domingo, 26 de maio de 2024

Europa está se preparando para iniciar uma guerra com a Rússia, diz premiê húngaro

Declarações de políticos e jornalistas ocidentais apontam que a Europa está se preparando para iniciar uma guerra com a Rússia, declarou o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán à rádio nacional Kossuth.

"Antes das duas guerras mundiais, na mídia por bastante tempo passava a preparação para entrar na guerra. Acho que o que está acontecendo em Bruxelas e Washington hoje, mas mais em Bruxelas do que em Washington, é uma espécie de preparação para um possível conflito direto. Pode-se dizer que há preparação para entrada da Europa na guerra, isso está acontecendo na mídia e em declarações de políticos", disse o premiê húngaro.

Orbán ressaltou que não acredita que um ataque da Rússia a um país da OTAN seja provável, mas as conversas de uma suposta "ameaça russa" são uma manobra do Ocidente para se preparar para a guerra.

Sem revelar detalhes, Orbán disse que os grupos de trabalho na sede da OTAN em Bruxelas estão estudando como a aliança pode participar do conflito na Ucrânia.

O presidente russo Vladimir Putin, em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, explicou em detalhe que Moscou não vai ter intenção de atacar países da OTAN e que isso não fazia sentido. Putin observou que os políticos ocidentais intimidam regularmente sua população com uma ameaça russa imaginária para desviar a atenção dos problemas internos.

·        Hungria vai repensar seu papel na OTAN em meio à entrada da aliança no conflito ucraniano

O governo húngaro está reavaliando seu papel na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma vez que não deseja se envolver na missão militar da aliança na Ucrânia, afirmou o primeiro-ministro Viktor Orbán à estação de rádio Kossuth.

Segundo Orbán, Bruxelas já está planejando uma forma de colocar a OTAN nesse conflito.

"A Hungria se opõe a isso. Estamos trabalhando para determinar como podemos continuar a ser membros da OTAN sem participar [do conflito]", disse o primeiro-ministro.

Orbán acrescentou ainda que Bruxelas está ciente do posicionamento da Hungria e cunhou o termo "não participante" para o país. A Hungria não fornecerá fundos à Ucrânia nem enviará armas ao país, tampouco permitirá o armazenamento de armas destinadas às Forças Armadas ucranianas em seu território.

O primeiro-ministro explicou que sua posição resultava da convicção de que o conflito na Ucrânia não pode ser resolvido militarmente, mas por negociações pacíficas. Ele também lembrou que a OTAN deveria ser uma aliança defensiva e ninguém a atacou.

O conflito na Ucrânia diz respeito apenas a esse país e à Rússia.

Moscou tem repetidamente alertado contra o fornecimento de armas a Kiev pelo Ocidente, afirmando que os comboios estrangeiros que transportam armas seriam alvos legítimos para suas forças assim que cruzassem a fronteira.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou os Estados Unidos e a OTAN de já estarem diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, não apenas por meio do fornecimento de armas, mas também pela formação de pessoal em diversos países europeus.

·        Stoltenberg: OTAN deve cancelar limites ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia para atacar Rússia

Os países da OTAN devem cancelar as restrições ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia para realizar ataques contra instalações na Rússia, disse o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, nesta sexta-feira (24).

"Chegou a hora de os aliados considerarem se devem cancelar algumas das restrições que colocaram ao uso de armas que doaram à Ucrânia [...]. Especialmente agora, quando muitos dos combates estão acontecendo na região de Carcóvia, perto da fronteira, negar à Ucrânia a possibilidade de usar essas armas contra alvos militares legítimos em território russo torna muito difícil para eles se defenderem", afirmou o secretário-geral da aliança.

Stoltenberg observou que o bloco militar não está planejando enviar tropas para a Ucrânia.

"Não temos nenhuma intenção de enviar tropas terrestres da OTAN para a Ucrânia porque nosso propósito [...] tem tido duas vertentes, apoiar a Ucrânia como nós fazemos, mas também garantir que não escalaremos isso para um conflito em larga escala", disse Stoltenberg.

O chefe da OTAN disse que uma guerra Rússia-OTAN deve ser evitada. A tarefa, disse ele, é "evitar que esta guerra se torne uma guerra em grande escala entre a Rússia e a OTAN na Europa."

Ele rejeitou a ideia de permitir derrubar mísseis russos sobre a Ucrânia usando sistemas de defesa antiaérea da OTAN no Leste Europeu.

¨      Inteligência russa: OTAN promove transferência em massa de terroristas para a Ucrânia

Com assistência dos países da OTAN, continua a transferência em massa de terroristas de outras regiões do mundo para a Ucrânia, alguns deles são usados para uma maior expansão terrorista na Comunidade de Estados Independentes (CEI), disse Aleksandr Bortnikov, diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).

