmente não são membros do BRICS se prepararão para rejeitar a hegemonia do Ocidente. A hegemonia do dólar é o alicerce econômico sobre o qual o sistema norte-americano assenta. Se surgir uma alternativa, o sistema ocidental não vai ter chance de resistir a ela", disse o político turco.

Os EUA, acrescentou, precisam aumentar as taxas de juros para manter o dólar como uma moeda procurada.

"O aumento das taxas de juros está encarecendo os empréstimos do governo e tornando insustentáveis a indústria, o comércio e, especialmente, o sistema de crédito imobiliário, no qual se baseia a economia dos EUA", destacou.

Anteriormente, Kim Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom, fundador dos sites de compartilhamento de arquivos Megaupload e Mega, disse que vale a pena apoiar a iniciativa do BRICS de desdolarizar o mundo.

A presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko, sublinhou no início de agosto que o sistema de pagamento SWIFT e o dólar se desacreditaram.

Segundo ela, o BRICS pode criar uma plataforma de pagamentos e câmbio digital multilateral, o BRICS Bridge.

Segundo Matvienko, os respectivos documentos estão sendo preparados pelo Ministério das Finanças e pelo Banco Central da Rússia.

A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.

<><> Ex-presidente dos EUA Trump não será capaz de parar a desdolarização global, diz empresário

Empresário alemão-finlandês e fundador do Megaupload, um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos, Kim Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom, escreveu na sua página do X que o ex-presidente Donald Trump não será capaz de parar a desdolarização global e o colapso da economia dos EUA.

"Trump não poderá parar a desdolarização e o colapso iminente da economia dos EUA, a menos que ele possa parar os rios com as próprias mãos", escreveu ele.

Segundo Kim Dotcom, Trump poderia vencer a próxima eleição presidencial dos EUA por uma margem significativa se ele for honesto com os americanos sobre os tempos difíceis pela frente e apresenta-lhes seu plano para sair da crise econômica.

O empresário também afirmou anteriormente que a aspiração do BRICS para a desdolarização no mundo deve ser apoiada.

 

¨      MRE: prioridade da política externa russa é reorientação das relações econômicas para o Sul Global

O desenvolvimento das relações econômicas com os países do Oriente e do Sul Global é uma das áreas mais importantes da política externa russa diante da difícil situação geopolítica, disse Dmitry Birichevsky, diretor do Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, à Sputnik.

Uma das principais áreas de trabalho do Departamento de Cooperação Econômica, explicou o diplomata, é garantir os interesses russos na estrutura da diplomacia econômica multilateral.

"Nas condições da guerra econômica que nos foi declarada de fato, os objetivos de reorientação das relações econômicas externas em direção aos países do Oriente e do Sul Global vem em primeiro lugar. A situação é complicada por isso estar acontecendo no contexto do domínio contínuo do Ocidente nas estruturas de governança global. Nesse ambiente difícil, a diplomacia econômica representa uma das áreas mais importantes da política externa russa", disse.

Segundo ele, a politização da economia global faz com que os países da "maioria global" estejam deixando gradualmente de usar "moedas tóxicas", como o dólar, que se desacreditou pela irresponsável política macroeconômica ocidental, inflação e interrupções nas cadeias de suprimento internacionais, bem como problemas contínuos no sistema bancário dos países desenvolvidos.

"Os países do Sul Global não estão satisfeitos com o fato de o dólar ter se transformado de um meio de pagamento e poupança em uma arma contra os indesejados. Qualquer Estado cuja orientação política, por algum motivo, não agrade ao Ocidente coletivo corre o risco de enfrentar sanções e se tornar vítima de uma agressão financeira e econômica em grande escala por parte de Washington e seus satélites", disse Birichevsky.

Devido a isso, os países não ocidentais, de acordo com ele, "chegam à conclusão de que um mundo com várias moedas é inevitável, como base para uma nova ordem mundial multipolar".

Contudo, ainda é difícil falar sobre uma moeda única do BRICS porque esse projeto ainda está na fase de estudo de especialistas.

"No momento, a associação [BRICS] está discutindo ativamente questões relacionadas à criação de mecanismos independentes de pagamento e câmbio que sejam resistentes à pressão de sanções. A possibilidade de lançar uma infraestrutura para transações internacionais usando moedas digitais dos bancos centrais e outros instrumentos digitais está sendo considerada", afirmou.

Birichevsky acredita que a criação de tal plataforma poderia aproximar os mercados financeiros dos países-membros do BRICS e incentivar o comércio bilateral.

A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.

<><> Metade dos 36 líderes convidados para a Cúpula do BRICS em Kazan confirmam participação, diz Kremlin

Os líderes de 36 países foram convidados para a cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, disse o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, nesta segunda-feira (2).

"A propósito, 18 dos 36 líderes que convidamos já confirmaram sua participação", disse Ushakov aos repórteres.

Representantes de associações e líderes de países que se candidatam à filiação à organização ou cooperação foram convidados para a cúpula do BRICS em Kazan, disse o funcionário.

A Rússia considera o lançamento de formatos de interação uma conquista importante de sua presidência do BRICS, garantiu o assessor.

"A maioria dos eventos planejados foi implementada com sucesso. Mais de 60% do plano de ação foi implementado. Cerca de 140 eventos foram realizados. Esses eventos foram realizados em 13 cidades da Rússia e do exterior", disse Ushakov.

