sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Sudene e CNI discutem estruturação e adensamento de cadeias produtivas com base na nova política industrial

Mapear as cadeias produtivas da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento o Nordeste (Sudene) integrando-as às medidas previstas na Nova Indústria Brasil (NIB) foi uma das ações debatidas pela autarquia junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (31). As instituições estiveram reunidas em Brasília e discutiram propostas de atuação conjunta para fortalecer o setor produtivo regional.

A demanda apresentada pela Sudene foi motivada pela participação da autarquia no processo de territorialização das ações previstas na Nova Indústria Brasil. “É importante verificar como o Nordeste está inserido nas missões previstas na política. O Nordeste tem uma janela de oportunidades que podem ser aproveitadas nesta conjuntura”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A ampliação da autonomia, a transição ecológica e a modernização do parque industrial brasileiro são algumas das bases associadas à implementação da NIB.

O superintendente de Política Industrial da CNI, Fabrício Silveira, recebeu a iniciativa de forma otimista, explicando que a confederação já iniciou uma análise sobre o tema. “É um regaste do entendimento regional das dinâmicas intra e intersetoriais, entendendo como um ponto de destrave na cadeia produtiva significa um impacto positivo em todo o processo”, disse.

Danilo Cabral também destacou a iniciativa da Sudene de construção de uma plataforma digital de dados sobre os aspectos sociais, econômicos e ambientais. Neste sentido, o superintendente pontuou que a CNI, através do observatório da indústria, também pode contribuir com a estruturação destes dados. “Integrar esta agenda à tecnologia para melhorar nossas análises e apresentar o cenário positivo do Nordeste aos investidores é fundamental”, afirmou o gestor.

O avanço desta agenda colaborativa será debatida em novos encontros promovidos entre a Sudene e a CNI, envolvendo representantes do setor produtivo e de outros agentes do governo.

Também participaram do encontro desta quarta, pela Sudene, o coordenador-geral de gestão institucional, Pabllo Brandão e o coordenador de desenvolvimento territorial, infraestrutura e meio ambiente, José Farias. A CNI também foi representada pela gerente de política industrial, Samantha Cunha.

 

•        PRESIDENTE DO SEBRAE DIZ QUE MANUTENÇÃO DA TAXA DE JUROS PREJUDICA ECONOMIA DOS PEQUENOS NEGÓCIOS

Como já previsto pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de Juros (Selic) no patamar de 10,5% ao ano. A decisão foi por unanimidade do Comitê.

“Temos feito apelos permanentes para que a taxa de juros seja reduzida. É preciso que os juros caiam. Todos os índices econômicos estão positivos. Essa manutenção pela segunda vez é um contraste com todos os outros resultados positivos que o governo Lula e Geraldo Alckmin apresentam. O país está no rumo certo. A inflação está controlada, a renda aumentou e a qualidade de vida melhorou, mas os juros continuam altos”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom havia elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que teve início em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic, interrompidos pela segunda vez.

Para o presidente do Sebrae, não há qualquer explicação racional para o fato da taxa de juros ainda estar acima dos dois dígitos, quando temos uma meta de inflação de 3%.

Ele avalia que já passou da hora de o país mudar essa política de juros. “A manutenção da Selic nessas bases prejudica não só o governo, que tenta recuperar a economia. Ao manter elevados os juros da dívida pública, o BC atinge também os consumidores e as empresas, principalmente os micro e pequenos negócios, porque o crédito fica mais caro”, acrescenta.

 

•        ECONOMIA BAIANA CRESCE 3% EM 2024. OPERAÇÕES DE CRÉDITO DISPARAM NO NORDESTE

A Bahia apresentou um crescimento de 3% no índice de atividade econômica de janeiro a maio de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano passado, segundo o IBCR-NE do Banco Central.

A conjuntura econômica do estado teve como destaque ainda o avanço do volume de vendas do comércio varejista, que apresentou crescimento de 10,9%. Entre os estados do Nordeste, a Bahia despontou também com maior saldo de empregos da região, com a criação de 45.138 novos postos de trabalhos formais.

Segundo análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) divulgada no final de julho, os dados refletem o crescimento regional, que foi impulsionado pelo aumento no consumo das famílias, melhoria na oferta de empregos, elevação do rendimento médio real e processo de desinflação. A demanda por crédito também acompanhou esse movimento de crescimento econômico.

O Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, o que representa crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Este aumento foi superior ao observado em âmbito nacional, onde o crédito cresceu 9,2% no mesmo período.

Para Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, na instituição financeira cooperativa “os segmentos de Comércio e Serviços lideraram a procura, representando 89% da carteira de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações totalizando R$ 1,9 bilhão. Um aumento de 22% em relação ao ano anterior”.

 

Fonte: Secom Sudene/Bahia Econômica

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário