'Horrível': congressista republicana critica Biden por jogar dinheiro no
'abismo da Ucrânia'
Pesquisas de opinião revelaram que o público ocidental está cada vez
mais cansado com a crise ucraniana, lançando dúvidas sobre a sensatez de
investir quantias substanciais em uma causa que parecia condenada ao fracasso
desde o início. Além disso, há uma consciência crescente das origens nazistas
da ideologia de Kiev.
A congressista republicana Marjorie Taylor Greene, da Geórgia, recorreu
às redes sociais para criticar as autoridades norte-americanas, enfatizando que
estas precisam se concentrar nos problemas internos, como a dívida astronômica
dos EUA e as fronteiras do país sitiadas por imigrantes. Ela acredita que
financiar a Ucrânia foi um ato de "estupidez e terrível irresponsabilidade
dos líderes da América".
A América tem uma dívida de quase 34 TRILHÕES de dólares por causa da
estupidez e da terrível irresponsabilidade dos líderes da América. Nossa
fronteira está sitiada, invadida e sob controle dos cartéis mexicanos. NÃO
podemos financiar a guerra na Ucrânia, uma guerra por procuração dos EUA com a
Rússia. América PRIMEIRO!!!
Greene concluiu a sua postagem com o slogan "America FIRST"
(América primeiro), implicando que o governo dos EUA deveria fazer do bem-estar
dos seus próprios cidadãos a sua principal prioridade.
Anteriormente, ela lamentou que Washington "não respeita o povo
americano e o maltrate horrivelmente", se referindo à intenção da
administração Biden de financiar a Ucrânia em vez de resolver as questões
fronteiriças dos EUA.
Os internautas comentaram a postagem de Greene acrescentando que, na
verdade, "nenhum americano se preocupa com a Ucrânia", enquanto
"os lavadores de dinheiro se importam", implicando a espantosa
corrupção que assola o governo de Kiev.
As últimas pesquisas de opinião mostram que quase metade dos eleitores
norte-americanos consideram que a ajuda de Washington à Ucrânia é excessiva.
Os comentários da congressista surgiram em meio às tentativas
incansáveis do presidente dos EUA, Joe Biden, de persuadir o Congresso a
aprovar um projeto de lei de segurança de US$ 110 bilhões (cerca de R$ 545,3
bilhões), que inclui cerca de US$ 61,4 bilhões (aproximadamente R$ 304,4
bilhões) para a Ucrânia.
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Mike Johnson, emitiu
um ultimato à Casa Branca, sublinhando que o financiamento para a Ucrânia
"depende da promulgação de mudanças transformadoras nas leis de segurança
das fronteiras do nosso país". Anteriormente, diversos meios de
comunicação revelaram que os EUA ficariam sem fundos para a Ucrânia até o final
do ano.
Ø Ucrânia
está pronta para 'pular e dançar' pela adesão à UE, mas Bruxelas está reticente
O processo de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) leva tempo e Kiev
precisa reunir todas as condições, enfatizou a presidente da Comissão Europeia,
ao jornal Le Parisien. Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores
ucraniano, Dmitry Kuleba, declarou que Kiev está disposta a "pular e
dançar" para conseguir a entrada no bloco.
"Permitam-me recordar que o Conselho Europeu debaterá [na quinta e
sexta-feira, 14 e 15 de dezembro] a abertura das negociações de adesão, e não a
adesão em si, o que, em qualquer caso, levará tempo. E, claro, a adesão só
poderá ocorrer assim que todas as condições para adesão forem atendidas",
disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto,
reiterou que seria irresponsável se a comissão iniciasse agora negociações
sobre a adesão da Ucrânia à UE.
A Hungria bloqueia a oitava parcela de ajuda militar a Kiev do Fundo
Europeu de Apoio à Paz, no valor de € 500 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões),
bem como os pacotes de apoio militar de € 20 bilhões (aproximadamente R$ 106,5
bilhões) e € 50 bilhões (mais de R$ 266,2 bilhões) de apoio macrofinanceiro da
UE para 2024-2027. Além disso, Budapeste se opõe ao início das negociações de
adesão da Ucrânia ao bloco.
Por sua vez, Dmitry Kuleba ficou indignado porque, segundo ele, a
Ucrânia cumpriu todas as condições e instou a UE a "jogar limpo".
"Todas as principais recomendações da Comissão de Veneza foram
incorporadas na legislação ucraniana. [...] Podemos pular e dançar, se for
necessário fazê-lo adicionalmente. [...] Mas temos que jogar limpo. Se
quisermos, dizem que façamos algo e fazemos, isso deve ter o seu
resultado", afirmou.
Foi assim que Kuleba respondeu à questão de saber por que razão Kiev
assume que as reformas realizadas são suficientes para satisfazer os pedidos da
Hungria.
No dia 8 de novembro, a Comissão Europeia recomendou o início de
negociações de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldávia e condicionou a adoção do
quadro de negociação ao cumprimento de várias condições por Kiev e Chisinau. A
decisão formal de iniciar o processo de negociação será debatida pelos chefes
de Estado e de governo na cúpula da UE que vai se realizar em Bruxelas nos dias
14 e 15 de dezembro. No entanto, qualquer decisão do bloco só pode ser adotada
por unanimidade entre todos os atuais membros da UE.
No início de outubro, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel,
afirmou em entrevista ao Spiegel que a Ucrânia poderá aderir ao bloco em 2030
se reunir todas as condições exigidas, embora não seja uma tarefa fácil, e
lembrou que vários países dos Bálcãs esperam pela sua adesão há 20 anos.
