BRICS pode livrar o mundo da hegemonia do
dólar, diz político turco
O BRICS é capaz de
livrar o mundo da hegemonia do dólar, o sistema ocidental não vai ter chance de
se opor a uma alternativa à moeda norte-americana, disse Hakan Topkurulu,
vice-presidente do Partido Vatan (Pátria) da Turquia, citado pelo jornal
Aydinlik.
O dólar é um dos
poucos instrumentos do poderio dos Estados Unidos e os americanos estão
provocando eles próprios a saída dos atores econômicos mundiais do sistema do
dólar, disse recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, na sessão
plenária do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla
em inglês).
"As discussões no
BRICS estão ocorrendo no quadro das medidas para os países se livrarem do
dólar. Assim que houver uma alternativa ao dólar e ao sistema de pagamentos
imposto ao mundo pelos EUA, até mesmo os países que atualmente não são membros
do BRICS se prepararão para rejeitar a hegemonia do Ocidente. A hegemonia do
dólar é o alicerce econômico sobre o qual o sistema norte-americano assenta. Se
surgir uma alternativa, o sistema ocidental não vai ter chance de resistir a
ela", disse o político turco.
Os EUA, acrescentou,
precisam aumentar as taxas de juros para manter o dólar como uma moeda
procurada.
"O aumento das
taxas de juros está encarecendo os empréstimos do governo e tornando
insustentáveis a indústria, o comércio e, especialmente, o sistema de crédito
imobiliário, no qual se baseia a economia dos EUA", destacou.
Anteriormente, Kim
Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom, fundador dos sites de
compartilhamento de arquivos Megaupload e Mega, disse que vale a pena apoiar a
iniciativa do BRICS de desdolarizar o mundo.
A presidente do
Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko, sublinhou no início de
agosto que o sistema de pagamento SWIFT e o dólar se desacreditaram.
Segundo ela, o BRICS
pode criar uma plataforma de pagamentos e câmbio digital multilateral, o BRICS
Bridge.
Segundo Matvienko, os
respectivos documentos estão sendo preparados pelo Ministério das Finanças e
pelo Banco Central da Rússia.
A Rússia assumiu a
presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia,
Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos
países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia
Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao
BRICS.
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Ex-presidente dos EUA Trump não será capaz de parar a desdolarização global,
diz empresário
Empresário
alemão-finlandês e fundador do Megaupload, um dos maiores sites de
compartilhamento de arquivos, Kim Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom,
escreveu na sua página do X que o ex-presidente Donald Trump não será capaz de
parar a desdolarização global e o colapso da economia dos EUA.
"Trump não poderá
parar a desdolarização e o colapso iminente da economia dos EUA, a menos que
ele possa parar os rios com as próprias mãos", escreveu ele.
Segundo Kim Dotcom,
Trump poderia vencer a próxima eleição presidencial dos EUA por uma margem
significativa se ele for honesto com os americanos sobre os tempos difíceis
pela frente e apresenta-lhes seu plano para sair da crise econômica.
O empresário também
afirmou anteriormente que a aspiração do BRICS para a desdolarização no mundo
deve ser apoiada.
¨ MRE: prioridade da política externa russa é reorientação das
relações econômicas para o Sul Global
O desenvolvimento das
relações econômicas com os países do Oriente e do Sul Global é uma das áreas
mais importantes da política externa russa diante da difícil situação
geopolítica, disse Dmitry Birichevsky, diretor do Departamento de Cooperação
Econômica do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, à Sputnik.
Uma das principais
áreas de trabalho do Departamento de Cooperação Econômica, explicou o
diplomata, é garantir os interesses russos na estrutura da diplomacia econômica
multilateral.
"Nas condições da
guerra econômica que nos foi declarada de fato, os objetivos de reorientação
das relações econômicas externas em direção aos países do Oriente e do Sul
Global vem em primeiro lugar. A situação é complicada por isso estar acontecendo
no contexto do domínio contínuo do Ocidente nas estruturas de governança
global. Nesse ambiente difícil, a diplomacia econômica representa uma das áreas
mais importantes da política externa russa", disse.