<><> Turquia no BRICS

A Turquia solicitou oficialmente a adesão ao BRICS, informou a Bloomberg nesta segunda-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Ancara espera que essa medida aumente sua influência global, bem como crie laços com aliados não ocidentais, informou a agência de notícias.

O BRICS foi estabelecido em 2009 como uma plataforma de cooperação para as maiores economias emergentes, unindo Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul se juntou ao grupo em 2010.

A Rússia assumiu a presidência rotativa do bloco no dia 1º de janeiro deste ano. No mesmo dia, o BRICS expandiu sua filiação para incluir Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

¨      Apesar das sanções, países da União Europeia aumentam importações de gás russo, diz diplomata

Os países da União Europeia (UE) seguem aumentando as compras de gás russo, informou o diretor do Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Dmitry Birichevsky.

"Apesar do plano da UE adotado em maio de 2022 para reduzir as importações de hidrocarbonetos da Rússia, as estatísticas comerciais europeias mostram que as importações de gás russo nos países da União Europeia têm tendência de aumento. Assim, no primeiro semestre deste ano, a UE importou mais gás natural da Rússia do que em janeiro-junho de 2023", disse o diplomata.

Segundo especificou Birichevsky, até a data, a parcela do gás russo no total das importações da UE é de 15%.

Em particular, o diplomata observou que a França dobrou suas importações de gás natural liquefeito (GNL) russo no primeiro trimestre deste ano – de 2 para 4,4 bilhões de metros cúbicos, com uma parte significativa indo para reexportação. Ele destacou também que a Grécia no ano passado quadruplicou a importação de gás russo.

¨      Países Baixos alocarão € 200 milhões para Ucrânia, diz primeiro-ministro holandês

Os Países Baixos decidiram alocar um novo pacote de ajuda no valor de mais de € 200 milhões (R$ 1,24 bilhão) à Ucrânia para reparar a infraestrutura energética e ajuda humanitária, disse o primeiro-ministro do país, Dick Schoof, na segunda-feira (2).

O primeiro-ministro holandês disse que havia se reunido com o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky na cidade de Zaporozhie, controlada pelas Forças Armadas da Ucrânia.

"Devemos fazer todo o possível para ajudar a Ucrânia a continuar avançando. Nas linhas de frente, mas também na vida cotidiana das pessoas. É por isso que os Países Baixos estão fornecendo um novo pacote de apoio substancial no valor de mais de € 200 milhões", escreveu Schoof em sua página da rede social X.

Ele observou que esses fundos são destinados à proteção e ao reparo da infraestrutura energética da Ucrânia, bem como à ajuda humanitária.

O valor total da ajuda militar que os Países Baixos forneceram à Ucrânia em 2023 atinge € 1,6 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões).

 

¨      Síndrome de Havana foi pretexto para os EUA endurecerem sanções contra Cuba, afirma Díaz-Canel

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, denunciou este domingo (1º) que a manipulação do estado de saúde de vários diplomatas norte-americanos na ilha foi usada como pretexto para o governo norte-americano endurecer as sanções contra Cuba.

"A falsa síndrome de Havana não se sustenta em estudos. Mas a mídia esquece de mencionar que foi um vil pretexto incluir Cuba na lista dos patrocinadores do terrorismo e reforçar o bloqueio genocida com mais de 240 medidas. Obra de [Donald] Trump que [Joe] Biden mantém", expressou o presidente cubano na sua conta na rede social X.

A fala de Díaz-Canel vem em resposta a uma reportagem da CNN publicada na sexta-feira (30). A mídia norte-americana afirmou que os Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) cancelaram sua investigações sobre a "síndrome de Havana" devido a falta de ética dos participantes.

Uma investigação interna do instituto revelou que pessoas foram coagidas a participar da pesquisa.

É conhecida como "síndrome de Havana" uma doença misteriosa que acometeu uma série de espiões, soldados e diplomatas norte-americanos em diversas partes do mundo a partir de 2016. A doença foi batizada com este nome pois teria surgido na capital cubana.

Os sintomas seriam repentinos e debilitantes, sem origem conhecida, e incluem tonturas extremas e dores de cabeça, similares a um traumatismo craniano. Desde então, pelo menos 1.500 casos foram relatados entre funcionários dos EUA estacionados em 96 países, informaram autoridades no ano passado.

De acordo com a reportagem da CNN, algumas das pessoas que relataram já terem estado doentes afirmaram que a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) as obrigou a participar na investigação como pré-requisito para a obtenção de cuidados de saúde.

Apesar dos relatos de sintomas por funcionários federais, acrescenta o artigo, nenhum dos estudos encontrou nada definitivo que pudesse causar problemas de saúde.

O texto acrescenta que os investigadores do NIH examinaram os cérebros de pessoas que se diziam acometidas com a síndrome e não encontraram nenhuma evidência consistente de lesões cerebrais. Também não houve diferenças significativas entre esse grupo e um grupo de controle saudável.

Em um outro estudo, cientistas do NIH realizaram uma bateria de testes em 86 funcionários do governo dos EUA e seus familiares que relataram ter a síndrome de Havana, comparando seus resultados com 30 pessoas que tinham empregos semelhantes, mas não apresentavam sintomas. Na maioria dos indicativos clínicos de saúde os dois grupos eram iguais.

A reportagem destaca que durante muito tempo se especulou sobre um novo tipo de arma como causa desta doença. No entanto, a comunidade de inteligência dos EUA disse no ano passado que não poderia vincular nenhum caso a um adversário estrangeiro.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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