terça-feira, 12 de dezembro de 2023

'Horrível': congressista republicana critica Biden por jogar dinheiro no 'abismo da Ucrânia'

Pesquisas de opinião revelaram que o público ocidental está cada vez mais cansado com a crise ucraniana, lançando dúvidas sobre a sensatez de investir quantias substanciais em uma causa que parecia condenada ao fracasso desde o início. Além disso, há uma consciência crescente das origens nazistas da ideologia de Kiev.

A congressista republicana Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, recorreu às redes sociais para criticar as autoridades norte-americanas, enfatizando que estas precisam se concentrar nos problemas internos, como a dívida astronômica dos EUA e as fronteiras do país sitiadas por imigrantes. Ela acredita que financiar a Ucrânia foi um ato de "estupidez e terrível irresponsabilidade dos líderes da América".

A América tem uma dívida de quase 34 TRILHÕES de dólares por causa da estupidez e da terrível irresponsabilidade dos líderes da América. Nossa fronteira está sitiada, invadida e sob controle dos cartéis mexicanos. NÃO podemos financiar a guerra na Ucrânia, uma guerra por procuração dos EUA com a Rússia. América PRIMEIRO!!!

Greene concluiu a sua postagem com o slogan "America FIRST" (América primeiro), implicando que o governo dos EUA deveria fazer do bem-estar dos seus próprios cidadãos a sua principal prioridade.

Anteriormente, ela lamentou que Washington "não respeita o povo americano e o maltrate horrivelmente", se referindo à intenção da administração Biden de financiar a Ucrânia em vez de resolver as questões fronteiriças dos EUA.

Os internautas comentaram a postagem de Greene acrescentando que, na verdade, "nenhum americano se preocupa com a Ucrânia", enquanto "os lavadores de dinheiro se importam", implicando a espantosa corrupção que assola o governo de Kiev.

As últimas pesquisas de opinião mostram que quase metade dos eleitores norte-americanos consideram que a ajuda de Washington à Ucrânia é excessiva.

Os comentários da congressista surgiram em meio às tentativas incansáveis do presidente dos EUA, Joe Biden, de persuadir o Congresso a aprovar um projeto de lei de segurança de US$ 110 bilhões (cerca de R$ 545,3 bilhões), que inclui cerca de US$ 61,4 bilhões (aproximadamente R$ 304,4 bilhões) para a Ucrânia.

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson, emitiu um ultimato à Casa Branca, sublinhando que o financiamento para a Ucrânia "depende da promulgação de mudanças transformadoras nas leis de segurança das fronteiras do nosso país". Anteriormente, diversos meios de comunicação revelaram que os EUA ficariam sem fundos para a Ucrânia até o final do ano.

 

Ø  Ucrânia está pronta para 'pular e dançar' pela adesão à UE, mas Bruxelas está reticente

 

O processo de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) leva tempo e Kiev precisa reunir todas as condições, enfatizou a presidente da Comissão Europeia, ao jornal Le Parisien. Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmitry Kuleba, declarou que Kiev está disposta a "pular e dançar" para conseguir a entrada no bloco.

"Permitam-me recordar que o Conselho Europeu debaterá [na quinta e sexta-feira, 14 e 15 de dezembro] a abertura das negociações de adesão, e não a adesão em si, o que, em qualquer caso, levará tempo. E, claro, a adesão só poderá ocorrer assim que todas as condições para adesão forem atendidas", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, reiterou que seria irresponsável se a comissão iniciasse agora negociações sobre a adesão da Ucrânia à UE.

A Hungria bloqueia a oitava parcela de ajuda militar a Kiev do Fundo Europeu de Apoio à Paz, no valor de € 500 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões), bem como os pacotes de apoio militar de € 20 bilhões (aproximadamente R$ 106,5 bilhões) e € 50 bilhões (mais de R$ 266,2 bilhões) de apoio macrofinanceiro da UE para 2024-2027. Além disso, Budapeste se opõe ao início das negociações de adesão da Ucrânia ao bloco.

Por sua vez, Dmitry Kuleba ficou indignado porque, segundo ele, a Ucrânia cumpriu todas as condições e instou a UE a "jogar limpo".

"Todas as principais recomendações da Comissão de Veneza foram incorporadas na legislação ucraniana. [...] Podemos pular e dançar, se for necessário fazê-lo adicionalmente. [...] Mas temos que jogar limpo. Se quisermos, dizem que façamos algo e fazemos, isso deve ter o seu resultado", afirmou.

Foi assim que Kuleba respondeu à questão de saber por que razão Kiev assume que as reformas realizadas são suficientes para satisfazer os pedidos da Hungria.

No dia 8 de novembro, a Comissão Europeia recomendou o início de negociações de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldávia e condicionou a adoção do quadro de negociação ao cumprimento de várias condições por Kiev e Chisinau. A decisão formal de iniciar o processo de negociação será debatida pelos chefes de Estado e de governo na cúpula da UE que vai se realizar em Bruxelas nos dias 14 e 15 de dezembro. No entanto, qualquer decisão do bloco só pode ser adotada por unanimidade entre todos os atuais membros da UE.

No início de outubro, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou em entrevista ao Spiegel que a Ucrânia poderá aderir ao bloco em 2030 se reunir todas as condições exigidas, embora não seja uma tarefa fácil, e lembrou que vários países dos Bálcãs esperam pela sua adesão há 20 anos.