Segundo ele, a
politização da economia global faz com que os países da "maioria
global" estejam deixando gradualmente de usar "moedas tóxicas",
como o dólar, que se desacreditou pela irresponsável política macroeconômica
ocidental, inflação e interrupções nas cadeias de suprimento internacionais,
bem como problemas contínuos no sistema bancário dos países desenvolvidos.
"Os países do Sul
Global não estão satisfeitos com o fato de o dólar ter se transformado de um
meio de pagamento e poupança em uma arma contra os indesejados. Qualquer Estado
cuja orientação política, por algum motivo, não agrade ao Ocidente coletivo
corre o risco de enfrentar sanções e se tornar vítima de uma agressão
financeira e econômica em grande escala por parte de Washington e seus
satélites", disse Birichevsky.
Devido a isso, os
países não ocidentais, de acordo com ele, "chegam à conclusão de que um
mundo com várias moedas é inevitável, como base para uma nova ordem mundial
multipolar".
Contudo, ainda é
difícil falar sobre uma moeda única do BRICS porque esse projeto ainda está na
fase de estudo de especialistas.
"No momento, a
associação [BRICS] está discutindo ativamente questões relacionadas à criação
de mecanismos independentes de pagamento e câmbio que sejam resistentes à
pressão de sanções. A possibilidade de lançar uma infraestrutura para
transações internacionais usando moedas digitais dos bancos centrais e outros
instrumentos digitais está sendo considerada", afirmou.
Birichevsky acredita
que a criação de tal plataforma poderia aproximar os mercados financeiros dos
países-membros do BRICS e incentivar o comércio bilateral.
A Rússia assumiu a
presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia,
Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos
países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia
Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao
BRICS.
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Metade dos 36 líderes convidados para a Cúpula do BRICS em Kazan confirmam
participação, diz Kremlin
Os líderes de 36
países foram convidados para a cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, disse o
assessor do Kremlin, Yury Ushakov, nesta segunda-feira (2).
"A propósito, 18
dos 36 líderes que convidamos já confirmaram sua participação", disse
Ushakov aos repórteres.
Representantes de
associações e líderes de países que se candidatam à filiação à organização ou
cooperação foram convidados para a cúpula do BRICS em Kazan, disse o
funcionário.
A Rússia considera o
lançamento de formatos de interação uma conquista importante de sua presidência
do BRICS, garantiu o assessor.
"A maioria dos
eventos planejados foi implementada com sucesso. Mais de 60% do plano de ação
foi implementado. Cerca de 140 eventos foram realizados. Esses eventos foram
realizados em 13 cidades da Rússia e do exterior", disse Ushakov.
<><> Turquia
no BRICS
A Turquia solicitou
oficialmente a adesão ao BRICS, informou a Bloomberg nesta segunda-feira,
citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Ancara espera que essa
medida aumente sua influência global, bem como crie laços com aliados não
ocidentais, informou a agência de notícias.
O BRICS foi
estabelecido em 2009 como uma plataforma de cooperação para as maiores
economias emergentes, unindo Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul se
juntou ao grupo em 2010.
A Rússia assumiu a
presidência rotativa do bloco no dia 1º de janeiro deste ano. No mesmo dia, o
BRICS expandiu sua filiação para incluir Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes
Unidos.
¨ Apesar das sanções, países da União Europeia aumentam
importações de gás russo, diz diplomata
Os países da União
Europeia (UE) seguem aumentando as compras de gás russo, informou o diretor do
Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores da
Rússia, Dmitry Birichevsky.
"Apesar do plano
da UE adotado em maio de 2022 para reduzir as importações de hidrocarbonetos da
Rússia, as estatísticas comerciais europeias mostram que as importações de gás
russo nos países da União Europeia têm tendência de aumento. Assim, no primeiro
semestre deste ano, a UE importou mais gás natural da Rússia do que em
janeiro-junho de 2023", disse o diplomata.
Segundo especificou
Birichevsky, até a data, a parcela do gás russo no total das importações da UE
é de 15%.
Em particular, o
diplomata observou que a França dobrou suas importações de gás natural liquefeito
(GNL) russo no primeiro trimestre deste ano – de 2 para 4,4 bilhões de metros
cúbicos, com uma parte significativa indo para reexportação. Ele destacou
também que a Grécia no ano passado quadruplicou a importação de gás russo.