"Observamos a transferência em massa de mercenários e combatentes de organizações terroristas internacionais do Oriente Médio, Norte da África e Afeganistão para a Ucrânia com a ajuda dos países da OTAN. Uma parte deles está sendo usada para futura expansão terrorista na área da Comunidade", disse Bortnikov na reunião do Conselho de Chefes de Segurança e Serviços Secretos dos Estados-membros da CEI em Bishkek.

Ele acrescentou durante o seu discurso que os serviços secretos de Kiev recrutam ativamente jovens para o terrorismo através da propaganda de organizações nacionalistas pró-ucranianas nas redes sociais.

Segundo Bortnikov, Kiev, sob pressão direta de seus patronos ocidentais, frustra quaisquer iniciativas internacionais construtivas para um acordo pacífico, em vez disso difunde "fórmulas de paz" irrealistas.

·        Ato terrorista no Crocus City Hall

Em relação ao ato terrorista que ocorreu em março na região de Moscou, o chefe do FSB declarou que a inteligência militar da Ucrânia teve uma conexão direta com o ataque no salão de concertos Crocus City Hall, é possível dizer isso com confiança.

"A investigação está em andamento, mas se pode dizer com segurança que a inteligência militar da Ucrânia esteve diretamente envolvida neste ataque", disse Bortnikov, acrescentando que já foram detidas mais de 20 pessoas envolvidas no atentado.

O atentado ao Crocus City Hall ocorreu em 22 de março, quando criminosos abriram fogo com armas automáticas contra o público que aguardava um espetáculo e incendiaram o auditório. De acordo com os últimos dados, 145 pessoas morreram.

¨      MRE russo: OTAN está criando rede de laboratórios cibernéticos ao longo das fronteiras da Rússia

A OTAN está formando uma rede de laboratórios cibernéticos ao longo do perímetro das fronteiras da Rússia, informou o representante do presidente russo para cooperação internacional em segurança da informação.

O representante, Artur Lyukmanov, que também é diretor do Departamento de Segurança Internacional da Informação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse em entrevista à Sputnik que a rede está sendo formada nas fronteiras russas com a Estônia, Letônia, Finlândia e Romênia.

"Não é segredo que a aliança está formando uma rede completa de laboratórios cibernéticos ao longo do perímetro das fronteiras russas na Estônia, Letônia, Finlândia, Romênia e, no futuro, na Geórgia e na Moldávia. Sob os auspícios do Pentágono, estão sendo realizados de forma sistemática exercícios cibernéticos [os exercícios Cyber ​​Flag terminaram recentemente nos EUA], durante os quais são testados cenários de confronto conosco na esfera digital", disse a autoridade, neste sábado (25).

O diretor acrescentou que unidades inteiras dos serviços de segurança e das forças armadas ocidentais foram enviadas para Kiev.

"Washington pratica há muito tempo métodos de guerra híbrida contra a Rússia na esfera da informação. A Ucrânia é usada como principal campo de treino, cujos hackers, incluindo os do muito elogiado 'exército de TI', realizam atos de sabotagem eletrônica sob a estreita tutela dos supervisores da OTAN", afirmou Lyukmanov.

O exercício Cyber ​​Flag deste ano aconteceu de 12 a 18 de maio. O exercício foi organizado pelo Comando Cibernético dos Estados Unidos (USCYBERCOM, na sigla em inglês) na Base Conjunta de Suffolk, Virgínia.

Além de treinar equipes de proteção cibernética norte-americanas, os operadores virtuais de 18 aliados e parceiros da OTAN treinaram as suas competências e melhoraram os seus conhecimentos na deteção de ameaças cibernéticas e na identificação de soluções para proteger redes, afirmou uma nota do Exército da Finlândia.

·        OTAN construirá 'muro de drones' na fronteira com a Rússia, diz Lituânia

A ministra do Interior da Lituânia, Agne Bilotaite, afirmou nesta sexta-feira (24) que o Estado báltico e aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordaram em criar um 'muro de drones' para defender suas fronteiras de 'provocações'.

Ao todo, cinco países que fazem fronteira com a Rússia deverão fazer parte dessa aliança.

"Isso é algo completamente novo, um muro de drones que vai desde a Noruega até a Polônia, com o objetivo de usar esses drones e outras tecnologias para proteger nossas fronteiras", afirmou Bilotaite à agência de notícias Baltic News Service.

Ainda nesta sexta, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, conversou com a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, para discutir o tema fronteiriço.

Na quinta-feira (23), a polícia e o Conselho da Guarda de Fronteiras da Estônia acusaram guardas russos de removeram boias do rio Narva. Os objetos serviam para demarcar a divisão dos dois países e delinear rotas marítimas.

A posição dos marcadores flutuantes pode mudar a cada primavera, disse a polícia, acrescentando que neste ano a Rússia não concordou com a localização de cerca de metade das 250 boias.

¨      Jornalista Hersh: EUA precisam usar diplomacia para evitar derrota 'esmagadora' da Ucrânia

Os esforços diplomáticos de Washington, que são retidos devido às visões irracionais do presidente Joe Biden sobre a Rússia, poderiam ter resolvido o conflito ucraniano que os norte-americanos e seus aliados agora são incapazes de vencer, disse o jornalista investigativo dos EUA Seymour Hersh.

