A descoberta de Moraes sobre gastos de
Bolsonaro com o X de Elon Musk
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), descobriu que o governo Bolsonaro
gastou aproximadamente R$ 12,3 milhões em campanhas publicitárias no X (antigo
Twitter), rede social do bilionário Elon Musk. Esse valor corresponde a quase
metade (47%) do total investido pelo governo federal em publicidade na
plataforma desde 2015, que soma R$ 26,3 milhões.
Os dados referem-se
aos repasses feitos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República (Secom) ao X, sugerindo que o valor total pode ser ainda maior, já
que outros ministérios também promovem publicidade na plataforma.
Moraes solicitou esses
números ao governo Lula após estranhar que apenas R$ 2 milhões foram
encontrados em contas bancárias da empresa de Musk no Brasil. A solicitação faz
parte da investigação do ministro sobre a rede social, que foi suspensa no país
por descumprimento de decisões judiciais, falta de pagamento de multas que
chegam a R$ 18 milhões e a recusa em nomear um representante legal no Brasil
para responder aos processos.
O maior repasse ao X
durante o governo Bolsonaro foi registrado em 2022, ano eleitoral, com R$ 5,7
milhões gastos em campanhas publicitárias na rede social. Em comparação, no ano
anterior, o valor investido foi de "apenas" R$ 1,1 milhão.
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Apreensão de bens da Starlink
A Starlink, empresa de
internet via satélite de Elon Musk, deve ter veículos, aeronaves e embarcações
apreendidos no Brasil. O motivo é o fim do prazo para a companhia recorrer da
decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que
bloqueou suas contas bancárias e ativos no país. O prazo se encerrou na última
segunda-feira (2), e, com isso, outros bens da empresa também devem ser
bloqueados.
A decisão de Moraes,
proferida em 24 de agosto, visava garantir o pagamento de multas impostas ao X
(antigo Twitter), por descumprimento de ordens judiciais. Como o X encerrou
suas atividades no Brasil e não indicou um representante legal no país, além de
bloquear o acesso à rede social, Moraes decidiu estender a sanção à Starlink,
pertencente ao mesmo conglomerado de Elon Musk.
As multas impostas ao
X totalizam mais de R$ 18 milhões, e a apreensão de bens da Starlink é uma
forma de assegurar o pagamento desses valores à Justiça. A empresa foi
notificada sobre o bloqueio de suas contas no dia 27 de agosto e, como não
apresentou recurso no prazo legal, terá bens como veículos, aeronaves,
embarcações e imóveis no Brasil bloqueados. Ao invés de recorrer, a Starlink
apresentou um mandado de segurança, instrumento incorreto para contestar
decisões individuais no STF e que, inclusive, foi rejeitado pelo ministro
Cristiano Zanin.
Com o fim do prazo
para recurso, o STF acionou o Sistema Nacional de Indisponibilidade de Bens, a
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Capitania dos Portos, para
garantir o cumprimento da decisão de bloqueio e apreensão dos bens da Starlink.
¨ PF apura exposição em massa de dados pessoais para intimidação,
incluindo o nome de delegado que indiciou Bolsonaro
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão da
plataforma X no Brasil, como parte de uma investigação sobre vazamentos de
dados pessoais.
A rede responsável
pelo acesso às informações sigilosas ainda está sendo investigada pelas
autoridades.
O caso envolve o
acesso e divulgação de informações sigilosas de delegados da Polícia Federal,
do próprio ministro e de um empresário. O objetivo da ação coordenada seria
expor esses agentes na internet.
A investigação da
Polícia Federal, conforme revelado pelo UOL, inclui o
relato de ameaça ao delegado Fábio Shor, que atua em inquéritos envolvendo o
ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O delegado comunicou à corporação
ter recebido ameaças uma semana após indiciar Bolsonaro no caso das joias.
Na decisão pelo
bloqueio da plataforma, Moraes afirma que o STF foi informado por meio de um
ofício sobre um inquérito policial para apurar ameaças a delegados federais.
"A investigação
demonstrou a participação criminosa e organizada de inúmeras pessoas para
ameaçar e coagir delegados federais que atuam ou atuaram nos procedimentos
investigatórios contra milicias digitais e a tentativa de golpe de Estado. As
redes sociais — em especial a "X" — passaram a ser instrumentalizadas
com a exposição de dados pessoais, fotografias, ameaças e coações dos policiais
e de seus familiares", escreveu Moraes.
• "Vai ter que engolir":
Malafaia apanha ao xingar Marçal, que lança desafio ao guru de Bolsonaro
A "guerra
espiritual" declarada por Pablo Marçal (PRTB) após ter sido enxotado por
Silas Mafalaia do trio elétrico no ato de sábado, 7 de Setembro, aprofundou o
racha dentro da ultradireita neofascista que gira em torno de Jair Bolsonaro
(PL).
Conforme prometido, o
guru do ex-presidente divulgou um vídeo para falar "a verdade sobre Pablo
Marçal no 7 de Setembro" e disparou impropérios, classificando o ex-coach
como "narcísico, megalomaníaco, soberbo e lacrador".
"Esse cara é
narcísico, ele é megalomaníaco, ele é soberbo, ele quer tirar proveito de tudo,
ele é lacrador. Ele queria fazer cortes para sua campanha. Ele queria tirar
proveito daquilo que ele não ajudou [a organizar] e não correu risco [de sofrer
eventuais represálias]", disparou Malafaia.
"Como é que um
cara não fala a verdade total, diz meia verdade, dando uma de vítima? 'Essa
direita que não deixou eu subir'. [Está] Querendo tirar proveito. Você não é
vítima, você é lacrador, é mentiroso e manipulador", emendou o
"pastor", emendou.
O pastor midiático
ainda acusou Marçal de não chegar antes no ato por "medo ou acordo com
Alexandre de Moraes", ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que foi
alvo de pedido de impeachment na manifestação.
"Por que Pablo
Marçal só chegou depois do encerramento do evento? Sabe por quê? Das duas, uma:
ou medo, ou acordo com Alexandre de Moraes [ministro do STF], porque ele sabia
que nós íamos pedir o impeachment e denunciar seus crimes. Essa que é a verdade,
gente", diz Malafaia.
O chilique, no
entanto, não deu resultado e Malafaia apanhou dos bolsonaristas que aderiram à
facção de Marçal e foram aos comentários do vídeo no Instagram.
"Vai ter que
engolir", disparou um eleitor de Marçal.
"Quem é digno
então? Silas Malafaia? Boulos, datena ou tabata?", indagou outro.
"Todo mundo sabe
quem é Pablo Marçal, ele não tem medo e não tem acordo nenhum. Ele só não
conseguiu chegar a tempo e todos sabem onde ele estava", emendou uma
terceira.
Em resposta, Pablo
Marçal disse que "está desafiando o Silas Malafaia" ao ser indagado
se toparia um papo com o guru.
"Na verdade estou
desafiando o Silas Malafaia. Vamos entrar aqui ao vivo. Você fala o que você
quer e ouve o que você precisa", disparou o ex-coach em storie do
Instagram.
"Todo respeito ao
que você construiu na religião, mas na política todas as coisas que você faz é
fora da lógica. Apoiou o [Eduardo] Paes, o Lula. Está caladinho ai por causa do
[Alexandre] Ramagem para não queimar seu filme, né? Porque você está apoiando o
Paes ai. Deixa aqui em São Paulo, ninguém está precisando de você aqui",
emendou.
• Delegado que indiciou Bolsonaro recebeu
ameaça após ser exposto por Eduardo e Do Val
Responsável pelas
investigações contra Jair Bolsonaro (PL), o delegado Fábio Shor, da Polícia
Federal, relatou que ele e a família receberam ameaças cerca de 10 dias após
indiciar o ex-presidente no inquérito do furto e contrabando de joias da
Presidência da República, no dia 4 de julho deste ano.
Em e-mail revelado
pelo portal Uol nesta terça-feira (10), Shor relata no dia 15 de julho ao
delegado Elias Milhomens de Araújo, também da PF, que encontrou "um boneco
(macaco) pendurado no limpador traseiro do meu veículo".
"Diante dos
últimos acontecimentos envolvendo ameaças a este subscritor e seus familiares,
encaminhou o presente para ciência e avaliação", informa ainda Shor na
mensagem.
Araújo é responsável
pelo inquérito que investiga a exposição e ataques a agentes da PF por
bolsonaristas.
Entre os investigados
estão o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos do Val
(Podemos-ES), que incitaram ataques de extremistas ao expor Fábio Shor nas
redes sociais.
O inquérito foi aberto
a pedido da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) após
uma série de ataques a integrantes da corporação.
A base das denúncias é
uma declaração do filho do ex-presidente feita em março deste ano, quando
afirmou que a corporação agia como
"cachorrinhos de Moraes".
"Depende de qual
Polícia Federal: a normal ou a do Moraes?
Porque ele está julgando o cartão de vacina do presidente se nem é mais
presidente? Porque esses inquéritos todos caem na mão dele? A PF vai investigar
esse e-mail ou vai continuar sendo cachorrinho do Alexandre de Moraes?”, disse
Eduardo em entrevista em março deste ano, quando Bolsonaro foi indiciado no
inquérito da falsificação dos cartões de vacina.
Já Marcos do Val está
sendo investigado pela sequência de ataques e exposição de Shor nas redes
sociais.
Em uma das
publicações, o senador afirmou que o delegado é "capataz" de
Alexandre de Moraes. Já em outra postagem, ele publicou uma foto de Shor em um
cartaz de "procurado", com a legenda:“Este delegado, até então
desconhecido, tem se ocultado das redes sociais, mas o Brasil precisa conhecer
quem é o executor das ordens ilegais de Alexandre de Moraes".
"A ADPF tem um
longo histórico na defesa das prerrogativas funcionais dos delegados federais.
Tornou-se mais que necessário dar uma resposta contra os ataques desenfreados e
infundados contra a PF e os Delegados Federais", afirmou o presidente da
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Luciano Leiro.
Fonte: Fórum/Brasil
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