¨
Países Baixos alocarão
€ 200 milhões para Ucrânia, diz primeiro-ministro holandês
Os Países Baixos
decidiram alocar um novo pacote de ajuda no valor de mais de € 200 milhões (R$
1,24 bilhão) à Ucrânia para reparar a infraestrutura energética e ajuda
humanitária, disse o primeiro-ministro do país, Dick Schoof, na segunda-feira
(2).
O primeiro-ministro
holandês disse que havia se reunido com o atual líder ucraniano Vladimir
Zelensky na cidade de Zaporozhie, controlada pelas Forças Armadas da Ucrânia.
"Devemos fazer
todo o possível para ajudar a Ucrânia a continuar avançando. Nas linhas de
frente, mas também na vida cotidiana das pessoas. É por isso que os Países
Baixos estão fornecendo um novo pacote de apoio substancial no valor de mais de
€ 200 milhões", escreveu Schoof em sua página da rede social X.
Ele observou que esses
fundos são destinados à proteção e ao reparo da infraestrutura energética da
Ucrânia, bem como à ajuda humanitária.
O valor total da ajuda
militar que os Países Baixos forneceram à Ucrânia em 2023 atinge € 1,6 bilhão
(cerca de R$ 10 bilhões).
¨ Síndrome de Havana foi pretexto para os EUA endurecerem sanções
contra Cuba, afirma Díaz-Canel
O presidente cubano,
Miguel Díaz-Canel, denunciou este domingo (1º) que a manipulação do estado de
saúde de vários diplomatas norte-americanos na ilha foi usada como pretexto
para o governo norte-americano endurecer as sanções contra Cuba.
"A falsa síndrome
de Havana não se sustenta em estudos. Mas a mídia esquece de mencionar que foi
um vil pretexto incluir Cuba na lista dos patrocinadores do terrorismo e
reforçar o bloqueio genocida com mais de 240 medidas. Obra de [Donald] Trump que
[Joe] Biden mantém", expressou o presidente cubano na sua conta na rede
social X.
A fala de Díaz-Canel
vem em resposta a uma reportagem da CNN publicada na sexta-feira (30). A mídia
norte-americana afirmou que os Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em
inglês) cancelaram sua investigações sobre a "síndrome de Havana"
devido a falta de ética dos participantes.
Uma investigação
interna do instituto revelou que pessoas foram coagidas a participar da
pesquisa.
É conhecida como
"síndrome de Havana" uma doença misteriosa que acometeu uma série de
espiões, soldados e diplomatas norte-americanos em diversas partes do mundo a
partir de 2016. A doença foi batizada com este nome pois teria surgido na
capital cubana.
Os sintomas seriam
repentinos e debilitantes, sem origem conhecida, e incluem tonturas extremas e
dores de cabeça, similares a um traumatismo craniano. Desde então, pelo menos
1.500 casos foram relatados entre funcionários dos EUA estacionados em 96 países,
informaram autoridades no ano passado.
De acordo com a
reportagem da CNN, algumas das pessoas que relataram já terem estado doentes
afirmaram que a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) as obrigou a
participar na investigação como pré-requisito para a obtenção de cuidados de
saúde.
Apesar dos relatos de
sintomas por funcionários federais, acrescenta o artigo, nenhum dos estudos
encontrou nada definitivo que pudesse causar problemas de saúde.
O texto acrescenta que
os investigadores do NIH examinaram os cérebros de pessoas que se diziam
acometidas com a síndrome e não encontraram nenhuma evidência consistente de
lesões cerebrais. Também não houve diferenças significativas entre esse grupo e
um grupo de controle saudável.
Em um outro estudo,
cientistas do NIH realizaram uma bateria de testes em 86 funcionários do
governo dos EUA e seus familiares que relataram ter a síndrome de Havana,
comparando seus resultados com 30 pessoas que tinham empregos semelhantes, mas
não apresentavam sintomas. Na maioria dos indicativos clínicos de saúde os dois
grupos eram iguais.
A reportagem destaca
que durante muito tempo se especulou sobre um novo tipo de arma como causa
desta doença. No entanto, a comunidade de inteligência dos EUA disse no ano
passado que não poderia vincular nenhum caso a um adversário estrangeiro.
Fonte: Sputnik Brasil
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