Em 28 de fevereiro de 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky,
assinou o pedido de adesão da Ucrânia à UE. Em uma cúpula realizada em
Bruxelas, em junho de 2022, os chefes de Estado e de governo da UE aprovaram a
concessão do estatuto de candidatas à Ucrânia e à Moldávia. A Comissão Europeia
estabeleceu sete condições, incluindo a reforma judicial, que é a mais
complexa: o governo ucraniano deve reformar o Tribunal Constitucional,
completar as mudanças no Conselho Superior de Justiça e na Comissão Superior de
Qualificação de Juízes, bem como continuar a luta contra a corrupção.
Ø Rússia:
Ocidente pode afastar líder ucraniano Zelensky e até tem uma lista de
sucessores
De acordo com avaliações da comunidade de inteligência dos EUA, tendo em
conta o desenvolvimento da situação militar, pode surgir em breve a necessidade
de substituir o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, informa a assessoria de
imprensa do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo).
"De acordo com as estimativas da comunidade de inteligência dos
EUA, dado o desenvolvimento da situação no teatro de operações militares
ucraniano, isso pode se tornar necessário em um futuro próximo", relata o
comunicado com referências à declaração do diretor da SVR russo, Sergei
Naryshkin.
Segundo a entidade russa, entre os possíveis sucessores de Zelensky
apontados por Bruxelas estariam o comandante em chefe das Forças Armadas
ucranianas, o general Valery Zaluzhny, Kirill Budanov, o chefe do serviço de
inteligência da Ucrânia, o chefe do gabinete de Vladimir Zelensky, Andrei
Yermak e o prefeito de Kiev, Vitaly Klichko.
Entre as razões para a possível substituição de Vladimir Zelensky pelo
Ocidente são apontadas a sua "rudeza interminável" e perda da
capacidade de manobra no conflito com a Rússia, relata o SVR.
·
EUA devem aceitar a ideia de que a Ucrânia terá que 'ceder territórios'
à Rússia, diz senador
A Ucrânia terá que ceder parte do território à Rússia para acabar com o
conflito, disse o senador republicano do estado de Ohio James David Vance no
programa State of the Union no canal de TV CNN.
"É do interesse dos EUA reconhecer que a Ucrânia terá que ceder
parte de seu território aos russos, e precisamos acabar com as
hostilidades", disse o político.
Vance também se opôs ao envio de dinheiro adicional para a Ucrânia,
observando que a antiga república soviética não poderia derrotar a Rússia. Ele
se questionou como o envio de um novo pacote de assistência financeira ajudará
a Kiev se os fundos alocados anteriormente não levaram ao fim do conflito.
"Sobre a questão da Ucrânia, qualquer um com cérebro na cabeça sabe
que isso terá que terminar em negociações. A ideia de que a Ucrânia planeja
empurrar a Rússia para a fronteira de 1991 é absurda, ninguém realmente
acreditou nisso", disse ele.
Vance chamou de ridícula a especulação da Casa Branca de que a Rússia,
se não fosse parada na Ucrânia, poderia atacar um país da OTAN, arrastando os
EUA para o conflito europeu.
"Acho que essa é uma tática de intimidação projetada para distrair
as pessoas do fato de que nossa política na Ucrânia faz pouco sentido",
concluiu o senador dos EUA.
Vale ressaltar que a mídia estrangeira escreve cada vez mais
frequentemente que os EUA e a União Europeia (EU) estão cansados da crise
ucraniana, e o apoio a Vladimir Zelensky está enfraquecendo.
Ø Em meio a
fracassos dos EUA, Rússia substitui com sucesso Washington no Oriente Médio
A cooperação da Rússia com a Arábia Saudita para diminuir a produção de
petróleo levará a uma mudança no mercado de petróleo e forçará as elites
americanas a apoiar Donald Trump nas eleições presidenciais, opina colunista
Antun Rosa no jornal croata Advance.
"Fontes do mercado de petróleo observaram que […] a ênfase colocada
pelo Kremlin e Riad em 'apoiar' o plano de cortar a produção parece um sinal
para os países da OPEP+, que não cortaram a produção ou a reduziram
insuficientemente", disse o jornalista.
Além disso, o colunista observou que a Rússia e a China desempenham um
papel importante na reconciliação entre a Arábia Saudita e o Irã. Aliadas
comuns, Moscou e Pequim contribuem para a formação de um "contexto
amigável" em prol do desenvolvimento das relações bilaterais, destacou
Rosa.
O jornalista também acredita que "mudanças muito importantes"
estão ocorrendo no Oriente Médio devido ao declínio da influência dos EUA. O
autor do artigo destaca que a visita de Joe Biden a Riad no ano passado
"fracassou miseravelmente": o presidente dos EUA não conseguiu
convencer a Arábia Saudita a aumentar a produção de petróleo para baixar os
preços do mercado. A visita de Putin mostrou que a Rússia substituiu com
sucesso Washington no Oriente Médio, observou o autor.
Rosa prevê que o fracasso de Joe Biden em negociar um aumento na
produção de petróleo custará caro ao presidente dos EUA.
Na quarta-feira (6), o presidente russo Vladimir Putin visitou os
Emirados Árabes Unidos. Depois disso, Putin foi à Arábia Saudita, onde se
encontrou com o príncipe herdeiro e presidente do Conselho de Ministros do
reino, Mohammed bin Salman.
Fonte: Sputnik Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário