4 parques naturais importantes e majestosos
localizados no bioma do Cerrado
O bioma da
Amazônia talvez seja o mais comentado nacionalmente no
Brasil por causa de sua magnitude e importância mundial. Mas o Cerrado brasileiro, que
ocupa o segundo lugar em tamanho como bioma no país, também merece a mesma
evidência. Motivos não faltam. Por isso mesmo, o Dia Nacional do Cerrado,
comemorado anualmente em todo 11 de setembro, ajuda a compreender o quanto
este ecossistema é imprescindível.
A começar pelo fato de
que o Cerrado cobre cerca de 25% do território brasileiro, localizado
principalmente na região do planalto central, como explica um artigo sobre
o tema publicado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis). Além de ser considerado "a caixa d'água" do
Brasil, ou seja, a região onde diversos rios importantes
para abastecer o país têm suas nascentes, ele também é o lar de fauna
e flora endêmicos.
A seguir, conheça
quatro parques que refletem a riqueza natural do
Cerrado brasileiro.
<><> Os 4
principais parques naturais brasileiros que ficam no Cerrado
Como detalha o site do
Ministério do Turismo, o Cerrado está
presente em 13 estados brasileiros (Goiás, Tocantins, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Piauí, Maranhão, Rondônia,
Pará, Paraná) e mais o Distrito Federal.
Por isso mesmo, os
parques que ficam dentro desse bioma reúnem tanta variedade de
paisagens, habitats e biodiversidade.
1. Parque
Estadual do Jalapão, no Tocantins
Uma das mais belas
paisagens naturais tocantinenses, o parque do Jalapão foi criado em
2001 e possui 160 mil hectares. É o maior do estado e fica no
município de Mateiros, informa o Projeto Monitoramento do Cerrado –
uma iniciativa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com
outras entidades governamentais para mapear o bioma.
O parque estadual
também tem como objetivo proteger a fauna, a flora e os recursos
naturais locais, bem como aproveitar de maneira sustentável
o potencial turístico da região.
Entre
os destaques do Parque do Jalapão estão as dunas de areias
douradas, rios de águas cristalinas e cachoeiras, além de formações
rochosas, como o mirante da Serra do Espírito Santo e a Serra da
Catedral. Animais silvestres como veados-campeiros, tamanduás-bandeira, lobos-guará, gambás, onças, jacarés,
raposas e macacos podem ser vistos pelo parque, como detalha o
site oficial do Governo do Tocantins.
2. Parque
Nacional das Sempre-Vivas, em Minas Gerais
Menos conhecida, esta
reserva ambiental foi criada em 2002 e ocupa uma área de 124 mil hectares.
O Parque Nacional das Sempre-Vivas fica na região da Serra do
Espinhaço e seu terreno toca os municípios de Diamantina, Buenópolis, Bocaiúva
e Olhos d’Água, como detalha o Projeto Monitoramento do Cerrado.
O nome do parque foi
dado por causa da rica flora que existe ali e conta com flores
popularmente chamadas “sempre-vivas” e são bastante usadas pelas
comunidades locais. "Além disso, juntamente com diversas espécies de
fauna do Cerrado, o parque abriga quatro espécies endêmicas de anfíbios e duas de
aves", diz o site oficial do projeto da UFMG. A nascente do Rio
Jequitinhonha também fica no parque.
Segundo a Secretaria
de Cultura e Turismo de Minas Gerais, em seu site oficial, a "Unidade de
Conservação está inserida em uma região de elevada importância
histórico-cultural, o que levou a UNESCO a declarar o município de Diamantina,
Patrimônio Cultural da Humanidade", o que faz dela um atrativo ainda
maior.
3. Parque
Nacional das Emas, em Goiás
De acordo com o
Projeto Monitoramento do Cerrado, o Parque Nacional das Emas é
reconhecido como Patrimônio Mundial Natural pela Unesco desde 2001 por causa de
sua biodiversidade única.
"O
parque abriga várias formas de Cerrado, como campos limpos, campos
sujos, veredas e matas ciliares, e uma
riqueza imensa de espécies, algumas delas raras e ameaçadas de extinção",
diz o site do projeto.
O Parque Nacional das
Emas foi criado em 1961 e está situado majoritariamente no sudoeste
do estado de Goiás. Conta com uma área de 132 mil hectares que
tocam parte dos municípios de Mineiros e Chapadão do Céu, em Goiás, e de Costa
Rica, no Mato Grosso do Sul, detalha a fonte.
4. Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros
Uma das áreas de
conservação mais importantes do país, o Parque da Chapada dos Veadeiros foi
criado em 1961 e abrange as cidades de Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante,
Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d'Aliança, todos no estado de Goiás,
como conta o site do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade) sobre o local.
"O parque abriga
espécies e formações vegetais únicas, centenas de nascentes e cursos
d’água, rochas com mais de um bilhão de anos, além de paisagens de rara
beleza, com feições que se alteram ao longo do ano", diz a fonte
governamental sobre a chapada.
Desde 2001, o
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é Patrimônio Natural da Humanidade
pela UNESCO, e além de receber um turismo responsável é fonte de pesquisa
científica e educação ambiental na região.
São 240.611 hectares
que devem ser visitados e preservados. "Juntos, esses
números representam um terço de toda a biodiversidade brasileira em um só
lugar. Já entre os animais que podem ser vistos, estão o famoso lobo-guará, o
veado-campeiro, além de araras, emas, papagaios e periquitos",
explica o site oficial do parque.