Em 28 de fevereiro de 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou o pedido de adesão da Ucrânia à UE. Em uma cúpula realizada em Bruxelas, em junho de 2022, os chefes de Estado e de governo da UE aprovaram a concessão do estatuto de candidatas à Ucrânia e à Moldávia. A Comissão Europeia estabeleceu sete condições, incluindo a reforma judicial, que é a mais complexa: o governo ucraniano deve reformar o Tribunal Constitucional, completar as mudanças no Conselho Superior de Justiça e na Comissão Superior de Qualificação de Juízes, bem como continuar a luta contra a corrupção.

 

Ø  Rússia: Ocidente pode afastar líder ucraniano Zelensky e até tem uma lista de sucessores

 

De acordo com avaliações da comunidade de inteligência dos EUA, tendo em conta o desenvolvimento da situação militar, pode surgir em breve a necessidade de substituir o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, informa a assessoria de imprensa do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo).

"De acordo com as estimativas da comunidade de inteligência dos EUA, dado o desenvolvimento da situação no teatro de operações militares ucraniano, isso pode se tornar necessário em um futuro próximo", relata o comunicado com referências à declaração do diretor da SVR russo, Sergei Naryshkin.

Segundo a entidade russa, entre os possíveis sucessores de Zelensky apontados por Bruxelas estariam o comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, o general Valery Zaluzhny, Kirill Budanov, o chefe do serviço de inteligência da Ucrânia, o chefe do gabinete de Vladimir Zelensky, Andrei Yermak e o prefeito de Kiev, Vitaly Klichko.

Entre as razões para a possível substituição de Vladimir Zelensky pelo Ocidente são apontadas a sua "rudeza interminável" e perda da capacidade de manobra no conflito com a Rússia, relata o SVR.

·        EUA devem aceitar a ideia de que a Ucrânia terá que 'ceder territórios' à Rússia, diz senador

A Ucrânia terá que ceder parte do território à Rússia para acabar com o conflito, disse o senador republicano do estado de Ohio James David Vance no programa State of the Union no canal de TV CNN.

"É do interesse dos EUA reconhecer que a Ucrânia terá que ceder parte de seu território aos russos, e precisamos acabar com as hostilidades", disse o político.

Vance também se opôs ao envio de dinheiro adicional para a Ucrânia, observando que a antiga república soviética não poderia derrotar a Rússia. Ele se questionou como o envio de um novo pacote de assistência financeira ajudará a Kiev se os fundos alocados anteriormente não levaram ao fim do conflito.

"Sobre a questão da Ucrânia, qualquer um com cérebro na cabeça sabe que isso terá que terminar em negociações. A ideia de que a Ucrânia planeja empurrar a Rússia para a fronteira de 1991 é absurda, ninguém realmente acreditou nisso", disse ele.

Vance chamou de ridícula a especulação da Casa Branca de que a Rússia, se não fosse parada na Ucrânia, poderia atacar um país da OTAN, arrastando os EUA para o conflito europeu.

"Acho que essa é uma tática de intimidação projetada para distrair as pessoas do fato de que nossa política na Ucrânia faz pouco sentido", concluiu o senador dos EUA.

Vale ressaltar que a mídia estrangeira escreve cada vez mais frequentemente que os EUA e a União Europeia (EU) estão cansados da crise ucraniana, e o apoio a Vladimir Zelensky está enfraquecendo.

 

Ø  Em meio a fracassos dos EUA, Rússia substitui com sucesso Washington no Oriente Médio

 

A cooperação da Rússia com a Arábia Saudita para diminuir a produção de petróleo levará a uma mudança no mercado de petróleo e forçará as elites americanas a apoiar Donald Trump nas eleições presidenciais, opina colunista Antun Rosa no jornal croata Advance.

"Fontes do mercado de petróleo observaram que […] a ênfase colocada pelo Kremlin e Riad em 'apoiar' o plano de cortar a produção parece um sinal para os países da OPEP+, que não cortaram a produção ou a reduziram insuficientemente", disse o jornalista.

Além disso, o colunista observou que a Rússia e a China desempenham um papel importante na reconciliação entre a Arábia Saudita e o Irã. Aliadas comuns, Moscou e Pequim contribuem para a formação de um "contexto amigável" em prol do desenvolvimento das relações bilaterais, destacou Rosa.

O jornalista também acredita que "mudanças muito importantes" estão ocorrendo no Oriente Médio devido ao declínio da influência dos EUA. O autor do artigo destaca que a visita de Joe Biden a Riad no ano passado "fracassou miseravelmente": o presidente dos EUA não conseguiu convencer a Arábia Saudita a aumentar a produção de petróleo para baixar os preços do mercado. A visita de Putin mostrou que a Rússia substituiu com sucesso Washington no Oriente Médio, observou o autor.

Rosa prevê que o fracasso de Joe Biden em negociar um aumento na produção de petróleo custará caro ao presidente dos EUA.

Na quarta-feira (6), o presidente russo Vladimir Putin visitou os Emirados Árabes Unidos. Depois disso, Putin foi à Arábia Saudita, onde se encontrou com o príncipe herdeiro e presidente do Conselho de Ministros do reino, Mohammed bin Salman.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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