segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Biden: 'Fracasso do Congresso em aprovar nova ajuda à Ucrânia é quase um crime de negligência'

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (9) que o fracasso do Congresso em aprovar um novo financiamento para ajuda militar à Ucrânia é quase um "crime de negligência".

"O fracasso do Congresso dos Estados Unidos, se ocorrer, em não apoiar a Ucrânia está próximo de um crime de negligência", disse Biden ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz. "É ultrajante", acrescentou o presidente norte-americano.

Na quarta-feira (7), os republicanos do Senado reprovaram um pacote suplementar de segurança nacional avaliado em US$ 118 bilhões (R$ 584,39 bilhões) que incluía US$ 60 bilhões (R$ 297 bilhões) para a Ucrânia e US$ 14 bilhões (R$ 69 bilhões) para Israel e reformas da política de fronteiras dos EUA.

Os republicanos alegaram que as reformas do projeto de lei em relação às fronteiras não seriam suficientes para conter a imigração ilegal para os Estados Unidos.

O Senado está trabalhando para aprovar um projeto de lei separado sobre segurança nacional e apoio militar, que excluiria quaisquer medidas sobre as fronteiras.

·        Político francês: entrevista de Putin a Carlson causou histeria na mídia ocidental

A entrevista do presidente russo Vladimir Putin ao jornalista americano Tucker Carlson permitiu que as pessoas no Ocidente ouvissem pela primeira vez uma retórica diferente da OTAN, ele revelou a verdade, o que causou a histeria da mídia ocidental e até ameaças de sanções contra o jornalista, disse o político francês Florian Philippot.

"Algumas pessoas no Ocidente ouviram pela primeira vez uma retórica diferente da OTAN – a retórica da mentira e da guerra. Elas [pessoas] vão entender que existem raízes históricas mais profundas que vão muito mais além de fevereiro de 2022, que a situação é muito mais complexa do que como foi apresentada até agora, vão entender todas as manipulações. Isso é extremamente importante a este respeito. É por isso que houve uma histeria contra esta entrevista", observou Philippot.

Philippot disse que as palavras de Putin de que a Rússia nunca teve intenção de atacar a Polônia e os Países Bálticos, que isso seria absurdo, perigoso e não faria sentido, e que a Rússia não tem interesse nisso, são "extremamente exatas".

Ele acrescentou que sabe por que dizem isso: para intimidar a sociedade e forçá-la a apoiar a ajuda militar à Ucrânia, enviando bilhões de dólares e suprimentos de armas. Ele entendeu bem o mecanismo do medo que é constantemente usado pelo Ocidente em todas as questões, não apenas em relação à guerra.

·        Boris Johnson surta após declarações de Putin em entrevista a Tucker Carlson

O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson, conhecido por seu histórico de mentiras, se estressou ao criticar a entrevista do jornalista americano Tucker Carlson com o presidente russo, Vladimir Putin.

Johnson, que já foi demitido de três cargos por mentir, incluindo duas vezes pelo partido Conservador e uma vez pelo jornal The Times, classificou a entrevista como uma "trama de mentiras" e "ridícula".

No caso do jornal, em 1987, Johnson havia iniciado uma carreira de jornalista no Times, que o demitiu um ano depois por inventar declarações.

Agora, a fala de Johnson, reproduzida no jornal Mail Online, ecoa a ironia que apontam para seu próprio histórico problemático com a verdade.

Sua reputação manchada por escândalos — incluindo o que o afastou do cargo de premiê britânico — o torna um crítico improvável.

Carlson, conhecido por sua postura conservadora, entrevistou Putin e abordou uma série de questões complexas — sobretudo a relação da Rússia e dos países do Ocidente com a Ucrânia.

Johnson criticou a afirmação de Putin de que o governo britânico persuadiu os ucranianos a continuarem no conflito em vez de se renderem.

Na entrevista, o líder russo afirmou que Moscou nunca se recusou a negociar e, mais do que isso, em abril de 2022, russos e ucranianos estavam muito próximos de assinar um acordo de paz.

No entanto, o Ocidente — na figura de políticos como Boris Johnson e Joe Biden — atrapalhou o processo negociador. Johnson, pessoalmente, viajou até Kiev em abril de 2022 para dissuadir Zelensky quanto ao processo de negociações de paz em andamento, no que teve êxito.

"Poderíamos ter parado essas hostilidades há um ano e meio", afirmou Putin. Entretanto, conforme acrescentou, naquele momento a Ucrânia preferiu atender às demandas do então primeiro-ministro do Reino Unido e abandonar as negociações com os russos.

Além disso, no artigo publicado no Mail Online, Johnson implorou aos parlamentares republicanos dos EUA a deixarem de bloquear ajuda financeira a Kiev. "Pelo amor de Deus, lembrem-se quem vocês são. Vocês são descendentes de Ronald Reagan."

O ex-primeiro-ministro foi um dos primeiros líderes do Ocidente a visitar Kiev durante a operação especial russa.

À época, integrantes das forças militares do Reino Unido entenderam que tal movimentação se tratava de uma "busca por publicidade".

 

Ø  Apoiadores do ex-presidente ucraniano querem depor Zelensky em poucos meses, diz mídia

 

Apoiadores do ex-presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, querem contestar a legitimidade do mandato de Vladimir Zelensky, informou o jornal ucraniano Strana. A ideia é que depois de 20 de maio, suposta data de fim do mandato de Zelensky, o atual presidente não continue exercendo o poder no país, que se encontra sob lei marcial.