"A América, nos anos em que Biden tem estado no poder, gastou US$ 175 bilhões [R$ 900,9 bilhões] para conduzir uma guerra que não pode e não será ganha. Isso só será resolvido pela diplomacia – se a racionalidade prevalecer em Kiev e Washington", escreveu Hersh, ganhador do Prêmio Pulitzer, em um artigo do Substack.

Caso contrário, o "Exército ucraniano mal treinado, com insuficiência de pessoal e mal equipado enfrenta uma derrota esmagadora", diz Hersh.

Além disso, o jornalista, citando um funcionário sênior de longa data dos Estados Unidos, relatou que a comunidade de inteligência dos EUA está preocupada com as visões de Biden sobre o presidente Vladimir Putin e a Rússia, que datam do tempo quando ele servia no Senado. No entanto, certas pessoas da comunidade de inteligência dos EUA acreditam que Washington tem sua parte de responsabilidade pelo conflito na Ucrânia, acrescentou Hersh.

"Putin e seus antecessores em Moscou assistiram por três décadas, desde a reunificação da Alemanha em 1990, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte acrescentava Estados-membros que levaram a OTAN à porta da Rússia", observou o jornalista.

¨      Polônia enfrenta 'choque' energético devido a recusa em adquirir combustíveis russos

Desde meados de 2022, Varsóvia congelou os preços do gás e da eletricidade, que seguem os mesmos há quase dois anos. Entretanto, as empresas já enviaram avisos aos clientes sobre aumentos de tarifas entre 50% e 60%. A situação pode ser explicada pelo fato de não "sobrar dinheiro no orçamento" para subsídios para a energia.

No auge da crise energética, em maio de 2022, as autoridades polonesas decidiram rescindir de forma prematura o contrato de fornecimento de gás com a empresa russa Gazprom. Desde então o país tem aplicado um regime comum na União Europeia (UE), no qual os fornecedores vendem eletricidade aos consumidores abaixo dos custos de mercado, recebendo por isso uma compensação estatal.

Como resultado, os preços dos combustíveis domésticos na Polônia ficaram entre os mais baixos do bloco, conforme mostram dados do Serviço de Estatística da União Europeia, o Eurostat. No entanto, o custo total de limitar e congelar os preços da eletricidade, do gás e do aquecimento em 2022 e 2023 subiu para quase 100 bilhões de zlotys (R$ 131,16 bilhões).

O novo governo prorrogou o congelamento até o primeiro semestre de 2024. Até agora, os consumidores pagavam a eletricidade de acordo com as tarifas de dezembro de 2021.

"O atual preço congelado da eletricidade para as famílias é de 0,41 zlotys/kWh [quilowatt-hora]. Isso é inferior às taxas atuais (0,74 zlotys/kWh) e mais barato do que o fornecimento em 2024 no mercado a longo prazo (0,64 zlotys/kWh)", especificou o Comitê Polônes de Eletricidade, acrescentando que a medida é temporária.

O congelamento termina em 30 de junho. As autoridades não têm intenção de manter os preços baixos por mais tempo, uma vez que as empresas produtoras de eletricidade e o orçamento do Estado não podem mais sustentar a política.

As contas vão, sem dúvida, aumentar, mas não muito, anunciou o Comitê de Eletricidade. No entanto os consumidores estão aterrorizados, pois recebem avisos do gigante energético PGNiG e de outras empresas sobre o aumento dos preços em 50% a 60% de uma só vez.

Essa decisão foi claramente tomada sob pressão dos fornecedores, afirma o especialista industrial independente Leonid Jazanov. Nas suas palavras, o governo é definitivamente incapaz de fornecer subsídios suficientes.

Relativamente à situação financeira do país, o déficit orçamental de 2023, segundo estimativas preliminares, foi de 5,1% do PIB. E a UE tem um limite de 3%, por isso tem o direito de exigir medidas. Caso contrário, Varsóvia enfrentará multas. Ao mesmo tempo, a dívida pública da Polônia atingiu um marco histórico de US$ 361,3 bilhões (quase R$ 1,9 trilhão), acima dos US$ 225 bilhões de nove anos atrás.

Os consumidores terão de pagar pela crise energética de 2022–2023, apenas com atraso, afirma Igor Yushkov, um importante analista do Fundo Nacional de Segurança Energética. Ele acrescenta que no futuro será repetida a indexação das taxas, que não retornará ao patamar de 2021.

Em Moscou, indicaram repetidamente que a UE cometeu um erro grave ao renunciar à aquisição de hidrocarbonetos russos. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que o seu Estado não nega a ninguém o fornecimento dos seus recursos energéticos. Em suas palavras, a Europa esperava que se não comprasse o gás russo, Moscou entraria em colapso, mas, em vez disso, processos irreversíveis estão começando a ocorrer nos seus Estados.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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