¨ Parques Nacionais da América Latina: 3 destinos imperdíveis em
Brasil, Argentina, Equador e Chile
Com uma área
territorial de mais de 20 milhões de quilômetros quadrados, não é raro
encontrar paisagens naturais impressionantes na América Latina. Muitos
desses locais destacam-se por serem grandes reservas de biodiversidade e
serem parques nacionais preservados.
De rios a grandes
cachoeiras, passando por florestas densas a áreas desérticas, esses três
parques nacionais no Equador, Argentina, Brasil e Chile vão
chamar sua atenção.
1. Parque
Nacional Yasuní, no Equador
O Parque Nacional
Yasuní, na província de Napo, no norte do Equador, abriga uma biodiversidade impressionante no coração
da floresta amazônica, de
acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Equador. Ele abrange mais de um
milhão de hectares e é a maior área protegida do Equador continental.
Desde 1989, a área é
listada como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Grande parte de seu valor
reside no fato de ser "uma das áreas com a maior diversidade por metro
quadrado do planeta", de acordo com a organização.
Além das mais de
2 mil espécies de árvores e arbustos, os visitantes se surpreendem com os rios
caudalosos que percorrem toda a área e com a fauna variada que ali se
refugia, desde animais de grande porte (como a onça-pintada e a sucuri) até os menores (como o leão ou o macaco
de bolso).
De acordo com a
agência equatoriana, há 204 espécies de mamíferos, 610 espécies de
aves, 121 espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios e mais
de 250 espécies de peixes.
2. Parque
Nacional do Iguaçu, na fronteira entre Argentina e Brasil
Uma das sete
maravilhas naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu estão localizadas
entre a Argentina e o Brasil – e podem ser visitadas entrando nos
parques nacionais de ambos os lados da fronteira.
Na Argentina, o
Parque Nacional Iguazú foi criado em 1934 e declarado Patrimônio da
Humanidade pela UNESCO em 1984. Ele abrange mais de 67 mil hectares onde a
floresta tropical é dominante. A fauna é variada: há mais de 450 espécies
de pássaros (como tucanos), mamíferos (como o
quati), répteis (como o jacaré) e inúmeros peixes.
Lá é possível ver
o rio Iguaçu, com 1.500 metros de largura e suas imponentes
cachoeiras, várias delas com 80 metros de altura. É possível apreciar de
diferentes maneiras a visita às cataratas, inclusive caminhar sobre elas
através de passarelas no parque, explica o governo argentino.
No lado
brasileiro existem outras paisagens para se ver no Parque
Nacional do Iguaçu, que fica na cidade de Foz do Iguaçu. Ele foi criado em
1939, no oeste do estado do Paraná e possui uma área de aproximadamente 185 mil
hectares, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN) brasileiro.
A largura total das
quedas em território brasileiro é de aproximadamente 800 metros e o maior
volume de água nas cachoeiras é produzido entre os meses de outubro e março, de
acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Assim como no lado
argentino, uma das melhores maneiras de ver as cataratas é a pé. Há várias
trilhas para se conhecer o local, entre elas, a Trilha da Escola Parque, com
2.400 metros de extensão (ida e volta), é linear e fácil.
Tanto de um lado
quanto do outro, é possível fazer passeios de bicicleta ou excursões
náuticas, que oferecem maior contato com as “poderosas corredeiras e cachoeiras
estrondosas", como diz o site argentino do parque. No Brasil, se pode
também fazer um passeio aéreo sobrevoando as cataratas em um
helicóptero.
De acordo com o
ICMBio, os dois parques nacionais (na Argentina e no Brasil) são
complementares.
3. Parque
Nacional Desierto Florido, no Chile
Perto de seu primeiro
ano como parque nacional (foi estabelecido como tal em junho de 2023),
o Parque Nacional Desierto Florido em Copiapó, na região do Atacama (perto
da costa norte do Chile), busca proteger a biodiversidade da área e
o fenômeno da floração.
Como explica um artigo
do governo chileno, de tempos em tempos o Deserto do Atacama, o deserto
mais seco do mundo, é coberto por um "tapete" de flores. "A
manifestação florística que ocorre ali, quando as chuvas ultrapassam um determinado
limite, devido ao fenômeno El Niño, permite
que sementes rompam a dormência e surjam plantas de
características variadas e flores multicoloridas", detalha a fonte.
"É uma
floração efêmera, de vida muito curta, em torno da qual surge um grande número
de espécies: pássaros, insetos, répteis e roedores", diz Ana María Mujica,
professora da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, em um artigo da Pontificia
Universidad Católica de Chile.
Além de oferecer uma
paisagem única, o fenômeno tem um alto valor biológico e
genético graças ao grande número de espécies endêmicas, destaca o governo
chileno.
Esses eventos
geralmente ocorrem entre setembro e meados de novembro (a primavera no Hemisfério
Sul). Conforme relatado em uma reportagem de National Geographic Estados
Unidos sobre o parque nacional Desierto Florido, cerca de 15
superflorações ocorreram no Atacama nos últimos 40 anos.
O parque nacional
chileno, com cerca de 57 mil hectares, mostra ainda a acidentada costa sul do
Atacama e é um ponto perfeito para os aficionados por astronomia, que têm
a chance de apreciar a galáxia por meio de seu céu noturno brilhante.
Fonte: National
Geographic Brasil
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