De acordo com a publicação, declarações feitas pelo blogueiro Karl Volokh, conhecido aliado de Poroshenko, demonstram que uma petição, assim como um apelo aos partidos de oposição, está sendo preparada para que a legitimidade da presidência de Vladimir Zelensky seja submetida ao Tribunal Constitucional.

O blogueiro também tem participado na organização de protestos em Kiev contra a saída do comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny, de seu cargo. Na sexta-feira uma manifestação foi realizada na Praça da Independência, na capital ucraniana, exigindo a sua reintegração. Dezenas de manifestastes ocuparam o Maidan.

O mandato de Zelensky termina em 20 de maio, mas devido a lei marcial e a mobilização geral, Zelensky adiou as eleições afirmando que o momento é "inadequado".

Em 8 de fevereiro, Zelensky assinou decretos nomeando Aleksandr Syrsky como comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, em vez de Valery Zaluzhny. Antes disso, Syrsky comandou as forças terrestres.

Os principais meios de comunicação ocidentais observam que, por um lado, ele é visto como um apoiador próximo de Zelensky e, por outro lado, o novo comandante-chefe é fortemente odiado pelos soldados: por suas pesadas perdas na frente, Syrsky é chamado de "O Açougueiro" e "General 200".

·        Ucrânia tem novo comandante militar, mas problemas persistem

O comandante militar da Ucrânia, general Aleksandr Syrsky, é novo, mas os desafios militares da Ucrânia continuam, afirma uma reportagem do jornal The New York Times desta sexta-feira (9). O texto informa que autoridades americanas avaliam que, sem reposição, a Ucrânia tem defesas aéreas suficientes apenas até março.

O jornal comenta que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ofereceu poucos detalhes sobre como a liderança reformulada alcançará seus objetivos e não explicou onde a equipe do comandante anterior falhou.

"Os críticos de Zelensky dizem que ele tem evitado tomar decisões politicamente impopulares e que falhou em abordar os desafios em torno dos esforços para reformar e revitalizar o processo de mobilização", conta a reportagem.

No próximo mês, a Ucrânia pode enfrentar dificuldades para realizar contra-ataques locais, e até o início do verão, seu Exército poderia perder capacidade de defesa no campo de batalha, diz o jornal.

"A assistência americana, urgentemente necessária, permanece incerta. As tropas ucranianas estão exaustas e faltam armas e munições. Os sistemas de defesa aérea, cruciais para proteger civis dos mísseis russos, estão sendo gradualmente exauridos por bombardeios repetidos", relata a matéria.

"Autoridades ocidentais e especialistas militares alertaram que, sem a assistência dos Estados Unidos, um colapso em cascata ao longo da frente é uma possibilidade real ainda neste ano", diz a matéria.

Em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, na noite de ontem (8), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que Ucrânia não recuperaria o território e que era hora de fazer um acordo.

"Poderíamos ter parado essas hostilidades há um ano e meio", afirmou Putin. Entretanto, conforme acrescentou, naquele momento a Ucrânia preferiu atender às demandas do então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e abandonar as negociações com a Rússia.

Putin também apontou interferência dos EUA nas negociações para o conflito que se arrasta há quase dois anos.

"Se o governo Zelensky se recusou a negociar, presumo que o fez sob instruções de Washington", ponderou.

Putin explicou que o atual conflito foi iniciado pelos ucranianos, em uma guerra começada pelos neonazistas, em 2014, e a Ucrânia, sob o controle dos Estados Unidos, "declarou que não cumpriu os Acordos de Minsk".

"Nós nos propusemos repetidamente buscar solução para os problemas que surgiram na Ucrânia após 2014. Poderiam ter sido discutidos por meios pacíficos, mas ninguém nos ouviu", afirmou o presidente russo.

 

Ø  Embaixadora da Ucrânia nos EUA alerta que Kiev enfrenta 'escassez crítica de mísseis'

 

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse ontem (8) que seu país enfrenta "escassez crítica" de equipamento militar, incluindo mísseis, e instou os legisladores norte-americanos a apoiarem um pacote de ajuda de US$ 60 bilhões (US$ 297 bilhões) para Kiev.

"Ainda temos pessoas suficientes que querem lutar […], mas estamos ficando sem equipamento, especialmente mísseis e interceptores", afirmou Markarova citada pela Bloomberg.

O ministro da Defesa, Rustem Umerov, também disse em um comunicado recente que o país enfrenta uma falta "crítica" de projéteis de artilharia.

O Senado dos EUA votou em 8 de fevereiro para prosseguir com um pacote simplificado de ajuda externa que inclui fundos para a Ucrânia, Israel e Taiwan sem reformas na política de fronteira, potencialmente abrindo caminho para a aprovação, depois que os republicanos bloquearam uma segurança fronteiriça bipartidária e ajuda externa.

Ainda não é certo que o projeto de lei consiga obter os votos necessários para a aprovação final no Senado, e o seu destino na Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, é incerto, com o presidente da Câmara, Mike Johnson, prometendo que uma versão anterior do projeto de lei seria "morto na chegada."

"Temos que fazer todo o possível para que os EUA permaneçam fortes e continuem a nos apoiar", acrescentou Markarova.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário: