Biden:
'Fracasso do Congresso em aprovar nova ajuda à Ucrânia é quase um crime de
negligência'
O
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (9) que o
fracasso do Congresso em aprovar um novo financiamento para ajuda militar à
Ucrânia é quase um "crime de negligência".
"O
fracasso do Congresso dos Estados Unidos, se ocorrer, em não apoiar a Ucrânia
está próximo de um crime de negligência", disse Biden ao lado do chanceler
alemão, Olaf Scholz. "É ultrajante", acrescentou o presidente
norte-americano.
Na
quarta-feira (7), os republicanos do Senado reprovaram um pacote suplementar de
segurança nacional avaliado em US$ 118 bilhões (R$ 584,39 bilhões) que incluía
US$ 60 bilhões (R$ 297 bilhões) para a Ucrânia e US$ 14 bilhões (R$ 69 bilhões)
para Israel e reformas da política de fronteiras dos EUA.
Os
republicanos alegaram que as reformas do projeto de lei em relação às
fronteiras não seriam suficientes para conter a imigração ilegal para os
Estados Unidos.
O Senado
está trabalhando para aprovar um projeto de lei separado sobre segurança
nacional e apoio militar, que excluiria quaisquer medidas sobre as fronteiras.
·
Político francês: entrevista de Putin a
Carlson causou histeria na mídia ocidental
A
entrevista do presidente russo Vladimir Putin ao jornalista americano Tucker
Carlson permitiu que as pessoas no Ocidente ouvissem pela primeira vez uma
retórica diferente da OTAN, ele revelou a verdade, o que causou a histeria da
mídia ocidental e até ameaças de sanções contra o jornalista, disse o político
francês Florian Philippot.
"Algumas
pessoas no Ocidente ouviram pela primeira vez uma retórica diferente da OTAN –
a retórica da mentira e da guerra. Elas [pessoas] vão entender que existem
raízes históricas mais profundas que vão muito mais além de fevereiro de 2022,
que a situação é muito mais complexa do que como foi apresentada até agora, vão
entender todas as manipulações. Isso é extremamente importante a este respeito.
É por isso que houve uma histeria contra esta entrevista", observou
Philippot.
Philippot
disse que as palavras de Putin de que a Rússia nunca teve intenção de atacar a
Polônia e os Países Bálticos, que isso seria absurdo, perigoso e não faria
sentido, e que a Rússia não tem interesse nisso, são "extremamente
exatas".
Ele
acrescentou que sabe por que dizem isso: para intimidar a sociedade e forçá-la
a apoiar a ajuda militar à Ucrânia, enviando bilhões de dólares e suprimentos
de armas. Ele entendeu bem o mecanismo do medo que é constantemente usado pelo
Ocidente em todas as questões, não apenas em relação à guerra.
·
Boris Johnson surta após declarações de
Putin em entrevista a Tucker Carlson
O
ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson, conhecido por seu histórico de
mentiras, se estressou ao criticar a entrevista do jornalista americano Tucker
Carlson com o presidente russo, Vladimir Putin.
Johnson,
que já foi demitido de três cargos por mentir, incluindo duas vezes pelo
partido Conservador e uma vez pelo jornal The Times, classificou a entrevista
como uma "trama de mentiras" e "ridícula".
No caso do
jornal, em 1987, Johnson havia iniciado uma carreira de jornalista no Times,
que o demitiu um ano depois por inventar declarações.
Agora, a
fala de Johnson, reproduzida no jornal Mail Online, ecoa a ironia que apontam
para seu próprio histórico problemático com a verdade.
Sua
reputação manchada por escândalos — incluindo o que o afastou do cargo de
premiê britânico — o torna um crítico improvável.
Carlson,
conhecido por sua postura conservadora, entrevistou Putin e abordou uma série
de questões complexas — sobretudo a relação da Rússia e dos países do Ocidente
com a Ucrânia.
Johnson
criticou a afirmação de Putin de que o governo britânico persuadiu os
ucranianos a continuarem no conflito em vez de se renderem.
Na
entrevista, o líder russo afirmou que Moscou nunca se recusou a negociar e,
mais do que isso, em abril de 2022, russos e ucranianos estavam muito próximos
de assinar um acordo de paz.
No
entanto, o Ocidente — na figura de políticos como Boris Johnson e Joe Biden —
atrapalhou o processo negociador. Johnson, pessoalmente, viajou até Kiev em
abril de 2022 para dissuadir Zelensky quanto ao processo de negociações de paz
em andamento, no que teve êxito.
"Poderíamos
ter parado essas hostilidades há um ano e meio", afirmou Putin.
Entretanto, conforme acrescentou, naquele momento a Ucrânia preferiu atender às
demandas do então primeiro-ministro do Reino Unido e abandonar as negociações
com os russos.
Além
disso, no artigo publicado no Mail Online, Johnson implorou aos parlamentares
republicanos dos EUA a deixarem de bloquear ajuda financeira a Kiev. "Pelo
amor de Deus, lembrem-se quem vocês são. Vocês são descendentes de Ronald
Reagan."
O
ex-primeiro-ministro foi um dos primeiros líderes do Ocidente a visitar Kiev
durante a operação especial russa.
À época,
integrantes das forças militares do Reino Unido entenderam que tal movimentação
se tratava de uma "busca por publicidade".
Ø Apoiadores do ex-presidente ucraniano querem depor Zelensky em poucos
meses, diz mídia
Apoiadores
do ex-presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, querem contestar a legitimidade
do mandato de Vladimir Zelensky, informou o jornal ucraniano Strana. A ideia é
que depois de 20 de maio, suposta data de fim do mandato de Zelensky, o atual
presidente não continue exercendo o poder no país, que se encontra sob lei
marcial.
De acordo
com a publicação, declarações feitas pelo blogueiro Karl Volokh, conhecido
aliado de Poroshenko, demonstram que uma petição, assim como um apelo aos
partidos de oposição, está sendo preparada para que a legitimidade da
presidência de Vladimir Zelensky seja submetida ao Tribunal Constitucional.
O
blogueiro também tem participado na organização de protestos em Kiev contra a
saída do comandante das Forças Armadas, Valery Zaluzhny, de seu cargo. Na
sexta-feira uma manifestação foi realizada na Praça da Independência, na
capital ucraniana, exigindo a sua reintegração. Dezenas de manifestastes
ocuparam o Maidan.
O mandato
de Zelensky termina em 20 de maio, mas devido a lei marcial e a mobilização
geral, Zelensky adiou as eleições afirmando que o momento é
"inadequado".
Em 8 de
fevereiro, Zelensky assinou decretos nomeando Aleksandr Syrsky como
comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, em vez de Valery Zaluzhny.
Antes disso, Syrsky comandou as forças terrestres.
Os
principais meios de comunicação ocidentais observam que, por um lado, ele é
visto como um apoiador próximo de Zelensky e, por outro lado, o novo
comandante-chefe é fortemente odiado pelos soldados: por suas pesadas perdas na
frente, Syrsky é chamado de "O Açougueiro" e "General 200".
·
Ucrânia tem novo comandante militar, mas
problemas persistem
O
comandante militar da Ucrânia, general Aleksandr Syrsky, é novo, mas os
desafios militares da Ucrânia continuam, afirma uma reportagem do jornal The
New York Times desta sexta-feira (9). O texto informa que autoridades
americanas avaliam que, sem reposição, a Ucrânia tem defesas aéreas suficientes
apenas até março.
O jornal
comenta que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ofereceu poucos
detalhes sobre como a liderança reformulada alcançará seus objetivos e não
explicou onde a equipe do comandante anterior falhou.
"Os
críticos de Zelensky dizem que ele tem evitado tomar decisões politicamente
impopulares e que falhou em abordar os desafios em torno dos esforços para
reformar e revitalizar o processo de mobilização", conta a reportagem.
No próximo
mês, a Ucrânia pode enfrentar dificuldades para realizar contra-ataques locais,
e até o início do verão, seu Exército poderia perder capacidade de defesa no
campo de batalha, diz o jornal.
"A
assistência americana, urgentemente necessária, permanece incerta. As tropas
ucranianas estão exaustas e faltam armas e munições. Os sistemas de defesa
aérea, cruciais para proteger civis dos mísseis russos, estão sendo
gradualmente exauridos por bombardeios repetidos", relata a matéria.
"Autoridades
ocidentais e especialistas militares alertaram que, sem a assistência dos
Estados Unidos, um colapso em cascata ao longo da frente é uma possibilidade
real ainda neste ano", diz a matéria.
Em
entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson, na noite de ontem (8),
o presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que Ucrânia não recuperaria o
território e que era hora de fazer um acordo.
"Poderíamos
ter parado essas hostilidades há um ano e meio", afirmou Putin.
Entretanto, conforme acrescentou, naquele momento a Ucrânia preferiu atender às
demandas do então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e abandonar
as negociações com a Rússia.
Putin
também apontou interferência dos EUA nas negociações para o conflito que se
arrasta há quase dois anos.
"Se o
governo Zelensky se recusou a negociar, presumo que o fez sob instruções de
Washington", ponderou.
Putin explicou
que o atual conflito foi iniciado pelos ucranianos, em uma guerra começada
pelos neonazistas, em 2014, e a Ucrânia, sob o controle dos Estados Unidos,
"declarou que não cumpriu os Acordos de Minsk".
"Nós
nos propusemos repetidamente buscar solução para os problemas que surgiram na
Ucrânia após 2014. Poderiam ter sido discutidos por meios pacíficos, mas
ninguém nos ouviu", afirmou o presidente russo.
Ø
Embaixadora da Ucrânia nos EUA alerta que
Kiev enfrenta 'escassez crítica de mísseis'
A
embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse ontem (8)
que seu país enfrenta "escassez crítica" de equipamento militar,
incluindo mísseis, e instou os legisladores norte-americanos a apoiarem um
pacote de ajuda de US$ 60 bilhões (US$ 297 bilhões) para Kiev.
"Ainda
temos pessoas suficientes que querem lutar […], mas estamos ficando sem
equipamento, especialmente mísseis e interceptores", afirmou Markarova
citada pela Bloomberg.
O ministro
da Defesa, Rustem Umerov, também disse em um comunicado recente que o país
enfrenta uma falta "crítica" de projéteis de artilharia.
O Senado
dos EUA votou em 8 de fevereiro para prosseguir com um pacote simplificado de
ajuda externa que inclui fundos para a Ucrânia, Israel e Taiwan sem reformas na
política de fronteira, potencialmente abrindo caminho para a aprovação, depois
que os republicanos bloquearam uma segurança fronteiriça bipartidária e ajuda
externa.
Ainda não
é certo que o projeto de lei consiga obter os votos necessários para a
aprovação final no Senado, e o seu destino na Câmara dos Representantes,
controlada pelos republicanos, é incerto, com o presidente da Câmara, Mike
Johnson, prometendo que uma versão anterior do projeto de lei seria "morto
na chegada."
"Temos
que fazer todo o possível para que os EUA permaneçam fortes e continuem a nos
apoiar", acrescentou Markarova.
Fonte:
Sputnik Brasil
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